Ainda me lembro do dia em que nós vimos pela primeira vez, naquela rua na qual passávamos todos os dias. Agora acho graça. Nós passavam lá todos os dias, à mesma hora, mas nunca tínhamos reparado um no outro até aquele dia, quando tinha 21 anos…

Sakura ia caminhando rapidamente. Estava com presa, pois tinha exame na faculdade. Não olhava por onde andava, apenas revia a matéria, mentalmente, e seguia o caminho automaticamente.

- O Sinal nunca mais fica verde! – Bufou furiosa. Será que ninguém percebia que ela estava com pressa?

Quando ficou verde Sakura nem hesitou em atravessa-lo. Quando ia a meio da passadeira apenas ouviu grito e quando olhou apenas viu um carro vir a grande velocidade em direcção a ela. Ficou paralisada e a única coisa que conseguiu fazer foi fechar os olhos. Porém em vez de sentir o embate do carro, sentiu ser puxada com força por alguém e depois caiu em cima dele. Quando abriu os olhos apenas viu uns belos olhos escuros a olharem fixamente para ela. As pessoas tinham-se amontoado à volta deles e assim que Sakura conseguiu voltar a raciocinar levantou-se embaraçada. O rapaz levantou-se também e continuou a fita-la. A rosada ouvia os murmúrios das pessoas perguntando se ela estava bem, mas ela não ligava. Respirava descompassadamente, estava vermelha e incomodava com o rapaz que ainda a olhava.

- A menina está bem? - A voz dele soou leve e rouca, talvez com um tom preocupado.

- Eu? Si…Sim, eu estou bem.

- Não quer ir ao hospital?

- Não é preciso, não me dói nada.

Aos poucos as pessoas foram se dispersando e eles ficaram os dois se olhando.

- Como se chama, menina? - Perguntou, interrompendo o silêncio.

- Sakura.

- Sakura?! Que nome lindo! - Sakura corou – Bem, Sakura é melhor vir comigo. Sou polícia e vi a matrícula. Provavelmente quer fazer queixa. Além de a quase ter atropelado na passadeira, ele ia a mais de 100Km/h!

- Não posso ir consigo agora, porque…- Olhou para o relógio - estou MUITO ATRASADA.

-Se quiser eu levo-a aonde a Sakura precisar de ir. O meu carro não está longe. Já agora aonde precisa de ir?

- Vou ter um exame na faculdade e já estou mesmo muito atrasada.

-Então é melhor irmos rápido…

O rapaz pegou-lhe na mão e a puxou consigo.

***

Graças a ele cheguei a horas ao exame.

Durante a viagem descobrir que ele se chamava Sasuke Uchiha, que tinha 23 anos e que se tinha formado como polícia dois meses antes. Eu contei-lhe que andava na faculdade a fazer medicina e que desde pequena sonhei em ser pediatra.

Encontramo-nos no dia seguinte para eu fazer a queixa e depois ele convidou-me para almoçar, com a desculpa de que nos devíamos conhecer melhor. Foi um dos melhores almoços que eu tive em toda a minha vida. Sasuke era interessante. Sabia falar sobre varias coisas, não tinha medo de expor as suas opiniões. Não era como a maior parte dos homens com quem já tinha saído que só queriam uma coisa. Ele era sério e nunca insinuou nada nem me perguntou sobre a minha vida privada, nem mesmo se eu tinha namorado. Além do mais, Sasuke era um rapaz lindo, com os seus fascinantes olhos escuros e os seus cabelos pretos arrepiados atrás.

Não demorou a sentir-me atraída por ele. Não queria ser só amiga, queria ser algo mais.

Víamo-nos todos os dias, almoçávamos muitas vezes juntos e íamos ao cinema. Um dia, ele convidou-me para ir a casa dele e descobri a história do Sasuke.

