Esta é uma história fictícia envolvendo os atores Lea Michele e Cory Monteith, ambos conhecidos através da série da Fox Glee, bem como bastidores e algumas pessoas do elenco da mesma. Comentários são muito bem vindos.
1. Prólogo
"Ufa!" Lea deixa escapar entre um suspiro, mais um dia de gravações que chegava ao fim. Ela amava seu trabalho, mas tinha horas que o corpo não agüentava mais, se entregava. Era hora de trocar de roupa e ir pro seu apartamento descansar. Já saindo do figurino, rumo ao estacionamento, uma de suas colegas lhe dá um abraço e se despede. "Lea, eu sei que você ama sua personagem, mas podia deixar ela aqui no set!" Lea por um instante fica pensativa, até que passa por um espelho: não é que ela tenha esquecido de trocar de roupa, na realidade ela gostava de se vestir no dia a dia de maneira mais confortável, algo muito semelhante com os vestidinhos e sapatilhas de sua personagem. Vestidos e roupas mais elegantes e ousados ficavam só pra grandes ocasiões. Mesmo crescendo no ambiente cheio de glamour da Broadway e convivendo agora com tantas celebridades em Hollywood, ela gostava de estar mais casual. Por um lado era bom sentir-se confortável depois de um longo dia de trabalho, mas no seu ego feminino ela sentia-se mal quando as pessoas faziam comentários maldosos sobre seu jeito de ser, de se vestir, isso quando não implicavam em falar da sua altura ou do seu nariz. "Por que não faz uma cirurgia? Por que não usa mais saltos e roupas mais atraentes? Nas festas e eventos que vai, ela até tenta, mas ta longe de parecer como umas das estrelas de Hollywood! Diva, só se for no circulozinho social dela!" Frases desse tipo ela já estava cansada de ouvir, mas o que confortava era que como atriz ela podia interpretar vários personagens e um dia ela ainda ia mostrar que ela era mais do que uma bonequinha enfeitada que cantava bonitinho, ela podia ser misteriosa, envolvente, fatal, como qualquer uma das suas colegas atrizes. Mal podia imaginar que esse dia estava mais próximo do que imaginava.
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Desengonçado, meio atrapalhado com tantas pastas do trabalho, scripts da série, cifras e letras de músicas pra memorizar, papéis e contratos de campanhas de instituições que estava apoiando além de outras que queriam sua ajuda, material da banda, faminto e exausto. Era assim que Cory estava terminando mais um dia de trabalho. Largando tudo em seu quarto, ele resolveu fazer um lanche na cozinha antes de começar a desvendar toda aquela papelada. "Ei Cory, ta parecendo um fantasma, devia experimentar comer de vez em quando, ta ficando muito magro e pálido", em meio a risos, seus amigos que moravam com ele, tentavam argumentar pra não se matar tanto trabalhando, pra viver um pouco. "Que nada" ele pensava, parecia que quanto mais se esforçava mais críticas surgiam. Se fossem construtivas ainda, mas na maioria eram cheias de maldade e sensacionalismo. "Cory monteith, astro da série Glee estreou no cinema essa semana, mas pelos comentários da crítica, repetiu a mesma atuação sem brilho e irrelevante de seu personagem na série da Fox...acho que ele talvez devesse ficar na caridade, vejo um futuro mais promissor pra ele". Essas eram palavras do apresentador de um desses programas de entretenimento que passava naquele momento na tv. Eram como facadas pra Cory, ninguém era obrigado a gostar dos seus trabalhos, mas respeito todos deveriam ter. Ele se esforçava tanto, trabalhava sempre com tanto afinco, nunca ia se acostumar com tal comentários de pessoas que ficam só sentado apontando e criticando. "Como ator sei que tenho muito a melhorar, a gente aprende todo dia, mas meus trabalhos pra ajudar as pessoas não são pra me vangloriar, são pra evitar que jovens entrem num caminho que eu passei e que quase não sobrevivi, não é pra me promover, pra isso me esforço na minha profissão, e um dia eu ainda vou mostrar pra esse povo o quão bom ator eu sou" ele pensava.
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E enquanto isso, a marca mais famosa e vendida de perfumes do mundo estava finalizando seu mais novo projeto.
"É perfeito! É sedutor, envolvente, sexy, excitante,...incrível!" Exclamou eufórico dono da marca.
(Risos) "Como você pode sentir tudo isso num simples perfume?" Perguntou um dos técnicos.
"Esse perfume é minha obra prima, sabe por que? Porque desperta todos seus sentidos... é capaz de enfeitiçar, de deixar o outro l-o-u-c-o!" Disse ele.
"Adoro essa sua paixão, mas não acha que é demais? O perfume é bom, mas..."
"...mas é por esta razão que você faz as essências e eu o produto. Aliado a um bom jogo de marketing e publicidade, esse seu "perfume bom" vai conquistar o mundo!" e continuou: "Sedutor, envolvente, sexy, excitante,... ou melhor, fatal!"
"Coloca como garota propaganda uma daquelas modelos sexy, sabe, daquela marca de lingerie famosa que sempre fazem aqueles desfiles de tirar o fôlego".
"Não, não, isso seria muito óbvio! Vamos surpreender, talvez alguém já com certo carisma no mercado, mas que não tenha todo esse apelo sedutor, daí o perfume poderia transformá-la...acho que vai ser por aí". Pensou o dono saindo do laboratório. "Fatal, sedução, sedução fatal, não, não, não, hum... talvez... sim, séduction fatale, esse vai ser o nome. Bom, agora quem poderia ser nossa garota fatal? Hum..." Eis que ao passar por uma tv ligada, a qual passava um programa de fofocas de celebridades, uma figura pequena, meiga e muito bonita lhe chama a atenção. "O que é esse tal Glee?" Pergunta à sua secretária. Após a explicação da moça sobre o seriado e principalmente a relevância sobre o público cativo da mesma, o dono teve uma certeza: "achei nossa mulher fatal!".
