Será esse o momento certo?

O retorno a Tókio.

Em uma manhã de domingo, no parque central de Nagoya o casal leva a sua filha de três anos para brincar com outras crianças. Todos os domingos eram assim; a família se divertia e uma garotinha cansada volta para casa nos braços de seu pai. E dessa vez não era diferente.

- Rin, não vá muito longe. – fala sua mãe se abaixando para ficar a sua altura.

- Sim, mamãe. – dá um beijo na mãe e um passo para ir brincar.

- Não dá o beijo do papai não é? – perguntou Kouga, ela volta e dá um beijo sussurrando um pedido de desculpas. Seus pais observam-na se distanciar e sentam num banco próximo do playground onde pode ficar olhando os passos de sua filha e começam a conversar.

Tudo entre eles aconteceu muito rápido o namoro, a gravidez, o casamento e o nascimento de sua filha. Conheceram-se na faculdade, era um grande grupo de amigos, cursos diferentes, mas eram muito amigos. Brigavam, se divertiam, se amavam. Entre eles aconteceram alguns romances, nada que pudessem acabar com a amizade que existia, mas um triângulo amoroso se destacou e nele muitas lágrimas e intrigas. Tudo o que é bom, dura pouco. Os amigos se separaram e mesmo distantes existe certa ligação que mantém contato. Entretanto, essa ligação é muito mais forte do podem imaginar ao se reencontrarem todas as lembranças surgem para continuar de onde começou.

- Kagome, querida. Você sabe o quanto eu te amo não é? - ele pega em suas mãos e as beija. Kagome sentiu seu coração acelerar temendo o objetivo da conversa e nela surgi uma sensação de deja vu. "outra vez" pensou ela.

- Kouga... e-eu não estou entendendo. O-onde você está querendo chegar? – puxou as mãos das dele.

- tudo o que passamos até hoje. Os melhores e piores momentos, eu sempre estive com você. – tentava pegar inutilmente as mãos dela outra vez, mas Kagome não deixa rejeitando o toque. Essa reação o fez suspirar desanimado. – bem. O que eu estou tentando dizer é... – olhou-a e percebeu que em seus olhos formavam lágrimas e algumas rolavam pelo rosto. Kagome imediatamente levanta.

- Pare de enrolar e fale logo – falou com uma voz chorosa. – "Outra vez... essa sensação."- pensou. Ele baixou o semblante para demonstrar tristeza, fazendo-a ficar mais tensa.

- Daqui a duas semanas... Estarei partindo a Tókio. – Voltou a olhá-la. – Aliás... Consegui a vaga de diretor geral do Hospital de Tókio. – Sorrindo. – Vamos ficar próximo da sua família. Você não queria tanto ver seus irmãos. Estamos voltando. – Kagome começou a chorar, abraçando-o e sentando ao seu lado.

- Kou-kouga... Você me assustou... eu... eu tive tanto medo. Pensei que...

- Não chore Kagome, por favor. Eu não sabia que você iria ficar desse jeito. Nunca vou te deixar, tá me ouvindo. – afirmando com a cabeça.

- Eu pensei que iria passar por tudo outra vez.

- Olhe pra mim querida. – assim o fez. - Nunca deixarei que o passado nos incomode, mesmo voltando para Tókio. Estamos juntos agora, lembra? Você, eu e a pequena Rin. Vocês são a melhor coisa da minha vida. – dando-lhe um beijo nos lábios e sussurrou. – Eu amo você.

- Obrigada... Kouga.

Kouga é um importante médico, também famoso, em Nagoya. Ele formou-se na mesma universidade em que Kagome é formada, mas ele teve que ir embora deixando ela para trás, já que nutria um amor platônico no qual ninguém sabia, ele conseguiu manter em segredo até o momento em que ela precisou de ajuda. Está casado com Kagome há quase três anos, uma assistente social que trabalha em um pequeno Hospital infantil de Nagoya, eles têm uma filha chamada Rin, ou pequena como eles a apelidaram. A pequena Rin lembra muito a mãe é uma menina esperta, tem uma facilidade em encantar as pessoas.

