●Alec/Jane. Incest (?). Ficlet. New Moon. Alec's PoV. Sem beta.●
Presente para Karla.
Twilight© Stephinie Meyer.
Mancha de Sangue
by Mello Evans
– Ei... Alec. – Chamou-me Jane sentada ao meu lado. As pernas flexionadas e os braços finos abraçavam estas, seu olhar era pensativo, triste e enevoado como os três irmãos Volturi e os cabelos claros davam um leve valsar quando um vento da madrugada vinha mais forte.
– Sim? – Questionei. Minhas pupilas se perdiam em seus lábios cheios como a lua que nos banhava.
Ela sugestionou com o olhar.
O telhado do prédio na qual estávamos era bem alto.
Respirei fundo. Nem precisava de ar, mas talvez fosse o tédio da existência. Admirei o Palazzo de Priori perdido no negrume noturno. – Não vou enjoar da eternidade se estiver com você. – Repeti a frase que ela dissera para mim certa vez.
– Bobo. – Sorriu angelical. Seus olhos também sorriam em minha direção, nem parecia que há instantes atrás nos alimentávamos como animais, afinal esta é nossa natureza.
– A Itália é boa. – Foi minha vez de turvar meu olhar rubro no veludo negro. – O tempo é longo, mas o mundo também. Qualquer coisa nós saímos de 'férias'. – Sorri para ela.
Sei o que Jane queria ouvir e essa não era a resposta correta, mas era a única que eu poderia dar, eu não sabia como seria as coisas no nosso para sempre, mesmo não sendo efêmeros existia certas coisas humanas que ainda ficavam e a eternidade é muito grande, o tempo não para, ele é uma ampulheta contínua e nós, imortais, somos a areia que fica grudada na passagem. Inertes. Apenas observando o fluxo ininterrupto das coisas.
– Ainda está com fome? – Virou suas vistas para mim (quem sabe fugir do assunto fosse o mais sensato). Um olhar macabro e malicioso emoldurava seu rosto de giz. – Ainda podemos nos divertir, não é todo dia que temos permissão de caçar ao ar livre. – Sorriu sádica.
– Não, estou satisfeito. – Retribuí no mesmo grau o riso. Atentei para o canto de sua boca, havia resquícios de plasma sanguíneo dos humanos que foram nossa refeição alguns minutos atrás.
– O que foi? – Embaraçou-se, era estranho vê-la assim.
– Sua boca... está suja.
– Por favor, limpe para mim. – Expôs radiante como o amanhecer veraneio.
Aproximei-me lentamente.
Ela fechara as pálpebras.
Dei-lhe um beijo casto, sugava o resquício vermelho em seus lábios.
Jane os entreabriu, tocou minha face com suas mãos gélidas e andrógenas. Mãos de anjo.
Parecíamos humanos normais. Crianças em seu primeiro amor.
Meu único amor.
Fomos interrompidos pelo grasnar longínquo de um corvo.
Tudo que ficou foi uma leve mancha de sangue e uma vaga sensação de dor.
Fim.
Não me perguntem nada (O nexo eu deixo com vocês =*). A frase que o Alec repetiu é de outra fic do mesmo casal a "Eternos". Enfim, Poetry demais para o meu gosto.
Reviews? Alguém?
Edit in 30/07/2011
