Naquela noite.

O papai estava brincado com ele, atirando-o no ar, e fazia muito frio lá fora. A mamãe preparou uma comida especial e sorria enquanto cantava uma musiquinha que ele conhecia, mas não sabia cantar. Era uma boa noite e ele se sentia bem animado. Mas então, algo mudou. Ele não soube por que, mas o papai entregou-o para a mamãe e mandou que ela o salvasse. A mamãe saiu correndo com ele no colo, trancou-se no quarto e o abraçou com força, aquela força que as mamães têm, antes de colocá-lo no berço. Ele ouviu os gritos no andar de baixo, mas não entendeu o que estava sendo dito. E então a mamãe começou a chorar enquanto alguém subia as escadas, e ele torceu para que fosse o papai, porque então a mamãe não choraria mais. Mas era outro homem, um homem mais alto, que usava um capuz. A mamãe ficou na frente do homem, dizendo que por favor, não, não o bebê. E uma luz forte foi na direção dela, que caiu no chão. O bebê chorou mais e mais porque a mamãe tinha caído e o homem de capuz se aproximava, e ele só queria bater nele, só queria ter uma daquelas varinhas como o papai e fazer um feitiço. O homem fez uma luz verde ocupar todo o quarto. O bebê não viu mais nada. Quando a luz se apagou, ele estava sozinho, com a mamãe no chão, e ele queria acordá-la, por isso chorou mais alto. Harry chorou tanto e tão alto que, quando aquele homem muito grande e de olhar bonzinho veio pegá-lo, já estava dormindo.


Nota da autora: O ponto de vista do mais interessado na história.