Ada fechou mais o roupão contra o peito quando o vento gelado veio ao seu encontro, sem porém se atrever a sair da varanda apesar do frio. Já não tinha mais certeza sobre há quantos dias estava presa naquele lugar, uma base militar secreta localizada numa ilha no pacifico norte dos Estados Unidos. E aquela varanda tem sido sua única lembrança sobre o que era ser livre.

La em baixo ela podia ver os cachorros do exército – como ela carinhosamente se referia aos soldados – os faróis e todo o esquema de segurança feito só para mantê-la isolada ali. O apartamento amplo, a decoração moderna, e todo o luxo posto a sua volta nunca a fizeram se enganar sobre a sua real condição de prisioneira. Cativa em sua cela de luxo. Ada sempre teve um pressentimento de que um dia acabaria presa, poderia até dizer que já esperava por algo assim, sua prisão ou sua morte, mais cedo ou mais tarde... foi a vida que escolheu, não foi? Não foi nenhuma surpresa, na verdade, a única coisa que ela definitivamente não esperava, era que justo ele fosse seu algoz.

Sentiu um toque de melancolia ao escutar os passos dele chegando e se aproximando, pois sabia que o homem que estaria diante de si, não era mais aquele quem ela tanto amava ver. Leon não era mais o jovem policial que ela conheceu em Raccoon City, não era mais o agente galanteador que ela encontrou na Espanha, nem era mais aquele herói sem ambição de poder, altruísta, quase um cavaleiro que saltou de um livro de contos de fadas cujo o único objetivo era proteger os mais fracos. Aquele Leon pacífico e doce morreu em algum lugar que Ada não sabe onde, ou quando exatamente.

Desde a ultima guerra mundial, uma guerra biológica sem precedentes, que bateu a marca de mais de 1 bilhão de mortos entre soldados e civis por todo o mundo, cidades e países inteiros devastados pelo caos, os militares assumiram o governo dos Estados Unidos, não foi uma ditadura... ou pelo menos é o que eles dizem, mas ainda assim, um fato inédito na historia. E com a convocação das novas eleições e a escolha de um novo Presidente, Leon Scott Kennedy foi nomeado o Secretario da Defesa e responsável pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Se tornando assim, um dos homens mais poderosos do mundo atual, e ainda reza a lenda que é mais do que isso, que nem mesmo o próprio presidente se atreve a lhe dar ordens.

Ada jamais conseguiu odia-lo por isso, não poderia mesmo que quisesse. Já lidou com homens assim antes... e já matou homens assim. Mas nunca mataria Leon, assim como foi por ele, que nunca tentou fugir dalí. Por mais idiota que isso fosse. Ainda sem saber se era por esperar que em algum momento o Leon que ela mais amou voltasse a aparecer, ou se simplesmente cansou de fugir, afinal, como faria? Ainda mais agora...

" – Não está frio demais para ficar aí fora?"

A voz rouca dele cortou o frio e atingiu Ada em cheio, se fosse só pelo timbre daquela voz, seria como se nada tivesse mudado, e é por isso que amava ouvi-la.

" – Pois acho que está abafado aí dentro." – Escutou o suspiro dele como resposta. Não precisava olhar para saber que ele estava rindo. Amava o sorriso dele, mas agora, já não sabia mais, pois por trás daquele sorriso, já havia um outro homem, havia um homem poderoso, rancoroso, vingativo e mandão, como tantos outros que um dia ela costumou desprezar. Mas este homem, era Leon e por isso, Ada não sabia o que fazer. Assim como não sabia o que fazer quando ele se aproximava e a tocava, exatamente como estava fazendo agora, tocando seus ombros e percorrendo seus braços até tomar suas mãos entre as dele. As mãos frias daquele homem ainda eram calejadas, lembrava ainda as mãos do velho Leon... aquele que antes, tinha o toque quente.

" – Entra. Tenho uma surpresa pra você."

Entraram juntos naquilo que tem sido sua confortável cela de luxo, onde Leon a guiou até o sofá, onde um embrulho repousava sob a mesa de centro. Ada sentou-se e aguardou que Leon o abrisse, revelando uma garrafa de vinho francês que ela bem sabia ser bastante caro. Antes da guerra, custava em torno de 13.000 dólares americanos a garrafa.

