Disclamer: Obviamente Saint Seiya e seus personagens pertencem a titio Kurumada e Cia. Diretos reservados. Essa fic é para fins risonhos apenas! Poema incidental: Soneto da Separação - Vinícius de Moraes - direitos reservados aos seus descendentes - Poetinha honras a você!
Comentários da autora: Mais uma fic da série "personagens" em:... mais uma comédia rasgada. Espero que todos perdoem possíveis erros de uma fic não betada e mais uma fic em aberto.. eu juro que termino todas elas... mas sabem como é... quando a idéia aparece não se deve deixar fugir. Amore mio... Litha-chan... apesar de tudo e qualquer coisa, te adoro.
Milo em: só pode ser sacanagem
Acho que todos já me conhecem... se não conhecem, vejam meu relato sobre o meu dia de sorte e o meu dia de Priscila. Não estou com a menor paciência para me apresentar novamente. Eu pensei que nada no mundo poderia ser pior, mas descobri uma máxima: "se tudo está ruim, não se preocupe, vai piorar!" Máxima certíssima! Não posso reclamar da minha vida. Seria uma sacanagem com os deuses, mas como eles vivem de sacanagem comigo...
Acordei e tudo deu certo. Apenas mais um dia como tantos outros. Amor, casa, trabalho... apenas mais um dia. Constatei, a duras penas, que amo a rotina apesar dela não me amar. Sempre pensei que rotina era coisa de burguês idiota, mas nada melhor nesse mundo capitalista que ser um burguês idiota.
Subir e descer os andares de meu prédio de escada já se tornou uma rotina. Cansei de perguntar a Camus o porquê de pagarmos academia se o nosso "amado" síndico nos proporcionar academia de graça. E mais ainda, com nosso vizinho imbecil (adoro essa palavra), cansei de perguntar o porquê de ainda não termos nos no mudarmos. Encontrar o elevador funcionando aqui é tão raro quanto ganhar um carro na raspadinha. Ter silêncio e ordem é quase tão raro quanto achar um trevo de quatro folhas, nem falo nada acerca de respeito, direito básico de todo cidadão pagador de imposto.
Bom... existem coisas na vida que "se não pode com eles, junte-se a eles". A escada de nosso prédio faz parte da "área social". Nela nos reunimos, encontramos amigos, marcamos almoços e banhos de piscina. Banhos de piscina é um caso à parte... a piscina de nosso prédio é criadouro de mosquito ou ponto de discórdia. Não sei ainda do quê exatamente estou reclamando. Eu tenho piscina! E pago por ela! E, mais ainda, teoricamente tenho o direito de usá-la!! Tolo que sou. Tolo que somos!
- Milo, larga este PC! As malas já estão prontas!
- Calma. Temos todo o tempo do mundo!
Camus se aproximou e leu os parcos parágrafos. Nunca foi um homem de muito riso, mas seu "marido" - no caso este pateta que vos fala - sempre arrancava alguns dele. Talvez esse seja o maior atrativo de Milo, deste Milo. Em poucas palavras sou capaz de resumir tudo. Felizes, sim, mal acomodados, talvez, enrolados, certamente.
Estávamos com as malas prontas para viajar. Alguns dias de merecidas férias quando, de repente (como diria o poeta) não mais que de repente...
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
- Camus, fecha a janela! Está um frio dos infernos gelados do Cocytos!
- Milo... eu sei que você não gosta de frio, mas isso já é exagero! - Camus vociferou entre mal-humorado e preocupado.
Camus tinha toda razão por estar preocupado. Olhei para o nosso "amado" termômetro na parede e a temperatura passava dos 28 graus centígrados. Alguma coisa só podia estar errada comigo. Era sempre assim. Férias e algo errado acontecia. Definitivamente sou uma pessoa de sorte!! Ele colocou a mão na minha testa...
- Milo!! Você está queimando em febre!!
- Só pode ser sacanagem!!
