Quem é Nisa Benthon?

Altura: 1,54

Cabelos furta-cor originalmente. Mas sempre mudavam de cor de acordo com humor que ela tem.

Bustos grandes.

Habilidades: copia de golpes de qualquer pessoa, leitura de mente, viagem no tempo X espaço, transformação de ataque inimigo em defesa.

Fraqueza: possui um cristal de veio de seu planeta que não pode sair de perto dela por muitas horas.

Peculiaridades:

Nisa é uma alienigena, a ultima de seus sistema planetário, que entrou em colapso há 2 mil anos atrás. Olhos mutantes. Geralmente castanhos. Em situações de perigo, mudam de cor do prateado ao azul anil passando por todas as cores dos antigos planetas de Irids.

Em situações de lutas fora de seu controle nascem asas furta-cor de suas costas, orelhas felinas e uma cauda parecida com a de um cavalo aparecia de sua ultima vértebra lombar.

Não utiliza força física, e sim força mental.

Possui sangue com as 7 cores originais de seu sistema planetário.


Levantei-me um tanto atordoada pelo sonho que havia tido naquela noite. Levei a mão à cabeça para ver se não era uma febre. Não era... Apesar de estar totalmente suada.

O que poderia ser esse sonho com demônios centenários reencarnados em pessoas que sequer eu conhecia?? Havia um garoto no sonho que muito me incomodou... e outras pessoas estranhas, que não me pareciam boas.

Fui para o desjejum e logo em seguida corri para um banho relaxante.

Ouve-se um som de estática e logo a voz de David soa em alguns auto-falantes da imensa casa onde aconteciam periódicos ensaios do grupo de danças que possuíamos. O grupo era famoso no mundo todo, por montar coreografias que nenhum humano consegue fazer sem ajuda de equipamentos ou tecnologia de imagens.

David usa o sistema de áudio, pois não possui telepatia como eu, Nisa.

- Nisa, venha aqui no setor de programas holográficos, por favor.

Por telepatia, que eu mantinha, iniciamos uma breve conversa.

- O que há? Novidades? – estava terminando um banho rápido e saio de toalha na cabeça na direção em que me solicitavam

- Há uma freqüência interferindo na montagem holográfica de algumas coreografias nossas. E ... – suspira cansado - não é dessa dimensão temporal em que estamos. - Como você vive ao vento, talvez reconheça de onde é a imagem. - Diz com sorriso cínico.

Com um leve movimento de mãos faço um copo de chá gelado, que se encontrava próximo as mesas de edição, cair sobre David.

– Tome cuidado com o que fala! – sorrio caminhando pelos corredores penteando os cabelos longos e furta cor que caiam até a cintura.

Ele coloca a cabeça molhada no batente da porta e fica me olhando com fios de cabelo grudados na testa.

- Obrigado pelo banho. Você adivinhou que eu estava de cabeça quente.

Caímos na risada.

- Você não sabe o que é cabeça quente até ver os rapazes com quem eu sonhei esta noite... – passo as mãos em seus cabelos agora grudados com o mel que adoçava o chá.

Ao entrar na sala de hologramas vejo e sinto varias presenças que não eram daquele local, das quais não reconheço nenhuma fisicamente. Mas a sensação do sonho que tive na noite anterior me vem à mente claramente. Ali, em meio aquelas pessoas, procuro os poucos rostos que ainda estavam frescos na minha memória.

- humm –faço um coque nos cabelos e dou uma volta pela sala ainda em meio às imagens enquanto falo com David. – São pessoas agitadas. Mas não as conheço, não. – Paro em frente a um rapaz loiro de cabelos longos e presos que parecia discutir com um oriental.

- Logo imaginei, pois você não se empolgou com eles. Vieram algumas imagens dessas assim que entrei na sala. O que me deixa grilado é que não estão presentes aqui nem perto, nem longe. É de outra data. Estamos em 2007, no Brasil. E elas não são desse ano, muito menos daqui do Brasil.

- Quero vê-los pessoalmente – Viro para meu amigo que estava rodando na cadeira com rodinhas. Que ao ouvir a minha frase me encara incrédulo.

- Tem certeza? Isso ta parecendo uma briga... e das feias! – diz David me encarando serio, aos poucos ele se vira para um painel onde conseguia remontar as imagens criadas ali e me teleportar.

