Estava no jardim perdida em pensamentos, estava a começar a ficar frustrada, sentou-se num dos bancos enquanto olhava o céu nublado, nem se apercebendo de que estava acompanhada.
Chizuru: Em breve, chegará o Natal… -sussurra -
Okita: Preocupada com o meu presente, Chizuru-chan? – diz provocador com um sorriso de gozação no rosto-
A rapariga caiu no chão com o rosto extremamente vermelho, uma mistura de raiva e vergonha, levanta-se e sacode a poeira da roupa.
Chizuru: Okita-san não me assustes assim, por favor – fala irritada-
Okita: Calma, calma… eu só vim cumprimentar uma donzela, não tenho culpa se ela estava distraída… Além disso podes sentar-te que eu não mordo, a não ser que tu peças claro…-sorriso maroto —
Chizuru: -cora — Okita-san!
Okita: -ri — Desculpa… Prometo que não faço mais.
Chizuru: - emburrada – Dizes sempre isso…
Okita: Mas porque estavas tão pensativa?
Chizuru: - suspira- -senta-se ao lado dele- Bem… -envergonhada — Este é o primeiro Natal que eu passo com Hijikata-san como…
Okita: -sorri — um casal, certo?
Chizuru: -cora- -sussurra — acho que sim…
Okita: -olha para o céu – Não te deves preocupar com isso… -sorri para ela – Tu arranjas sempre solução para tudo…
Chizuru: -sorri – Obrigada Okita-san. Foste de grande ajuda… -faz cara de irritação – Agora podes voltar para o quarto!
Okita: -emburrado – Estou farto de estar fechado…
Chizuru: Não podes abusar… Vai para o quarto que eu já te vou dar o almoço…
Okita: -aborrecido – Está bem… -vai para o quarto —
Chizuru levanta-se e caminha até à cozinha onde estava Saito a cozinhar junto com Harada.
Chizuru: Bom dia. Como correu a batalha?
Saito: -sem desviar o olhar do que estava a fazer – Bom dia. Não tivemos feridos…
Harada: -ri— Na verdade tivemos um… -aponta para Saito –
Saito: É apenas um arranhão…
Chizuru: -suspira— Mesmo assim tens de ir tratar disso. Depois do almoço passa pela enfermaria para tratar disso!
Harada: E o que vieste aqui fazer, Chizuru-chan?
Chizuru: Buscar o almoço de Okita-san – sorri —
Harada: -ri – Não o deixes abusar de ti… Toma – dá-lhe a bandeja —
Chizuru: Ele não abusa… Obrigada – sorri –
Saiu calmamente da divisão e foi para o quarto de Okita-san com um sorriso no rosto.
Chizuru: Okita-san, posso entrar?
Okita: Podes.
Entra no quarto e senta-se ao lado do futon onde o rapaz estava deitado. O rapaz senta-se e sorri para ela.
Okita: Obrigado.
Chizuru: Certo… - sorri –
Okita: Se me obrigas a ficar aqui eu mato-te…
Chizuru: - ignora – Certo, certo… Agora come!
Ela alimentou o rapaz com calma, obrigou-o a deitar-se mesmo com protestos e mais falsas ameaças de morte, regressa a cozinha onde deixa a bandeja e vai ter com os outros que deviam estar à sua espera para almoçar.
Harada: Chizuru-chan! Pensamos que Souji te tinha raptado…
Chizuru: Gomen –senta-se entre Hijikata e Harada – Okita-san estava a enrolar de novo com as supostas ameaças de morte…
Heisuke: Há idiotas que nunca mudam…
Shinpachi: Devias antes dizer pervertidos… Temos de estar de olho dele, não vá ele atacar a Chizuru-chan – ri –
Chizuru: - cora -
Hijikata: Ei vocês! Calados! Deixem a Chizuru fora disso – irritado –
Heisuke: Hijikata-san está com ciúmes… -ri em conjunto com Shinpachi –
Chizuru: Heisuke-kun, Nagakura –san - irritada- - levanta-se e dá um cascudo forte nos dois -
Heisuke/ Shinpachi: -surpresos- -gemem de dor — Isso doeu, Chizuru-chan…
Chizuru: É para aprenderem a ficar calados!