Ada parou para observa-lo enquanto buscava um par de taças, com cabelo mais curto conforme sua nova posição exigia, alguns fios grisalhos espalhados pela cabeça, o terno bem cortado e a gravata azul que realçava a cor dos olhos, os mesmos ombros largos e em boa forma física... Leon ainda era um homem muito bonito, isso ela não podia negar.

" – Eu nem acreditei quando recebi essa garrafa. Mal pude esperar para te mostrar. Não consigo acreditar que alguém tenha guardado algo assim." – ele disse, visivelmente forçando um entusiasmo que não estava ali enquanto tirava a gravata, o paletó e desabotoava os dois primeiros botões da camisa. Leon colocou as taças sob a mesa, abriu o vinho e serviu-o.

Ada tomou a taça entre as mãos, mas não se atreveu a beber. " – E como você conseguiu compra-lo?"

" – Não comprei. Ganhei." – Ele respondeu após um longo gole. Leon não queria desfrutar do vinho ou sequer tinha qualquer interesse nele. Estava apenas tentando forçar um assunto com ela e estava visivelmente irritado e cansado. " – Não vai beber?" ele perguntou, provavelmente reparando que ela não deu nenhum gole sequer.

" – Não. Obrigada." – Pronto, agora sim, ela sabe que o irritou.

Leon esvaziou toda a taça em um único gole e então se levantou. " – Escute, Ada... eu estou tentando, ok? Eu estou tentando!"

" – Pois não está tentando o suficiente."

" – Escuta, não fui eu quem botou um amante entre nós. Não foi você quem me encontrou me esfregando com outra mulher!"

" – Ora, eu não tenho nem como ver, já que sou sua prisioneira! Você faz o que bem entender longe das minhas vistas e sabe muito bem disso, não preciso te repetir a listinha de mulheres que você sempre mantém por perto enquanto eu vivo presa aqui."

Ada se levantou e caminhou até a porta de vidro novamente, olhando para fora, mas dessa vez sem sair para a varanda. Pôde escutar os passos firmes dele caminhando em sua direção e mais uma vez, sentiu o toque gelado dele eu rosto.

" – Que mulheres, amor?" – Ada sabia que ele foi fingido, com uma doçura tão bem fingida que quase a convenceu. " – Sabe muito bem que você é a única... sempre foi a única, e a minha única fraqueza."

Sim, ela sabia muito bem que não foi "a única" literalmente falando, mas entendeu o que ele quis dizer.

" – Leon... nunca houve amante algum. Aquilo não foi nada, foi um beijo. O que você viu foi um lapso de fraqueza de uma mulher eu já está as portas de surtar por sua causa." – Ela respondeu com a maior sinceridade que podia, mantendo a calma quanto sentia o toque das mãos dele em volta do seu pescoço, com mais força do que seria em um simples carinho. Ela sabia... ele só queria sentir seu pulso e tentar descobrir se ela mentia. " – Por que me trata assim?" – Disse, por fim, tirando as mãos dele de si.

" – Assim como?" – E Ada o detestava quando ele se fazia de inocente.

" – Como se eu fosse sua propriedade."

Leon sorriu. " – Não..." – deu-lhe um beijo delicado nos lábios. " – Talvez tenha apenas me tornado ambicioso uma vez na vida. E fazer o que tivesse ao meu alcance para te ter comigo, já que passei a acreditar que te merecia mais que qualquer outro. E talvez tenha sido você mesma quem me deixou assim." – Ele a beijou mais uma vez.

Poderiam haver varias explicações para todas as mudanças sofridas por Leon e até por ela, mas era injusto que apenas ela levasse a culpa. Não havia nenhum amante, nenhuma traição. Leon não manteve sua palavra, fora ele quem não cumpriu com o acordo que ele mesmo propôs. E pouco tempo depois do casamento, Ada nunca se vira tão presa, justo ela que sempre foi uma mulher livre... sob a desculpa de que era para sua própria segurança, Leon ficava cada dia mais paranoico, desconfiado e tirando cada dia mais a liberdade dela e pior... agora ele tinha poder para isso. Chris Redfield era um dos poucos amigos de Leon que os visitava constantemente, promovido recentemente a Coronel da Força Aérea tinha passe livre para ir e vir dentro de qualquer base militar e ao lado dele, Ada sempre pôde andar longe dos "cachorros" a mando de Leon, e embora Redfield também fosse um deles, a ex-espiã gostava do desafio de provocar o sujeito que há nem tanto tempo, simplesmente a odiava. Até que um dia, em uma caminhada pela orla da praia, aconteceu um beijo. Um momento infeliz, pois não sentia nada pelo coronel assim como possivelmente ele também não sentia nada por ela, infeliz porque tiveram uma testemunha e por isso não poderiam mais simplesmente fingir que não aconteceu, e mais infeliz ainda... porque essa testemunha foi Leon.

