N/A: Bem, no fim das contas eu me adiantei um pouco com a história, e decidi publicar o prólogo hoje. Deixem-me explicar, eu decidi escrever uma série de fics de casais de Fairy Tail inspiradas em momentos históricos (já que eu estudo História). Eu já fic uma Gale inspirada em Pompéia e agora trago-lhes outra Gale com a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo. Depois dela, continuarei escrevendo outras fics históricas com Jerza, Gruvia, Nalu e Lami.
Advirto-lhes que a história contém cenas dramáticas, violentas e trágicas. Mas também haverá amor e esperança.
Disclaimer: Fairy Tail, bem como seus respectivos personagens, não me pertence, e sim a Hiro Mashima. Posto esta fic apenas por diversão e entretenimento, e sem nenhuma intenção de lucrar algo com isso.
N/T: Esta fic também não me pertence, ela é uma tradução da fic "El Color de la Esperanza", de Noalovegood. A autora me autorizou a traduzi-la.
A COR DA ESPERANÇA
Prólogo: Inocentes
Numa estrada perdida da Alemanha, 1941
Uma forte freada fez a sua cabeça bater contra a janela do carro, acordando-o de um doce sonho, muito distante da realidade na qual ele vivia. Gajeel rosnou consigo mesmo, por um instante sua mente o tinha enganado, fazendo-o acreditar que o seu pesadelo tinha terminado. Nada poderia estar mais distante da realidade. Ali estava ele, com apenas 19 anos, experimentando o peso da privação da liberdade. Em apenas alguns meses a sua vida tinha mudado totalmente, ele já não passava as noites em claro elaborando novos projetos na oficina do seu pai, agora ele era mais um membro da SS sob as ordens do regime ditatorial de Zeref, aquele sádico obcecado com a limpeza ética da nação alemã. Ele odiava o rumo que a sua vida tomara desde que a noite em que aqueles oficiais do governo irromperam em sua casa para recrutá-lo à força; o jovem mexeu levemente a cabeça e fixou o olhar lá fora, com o intuito de tirar as lembranças daquela noite da sua cabeça.
Gajeel Redfox tinha alcançado alguma fama as sua vizinhança nos últimos anos, a razão não se devia exclusivamente ao sucesso que seu pai e ele tinham alcançado na oficina, a maior parte da sua fama residia nas lutas de boxe de rua, das quais ele participava para ganhar um dinheiro extra, nos tempos de crise econômica que o país vivia. O que ele jamais imaginou foi que aquele aclamado sucesso logo chegaria aos ouvidos dos altos funcionários da SS, fato que despertou um grande interesse pelo rapaz e levou ao seu posterior recrutamento, ou melhor, à prisão, a fim de tirar proveito da agressividade e dos conhecimentos do rapaz para moldá-lo como uma arma assassina do governo. Gajeel amaldiçoava cada segundo de sua existência por ter permitido que as coisas saíssem do seu controle, a ponto de pôr em risco a vida do seu pai.
Mas novamente ele afastou essas imagens da sua mente. Não era hora de sentir pena de si mesmo. Não quando o objetivo do dia era apagar do mundo o rastro dos inocentes...
Aquela era a sua primeira vez, ele tinha passado algum tempo sendo treinado em uma academia da Juventude Zerefiana, onde lhes ensinavam a concentrar a sua ira em um objetivo. Mas, pela primeira vez, decidiram que tinha chegado a hora de agir no mundo real e caçar insetos, como os membros da SS os chamavam. Um homem de meia-idade chamado José, a quem Gajeel não suportava, fora o encarregado de instruí-lo em sua primeira missão para procurar desertores, imigrantes e judeus. Portanto, ambos estavam indo de automóvel para a primeira área que tinham de limpar, no colo de Gajeel estavam os papéis com os nomes dos suspeitos e dos condenados que eles tinham que encontrar. O jovem não pôde deixar de reparar nos nomes da primeira página e sentir um calafrio por dentro.
Família nº 1: Judeus. Sentença: Pena de morte
John McGarden: 39 anos
Helga McGarden: 37 anos
Levy McGarden: 17 anos
Elisa McGarden: 13 anos
Jim McGarden: 5 anos
"Eu posso matar uma família ? Todos os filhos deles são mais novos do que eu, não vivenciaram nada do mundo, e eu tenho que tirar a vida deles, ou...", os pensamentos torturavam o jovem, que queria continuar preso no automóvel e nunca chegar ao seu destino. Enquanto a paisagem movia-se velozmente pelo vidro da janela, ele desejava que aqueles a quem devia caçar conseguissem a força necessária para voar para longe. Ele não queria ser o monstro a arrebatar as asas de fadas inocentes...
N/T 2: Nos vemos no Capítulo 1.