O resto do almoço decorreu normalmente com Shinpachi e Heisuke a brigarem pela comida, Harada a rir-se, Chizuru a tentar acalma-los e Hijikata a vigiar as acções dela, coisa que já se tinha tornado comum.
Depois do almoço, de tudo arrumado e dos curativos feitos, chegou a altura das tarefas domésticas. O dia passou rápido para Chizuru, estava anormalmente aérea mas realizou as tarefas com perfeição.
Chizuru pov
Agora era a hora do jantar… Depois de ter preparado a refeição com Heisuke e de chamar todos fomos jantar.
Estranhamente o jantar foi calmo, ou então, eu é que estava demasiado distraída.
Arrumei tudo mecanicamente. A minha cabeça estava a mil, ainda não decidi o que vou oferecer a Hijikata-san.
As palavras de Okita-san já me passaram pela mente dezenas de vezes… "como um casal"…
Eu não tenho bem a certeza de que é isso que somos… Quer dizer…. Depois da última batalha a que fui, nós… Beijamo-nos… Mas foi apenas para lhe dar do meu sangue… E desde então Hijikata-san tem sido um pouco mais gentil comigo. E quando estamos sozinhos às vezes damos as mãos ou alguns beijos… Mas mesmo assim…
Entrei no meu quarto e abri a gaveta onde guardava a caixinha de música e o kimono que Hijikata-san me tinha oferecido no regresso para cá.
Abri a caixinha de música que imediatamente começou a tocar a melodia que eu tanto amava.
Peguei no kimono e instantaneamente sorri, parecia que as minhas preocupações tinham desaparecido como por magia.
É lindo… Demasiado lindo para mim… Será que há problema se eu o vestir? Suponho que não, quer dizer, afinal foi um presente para mim…
Acho que até nem me fica muito mal… A cor base é um rosa pálido e depois tem várias flores de diversas cores… É magnifico…
Senti dois braços fortes rodearem-me a cintura e uns lábios encostarem-se ao meu pescoço. Arfei…
Chizuru: Hijikata-san…
Hijikata: Eu já te disse que quando estamos sozinhos podes chamar-me Toshizou, não disse?
Senti outro beijo na minha nuca… Tive de me conter muito para não gemer.
Chizuru: Desculpa… Força do hábito.
Sorri.
Chizuru: Amo-te.
Ele virou-me de frente para ele e beijou-me, não como os outros beijos que tínhamos dado, este era diferente… Mais caloroso.
Enlacei os meus braços no seu pescoço e correspondi. Depois dos meses em que temos mantido esta relação apanhei o jeito…
Uma das suas mãos deslizou para a minha cintura e a outra para o meu rosto e ele aprofundou o beijo, a partir deste momento o meu raciocínio, consciência ou que quer que lhe chamem desapareceu.
Passado algum tempo tivemos de nos separar devido à falta de ar. Não por muito tempo porque, depois de algumas golfadas de ar, já nos estávamos a beijar de novo.
As mãos dele passearam pelas minhas costas até chegarem ao laço do kimono, depois so sinto o kimono cair no chão.
Corei, devo ter feito uma cara tão engraçada que ele riu-se. Estava envergonhada e disse-lhe para ele não se rir de mim, enquanto abraçava o meu corpo devido ao frio.
Ele pediu desculpa e elogiou-me, algo que ultimamente já não era tão raro assim.
Deu-me um selinho prolongado enquanto me deitava com cuidado no chão ficando por cima, suponho que ele percebeu que eu estava com frio.
Olhei para ele com um sorriso no rosto, amava-o tinha a certeza disso… E pelo primeira vez em muito tempo ele sorriu para mim.
Não resisti e voltei a beijá-lo, enquanto as minhas mãos iam soltar o seu cabelo, admito que estavam curiosa sobre como ele ficaria com ele solto.
Senti as mãos dele percorrerem todo o meu corpo, dando especial atenção ao meio peito.
Eu sabia que, a primeira vez é sempre dolorosa, mas mesmo assim, estava ansiosa para ser dele.
Ele desceu os beijos para o meu pescoço, colo e seios, eu só consegui gemer rezando para que ninguém ouvisse.