Quando deu por si, ela e Leon já se beijavam, o beijo dele era longe de ser doce, era sedento e selvagem e foi nisso que tudo se tornou depois da guerra, depois das mortes, da sede de Leon por poder... e depois de Redfield. Até o ato de fazer amor com ele se tornou algo vil que liberava nos dois aquilo que tinham de mais obscuro. Seguiram até o quarto, se livrando de suas roupas até finalmente se jogarem na cama.

Ada mordeu os lábios conforme sentia as mordidas de Leon em torno de sua mandíbula e pelo pescoço até que finalmente chegou em um dos seios sugando-o com avidez, muito longe de ser delicado até porque, ele sabia que era assim que ela gostava. " – Eu estava lembrando... da primeira vez que nos vimos depois da guerra, naquela cadeia suja e mal acabada na Russia, quando eu jurei pra mim mesmo, que eu nunca mais permitiria que algo assim acontecesse outra vez, que ninguém nunca mais encostaria em você outra vez, que eu te traria para perto de mim e te protegeria com tudo o que tenho."

Sim... ela também lembrava. Quando os Estados Unidos finalmente invadiram a Rússia, e Leon a tirou do cativeiro por onde ficou quase seis meses. Não foi tão horrível quanto Leon se lembra... ele além de ranzinza também ganhou o dom de ser dramático, ela era uma espiã qualificada e estava treinada a passar por aquilo, mas de alguma maneira, alquilo mexeu com o ex-agente. Ele a soltou de suas correntes e a tomou nos braços, ele dispensou todos os soldados, toda a equipe medica e fez questão de cuidar pessoalmente dela, sozinho. Ada tinha o pijama de presidiária rasgado e sujo de sangue, e deveria estar mesmo muito machucada mas nada disso teve importância quando Leon beijou cada uma de suas feridas e terminaram fazendo amor ali mesmo.

Ada sentia falta daquele homem, doce e preocupado, humano e tão pacifico que ele foi até aquele dia, e ainda amava Leon, muito embora esse amor tenha sido moldado de uma maneira tão diferente e lhe causado tanta amargura. Sentia falta do ar inocente que ele tinha, plácidos olhos azuis que sempre lhe transmitiam paz e agora só raiva e desconfiança, que a faziam se sentir uma presa quando estava ali, nua embaixo dele aproveitando o prazer que ele lhe dava com a mão de maneira tão firme e dura fazendo-a morder os lábios dele por entre o beijo e só parar quando sentiu o gosto do sangue.

Foi levada como prisioneira para os Estados Unidos, lugar onde Leon passou a ver inimigos até na própria sombra, tornou-se cada dia mais ávido por poder e controle... dizia que era preciso ter muito poder quando se tinha muito a proteger, e Ada era obrigada a ficar somente na expectativa. Sem poder lutar, perdendo sua independência, sendo obrigada a ver Leon negociar perdões e anistias para ela, o que não veio. A cadeia foi inevitável e Leon se tornou ainda mais frustrado. Ada poderia fugir... mas as promessas de Leon só aumentavam de tamanho e ficavam cada dia mais substanciais, mais reais, assim como o numero de visitas intimas que ela recebia dele. Conforme Leon foi chegando ao topo, o relacionamento dos dois foi ficando cada dia mais sujo, mais mal visto, mais inapropriado... então veio o pedido de casamento... o pedido de casamento mais horrível que uma mulher poderia receber, mas mesmo assim Ada aceitou, assim como o pacote de promessas falsas. Ele disse que respeitaria sua liberdade, mas era mentira. Disse que não se importaria se ela tivesse outros homens, mas ele se importa. Disse que tudo o que ela precisava fazer era aceitar casar com ele, e sua liberdade estaria garantida, mas no entanto, saiu da cadeia para estar presa a ele.

