- Yowamushi Pedal e seus personagens pertencem a Wataru Watanabe;
- Essa é uma fanfic yaoi, ou seja, contém relacionamento homossexual entre os personagens. Se você não gosta ou sente-se ofendido com esse tipo de conteúdo sugiro que vá ser feliz lendo shoujo;
- Nesta fanfic os alunos do colégio Hakone vivem em um dormitório;
- A fanfic é spinoff de "Someone like you";
- A postagem dos capítulos será semanal.
Love They Say
"... e quando então se encontra com aquele mesmo que é a sua própria metade, tanto o amante do jovem como qualquer outro, então extraordinárias são as emoções que sentem, de amizade, intimidade e amor, a ponto de não quererem por assim dizer separar-se um do outro nem por um pequeno momento. E os que continuam um com o outro pela vida afora são estes, os quais nem saberiam dizer o que querem que lhes venha da parte de um ao outro." — O Banquete, Platão.
Era para ser apenas mais uma noite.
Quando ele saiu do banho, enxugando os cabelos e cantarolando baixo uma antiga canção, em nenhum momento passou por sua mente que ao contrário dos outros dias aquele não terminaria com animadas despedidas após horas de conversas. Não haveria vozes sussurradas ou bochechas coradas. Seu coração, sim, bateria rápido e forte, embora por razões diferentes.
Toudou estava feliz. Genuinamente feliz.
Os rapazes já haviam retornado e estavam sentados em círculos ao redor dos DVDs de terror espalhados pelo chão. Manami perguntou sua opinião, mas ele apenas deu de ombros, afirmando que não tinha preferência e assistiria o que a maioria decidisse. Seu corpo jogou-se sobre a cama de Fukutomi e automaticamente seus dedos procuraram o aparelho celular no bolso da calça esportiva. Os lábios formaram um meio sorriso ao ver a foto que decorava seu papel de parede, lembrando-se carinhosamente daquela manhã e no piquenique que fizeram juntos. O número #1 foi apertado e ele balançou os pés enquanto aguardava ser atendido.
Um. Dois. Três. Quatro toques.
"Alô?"
Os olhos azuis se abriram devagar e Toudou não se lembrava de ter sentado na cama. As finas sobrancelhas se juntaram e a pessoa do outro lado da linha repetiu o cumprimento.
"Quem está falando?"
A resposta entrou por seu ouvido, porém, a mente precisou de alguns segundos para processar a informação. Pouco a pouco as peças de sua memória formaram o quebra-cabeça e ele recordou-se da garota que gerenciava o time de ciclismo do colégio Sohoku.
Kanzaki-chan explicou que havia encontrado o celular de Makishima no vestiário e que o devolveria na segunda-feira. O moreno agradeceu a preocupação e despediu-se com o mesmo tom habitual. O celular foi guardado no bolso e ele arrastou-se para fora da cama, despedindo-se e dizendo que estava cansado para continuar a assistir filmes.
Não houve questionamento e somente Manami tentou impedi-lo, no entanto, foi barrado por Shinkai, que prometeu que dividiria a próxima caixinha de Pocky com ele. O quarto de Fukutomi ficava do outro lado do corredor e a caminhada foi feita devagar e sem motivação. Seu quarto estava escuro e silencioso e foi nesse ambiente que ele adentrou, fechando a porta e jogando-se em sua cama, cobrindo-se e escondendo o rosto na direção da parede.
Ele termina as atividades do clube antes do final da tarde. Toudou mordeu o lábio inferior, tateando o bolso e encontrando seu celular, que foi desligado e deixado sobre o colchão. Os deliciosos hambúrgueres que ele comeu no jantar reviraram em seu estômago e não havia pensamento positivo ou palavra que pudesse fazê-lo sentir-se melhor. Ele sabia que eu ligaria e mesmo assim não se deu ao trabalho de me avisar que havia esquecido o celular.