***

Ela tocou a porta um pouco nervosa, afinal era a primeira vez que ia à casa dele. Não demorou muito para ele abrir. Pediu que entrasse e sentaram-se no sofá. Ele foi ver se o jantar já estava pronto, enquanto ela observava a sua sala de estar. Era simples, aliás toda a casa era. Não era muito grande, no máximo teria 3 quartos e só tinha um andar. Ele tinha-lhe dito que vivia sozinho mas não tinha adiantado o assunto, nem mesmo quando ela lhe perguntou sobre a família.

De repente ela olhou e viu um porta-retratos sobre a mesinha. Instintivamente ela pegou-o e olhou-o. Lá estava o Sasuke mais 3 pessoas, uma mulher muito bonita que devia ser a mãe, um homem alto, que deveria ser o pai e um rapaz um pouco velho muito parecido com o Sasuke que deveria ser o irmão, pensou Sakura.

- Esquece isso…

Sakura assustou-se com a voz fria dele. Sasuke tirou-lhe bruscamente o porta-retratos e pousou-o sobre a mesinha, pegou na mão dela levou-a até a cozinha. Comeram em silêncio e Sakura sentia um ambiente tenso, mas não sabia o que fazer.

Depois do jantar, sentaram-se os dois no sofá. O silêncio ainda permanecia, cada vez mais asfixiante. Sakura não aguentava mais.

- Porque não dizes nada Sasuke?

Sasuke continuou calado e Sakura suspirou.

- Se tu não queres falar comigo, eu vou-me embora.

Dito isto Sakura levantou-se, mas Sasuke agarrou-lhe no pulso.

- Espera! Não vás. Que queres saber?

- Eu quero saber mais sobre ti, sobre a tua vida. Eu contei-te tudo sobre a minha família, mas tu não me dizes nada sobre a tua. Percebo se tu não quiseres me contar, mas pelo menos explica-me porquê.

Sasuke suspirou e encarou-a.

- Desculpa, mas eu não costumo falar da minha família a muita gente. Penso que só o meu amigo Naruto é que sabe.

Sakura voltou a sentar-se e decidiu olha-lo.

- Aquela foto – Disse olhando para o porta-retratos – foi tirada quando eu tinha 7 anos. Eu vivia nesta casa com os meus pais e com o meu irmão mais velho. Na altura eu era muito feliz, mas 4 anos depois de esta fotografia ter sido tirada eu tinha ido ao jardim zoológico com os meus pais, o meu irmão e a namorada dele. Quando vínhamos de volta para casa nós tivemos um acidente por causa dum tipo bêbedo que vinha em contramão e com excesso de velocidade. Nesse maldito acidente todos morreram, excepto eu. Segundo os médicos fiquei em coma durante dois meses, mas quando acordei e por fim tive alta é que tive a consciência do que me tinha acontecido. Como tinha ficado órfão e não tinha mais família fui para um orfanato. Foi ai que conheci o Naruto e graças a ele não me senti tão sozinho. Porém, nem o Naruto, nem eu conseguimos aguentar por muito tempo naquele lugar horrível e fugimos de lá com 14 anos. Sofremos muito, nós estávamos sozinhos num mundo onde ninguém queria saber de nós. Por sorte, encontramos pessoas que se importaram connosco e por isso, graças a eles, agora, aqui estou eu. E esta é a minha história…

Sakura abraçou Sasuke enquanto chorava compulsivamente. O rapaz também a abraçou com força e assim ficaram por muito tempo.

***

Cada vez mais eu sentia que estava completamente apaixonada pelo Sasuke, contudo sentia-me triste pois pensava que, por mim, ele sentia apenas amizade e isso magoava-me muito. No entanto, houve um dia onde isso mudou.

***

No dia 15 de Março havia sempre um festival de primavera em Konoha, em que toda a vila participava. Sakura, desde pequena, ia todos os anos com o pai e sempre se divertia, mas devido a uma grave doença, nesse ano, o Sr. Haruno tinha morrido deixando a Sakura órfã, já que ela nunca tinha conhecido a mãe. Então, a rosada convidou Sasuke para ir com ela. Primeiro, o rapaz estava relutante em ir, mas depois decidiu aceitar.

Caminhavam juntos pelas ruas, ela com um belo Kimono branco e rosa e ele com uma camisola branca e uns simples jeans.

