História por Natashia - Revisão por Natashia
Capítulo 1
Amor. Quatro letras que formam uma palavra de significado tão forte. Toda história deve ter um final feliz, como manda o script, com muito amor.
Porém, essa palavra não consta no meu dicionário. Amar, se apaixonar, cair em amores são coisas que outras pessoas sentem, não eu. Não é permitido. Não é bem-quisto. Não é algo que eu tenha curiosidade em sentir. Viver minha vida, sem nenhuma coisa positiva. Ninguém para me proteger. Ninguém para se preocupar comigo. Ninguém para cuidar de mim. Ninguém para me amar. Viver sozinho. E assim ser até o último suspiro de minha vida.
Viver sempre com a sensação amarga de pensar como seria se eu fosse uma pessoa normal, com pensamentos normais, família normal, forma de ver normal. Ter um sonho, um objetivo. Mas isso tudo para mim não passa de uma mera e insignificante ilusão que jamais se tornará algo concreto.
Amargura, vingança, escuridão. Morte. Para os medrosos, a vida seria um inferno, mas para mim já não é lá grande coisa.
Alejandro Hevia. 21 anos. Serial Killer.
Minha família sempre foi a melhor máfia assassina que já existiu no mundo. Temido por todos, meu pai sempre disse ser respeito isso o que os inferiores demonstravam para nós. Mas sei que é medo. Quando se mata todos os tipos de pessoas, existe um momento em que você consegue distinguir medo de respeito. Sem irmãos. Meus pais sabem como é a vida que se leva um criminoso. Ter irmãos e familiares apenas atrapalha a vida profissional. Afinal, como nós, os outros sempre tentam pegar no ponto fraco. Criado friamente, meus pais se esforçaram o máximo para que eu não sinta por eles nenhum tipo de amor fraternal, fazendo assim que eu não faça alguma estupidez caso eles sejam pegos. O que é praticamente impossível. Ninguém nunca sequer tentou matar os chefões de uma máfia agora já estabilizada e consideravelmente invencíveis.
Eu estava indo para mais uma missão. Ou seja lá como se fala a função de "saber quem será a próxima vítima". O lugar em que morávamos sempre fora o mais escondido possível. Claro que havíamos várias moradias espalhadas pelo mundo, mas sempre estávamos localizados no mesmo lugar de sempre.
- Alejandro, preste atenção. - minha mãe me manda um olhar repreendedor que me faz voltar a minha atenção ao meu avô, que não me dava um de seus melhores olhares.
- Voltando ao assunto. A família Morgan nos contratou para exterminar a família Borges, dona da maior empresa petrolífera do mundo.
- E porque deveríamos matar toda família? - perguntei sem interesse. Matar uma família inteira é trabalhoso demais.
- Parece que os chefes de lá induzem os filhos a cuidarem dos negócios no futuro, matá-los é essencial para que a empresa despenque de uma vez.
Uma decisão sensata. Nós nunca ligamos para quantias de dinheiro mas somos milionários. Matar uma família inteira significava aumentar no mínimo uns 2 ou 3 zeros em nossa conta bancária que honestamente, já passara dos 12 zeros. Passamos praticamente o mês inteiro organizando a trama. No final das contas, fiquei apenas com o mais fácil, dar um jeito na filha mais nova do casal Borges.