O moreno gostaria de dizer que a atitude o surpreendeu, contudo, estaria mentindo. Nas últimas semanas, entrar em contato com Makishima mostrou-se mais doloroso do que prazeroso e uma parte dele sentia falta das longas e tolas ligações. Desde que tivemos aquela conversa tudo mudou. É como se eu vivesse na defensiva, apenas esperando ele falar que não poderia mais atender porque estava ocupado.
Aquele era o último ano do ensino médio. Em três meses nenhum deles seria mais um aluno de seus respectivos colégios e o que lhes esperava era uma vida universitária que parecia cada dia mais infeliz. Inicialmente, eles se desentenderam por causa da escolha da universidade. Toudou o lembrava diariamente da promessa que fizeram de que frequentariam a mesma universidade. Suas notas eram acima da média e seria necessário pouco esforço para que isso acontecesse. Nós fizemos a prova e certamente seremos aceitos. Tudo o que precisamos é nos formar e finalmente poderemos nos ver diariamente. Ou pelo menos era o que eu pensava.
O assunto universidade foi deixado provisoriamente de lado e o moreno percebeu que todas as vezes que abordava o que aconteceria em alguns meses Makishima esquivava-se, mudando de tópico e até mesmo dizendo que não era necessário pensar naquelas coisas, pelo menos por enquanto. O ápice de sua desconfiança aconteceu quando ele mencionou sem pretensão que talvez fosse uma boa ideia se dividissem o mesmo teto. A sugestão foi o quarto em uma república, entretanto, o rapaz de cabelos esverdeados dispensou a ideia com um gesto e nunca mais tocou no assunto.
Toudou sabia que aquele era provavelmente o começo do fim. Seu namoro perfeito, com o garoto perfeito não poderia se estender até a vida adulta, não? Os dois estavam juntos há quase três anos e o passar do tempo era proporcional à sua insegurança. Ambos moravam longe um do outro, encontravam-se duas ou três vezes por mês, com exceção do período de férias. Maki-chan provavelmente se cansou disso. Ele talvez tenha conhecido outra pessoa, alguém mais próximo...
O ciúme foi responsável por iniciar as lágrimas, que escorreram por sua face até sumirem no macio travesseiro. O choro foi baixo e discreto, diferente de sua personalidade explosiva e atitudes exageradas. Momentos de tristeza eram raros, todavia, até mesmo alguém como Toudou Jinpachi precisava extravazar frustrações e decepções. Eu preciso pensar no que farei e, principalmente, em como reagirei quando Maki-chan mencionar que se cansou de mim.
x
Instinto o fez procurar o celular antes que seus olhos se abrissem.
Os segundos iniciais ao despertar, aquela ignorância abençoada que se misturava à falta de memória recente fizeram com que ele tateasse a cama atrás do pequeno aparelho. A tela escura, porém, o fez juntar as sobrancelhas, pois não era seu hábito desligar o telefone.
As lembranças da noite anterior chegaram devagar e os mesmos dedos que agarraram o celular foram responsáveis por deixá-lo no mesmo lugar. A realidade havia se esgueirado e, quando ele sentou-se na cama, sentiu-se mentalmente cansado. Eu gostaria de poder esquecer a noite passada.
Manami dormia profundamente na outra cama e Toudou levantou-se e retirou-se do quarto, pegando sua escova de dente de dentro da gaveta e fazendo o mínimo de barulho possível. Ele não fazia ideia de que horas eram, mas não havia uma viva alma pelos corredores.
O banheiro estava frio, ainda que bem iluminado. A pessoa que o encarou no espelho parecia ter envelhecido alguns anos devido aos olhos avermelhados. O moreno desviou o olhar, focando-se em escovar os dentes. Ele adorava sua imagem, no entanto, o que realmente o cativava era o largo sorriso e os olhos brilhantes. A figura à sua frente não passava de um farrapo humano.