- Menina quer tentar ganhar um peluche?

- Oh, que ursinho mais querido! Quero tentar! - Disse determinada.

Apesar da determinação, Sakura não conseguiu derrubar nenhuma latinha. Afastou-se da barraquinha muito desanimada e Sasuke ficou com um pouco de pena da rapariga.

- Espera um pouco.

Sakura acenou com a cabeça e 5 minutos depois Sasuke trazia o ursinho que ela tinha desejado. Abraçou o ursinho com força.

- Muito obrigada Sasuke-kun.

- De nada… - disse sorrindo.

***

-Onde me levas, Sakura?

- A um sítio lindo para vermos o fogo-de-artifício!

Desde pequena que adorava o fogo-de-artifício e o pai sempre a levava para ali. Ele contava-lhe que foi ali que ele se declarou a mãe dele e Sakura sempre quis ir aquele lugar com aquele que um dia amaria e agora ela cumpriria esse sonho.

Chegaram ao cume de um pequena colina repleta de árvores e arbustos. O solo era coberto de uma relva verde e macia. De lá podia-se ver a vila toda iluminada. Como era bela a paisagem que os olhos de ambos contemplavam.

O fogo-de-artifício começara na cidade e da colina, eles tinham um lugar privilegiado para o ver, apenas os dois. O céu estava enfeitado de diferente cores, cada uma mais bela que a outra e naquele momento Sakura sentiu a mão dela ser envolvida por outra maior. Olhou para o lado e viu Sasuke mirando-a, tal e qual como na primeira vez em que se viram. Ela não pode evitar corar e desviou o olhar.

-Olha para mim.

Sakura virou-se para ele, ainda corada. Ele aproximou-se ainda mais dela e com a mão livre puxou-a pela cintura, fazendo-a ficar ainda mais perto. Ela sentia a respiração dele na sua cara. Ele foi-se aproximando até que os seus lábios frios tocaram nos lábios quentes dela. Sakura, no momento, ficou sem reacção, mas quando tomou consciência do que estava a acontecer, deixou o ursinho que tinha na mão direita cair no chão e agarrou a camisola de Sasuke. A outra mão ainda estava entrelaçada na mão do Sasuke.

Assim que separaram os lábios um do outro, abraçaram-se, ainda com as mãos dadas.

- Nunca senti isto por ninguém. Sakura… Casa comigo!

- É o que eu mais quero meu amor.

E voltaram-se a beijar.

***

Deitados na relva, sem qualquer roupa, Sasuke e Sakura estavam abraçados. Ele acariciava os cabelos rosados, vendo-a dormir. Com a mão, pegou nas calças e tirou algo do bolso. A caixa de veludo azul-escuro agora aberta mostrava um anel de noivado. Sasuke observou-o por momentos e tirou-o da caixa. Pegou na mão direita de Sakura e colocou o anel no dedo anular. Sakura ainda dormia, serenamente, não dando por nada. Ele ainda observou a mão dela por uns instantes, deu um beijo na mão dela e deixou-se adormecer.

***

Casamos 1 mes e meio depois. Naruto disse que deveríamos ficar mais tempo noivos mas nem eu, nem Sasuke ligamos. Foi um casamento simples, mas lindo. Apenas foi o Naruto, mais uns colegas do Sasuke, as minhas amigas da faculdade e os meus padrinhos, Tsunade e Jiraya.

***

Sakura estava mais nervosa que nunca, afinal ia-se casar. Dali a uns instante deixaria de ser Sakura Haruno para ser Sakura Uchiha. Essa ideia dava-lhe voltas ao estômago.

- Estás linda amiga! - Hinata e Tenten exclamavam estupefactas.

- Estás simplesmente deslumbrante...-Disse Ino

-Obrigada meninas.

O vestido de Sakura era lindo... Era branco com pequenos detalhes em rosa. Os cabelos compridos de Sakura tinham sido deixados soltos e levemente ondulados. O véu caia-lhe magnificamente até ao fim do vestido.

