Título: Um segredo e uma Resposta (A Secret and an Answer)
Autor: Violet Sea Glass
Disclaimer: Hetalia não me pertence. Tampouco esta história. (Hetalia does not belongs to me. Nor this story.)
Notas: Esta fic é uma tradução da fic "A Secret and an Answer", originalmente escrita por "Violet Sea Glass", que gentilmente me permitiu traduzir sua história. Links para a história original e para o profile da autora podem ser encontrados no meu perfil.
This fanfic is a translation of the story "A secret and an Answer", originaly written by "Violet Sea Glass", who gently allowed me to translate her story. Links for the original story and to the author's profile can be found in my profile.
Um Segredo e uma Resposta
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Alfred podia ouvir os pássaros cantando, e estava certo de que eles tinham algum código secreto.
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Acima, na maravilhosa copa de folhas verdes de uma árvore, pássaros estavam pousados, cantando uma canção sem palavras.
E Alfred, deitado na grama, todo esparramado, tinha a certeza de que os pássaros estavam cantando em algum tipo de código secreto. Porque eles são o que são, todos os países deviam saber esse código!
Ergueu uma pequena mãozinha em direção às folhas farfalhantes, abriu e fechou os dedinhos, apertando, e fingiu que podia capturar algum tipo de pista em sua mão.
Trouxe então sua captura invisível de volta a terra, a centímetros de sua face. Sorriu e esperou. Se ele desejasse de verdade, poderia sentir uma vibração entre seus minúsculos dedos.
De trás dele veio um chamado. E em um segundo, o garoto estava saltitando em direção a Arthur, seu protetor e professor, o escolhido, aquele que cuidava dele.
Ainda debaixo do enorme carvalho, e com o limiar de sua sombra balançando sobre eles, Alfred abraçou a cintura de Arthur, quase o derrubando.
O mais velho não era acostumado com tal afeição, mas estava melhorando a cada dia. Sorriu sem saída, e desajeitadamente bateu de leve sobre os ombros do garoto. Quando conseguiu que este o soltasse, acariciou sua cabeça e ajoelhou-se, para poder vê-lo nos olhos.
- Com fome? – perguntou, arrumando os botões e o colarinho de Alfred. O garoto se debateu um pouco em protesto – as roupas eram um pouco demais para um dia tão lindo, especialmente para um garotinho.
- Neste dia tão glorioso, - Alfred disse, frisando a palavra que ele sabia que Arthur gostava tanto. – Eu quero um pouco de limonada.
- Limonada?
- Limonada. – o garotinho confirmou, sorrindo.
- Que tal um pouco de chá?
- Sem mais Jasmim! – implorou o menor, um alarme honesto aparecendo em seus olhos. Deu um passo para trás e colocou a língua para fora, quase em nojo, como se pudesse sentir o gosto do chá tão repetido mais uma vez.
- Okay, okay, limonada. – Arthur concordou, assentindo com a cabeça. – Venha. – ele continuou, oferecendo sua mão esquerda. – Vamos pegar limões... Eh?
O garotinho havia caminhado até o outro lado de Arthur. Ergueu uma mão, sorrindo docemente maroto, a outra mão ainda fechada resolutamente.
Inexoravelmente interessado e caindo no que ele esperava que fosse uma isca, Arthur recolheu sua mão e se virou completamente para o garoto, perguntando:
- O que é isso, Alfred?
Sorrindo ainda mais maroto agora, usando o sorriso de uma infância perfeita, Alfred levou suas mãos aos seus ouvidos, e falou calmamente.
- Você pode ouvir?
Intrigado, imaginando que fosse uma abelha (o que o preocupou um pouco, pois o garoto podia ser ferrado), Arthur ajoelhou-se na grama e levou sua orelha para perto da mão do garoto. Passou-se algum tempo, e tudo o que ele podia ouvir era a respiração e o som dos passarinhos.
- O que é?
- Sssh! – Alfred sussurrou impaciente. – É um segredo.
- Que segredo? – o mais velho, agora intrigado, perguntou.
- O segredo do que os pássaros estão dizendo! – revelou a criança, e com grande orgulho, ele esperou que Arthur ficasse encantado com sua maravilhosa captura.
Mas houve apenas silêncio, estranho silêncio, e então uma mão em sua cabeça. Confuso, o garoto caiu sobre a grama e bufou. O outro o imitou, porém sem bufar.
- Então, por que estamos irritados? – Arthur perguntou após alguns momentos.
Houve outro silêncio, preenchido pelo doce e eterno canto dos pássaros, acompanhado pelo farfalhar das abelhas e da brisa. Sombras continuavam a tremer sobre eles.
De repente, Alfred rolou para o lado.
- Mas eu escuto, Arthur! Os pássaros tem que estar cantando sobre algo!
- Bem, talvez eles estejam. Provavelmente. Mas não cabe a nós saber, se não já saberíamos. – o homem disse com um sorriso esperançoso e conciliador. Talvez fosse um pouco simplório, mas ele realmente acreditava nisso. Algumas coisas – muitas coisas – em seu império ele simplesmente não entendia ou questionava.
- Quem ensinou os pássaros a cantar, Arthur?
Algumas coisas ele considerava supérfluas, tão obvias.
- Seus pais e amigos.
- E quem ensinou eles a cantar?
Outras coisas ele considerava certas.
- Seus pais e amigos, e antes deles, seus pais e amigos.
- Mas quem ensinou o primeiro pássaro a cantar?
Agora desafiador e determinado, Alfred sentou-se e observou o outro homem atentamente. Ele esperava uma boa resposta.
E Arthur de repente sentiu a pressão única das expectativas juvenis.
Sentando-se, sem uma única palavra ele alcançou o garoto e o trouxe para perto, perto de seu peito, com a cabeça macia e loira do garoto contra ele.
- Você pode ouvir? – ele murmurou.
Alfred esperou e esperou, tentou bloquear o som dos pássaros e do vendo e das abelhas, pressionou uma mãozinha contra o peito de Arthur, e então –
Uma batida, duas batidas.
Olhos arregalados, ele olhou excitado para um Arthur sorridente.
- Um coraçã!
E agora, o mais velho fazia as perguntas.
- E o que faz um coração bater?
Alfred pensou. Então ele ponderou e refletiu, e ainda assim a resposta que ele encontrou não parecia muito certa – e quem era Arthur para perguntar tal pergunta a uma criança? O homem tinha sua própria resposta para a questão, é claro, e aquilo ele definitivamente não esperava que o garoto pensasse.
Ele tinha uma gama de possibilidades com as quais o menino poderia responder, mas ele realmente não esperava, não mesmo porque –
- Deus. – Alfred declarou com triunfo aparente em seus olhos brilhantes. É obvio que ele considerava aquilo uma vitória substancial, e não tinha dúvidas de que era aquilo que Arthur queria dizer e esperava ouvir. – Aquele que vive nos corações de todos, então Ele os faz bater. – Uma pausa, ele continuou. –E Porque Ele vive em todas as criaturas, Ele as faz também.
O assunto dos países, de o que e como eles são, não pode ser explicado, mas talvez um dia o seja.
Arthur ficou silencioso. Silencioso todo o tempo em que Alfred saiu de seus braços e deu alguns passos em direção a onde ele sabia que encontraria limões.
- Agora, limonada! Gloriosa limonada... Por favor?
- Claro. – o mais velho falou enquanto se levantava, limpando-se. Logo ele estava ao lado de Alfred e gentilmente tomou a mão do garotinho na sua. – Isso vai ser bom.
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