Ele não estava em bons ânimos para juntar-se aos amigos para o café da manhã. O clube de ciclismo do colégio Hakone geralmente se encontrava no refeitório do dormitório, contudo, naquela manhã Toudou optou por dois onigiris da loja de conveniência da esquina e um suco de caixinha. A refeição foi degustada em um banco de praça e então ele retornou para o dormitório.
O restante do dia foi passado entre cochilos e breves leituras. Fukutomi o chamou para almoçar e foi difícil rejeitar o convite do capitão. Ele me olhou por um momento e eu tive certeza de que sabia o que estava acontecendo. Felizmente, Fukutomi é discreto. Se fosse Arakita eu estaria em maus lençóis. O explosivo moreno, por sua vez, fez sua aparição no começo da tarde, chamando-o para uma volta pelas montanhas; Manami havia saído cedo e só retornaria ao anoitecer. Ele foi pedalar com Onoda-kun, como tem feito todos os finais de semana.
Nem o convite de Arakita foi capaz de fazê-lo deixar o quarto. As horas passaram preguiçosas e solitárias, e os olhos azuis tentaram ao máximo não encarar o aparelho celular que repousava sobre a cama. Por duas vezes ele pegou-se tentado a ligá-lo somente para ver se havia alguma ligação perdida ou mensagem. Entretanto, intimamente existia o inevitável receio de não ter absolutamente nada e isso seria devastador.
Já era noite quando o moreno decidiu sair do cômodo para banhar-se. O chuveiro ligado foi ouvido assim que a porta foi aberta e por um instante suas sobrancelhas se juntaram ao ver quem ocupava um dos cubículos.
"Ah, Toudou!" Shinkai Hayato passou as mãos pelos cabelos ruivos, colocando-os para trás e apoiando-se na porta de vidro fumê de seu cubículo. "Desculpe por utilizar o seu banheiro, mas a água do terceiro andar não está esquentando."
"Sinta-se à vontade."
Toudou despiu-se e assumiu o espaço vago ao lado. Havia uma divisória que deixava à vista somente do meio do peitoral para cima. Com exceção de Fukutomi, Shinkai era o segundo mais quieto e aquela característica caiu como uma luva para aquele momento. Nenhum deles disse nada e os preciosos minutos que passou debaixo d'água serviram para relaxá-lo, a ponto de esquecer-se do drama pessoal que vivia e a inevitável noção de que cedo ou tarde seria preciso resolver aquele problema.
"Eles vão servir curry esta noite." O ruivo abriu a boca enquanto vestia sua calça esportiva branca. "Fukutomi está tendo problemas com o computador e Yasutomo o está ajudando. Manami ainda não voltou, então, se você quiser, eu posso atrasá-los por um tempo."
O moreno, que havia acabado de vestir a roupa de baixo, parou e ergueu os olhos. Algo em seu peito tornou-se aquecido e foi muito difícil controlar as lágrimas que teimavam em querer aparecer. Eu passei o dia trancado. Eles devem ter ficado preocupados. A sensação de ingratidão com relação aos amigos o fez engolir seco, e a gentileza de Shinkai só piorava as coisas.
"Obrigado," ele vestiu-se devagar e sem pressa, "você se divertiu?"
"Oh, sim, foi ótimo!" Shinkai corou e abriu um largo sorriso. "Yasutomo só gritou comigo três vezes. Eu acho que estou fazendo progresso!"
Uma baixa e sincera risada escapou por seus lábios, parecendo estrangeira no contexto em que ele se encontrava. Toudou sabia da relação entre seus colegas de clube e, apesar de Arakita sequer cogitar, Shinkai já o havia consultado várias vezes sobre seus problemas e desafios amorosos. Eu fiquei surpreso quando ele veio a mim pela primeira vez. Foi difícil acreditar que eles estivessem em uma relação puramente física, exatamente porque eu e Maki-chan demoramos meses até chegarmos naquele nível.
