Título: E se você não quisesse viver para sempre?
Autora: Bella Snape
Classificação: PG-13
Resumo: Em um universo alternativo, Bella nunca quis se tornar um vampiro...
Agradecimentos: À Jansev por servir de beta a esta fic.
Esta fanfic é um presente ao meu querido Dr Carlisle Cullen, fake do Orkut, obrigada pelo carinho, baby!
E se você não quisesse viver para sempre?
Pelo quê você viveria?
A beleza de "para sempre" não existir é a apreciação incondicional e extrema de cada momento. Quando tudo pode, tão somente, deixar de existir, em menos de um piscar de olhos, a beleza do simples e a poesia da banalidade se tornam o mais magnífico dos cantos de louvor à finitude.
Eu nunca quis viver para sempre.
Para sempre é um tempo longo demais.
Eu escrutino a face bela e jovem à minha frente e, pela primeira vez em minha longa e feliz vida, eu sinto uma pontada de pesar. Mas não há lágrimas ou sons de dor, há somente um murmúrio abafado e desesperado:
"Por favor.... Por favor... deixe-me transformá-la...".
Eu fecho meus olhos por um momento, eu estou cansada agora, mas ainda consigo sorrir e sussurrar:
"Não se preocupe.... Eu estou bem!"
Eu sei que meu sorriso é fraco, mas é sincero.
Eu estou bem.
Realmente bem.
Eu tive tudo o que sempre sonhei.
Tudo o que desejei, se realizou.
Eu fui abençoada tantas vezes!
Tanto amor!
Tantos tipos de amor!
Tão diferentes, tão maravilhosos, tão duradouros!
Eu me casei aos 20 anos de idade, com o único amor de minha vida.
Eu apreciei o crepúsculo em todas as partes do mundo.
Eu experimentei o amor maternal ao ter um filho, aos 28 anos, graças aos milagres da medicina moderna e um banco de esperma.
Eu vi meu filho crescer, se tornar um homem e um pai.
Eu me extasiei ao me tornar avó, aos 59 anos de idade.
Eu assisti a morte, a transformação de meu filho, seu corpo se tornando duro com rocha e pálido como o luar, exatamente como o de seu pai.
Eu estive ao lado de Renée e Charlie, meus pais, em cada momento de suas vidas.
Eu assisti alegremente cada transformação de meu corpo, cada linha profundamente marcada contando uma história de alegria.
Eu tive uma grande, feliz e singular família amorosa.
E no pequeno teatro de nossa vida eu me transformei de esposa em tia e, logo em seguida, em avó de meu próprio marido.
O pesar se vai e eu sinto que meu sorriso se fortalece.
Eu vivi a vida perfeita.
Eu experimento uma onda abrasadora de amor percorrer meu corpo ao sentir o toque gélido de várias carícias das pessoas que cercam o leito de hospital em que repouso.
Eu abro meus olhos e vejo a dor estampada nas faces adoradas de minha família, mas isso não me entristece como deveria. Agora eu sei que a dor faz parte de ser humano. Ela nos lembra... nos ensina a apreciar cada passo da jornada.
Meu nome é Isabella Swan-Cullen, eu tenho 78 anos de idade e estou morrendo.
Mas isso não importa.
Eu nunca quis viver para sempre.
Para sempre é um tempo longo demais.
Mas eu vivi uma vida longa e feliz por amor.
E tudo o que importa é que a última imagem refletida em meus olhos sem brilho é a de meu amado Edward.
Nota da autora: Não me perguntem! Eu não sei como surgiu essa idéia! Somente aconteceu!
Espero que gostem!
Beijos da Bella