Disclaimer: Esta fic é baseada nos personagens do manga/anime Inuyasha cujos direitos autorais pertencem a Rumiko Takahashi. Está fic é universo alternativo e não possui fins lucrativos.
N/A: Ai to tão emocionada, minha primeira fic de Inuyasha \o/. Bem por favor gente leiam eu sei que não vai parecer que é o casal que é agora, mas tudo vai ser explicado mais pra frente, este primeiro capitulo é praticamente um prólogo
:: Capitulo 1 :: Okayama
Andava apressado, quase correndo, pelo canto de seus olhos passavam imponentes propriedades com grandes portões de ferro em suas entradas. Dobrou a esquina e ali já via uma rua cujas casas eram mais modestas, duas realidades distintas, separadas por muito mais do que apenas aquela rua que cortava o caminho entre um quarteirão e outro. Mas o jovem adolescente que continuava seu caminho a passos largos não se importava, tinha um destino e queria chegar logo nele, seus cabelos longos e prateados balançavam a pouca brisa daquela manhã quente do verão que mesmo no fim continuava escaldante e as orelhinhas de cachorro na ponta de sua cabeça mexiam freneticamente. Parou em frente a uma pequena casa de dois pisos pintada numa tonalidade muito clara de azul, bateu na porta branca com uma plaquinha "Um lar feliz", mas a pequena figura com cara triste que lhe abrira a porta não dava a impressão de que a placa estava certa.
-Feh, sai da frente piralha.
A garotinha, com não mais que 10 anos, de cabelos negros que desciam um pouco abaixo dos ombros, que estavam presos em uma trança frouxa, e usava um vestidinho jardineira, apenas se escondeu atrás da porta. Atitude que apenas irritou mais o garoto.
"Diabos pra piralha não me xingar, nem tentar bater a porta na minha cara alguma coisa muito errada deve estar acontecendo..."
-Ele está no quarto.
A voz normalmente fina e infantil soou rouca como se tivesse dificuldade para montar as palavras. E mesmo ela estando escondida atrás da porta seus sentidos perceberam que ela segurava o choro. Correu escada acima e entrou no primeiro quarto, sem bater na porta. O que encontrou o fez estancar ainda segurando a maçaneta, um jovem aparentando sua idade estava com duas caixas abertas em cima da cama e guardava nelas as roupas que antes lotavam seu armário. Ao som da porta se abrindo ele parou com o que parecia um moleton muito amassado nas mãos a meio caminho de uma das caixas, sua expressão não parecia muito diferente da garotinha que abrira a porta. Mas este pelo menos tentara um sorriso, enquanto colocava o moleton na caixa e virava novamente pro amigo, sentou na cama e fez sinal para que o outro fizesse o mesmo na cadeira em frente à mesinha.
-Olá Inuyasha, desculpe ligar a essa hora, mas como você pode ver não dava pra esperar.
Falou o jovem sentado à cama, possuía cabelos pretos e curtos e olhos de um azul muito escuro que se assemelhava ao oceano à noite. O outro jovem cuja expressão irritada de antes se transformara em tão ou mais melancólica do que a dos habitantes da casa, largou-se pesadamente na cadeira que o amigo havia lhe indicado e levantou seus olhos amarelo-dourado para ele.
-Então vocês vão se mudar – o outro apenas consentiu com a cabeça – e pra onde vão?
-Você sabe que as coisas não andam fáceis por aqui desde que papai morreu e ontem o vizinho do vovô ligou, parece que ele está doente e ele cuida do templo da cidade, mamãe vai assumir as tarefas do templo e cuidar de vovô, vamos nos mudar pra Okayama.
-Mas quando seu avô melhorar vocês voltam não é?
-Não é tão simples, mamãe disse que vovô não pode mais ficar sozinho, então é definitivo vamos ficar em Okayama.
-Mas e a Todai?
Nessa hora o jovem de cabelos negros sorriu para o outro de forma marota.
-Não se preocupe Inu amigão, estamos apenas começando o médio, temos 3 anos até a faculdade, darei um jeito de voltar a Tóquio e fazer o vestibular, se passar é fácil arranjar um lugar barato por aqui.
-Feh não me chame de Inu, baka – falou o de cabelos prateados com uma careta, logo depois retribuindo o sorriso maroto - mas se você se esforçar um pouco e passar naquele vestibular, te deixo ficar no apartamento que vou ganhar.
-Você vai ganhar um apartamento? – foi à vez de o moreno arregalar os olhos.
-Sim, se eu passar na Todai, meu pai disse que posso ficar com a cobertura do prédio Sengoku.