***

A música começara e Sasuke estava parado no altar quando olhou para a rosada parada na entrada. Ficou maravilhada com a visão. Como é que ela podia ficar ainda mais linda do que já era?

Ela caminhava lentamente ao longo da pequena igreja. Tremia de nervosismo e mal conseguia olhar Sasuke, parado no altar. Depois de uma eternidade, na opinião de ambos, ela chegou ao altar. Sasuke estendeu-lhe a mão e ela timidamente a agarrou. Sasuke sorriu-lhe, mostrando-lhe que não deveria estar tão nervosa, ela sorriu de leve e respirou fundo. Aquilo não custaria nada.

***

- Sasuke Uchiha, aceitas Sakura Haruno como tua futura esposa e prometes ama-la e respeita-la, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da vossa vida?

- Sim.

- Sakura Haruno, aceitas Sasuke Uchiha como teu futuro marido e prometes ama-lo e respeita-lo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da vossa vida?

-Sim, eu aceito.

Depois da troca das alianças, o padre proclamou o fim da cerimónia.

- Declaro-vos, agora, marido e mulher. Agora o noivo pode beijar a noiva…

Sasuke sorriu de canto e aproximou o rosto de Sakura e deu-lhe um pequeno beijo.

Todos os convidados bateram palmas e quando eles saíram choviam pétalas de flores e grãos de arroz.

Ambos estavam felizes. Com certeza nenhum deles esqueceria aquele belo dia.

***

Nunca imaginei que o meu casamento fosse tão perfeito, foi ainda melhor que nos meus mais lindos sonhos e o meu Sasuke-kun foi tão querido. Na lua-de-mel fomos ao Hawai e divertimo-nos muito lá, porem aquela loira oxigenada não largava o meu marido (como eu adoro dizer isto), mas isso já é outra história.

Continuando, nós estávamos muito felizes. Viemos viver para a casa dele. Eu dei-lhe um toque meu e ficou perfeita para nós.

Sasuke continuava a trabalhar como policia e eu estava a fazer o estágio, mas não demorou muito a termos uma conversa que eu não estava à espera tão cedo.

***

Era sábado a noite. Sasuke e Sakura estavam no sofá a ver um filme, ambos cobertos por um cobertor.

- Sakura, eu estou muito feliz contigo e é muito bom estarmos só os dois, mas eu estive a pensar e queria pedir-te uma coisa.

- Que coisa Sasuke-kun?

- Eu sei que estamos casados só há dois meses e se calhar tu pensas que ainda somos novos, mas eu gostava muito de ser pai…

- Sasuke-kun, eu nunca pensei em engravidar agora, queria primeiro acabar o estágio e depois…

- Eu não disse que tinha que ser para agora, mas por favor pensa nisso.

- Eu vou pensar, prometo…

Sasuke sorriu e beijou-a calmamente esquecendo-se por completo do filme.

***

Fui apanhada de surpresa por este desejo do Sasuke. Confesso que pensei muito e por fim tomei umas das decisões mais importantes da minha vida. Se eu o amava e ele amava-me, qual era o mal de termos um filho? Isso só seria a prova do nosso amor. Por fim, sem lhe contar fiz-lhe a vontade. Ainda lembro-me a expressão dele quando lhe contei.

***

Era dia 23 de Julho e Sakura estava radiante e ansiosa que o seu Sasuke chega-se a casa.

Ela tinha preparado um bom jantar, com os pratos preferidos do seu Sasuke-kun. Punha a mesa ansiosa que ele chegasse. Hoje o seu marido fazia 24 anos e ela estava ansiosa que ele chegasse para lhe poder dar a prenda. Tinha a certeza que ele ia ficar feliz…

- Cheguei.

A voz dele soou rouca e cansada, talvez tivesse tido algum problema no trabalho, pensou ela.

- Estava a tua espera Sasuke-kun. Vamos jantar?

- Hum, cheira tão Sakura. Estou a morrer de fome!

Jantaram os dois. Sasuke contava a Sakura o seu dia e o porque de estar tão cansado. Ela ouvia pacientemente.

Depois do jantar sentaram-se os dois no sofá e Sakura decidiu que estava na hora de lhe dar a prenda.