O ruivo era completamente devotado a Arakita que, por sua vez, ainda não conseguia assumir que o relacionamento deixará de ser físico há muito tempo. As brigas e discussões entre eles eram altas e tempestuosas, todavia, Shinkai nunca parecia perder o ânimo, sendo sempre positivo e compreensivo. Ele realmente ama Arakita, independente de sua personalidade.
Pensar nos problemas alheios o fez lembrar-se de que ele não se encontrava em situação melhor. Toudou agradeceu novamente ao amigo, sorrindo e deixando o banheiro com a toalha nas costas, que foi pendurada na lavanderia do lado de fora. O céu estava estrelado e a noite fria, o esperado do inverno. Como mencionado, o refeitório estava quase vazio quando ele apareceu e sua refeição foi degustada sem companhia. Eu amo curry, mas até mesmo meu prato favorito perde o sabor se eu não tenho com quem compartilhar.
Os olhos azuis se abaixaram, encarando o prato vazio e recordando-se do final de semana em que ele e Makishima preparam uma panela gigantesca de curry. Nós comemos e comemos e ela não parecia ter fim. No final, Maki-chan precisou chamar os amigos de Sohoku e fizemos uma festa de curry. Aquela era sem dúvidas uma boa lembrança. Os amigos de clube eram animados e, enquanto os observava juntos, o moreno imaginou que aquelas pessoas jamais se separariam, independente das distâncias físicas. Eu gostaria de dizer o mesmo sobre nós...
A sobremesa foi um pequeno pote de pudim que foi devorado com a mesma falta de entusiasmo. Toudou retornou para o quarto, jogando-se em sua cama e voltando a deitar-se na mesma posição da noite anterior. Seus olhos fitavam a parede, que permaneceu bem visível nos primeiros minutos. As lágrimas retornaram, estragando o doce gosto do pudim com o seu sabor salgado e triste.
Em determinado momento seu corpo tornou-se pesado e ele provavelmente cochilou, acordando ao ouvir o barulho da porta sendo aberta. Ah, Manami está de volta... Os passos eram quietos e cessaram assim que chegaram à beirada da cama.
"Toudou..."
Por um instante seu mundo parou.
A respiração tornou-se manual e o arrepio que desceu por suas costas só não foi mais incômodo do que a tentadora vontade de abrir os olhos. Ele conhecia aquela voz, aqueles passos e aquela presença. Não havia nenhuma faceta daquele rapaz que ele já não tivesse visto e, independente de seus defeitos, Toudou o amava tão intensamente que muitas vezes chegava a pensar que havia vindo a este mundo unicamente para encontrá-lo.
O moreno manteve-se imóvel, tentando ao máximo parecer realmente inconsciente. Ele sentiu a aproximação e por alguns segundos Makishima manteve-se parado na beirada da cama. A próxima ação o fez quase se mover ao senti-lo sentar-se sobre o colchão. Uma furtiva mão tocou seus cabelos, acariciando os fios negros com uma gentileza que Toudou não se recordava de ter sentido quando estavam juntos e seus olhos bem abertos.
Makishima arrastou-se para baixo e foi fácil notar seus movimentos pela maneira como o colchão se movia. Sua farsa foi quase desvendada quando o amante deitou-se e abraçou-o por trás, juntando os corpos e fazendo-o lembrar-se das noites que ambos já compartilharam. O cheiro de Maki-chan... O rapaz de cabelos esverdeados usava um caríssimo perfume, cujo aroma já era suficiente para fazê-lo arrepiar-se. Eu passei seis meses juntando dinheiro para dar a colônia como presente de Natal. Maki-chan ficou irritado por eu ter me privado para agradá-lo, mas fiquei muito feliz. Eu amo esse cheiro.
