Todos conheciam aquela pequena menina de olhos azuis e cabelo castanho. A pequena menina de dois anos que brincava todo o dia, energética e alegre...mas tudo isso mudou.

Dois anos depois...Melanie acordou de manhã e desceu as escadas, nesse dia ela não se estava a sentir muito bem...parou à porta da cozinha e olhou para os pais, Simon e Jeanette Seville. "Melanie? Estás bem?"-perguntou a mãe. "Dói-me a cabeça mamã."-respondeu a menina. A mãe aproximou-se da rapariga e colocou-lhe a mão na testa. "Estás quente...deves estar com febre. Vou dar-te um banho com água morna para que fiques mais fresca."

A mãe levou a menina para a casa de banho de cima e encheu a banheira, ao fim de um bocado reparou que o cabelo da menina estava sempre a cair quando ela lhe mexia, tirou a rapariga da banheira, limpou-a e vestiu-a, quando começou a penteá-la os cabelos da menina começaram a cair ainda mais, aflita chamou o marido. "Simon! Agarra nos gêmeos e mete-os no carro, temos de levar a Melanie ao hospital!" "Porquê? O que é que se passa?" "O cabelo dela não pára de cair, estou a ficar preocupada!" "Não te preocupes Jeanette, não deve ser nada." Ainda assim levaram-na ao hospital só para ter a certeza de que tudo estava bem.

Infelizmente o médico disse que Melanie tinha cancro.

Passados dois meses, Melanie sentia-se cada vez mais fraca e sem vontade de brincar, os seus irmãos, Savannah e Jason, de dois anos, tentavam animá-la mas nunca resultava.

Para que Melanie não ficasse triste com o que estava a acontecer, os seus pais deixavam-na fazer o que ela queria, no entanto, a menina recusava, ela apenas tinha dois desejos: ir para a cama meia hora depois da hora de dormir e cantar em frente de uma grande multidão, mas ela nunca tinha dito este último aos seus pais, até..."Mãe, pai?"-começou ela-"Acham que eu posso cantar?" "Claro que sim Melanie, sempre que quiseres!"-disse o pai dela, "Não! Cantar...em frente a muitas pessoas..." "Como assim Melanie?"-perguntou a mãe dela, "Eu queria dar um...um...?" "Concerto?"-perguntou o pai, "Se for assim que se chama!" "Não sei como vamos fazer isso Mel."-disse a mãe-"Mas...podemos tentar..." "Obrigada...quando eu for lá para cima, vocês prometem que ficam juntos? Por mim? E continuam a ter mais filhos! Para me substituir!" "Ninguém te pode substituir Melanie."-disse a mãe entre lágrimas, "Eu sei mamã...mas...prometem?" "Claro amor!"-disse o pai tentando aguentar o choro, "Obrigada! Mais uma coisa...eu vou querer que chamem a um dos bebês de Riley se for rapariga." "Tudo o que quiseres princesa."-disse o pai.

Uns dias depois a pequena menina estava a frente de pouco mais de mil pessoas, todas elas achavam que ela ia cantar músicas infantis e que a sua voz não seria grande coisa por apenas ter quatro anos...estavam todos enganados...ela cantou as mais belas músicas que alguém poderia imaginar, a sua voz era linda como a de um anjo.

Dois dias depois...ela morreu...

Estava deitada numa cama de hospital, com os pais e os irmãos ao pé dela. Quando se começou a sentir pior...olhou em volta e disse:"Não chorem..."-e fechou os olhos lentamente.

Alguns anos depois, Simon e Jeanette viam-se rodeados de família e amigos para dar as boas vindas ao novo membro da família, Riley.