- Sasuke-kun parabéns.

- Obrigada, mas tu já disseste de manhã!

- Eu sei mas agora falta dar a prenda!

- Não precisavas de me dar nada.

- Eu sei…

Dito isto ela pegou na mão dele e a pôs sobre o ventre. A expressão dele foi bastante cómica. Ela a olhava com boca entreaberta e os olhos meio esbugalhados tentando entender o significado daquilo.

Ela gargalhou enquanto olhava para ele.

- Sakura, tu estás…

- Sim, nós vamos ter um bebé Sasuke-kun!

Depois de trinta segundos calado, Sasuke conseguir assimilar a parte do "nós vamos ter um bebé" e olhou para ela ainda um pouco surpreendido mas sorridente.

- Estou tão feliz, minha flor.

Beijou-a calorosamente, como se quisesse demonstrar como era o homem mais feliz do mundo. Só queria gritar a todo o mundo que ia ter um filho com a mulher que amava.

- Espero que tenhas gostado da prenda Sasuke-kun – dizia Sakura depois do beijo.

- Não tenho palavras para dizer o que sinto - dizia o Uchiha ainda com a mão no ventre de Sakura. – Mas olha, tive uma ideia!

- Que ideia Sasuke-kun?

- Vamos comemorar…

Pegou-a ao colo e levou-a para o quarto.

***

Depois disto, Sasuke ficou ainda mais carinhoso comigo. Passava muita vezes a mão na minha barriga, de manhã quando se ia embora, à tarde ou há noite quando chegava e quando íamos dormir. Quando o bebe mexeu pela primeira vez, Sasuke mal cabia em si de contente, e eu realmente sabia que tinha feito bem em ter engravidado.

Passaram-se 8 meses e 1 semana desde que lhe contei que estava grávida e naquele momento estava sentada no sofá a ver um filme na TV. A minha barriga estava enorme e pontiaguda para a frente denunciando que seria um rapaz, embora nos tivéssemos deixado para o ver no parto e assim seria uma surpresa. Não faltava muito para o nosso filho nascer e Sasuke estava sempre a atento a qualquer sinal.

***

Sentada desconfortavelmente no sofá, Sakura não encontrava posição. A sua grande barriga de quase nove meses, segundo as contas dela, estava grande e pesada. Custava-lhe já a andar e já mal conseguia dormir, pois não arranjava posição.

- Estás bem, minha flor?

- Só um pouco desconfortável…

- Queres que eu te leve para a cama, para descansares um pouco?

- Não, ainda é pior, mas obrigada.

Sasuke voltou ao trabalho que estava a fazer na mesa da sala.

Sakura teve um vontade enorme e ir a casa de banho e por isso levantou-se com dificuldade e foi caminhando. Mas quando estava na porta da sala parou e pôs a mão na barriga emitindo um gemido.

- Que se passa? – Perguntou Sasuke-kun olhando para ela, ainda sentado na mesa de trabalho.

Ela respirou fundo apara se acalmar, mas quando olhou para o chão e vi tudo molhado, gritou por ele. Este levantou-se a correr e foi ter com ele.

-Porque é que tu gritaste, aconteceu alguma coisa?

- Sasuke-kun, acho que o bebé vai nascer!

Sasuke-kun ficou paralisado. O seu filho ia nascer agora? Sim, foi isso que ela lhe disse. Depois de tanto tempo à espera finalmente aquela era o momento, o momento em que ia ser pai.

- Sasuke-kun, que estás a fazer ai parado, leva-me ao hospital!

Sasuke-kun finalmente acordou do transe e foi buscar, a correr, as coisas de Sakura e do bebé e as chaves do carro. Pegou na Sakura ao colo e sentou-a no banco de trás do carro.

Sasuke ia muito depressa, teve sorte pois àquela hora não havia muito trânsito, mas por pouco não ultrapassava os sinais vermelhos dos semáforos. Estava com muita pressa e bufava sempre que encontrava alguém ou algo que o atrasasse um segundo que fosse.

