Kurenai
Kurenai. Rubro. Era esse o significado do nome dela. Ele sempre havia achado perfeito para ela, devido aos seus olhos vermelhos. Ele nunca havia parado para pensar em outras coisas vermelhas as quais ele pudesse associá-la. Não até agora. Sangue. Sangue também era rubro. Que nome desgraçado era Kurenai. A cor do sangue. Que manchava as faixas brancas de sua roupa, tornando-as da cor da camisa que vestia por baixo delas. Da cor de seus olhos, de seus lábios. Ele havia tentado todos os tipos de jutsus médicos que sabia para salvá-la. Mas não ia funcionar. Ele havia dito a ela. Ele havia gelado ao ouvir a resposta dela.
"... Eu estou feliz... porque vou estar com você...".
'Egoísta. Feliz é? E como eu vou ficar quando você me deixar? Não pensou nisso antes de decidir morrer?', era o que ele havia pensado. Mas ele também estava sendo egoísta. Afinal, se ela estava feliz, deveria bastar para que ele também ficasse. E no fundo, ele estava feliz, porque ela estaria com ele. Só com ele. Como costumava ser quando eram pequenos. Apenas ela e ele. Ele levantou a cabeça dela e deitou-a em suas pernas.
"Assim está confortável?"
Que idiota. É claro que não estava. Ela estava morrendo, pelo amor de Deus, como poderia estar confortável?
"... Asuma... você pode dizer uma coisa... para a Hinata, o Kiba e o Shino?"
Aquelas crianças... Elas ficariam perdidas sem ela. Deus, a vila ficaria perdida sem ela.
Ele começou a passar a mão nos cabelos negros dela. Até eles estavam manchados de sangue.
"... Claro."
Ele viu um sorriso em sua face, e desesperou-se ao perceber que seria provavelmente a última vez que a veria sorrir.
"... Diga que... eu sinto muito por... não poder vê-los no exame Chuunin... Que eu tenho orgulho deles."
"Eu vou dizer. E não se preocupe, mesmo que eles caiam contra a Ino ou o Chouji, eu irei torcer para eles, porque eu sei o quanto isso significa para você e para eles."
Quando ela agradeceu, sua voz era um mísero suspiro, e ele sabia que era o fim. Então ele não deixou que ela terminasse, não antes que ele fizesse o que tinha que fazer. Ele a beijou, como se não fosse o último dia de sua vida, e para ela, era. Ao final de tudo, tudo que ele podia fazer era chorar por ela, e ver suas lágrimas caindo no rosto dela, fazendo o batom vermelho que ainda restava em seus lábios brilhar, como se ela ainda estivesse viva. E a cada vez que ele visse sangue, ele se lembraria de seu único amor, sua flor rubra.
Owari. Fiz isso pra
ver se arranjava idéias para Konoha High. Matei ela sim !Mas
ainda amo ela!
