Baseado na obra original "InuYasha"
de Rumiko Takahashi (Todos os direitos reservados. Esta fiction não
possui nenhum fim lucrativo.
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NOTA: Para a compreensão deste enredo é indispensável a leitura das fictions mencionadas na seguinte ordem:
"Ao
rumo de uma nova vida.
"
"A
luz da lua. "
"Uma
lótus em meu coração.
"
"Novamente
ao rumo de uma nova vida.
"
Aviso: baseada em diversas lendas da mitologia egípicia.
Personagens
da autoria da ficwriter nesta:
Aiko
(hanyou), Shinji
(hanyou), Lótus
(exterminadora)
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Capítulo 1
O tempo passa e não volta. As pessoas crescem, envelhecem e outras, infelizmente morrem.
Todos estavam presentes no velório da vovó Kaede que zelara e ajudara tantas pessoas naquele vilarejo.
Enquanto a fogueira era acesa para queimar o corpo, seus amigos que se tornaram sua família jogavam flores num sinal de despedida.
Aos prantos, Sango abraçava Miroku. Lótus ao lado, já uma bela jovem, chorava muito.
Kagome não era indiferente pois desfazia-se em lágrimas ao peito de Inuyasha e abraçada também por Shinji que acariciava os cabelos da mãe muito triste com a partida inesperada da vovó.
Sesshoumaru observa de longe ao lado de Rin que deixa tímidas lágrimas rolarem por sua face.
Aiko, já um jovem muito garboso, caminha próximo da multidão e pára ao lado de Lótus que o surpreende com um forte abraço embebido em lamento:
_Aiko... A vovó se foi!
Sem saber como reagir ao ocorrido ele apenas fala enquanto toca os cabelos da moça:
_Sinto tanto quanto você Lótus.
Shinjí, que estava não muito longe observa o abraço entre Lótus e Aiko. Isso o deixa desconcertado e irritado:
_Aquele patife, sempre querendo se mostrar, não basta o pai dele viver competindo com o meu, ainda tem a audácia de chegar e ir abraçando Lótus!
_Mas foi ela quem o agarrou! Eu vi! Não culpe Aiko! – Responde uma voz atrás de Shinji. - E faz alguns bons anos que Sesshoumaru e seu pai não competem em nada.
Ao virar-se, Shinjí com seus olhos de âmbar ligeiros percebe a presença de Shippou, um youkai raposa que se tornara muito forte nos últimos anos, mas que não perdera a pose de brincalhão que diz:
_Não culpe o Aiko, deixe de ser invejoso! Parece alguém que eu conheci algum tempo atrás que não podia ver um lobo que ficava todo ouriçado! Parece ser de família! Só que neste caso exatamente, o cachorro não pode ver o outro que começa a grasnar! Incrível como você herdou a parte mais imbecil de Inuyasha.
Pisando no rabo da raposa, alguém que estava alheio à conversa diz sussurrando medonhamente no ouvido de Shippou o deixando amedrontado:
_Eu ouvi isso... – Era Inuyasha com um ar extremamente perverso e irritado.
_Que parte de "isso" você ouviu Inuyasha? – pergunta a raposa tremelicando de medo.
_O suficiente para arrancar a sua língua e também para dizer ao Shinji para que deixe Aiko e Lótus em paz. - Inuyasha, ao falar a Shinji, o olha diretamente nos olhos com ar de repreensão.
Shinji vira a cara a desdenhar Inuyasha e a raposa. Não demora muito ele sai de perto de todos e vai rumo a floresta. Muito zangado, ele pára e volta mais umas vez seus brilhantes olhos amarelos na direção de Aiko e Lótus. Acariciando com uma das mãos seus cabelos castanho escuro ele retoma a caminha para o bosque.
Kagome, vendo o filho se ausentar, pergunta para Inuyasha:
_Onde Shinji pensa que vai?
_Deixe-o em paz, ele voltará logo. - diz Inuyasha observando o filho que se afastava rumo à entrada da floresta.
Kagome sorri e responde:
_Eu sei, ele faz assim como você quando fica irritado.
_O quê? – pergunta intrigado Inuyasha.
_Nada! Esqueça! Vamos embora. – responde Kagome com um sorriso de quem falou o que não deveria.
Kagome segura a mão de inuyasha e o conduz para casa. Todos os presentes retiram-se aos poucos. A fogueira ardia fervorosamente no alto da colina.
Sesshoumaru aproxima-se de Aiko e Lótus dizendo:
_Garota, creio que seu pai não aprovará em nada sua atitude precipitada de abraçar meu filho e tenho por certo que ralhará com Aiko por conta de seus suspícios de primavera mocinha.
Aiko olha para o pai um pouco embaraçado. O espanto era vísível no olhar do jovem que estatela os olhos de âmbar luminescentes como dois faróis em meio à noite, o jovem apenas passa a mão na face removendo seus cabelos prateados que o vento jogara-lhe aà cara. Lótus, percebendo a besteira que fizera, solta Aiko e diz:
_Perdoe-me Aiko, seu pai tem toda a razão. Vou me retirar, com licença.
Lótus compreende rapidamente o recado de Sesshoumaru e afasta-se de Aiko. Sesshoumaru aproxima-se do filho com um olhar intimidador e diz:
_Creio que nossas conversas sobre o modo com que Lótus e você vem agindo não tiveram muito efeito.
_Mas papai! Foi ela quem veio e me...
_Calado! Insolente! Não chegue perto dessa humana novamente! Está me ouvindo? É uma ordem aiko! Não quero que arrume mais encrencas com Miroku.
Sesshoumaru virasse e sussurrando diz:
_Ela ainda será a sua ruína, Aiko.
Sesshoumaru sai e vai para perto de Rin, Aiko permanece parado de cabeça baixa com o olhar perdido.
Seus olhos amarelos que reluziam na escuridão destacavam-se em meio ao seu rosto pálido e seus cabelos prateados.
Ao contrário de Sesshoumaru, Aiko não trazia conssigo a lua do clã ou as marcas rajadas de púrpura pelo corpo como um líder do clã haveria de ter. Talvez por isso sempre se achou inferior a todos e que nunca teria o orgulho de seu pai.
Porém, o que Aiko não sabia, ou não compreendia era de que aquela maneira fria e ríspida de ser que ele também acabava utilizando diariamente era o jeito pelo qual não só ele demonstrava seu afeto e preocupação, mas também a maneira de Sesshoumaru mostrar seu amor pelo filho.
Continua...