-Sugoiiiiiiii, é super perto da faculdade e ainda é enorme, imagina as festas, vai da pra pegar muita gatinha.
A conversa foi interrompida pelas fracas batidas na porta que precederam uma voz fina.
-Miroku, posso entrar.
-Pode sim pequena – o moreno disse ainda com um sorriso dançando em seu rosto, a porta foi aberta revelando a garotinha de cabelos negros que fixou seus olhos ainda com um ar melancólico no jovem de cabelos prateados sentado folgadamente na cadeira.
-Sesshy está aqui, pediu pra eu chamar o folgado do meio-irmão que segundo ele está atrasando a viagem da família inteira.
-Ora sua piralha, diga pra aquele cara de limão azedo que eu já vou, oi, oi, volta aqui...
Mas a garota não parecia ter ouvido sequer uma palavra do que ele havia dito, assim que terminara de dar o recado sumira pela porta, fazendo o jovem rosnar revelando os caninos maiores do que o normal. Por fim, acabou deixando de lado e suspirando, fitando o amigo novamente que voltara a olhar pra baixo.
-Bem então acho que é hora da despedida.
-É, faze o que não né?
-Bem então, é melhor descermos o "Sesshy" ta me esperando, eu preciso realmente ir, minha mãe não falou em outra coisa nos últimos meses.
-É tia Izayoi realmente ta esperando essa viagem há muito tempo.
-Mas quando eu voltar vocês já terão ido não é?
-Uhum, partimos depois de amanha.
-Entendo.
Os dois se olharam então em um segundo estavam abraçados e quase chorando, nem mesmo notaram que a porta tinha sido aberta e que havia um jovem, com uns 16 anos, um pouco parecido com Inuyasha, escorado nela ao lado da pequena de cabelos negros. Mas este embora parecido com o outro tinha cabelos mais prateados e lisos e não possuía as orelhas de cachorro, apenas orelhas um pouco mais pontudas que as humanas e em sua face havia uma crescente vermelha na testa e duas estrias em cada bochecha.
-Afff além de hanyou esse aí também é gay.
-Hm, vovô vai ficar tão desgostoso com Miroku.
Os dois jovens se separaram rapidamente olhando irritadamente para a porta onde a pequena ria enquanto o outro só os fitava com sua já conhecida expressão fria.
-Ora Sesshoumaru seu...
Não teve tempo de acabar porque Sesshoumaru o pegou pela gola da blusa e saiu arrastando pela casa enquanto Inuyasha berrava milhares de palavrões e os dois irmãos riam. Mas quando chegaram à porta alguém desceu correndo as escadas.
-Sesshy espera!
O jovem largou o irmão fazendo este cair no chão e recomeçar com os xingamentos, virou para a jovem a tempo de segura-la em um abraço, sentiu o cheiro de lágrimas e depois seu ombro começou a ficar molhado.
-Também vou sentir saudades Kagome.
-Promete que não vai esquecer de mim e que vai ser meu amigo e que não vai voltar a odiar os humanos, promete?
-Hai, e veja bem, você assim como o baka do seu irmão vai vir fazer faculdade aqui em Tóquio, então não é um adeus, apenas um até logo, não precisa chorar pequena.
-Hontoni? – disse a pequena desencostando o rosto do ombro do amigo mais velho e mirando os olhos dourados deste com seus expressivos olhos de um azul claro da cor do céu.
-Hai.
Até mesmo o frio Sesshoumaru teve de curvar um pouco sua boca em um pequeno sorriso ao ver os olhinhos da garota brilharem e um grande sorriso se formar em seu rosto, enquanto abraçava mais uma vez o amigo. Miroku escorou-se no fim da escada para observar a cena, feliz por ver a irmã sorrindo, coisa que ela não fazia de verdade desde a morte do pai há alguns meses atrás e nem mesmo Inuyasha falou algo para acabar com o momento, por mais que ele e Kagome vivessem a se cutucar tinha de admitir seu sorriso iluminava tudo a sua volta. Mas o tempo não parava então o youkai colocou sua amiga no chão e pegando seu irmão novamente pela gola e com este reclamando novamente deixou a casa da garota com um último aceno para esta. E assim, não voltaram a se ver pelo menos por um bom tempo.