Aos poucos cenas breves aparecem ao meu redor, ligeiramente embaçadas e distorcidas. Fico caçando imagens que lembrem meu sonho.

- Temos uma fenda temporal aqui. – entro pelo espaço no meio das pessoas que transitam naquele tempo e local que eu não conhecia. Paro atrás de uma pessoa com um moicano dos grandes e com um forte cheiro de perfume e gel. Até que o aroma não era desagradável, mas estava forte demais.

Nesse meio tempo ainda sou um espectro entre os dois espaços.

David cruza os pés encima de uma mesa de controle de som ao mesmo tempo em que repete os movimentos com os braços na altura do peito.

- você nem gostou disso né, Nisa?? – diz David sorrindo.

- Como você adivinha rápido! – sorrio e começo a andar entre as pessoas, que, para mim, já pareciam reais.

Passo a palma da mão nos cabelos negros e curtos do oriental e dou uma volta observando as roupas. Usava um jeans confortável e uma jaqueta branca

– É, não estou tão mal vestida para ocasião. – Eu estava de jeans escuro, tênis preto e uma blusa preta de tecido leve, mangas compridas e gola alta.

Sinto que o rapaz leva às mãos a cabeça e coça levemente a franja. Sorrio da situação. É no mínimo engraçado que eu possa fazer isso a uma pessoa que estava com o semblante tão serio.

- Eles acham que somos como vento ou espíritos que assombram os locais, num é Dav ... – engulo as palavras enquanto ouço o estalido de um curto-circuito e uma faísca logo a minha frente.

Por instantes me sinto deslocada ao ver que sou quase levada ao chão com um vento que passava pelos meus cabelos, desamarrando-os. A fenda se rompeu por completo. Meu contato com o outro lado já não existia mais.

Instintivamente me teleporto para qualquer direção. Mas sinto que ao invés de fugir da situação, mais me enfiei no meio da pequena multidão. Giro em meus calcanhares pensando que mais uma vez em minha vida fiz uma entrada triunfal e estúpida no meio de pessoas estranhas. Estava de frente a 2 grupos de homens muito irritados com algo que eu sequer sabia o que era.

Respirando fundo, fecho meus olhos por milésimos de segundos e ouço algumas perguntas telepáticas perdidas no ar: " Quem é essa ai?" " Mais uma novata!" " Que técnica é esta?"

Nem tenho tempo de pensar muito em quem me que questionava, pois quando volto a visão da realidade, sinto que o oxigênio em volta de mim é roubado, um vácuo é precedido de um vento quente que vem logo em seguida. Sinto a queda de algo em cima de mim.

Na pancada abri os olhos novamente e vi que havia um rapaz acima de mim que me pergunta com um sotaque arrastado de nórdico:

- Está Machucada?

Olhei para ele sem jeito e com certa força levantei-o com as pernas e o joguei para o lado.

- Hey que recepção no mínimo calorosa, hein!!! – bato as mãos no chão e me levanto com raiva num pulo rápido. – Ta todo mundo com alta dosagem de testosterona aqui?

Viro-me procurando o rastro do que me atingiu pelas costas. Vejo um grupo de 4 pessoas ao lado de um homem carrancudo, parecido com vilões mexicanos e mafiosos. Neste grupo havia um infeliz com pequenas chamas entre as mãos e uma cara de sarcástico escondida atrás de uma franja vermelha escorrida pelo rosto.

Como em um reflexo caminho em direção deles e sinto um puxão em meu braço.

- Fique aqui. Isso não é da sua conta. Pode se machucar. - Era o mesmo rapaz que havia me tirado da reta do incendiário e se jogado em cima de mim. Tinha os olhos claros e os cabelos prateados, a roupa estava chamuscada e não usava camisa.

Um arrepio me corre pela espinha quando recebo o toque dele novamente em meu braço. A cena do sonho daquele espectro me vem novamente à mente.

Quem diria que eu me meteria no meio de um grupo de briguentos maior dos que eu havia conhecido?? A cena parecia caótica: além da multidão espalhada entre as calçadas que assistia eufórica a luta, haviam os rapazes se atracando aos poucos com golpes que eu não sabia identificar de quais artes marciais eram. Também existiam pequenos focos de incêndios espalhados ao redor do bairro.

Saí de fininho na tentativa de ver melhor as coisas e voltaria com mais noções de quem eram eles.


Espero que tenham gostado do inicio da Historia... logo havera mais capitulos