Não havia sons no quarto com exceção das baixas respirações. Uma das mãos de Makishima continuava a tocar-lhe os cabelos, enquanto a outra havia sido passada sobre seu corpo, tocando sua própria mão e entrelaçando os dedos. Os corpos se encaixavam com perfeição e o calor e presença daquela pessoa o faziam corar ao imaginar que em três anos de relacionamento aquela era a primeira vez que ele via como seu amante se comportava quando não estava sendo observado. Será que Maki-chan faz isso quando eu estou dormindo? Tocar meus cabelos, acariciar minhas mãos... eu nunca soube.
Por alguns minutos Toudou sentiu-se a pessoa mais afortunada do mundo. Seus problemas foram esquecidos e não havia nada mais importante do que ter aquela pessoa em sua cama, próxima o suficiente para que seus toques fossem reais. Eu não sei por que ele veio de tão longe, mas eu estou feliz. Eu gostaria de me virar e beijá-lo e envolvê-lo a noite inteira, porém, eu sei que o encanto será quebrado no momento em que eu abrir os olhos.
Então, ele decidiu mantê-los fechados. As carícias relaxaram seu corpo e o sono falso não demorou a transformar-se em verdadeiro. Somente nos braços de Makishima era possível portar-se de modo tão desprotegido. Toudou sentia-se seguro e querido, como se fossem os únicos restantes na Terra e não houvesse nada a fazer além de aproveitar o momento. No entanto, aqueles instantes duraram pouco e, assim que seu corpo acalmou-se, sua mente entrou na inconsciência e a presença do rapaz de cabelos esverdeados desapareceu quando o sono chegou, como um bom sonho...
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Toudou acordou sozinho na manhã seguinte. Bem, pelo menos em sua cama, uma vez que Manami dormia tranquilamente na cama ao lado, enrolado em um grosso cobertor, como uma lagarta dentro de seu casulo. A claridade do dia entrava pelas frestas da persiana, lembrando-o de que a segunda-feira já começara. Hábito o fazia levantar-se sem o auxílio de despertador e apenas ao lembrar-se desse detalhe foi que os olhos azuis procuraram o aparelho celular, que continuava no mesmo lugar.
Os dedos o tocaram e o fato do celular estar ligado não o surpreendeu. A visita de Makishima jamais passaria despercebida, muito viva em sua memória e em seu corpo. O cheiro da colônia ainda pairava pelo ar, fazendo-o sorrir de canto ao recordar-se das doces carícias e da gentileza recebida.
Havia mais de uma dúzia de ligações perdidas, todas do rapaz de cabelos esverdeados. As mensagens eram em maior número, contudo, ele foi direto para a mais recente e que fora enviada no final da noite anterior. Maki-chan provavelmente mandou ao chegar em casa. Ele voltou tarde.
A mensagem foi aberta e seu conteúdo lido várias vezes. O sorriso desfez-se aos poucos, até tornar-se uma fina linha em seu belo rosto. Toudou pousou o aparelho sobre a cama, espreguiçando-se e ficando em pé. Seus pés o levaram até a janela, afastando um pouco a persiana e encarando o céu nublado de inverno. Manami resmungou alguma coisa, supostamente pedindo para fecharem a persiana, entretanto, o moreno estava surdo para os seus pedidos.
"Vamos nos encontrar no final de semana. Nós precisamos conversar, Jinpachi." Foi escrito com a mesma falta de emoção que todas as demais mensagens. Makishima nunca usava emoticons ou frases bonitas, e suas respostas eram na maioria das vezes monossilábicas. Você escreveu uma longa frase, nee, Maki-chan? Ele não se surpreendeu ao lê-la, ainda anestesiado pela visita no começo da noite anterior. A realidade o encontraria, eventualmente, e ele sabia que precisaria estar preparado para o sábado. Talvez a noite passada tenha sido o nosso adeus oficial. Talvez eu nunca mais sinta o calor de Maki-chan.
Imaginar que jamais sentiria o gosto dos beijos de seu amante o fez sorrir novamente, mas não havia felicidade.
Continua...