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Okayama era uma bonita cidade, com belos parques e construções entre antigas e modernas. Mas ainda assim uma jovem de cabelos negros presos em duas trancinhas e com uniforme de colegial, uma saia de pregas preta, blusinha de marinheiro branca com gravata azul marinho, meias ate o joelho e sapatinhos de boneca, fitava a paisagem da cidade com os olhos tristes. O carro parou e ela foi despertada de seus pensamentos por alguém que lhe chamava, virou seus olhinhos azuis para um jovem de uniforme colegial todo preto que ralhava com ela por sua demora alegando que chegariam atrasados em sua primeira aula. Soltou um suspiro e saiu do carro, sem é claro se esquecer de dar um beijo em sua mãe. Segurou as alças de sua mochilinha azul e se pôs a caminhar em direção a escola ao lado do irmão. Ao passar pelos negros portões da escola ela pode sentir os olhares curiosos em sua direção encolheu os ombros enquanto o irmão distribuía acenos em todas as direções, isso quando não parava para cantar alguma garota e voltava com uma bela marca vermelha na face. Seu destino era a diretoria, ficou sentada lá balançando os pés pra frente e pra trás em um claro sinal de nervosismo. Depois de uns dez minutos, Mirok não agüentava mais a impaciência da irmã, virou-se pra ela com a face dura.
-Ora Kagome, por favor, pare com isso.
-Desculpe.
O tom de voz duro foi o suficiente para acabar com as ultimas defesas da menina e ela fez o que seu corpo pedia desde que colocara aquele maldito uniforme, chorar. Miroku se arrependeu amargamente do que havia feito, abraçou a irmã pelo ombro e voltou a falar dessa vez com um tom amigável.
-Vamos Kagome você sabe que eu não quis dizer isso é só que essa sua inquietação é um pouco contagiosa, mas me diga por que está assim?
-Nã... não eeeé nada – a pequena tentou dizer com esforço para controlar o choro.
-Conheço você, não é de ficar chorando sem motivo, vamos sou seu irmão pequena, pode confiar em mim.
A garota apertou as mãos delicadas e claras na saia de pregas e ficou pensativa por alguns instantes até que sua voz saiu, quase num sussurro.
-É que eu... eu não quero passar por tudo de novo.
-Tudo o que? – disse Miroku não entendendo aonde a jovem queria chegar.
-Ser a estranha no ninho, a novata que não conhece ninguém, que lancha e almoça sozinha. Se na pré-escola já foi difícil, como vai ser agora em Miroku? – sua voz saiu ainda mais baixa do que antes, o irmão não sabia como havia compreendido o que ela dizia. E ele sabia o quanto ela era tímida, o quanto era difícil para ela falar com pessoas de sua própria idade, sempre metida com gente mais velha, como se estivesse se escondendo. Apertou mais o abraço e sorriu.
-Mas você tem a mim.
A garotinha balançou a cabeça e sorriu triste.
-Assim como da outra vez? Você é diferente, tem talento, parece ter um imã para amizades, por mais que faça besteiras às pessoas sempre querem estar perto de você, engraçado, sem papas na língua, solto, vai chegar à sala fazer diversos amigos e no recreio não vai nem lembrar mais da minha existência.
Aquelas palavras doeram um pouco em Miroku, era verdade e ele sabia disso, quando se mudaram para Tóquio ele devia ter uns 10 anos, ao passo que Kagome tinha 6, ele fizera amigos no primeiro dia, mas sua irmã havia demorado nessa etapa. Enquanto o irmão ia jogar futebol com os amigos ela ficava no parquinho das crianças sentada sozinha em um banco observando os outros brincarem. Um sentimento de culpa passou pelo seu peito.
-Escuta Kagome, eu sei que não fui o melhor irmão para você, sempre deixei meus amigos te chamarem de coisa pouca, piralha, anã de jardim e tantos outros apelidos "carinhosos" que não convém lembrar agora. Mas eu estou disposto a tentar melhorar, se você ainda aceitar que eu tente preencher a vaga de irmão presente eu prometo a você não vou sair do seu lado enquanto você não conseguir fazer amigos e depois de fazer amigos também, a partir de hoje vou ser um irmão presente.
-É uma promessa? – disse ela levantando os olhos vermelhos.
-De dedinho.
E ele levantou o mindinho para enlaçá-lo com o da irmã e ali ficaram os dois sorrindo até o diretor chamá-los para serem apresentados a suas novas turmas.
-Sabe Kagome se você sorrisse mais eu duvido que haja alguém nesse mundo que não queira ser seu amigo.
-Hai vou tentar.
E assim eles levantaram para caminhar pelos corredores da nova escola, com as mãos entrelaçadas.
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N/A: Bem é isso aí primeiro capitulo, espero que mandem rewiens nem que seja pra dizer que não tenho talento assim eu não fico escrevendo pra nada u.u' e desculpem qualquer erro de português, é provavel que tenha muitos, eu não tenho beta então sorry.
Kissus mina san
Façam uma autora feliz ;p