- Tem calma! Ainda te multas a ti próprio. – Sakura ria-a, tentando descontrai-lo, afinal quem estava grávida e ia ter o bebé era ela e não ele.

Quando finalmente chegaram ao hospital, ele pegou nela e levou-a para a entrada, sentou-a num banco perto do balcão e dirigiu-se a senhora que lá estava a atender.

- Por favor chame um médico, a minha mulher vai ter o nosso filho – e apontou para Sakura que estava com cara de dor, talvez outra contracção, pensou Sasuke.

- Vou chamar a doutora Shizune, penso que ela está livre, aguarde um pouco.

Sasuke-kun foi ter com Sakura e sentou-se a seu lado. Acariciou-lhe a barriga.

- A médica já vem, aguenta mais um pouco, minha flor.

Ela assentiu e depositou a cabeça no seu ombro.

-Sasuke-kun, vais dar-me a mão durante o parto, não vais?

- Claro que vou! Quero estar ao teu lado.

Entretanto a médica que a senhora do balcão falou chegou. A mulher do balcão apontou para eles e a médica aproximou-se.

- Vou ter que a examinar, para ver se está mesmo na hora, por favor venha comigo. Já venho falar com senhor. – Disse olhando o Sasuke.

Depois de Sakura ter desaparecido com a médica, Ele pegou no telemóvel e telefonou ao naruto.

- Que se passa, Sasuke? Estava ocupado agora? - Uma voz feminina soou do outro lado perguntando quem era.

- Não me interessa se estavas ocupado ou não. A Sakura vai ter o bebé!

- A SERIO? VOU JÁ PARA AI!

- Olha, podes avisar só a madrinha da Sakura e aquelas três amigas dela?

- Sim, claro. Até já.

Logo Naruto chegou acompanhado de Hinata, a seguir chegou Ino e Tenten e no fim Tsunade. Mesmo depois de tanto tempo, A dita médica não vinha dar informações acerca de Sakura, o que preocupava Sasuke.

A médica só chegou uns 15 minutos depois.

- Sr. Uchiha, a sua esposa pedir para o senhor assistir ao parto. Sempre quer ir ver?

- Sim.

Ouvindo "boa sorte" das amigas e da madrinha de Sakura e um " Não desmaies" de Naruto, Sasuke acompanhou a médica.

Depois de devidamente vestido, entrou na sala de partos. Sentou-se a beira de Sakura e deu-lhe a mão.

-Vais correr tudo bem, não te preocupes. -Sakura sorriu.

Durante uma hora, Sasuke só ouvia os incentivos da médica e da enfermeira, os gritos de Sakura e a sentia a sua mão ser constantemente apertada pela rapariga. Por fim, ouviu um choro de um bebe que logo foi dado a Sakura.

- É um menino - disse a enfermeira

E era mesmo. Com um cabelo negro como o dele, enrolado numa manta azul, coberto de sangue, nos braços de Sakura, estava o seu filho. Como era lindo e era dele. Dele e de Sakura.

***

O nascimento do nosso filho foi maravilhoso e nunca esquecer da felicidade em que Sasuke estava, nesse dia.

Hoje o nosso filho tem 3 anos e faz 4 anos que o Sasuke me pediu em casamento. Fomos ao festival e subimos à mesma colina. Sentamos na relva.

- Daichi, não vás para ai! – Sasuke disse ao nosso filho que gatinhava para longe.

Eu levantei-me e peguei nele, voltando a sentar-me, pondo-o no meu colo. Ele assustou-se um bocado com o fogo-de-artifício, mas depois deixou se encantar com a beleza das cores e dos estalinhos.

- Amo-te.

- Eu sei. Também te amo, mas porque isso assim de repente? - Ri-me. Não esperava que Sasuke dissesse isso assim tão de repente.

- Porque me apeteceu.

Sorri. Ele beijou-me de forma carinhosa, aproveitando o facto do nosso filho estar distraído como o fogo-de-artifício.

Afinal ele é o fruto da nossa história. Mal posso esperar por contar ao Sasuke que esta história está preste a dar mais um fruto.

The end