Gritou quando ele entrou nela, de uma vez e sem muito cuidado, Ada o abraçou forte arqueando as costas com a onda de prazer súbita que tomou conta de todo seu corpo, buscando desesperadamente acomoda-lo melhor entre as pernas enquanto ele se movia dentro dela, as pernas se enroscavam e os lençóis eram arrancados do colchão tanto era a selvageria que seus corpos buscavam um ao outro. O orgasmo quando veio foi tão intenso que Ada sequer sentiu ele derramar seu sêmem dentro dela e tão exausta que so percebeu que ele acabou quando escorregou o pau agora flácido, pra fora dela.

Ada deixou que ele deitasse a cabeça em seu peito, ela sabia que ele escutava as batidas de seu coração, ele era sempre carinhoso depois do sexo e ela o amava por isso, um afeto delicado depois de sexo selvagem era um dos poucos resquícios que sobrou do velho Leon.

" – Redfield foi enviado para a Africa." – Ele tocou no nome do coitado justo agora, ela sabia que foi com a intenção de magoa-la. " – É uma das ultimas missões de limpeza que os Estados Unidos irá participar... eu honestamente espero que ele morra por lá."

" – Por que fez isso, Leon?"

" – O quê? Está preocupada com ele?"

" – Não. Estou preocupada com você. Você deveria saber melhor do que qualquer um que aquele maldito beijo não significou nada. Absolutamente nada. E se o irmão de uma grande amiga morrer por ordens suas, você o fez por nada. Não quero você se culpando por ter tomado decisões baseadas na sua paranoia!"

" – Paranoia?!" – Ele levantou a cabeça, exaltado.

" – Sim. um beijo, sem nenhum significado e eu nem gostei, ele também não. Mas mesmo que nós tivéssemos fodido ali mesmo, isso não te diz respeito! Você me disse, com todas as letras quando me pediu em casamento que não se importava se eu tivesse outros homens e que você também poderia ter outras mulheres. Você não tem o direito. Eu beijei sim, beijei porque EU QUIS!"

Leon pôs-se de joelhos e atirou-a para longe dele, seus olhos transbordavam raiva. " – Sim, eu tenho!"

" – Não tem não. Você me prometeu liberdade e por isso aceitei vir com você. Eu poderia fugir, ir embora, mas não fui. Eu poderia ter trepado com o Redfield e toda a tropa dele se eu quisesse, mas não fiz. Não fiz porque EU não quis, e não porque você me controla."

" – Porque eu sou o seu marido, e porque eu amo você. Justo você. Quem mais nesse mundo, poderia te amar assim?" – Ele sussurrou, com tristeza.

" – Parece que você é mesmo o único."

" – Por que, Ada? Por que justo ele?"

Ada não sabia se tinha uma resposta. Chirs nunca sequer a atraiu, e em contra partida, ele sentia uma forte repulsa por ela, por mais que ele tentasse agir com a razão sabendo que não foi ela quem matou seus amigos na Edonia, ele simplesmente não conseguia olhar para ela sem lembrar da Carla. Não existia muita explicação para aquele beijo. Seria possível duas pessoas se beijarem porque se detestam? Não podia responder pelo Redfield, mas podia tentar responder por ela. " – Porque... naquele momento, ele me lembrou você. Ou o homem que você costumava ser. Olha pra gente... eu não me reconheço mais, eu não te reconheço mais. O que houve com o policial que eu conheci? Em que momento ele ficou tão parecido com o Simons?"

Ela sabia que aquilo foi um golpe baixo, mas não era de tudo mentira. Um verdade exagerada, mas talvez uma verdade exagerada que ele precisasse ouvir antes que fosse tarde.

" – Sente nojo de mim?" – Perguntou ele. " – Acha que somos tão diferentes? Quando eu olho pra trás e vejo tudo o que passamos, todas as mentiras e desencontros, eu chego a conclusão que esse monstro que eu me tornei é o que precisei me tornar para poder ficar ao lado de alguém como você, Ada."

Ada nunca foi mulher de se deixar machucar por palavras. Até porque, ela sabe muito bem quem ela é, o que ela foi e tudo o que fez. Leon não deixava de ter razão. Também nunca foi mulher de se culpar, mas foi sua fraqueza em se envolver com ele, ha muitos anos, quando ainda eram tão jovens, que por fim carregou um homem bom para o caminho que ela nunca quis que ele fosse.