Estava tão distraída que nem o vi retirar a sua roupa, só quando ele me abraçou e senti a pele quente dele é que caí em mim.
Os olhos dele, tão penetrantes, estavam a pedir-me autorização porque por mais que ele tivesse evoluído em termos de convívio, eu sei que há certas coisas que ele ainda não consegue dizer por palavras.
Eu sorri e ele percebeu a mensagem, porque senti o membro dele começar a penetrar-me com cuidado para diminuir o meu desconforto, que não era pequeno.
Devo ter feito uma expressão de dor, porque ele parou e olhou-me preocupado.
Deixei-o preocupado… Sou mesmo idiota. Sorri levemente e disse que estava tudo bem.
Ele beijou-me e começou a movimentar-se lentamente. No inicio senti-a dor, que pouco a pouco ia dando lugar ao prazer.
À medida que a velocidade ia aumentando eu gemia cada vez mais, estava a chegar ao limite, enlacei as minhas pernas nos quadris dele e uma das mãos dele agarrou a minha coxa aumentando mais a velocidade.
Quando ele começou a sussurrar palavras amorosas e promessas de um futuro, eu perdi-me em sonhos.
Os meus gemidos altos eram agora abafados pelos beijos que dava-mos. Tinha chegado ao meu limite gozei e umas estocadas depois senti o líquido dele preencher-me.
Ele retirou-se de dentro de mim, deitou-se a meu lado e abraçou-me. Eu sorri e pouco tempo depois acabei por adormecer.
-Umas semanas depois-
Toshizou e os outros saíram para batalha à três dias. Por um lado até é bom, ultimamente tenho tido alguns desmaios e enjoos, e teria sido difícil de esconder deles.
Hoje de manhã Matsumoto-sensei confirmou o que eu receava… Estou grávida.
Depois daquela noite assumimos a relação para todos, apenas aqueles que sabiam que eu sou garota, e Toshi começou a falar em formar família no futuro.
Parece que o futuro está mais próximo do que ele imagina.
Hoje é noite de Natal e estou a espera que todos cheguem.
Osen-chan passou o dia todo comigo e pude conhecer o meu afilhado recém-nascido. É uma fofura, tem os olhos da mãe e o cabelo loiro do pai. Pelo menos Kazama largou-me de vez, e a confraternização entre ele e Toshi melhorou consideravelmente, embora ainda tenham as brigas habituais.
Eles estão a chegar, consigo ouvir os passos e vozes deles. Mal passam a porta da base, os soldados seguem em frente, deixando para trás Harada, Nagakura, Heisuke, Saitou, Kondou e Toshi. Verifico se não há ninguém à espreita e depois de confirmar que não corro em diracção a Toshi, que me recebe com um abraço e beijo caloroso.
Cada um segue para o seu quarto para se prepararem para o jantar e tratar dos ferimentos.
Eles tinham-me convencido a vestir-me como uma garota por hoje, e eu não pude recusar.
Senti dois braços rodearem-me a cintura e um beijo casto nos meus lábios.
Depois só vi Toshi de joelhos no chão com um anel da mão a pedir-me em casamento.
Senti as lágrimas escorrerem-me dos olhos. Disse-lhe que era a melhor prenda de Natal que ele me podia dar e beijei-o.
Ele colocou o anel no meu dedo e eu só sorri. Agora chegou a minha vez de lhe dar o meu presente.
Suspirei… A hora da verdade chegou.
Chizuru: Toshi… Eu tenho um presente para ti também…
Estava nervosa, mais do que necessário, mas não conseguia evitar.
Hijikata: Chizuru, sabes que não era preciso…
Antes que ele acabasse a frase, interrompi-o.
Chizuru: Estou grávida!
Primeiro veio a expressão de surpresa e depois o maior sorriso que eu já tinha visto.
Ele agarrou em mim e rodou-me pelo ar…
Chizuru: Toshi assim eu vou enjoar…
Ele posou-me com delicadeza pediu-me desculpas e deu-me um beijo amoroso enquanto me abraçava.
Tenho a certeza, que de agora para a frente, terei muitos mais natais como este. Cheios de sorrisos.
Fim
