1 – O Começo de Tudo.

Há vastos e longos anos atrás, época em que a Soul Society não possuía maiores problemas, os 13 esquadões de proteção eram consideravelmente diferente do que são hoje. Kuchiki Byakuya ainda era uma criança e meu aniki ainda estava servindo como capitão do décimo segundo esquadrão de proteção de Seireitei, Urahara Kisuke. Todas as vezes que eu conseguia falar com ele, sempre me dizia que as coisas iam ser melhores se eu me inscrevesse para novo capitão. Tudo bem que, de fato, se eu entrasse como um novo capitão, não seria grande coisa. Não foi grande coisa pro aniki, por que seria para mim? Porém, a mim, pouco me importava conseguir esse tão cobiçado título de capitão. Eu ia ter que ficar, basicamente, de plantão o dia todo esperando que alguma coisa acontecesse pra eu poder ser mandado por um velho, que falando nisso, mal se move daquela cadeira pra resolver algo. Não, a minha vida não poderia se resumir apenas naquilo, eu sempre esperei algo a mais da minha pós vida.

O velho, no qual eu mencionei há pouco, é o grande capitão Yamamoto. Digo que ele fica com aquele traseiro magricelo sentado, o dia todo, mas é claro, não há como eu dizer que ele é um vagabundo, até porque se ele realmente fosse, eu ia querer, de fato, um dia ocupar o posto dele. Mas aquele velho simplesmente tem uma força oculta escondida dentro de si que, simplesmente, não gosto nem de mencionar. Eu ja vi ele liberando aquela zampakutou uma vez e por incrível que possa parecer, foi lutando comigo.

Assim que eu cheguei neste lugar, o aniki me deu algumas instruções de como criar minha zampakutou e comecei a treinar em um lugar um pouco afastado tanto de Seireitei quanto de Rukongai. Até que um dia essa pessoa, até então, desconhecida, chegou e disse:

- Jovem, porque voce está treinando tanto sozinho? Porque não se alista como shinigami?

È claro que se eu dissesse meus princípios assim, de cara, ele provavelmente ia querer me matar ou algo do gênero. Disse-lhe que fazia aquilo pois precisava proteger pessoas de Rukongai no qual eu devia a vida.

Acho que, até que eu acertei na resposta com aquele velho. Depois do que eu disse, ele abriu um enrugado sorriso e disse que ia me ajudar. Quando eu contei o que aconteceu pro aniki, eu levei um susto ao descobrir que akele velho era o capitão superior de todos os esquadrões e que ele ia, as vezes, para aquela área afastada colher ingredientes para um tipo de comida que ele faz.

Por um longo período de tempo, eu ia até aquele lugar afastado para treinarmos, até a hora que ele disse que eu deveria derrotá-lo e desta vez ele usaria sua bankai. Estava bem confiante com todos os ensinamentos que aprendi, até eu, de fato, ver a bankai dele. Minhas pernas se estremeceram, mas eu tinha que me controlar. Apanhei muito e as queimaduras foram fortes, porém, numa hora de tudo ou nada, finalmente acho que consegui fazer o que ele queria que eu fizesse.

-BANKAI !!

Aquele poder correndo por minhas veias e artérias foi algo inexplicável. Neste momento, Yamamoto, com sua bankai, mostrou um ar de preocupação ao analisar minha bankai. Confesso que eu demorei mais que ele pra entender qual era o meu verdadeiro poder. Parados com nossas respectivas bankais e olhando um para o outro, finalmente Yamamoto esboçou algumas palavras.

- Pois é, meu jovem, você conseguiu passar deste teste. Creio que agora não tenho mais nada a lhe ensinar, e finalmente posso lhe dizer qual meu nome e quem sou eu.

Mal sabia ele que eu ja sabia quem ele era. Porém decidi que após ele dizer quem ele era, eu diria quem eu era também.

- Eu sou...

Neste mesmo momento, uma estranha borboleta preta apareceu por tras do velho e pousou em seu dedo.

- Creio que temos que deixar nossa conversa pra mais tarde. Até mais jovem!

Nesse momento eu realmente não fazia idéia do que estava acontecendo. Voltei para Rukongai e uma notícia me surpreendeu. O capitão do décimo segundo esquadrão, o aniki, estava conduzindo experimentos proibidos e foi expulso de Seiretei junto com a capitã de espionagem Yoruichi. Foi ai que eu disse Fu.

Fiquei esperando o aniki em nossa pequena casa em Rukongai onde eu costumava ficar mais tempo. Cerca de três horas depois, o aniki chegou e me explicou tudo. Disse que estaria indo para o mundo real com Yoruichi. Disse-lhe no entanto, que eu permaneceria em Rukongai e investigaria Seireitei e lhe manteria informado.

Depois de uma breve despedida, o aniki me disse que querai que eu não me revelasse para o Yamamoto e se eu me mantesse longe dos olhos de Seireitei ia ser melhor para ele. Logo após ele abriu um portal e se mandou pra uma cidadezinha chamada Karakura.

Deste dia em diante, comecei a andar por Rukongai desfarçado de mendigo com uma capa que cobria meu corpo tipica de um leproso. Sempre corria atras de informações da seireitei através de contatos ocultos daquele lugar. Vagava pela cidade e, de vez em quando, abria um portal para o mundo real visitar Kisuke. Comecei a andar pela cidade e peguei o hábito de ajudar pessoas em perigo e dar lições em valentões que não pagavam pela comida em restaurantes e coisas afins.

A forma de minha zampakutou era de uma espada normal, porém, para me adaptar à minha nova vida de fugitivo consegui modificar a natureza de minha reiatsu através de técnicas me ensinadas por meu aniki, e fiz com que minha espada se tornasse uma shinai de madeira. Desta forma, eu sempre dava umas surras nestas pessoas de má fé, porém, de forma a não machucar bastante elas, caso contrário muita atenção seria enfocada em mim e alguém de Seireitei poderia me encontrar.

Após todas essas adaptações, voltei ao lugar onde eu treinei por longos árduos anos, e encontrei Yamamoto colhendo ervas e plantas. Olhei e me mandei.