" – Você tem toda razão." Aceitou por fim. Desistiu. " – Parece que no final você se tornou perfeito pra mim. Um monstro merece outro monstro. Você se tornou o que se tornou, e fez de mim a sua mulher, e agora, eu também sou obrigada aceitar, dolorosamente, que monstros também se reproduzem. E que destino você espera para essa coisa que nós fizemos, se siga a minha monstruosidade ou a sua?" – vomitou as palavras todas de uma vez, quem sabe assim ele pudesse entender que por mais fria que ela pareça ser, ela estava de fato, apavorada.

Depois dos dez segundos mais longos da vida de Ada, ele perguntou finalmente: " – Do que você esta falando?"

E quando demorou para encontrar voz outra vez, Ada percebeu o quanto se sentia, com medo e sozinha todo esse tempo. " – Eu estou grávida, Leon. Você entende agora?"

Com medo e sozinha, por não se orgulhar de quem era, nem de muita coisa que fez, por estar tão presa fora de seu habitat natural, com pessoas que ela detesta, e para piorar toda a situação, o pai dessa criança já não era mais o homem que ela pesava ser capaz de ser o exemplo e suporte que uma criança precisa. Que loucura ela estava fazendo em trazer alguém ao mundo só para viver essa maldição? A verdade é que desde que se reencontraram, nunca tomaram qualquer tipo de cuidado, mas durante todo esse tempo, uma gravidez nunca aconteceu... ambos não se preocupavam com isso, achavam que talvez o tempo disso acontecer já tivesse até passado... mas então, aconteceu. Desistiu de buscar qualquer palavra de conforto ou sinal de apoio por parte de Leon que apenas olhava para ela, atônito, visivelmente pensando em mil outras coisas, talvez em até se o filho era mesmo dele ou não. Fechou os olhos e deixou-se afundar no travesseiro, exausta.

Foi quando sentiu a mão forte e calejada de Leon pousar sobre sua barriga. Abriu os olhos e um alivio tomou conta de si ao ver a expressão no rosto de Leon, que sorria como há muito tempo não o via sorrir, e tinha uma emoção tão genuína que naquele minuto, foi como se o velho Leon estivesse ali de volta. Ele se aproximou mais de sua barriga em então tocou-a com as duas mãos, como se quisesse ter certeza que aquilo era mesmo real. " – Ada! Por Deus!". Sentiu cócegas com os beijos que ele dava em seu ventre. " – é meu..." ele sussurrou, e Ada sabia que não foi uma dúvida, nem uma pergunta, mas somente uma constatação... Embora seu lado sádico quisesse muito provoca-lo perguntando se ele criaria um filho do Chris.

Não demorou ate que o beijos ternos de Leon se tornassem mais quentes e saíssem da barriga, ventre até chegar entre as suas pernas, tinham feito amor há menos de 20 minutos, o gozo dele ainda estava dentro dela e em suas coxas, mas ele não era homem de se importar com essas coisas na hora de lhe dar prazer e em um instante Ada já queria apenas mais uma dose dele também. A novidade do dia não foi o suficiente para faze-lo entrar nela com menos paixão, nem para que seus corpos fossem menos urgentes um pelo outro, o beijos ferozes e os gemidos entrecortados ecoavam pelo quarto assim como o som alto de seus quadris batendo com força um contra o outro, Ada sentia já aquela dor conhecida nos rins sempre que se amavam com toda a força que tinham. Num movimento rápido, inverteram as posições, e com ela suada e montada no corpo suado do marido, cavalgando nele enquanto ele mesmo também não parava de se mover nela pra cima e pra baixo até que finalmente chegaram juntos ao gozo.

Ada sentiu uma pontinha de culpa pelos arranhões que deixou do peito pálido de Leon antes de se deixar cair sobre ele, sabia que muito provavelmente ele também tinha unhadas nas costas. Sentiu o conforto do abraço dele depois, e os beijos que ele depositava em seu cabelo despenteado.

Então ele a abraçou mais forte e disse. " – minha..."

Um arrepio percorreu a espinha de Ada deixando-a quase incomodada, mas não o suficiente para estragar o momento. " – Não... não sou sua." Ada Wong sempre pertenceu a si mesma, e mesmo casada, presa e com o filho dele no bucho, ela nunca, jamais seria... dele.

Continua...