Kagome saiu de Tókio muito abatida, se não fosse Kouga ela, talvez, não teria suportado a raiva que sentia pelo ex-namorado que não a apoiou, nem acreditou nela; então resolveu aceitar o emprego que Kouga tinha indicado e foi nele que ela encontrou conforto. Mora em Nagoya desde saiu de Tókio deixando para trás seus dois irmãos sua única família, seu irmão mais novo tinha apenas cinco anos. Dos amigos que deixou apenas Sango mantinha contato com ela, pois é através dela que Kagome tem noticias de todos.

A manhã passou rápido, Rin havia brincado muito e pela hora já estava com fome. A conversa tinha acabado ali mesmo não tocaram mais naquele assunto. Sempre almoça no mesmo restaurante, simples, mas aconchegante. Como sempre a pequena Rin, segurando nas mãos dos pais. Ao entrar no restaurante soltou-se dos pais e foi falar com os funcionários do local que assim como ela; todos eles gostavam da presença da menina no recinto como dizem: "A pequena Rin transmite muita alegria". Voltou a mesa segurando a mão de um funcionário que sempre atende a eles.

-Boa tarde! Doutor Kouga. Dona Kagome. A pequena Rin está entregue. – disse ele com uma alegria em vê-los ali.

- Boa Tarde, Kurano. Deixe de formalidades homem, não a necessidade para isso. – disse Kouga repreendendo-o, pois não gosta de mostrar status. – sabe o quanto isso nos incomoda. Eu vou querer o de sempre e você Kagome?

- Hum... O mesmo pra mim e para Rin. – Ah! Traga também Batatas Fritas, por favor. E Boa Tarde. – terminando de arrumar a menina na cadeira.

Assim seguiu o almoço, tranqüilo em família e no meio da tarde voltaram para casa com a cansada filha nos braços. Kagome foi à frente para abrir a porta e tirar os bichinhos de pelúcia da filha da cama onde Kouga iria colocá-la, lentamente ele a colocou para não acordar, pois sabia que sua menina estava muito cansada. Deu um beijo na testa de sua filha e saíram do quarto deixando a porta entre aberta.

De: K-Chan

Para: Sango-Chan

Assunto: Saudades

Sango. Estou com muita saudade de você e de todos. Como vão as coisas com vocês? E meus irmão como estão? Ainda briga muito com Miroku? E o Souta? Kouga, Rin e eu estamos bem. Tenho uma novidade pra te dizer... Kouga conseguiu a vaga de diretor geral no Hospital de Tókio e por isso... Estamos voltando para Tókio, Falta resolver umas coisas ainda. Pedi transferência para uma extensão do hospital Infantil e em alguns dias estou de volta.

Beijos. Kagome.

De: Sango-Chan

Para: K-Chan

Assunto: Ótima noticia.

Kagome. Estamos todos bem. As coisas estão um pouco diferente de quando você morava aqui, fora isso, estão melhorando. Quanto ao seu irmão Miroku, ainda brigamos sim. Ele cuida do Souta desde o dia que você se foi sem dar notícia. Souta sente muito sua falta, imagina ele saber que tem uma sobrinha, vai ter muito ciúme. Não vejo à hora de conhecê-la, deve parecer muito com você, não é? Estou com muita saudade de você e do Kouga, dê meus parabéns a ele pelo cargo. Estou esperando por você.

Beijos, Sango.

Desde a noticia da volta de Kagome a Tókio, uma semana se passou. Kouga foi na frente, dentro dessa semana, para alugar o apartamento, a transferência da escola da Rin e outras coisas, mas voltou para buscar Kagome e a pequena.

Estava sendo muito difícil para Kagome voltar para Tókio depois de tudo que aconteceu a ela, as lembranças voltaram e muito dolorosas e até hoje se pergunta: "Por quê? O que eu fiz de errado?" – Ele não acreditou em mim. – falou em meio de seus pensamentos.

Kouga voltou rápido, apenas uma semana e como prometido não encontrou nenhum amigo. Ajudou a Kagome e a Rin na mudança, estava tudo pronto para ir a Tókio, antes de fechar a casa Kagome foi a todos os cômodos da antiga casa, lembrando de cada momento vivido ali. Por último entrou no quarto que dividia com Kouga parou, "Eu fui tão feliz aqui, será que vai ser melhor nós voltarmos? Eu não... logo todos saberão que..." seus pensamentos foram cortados pelo seu chamado.

- Vamos mamãe. O papai está esperando no carro. – falou Rin com certa empolgação.

- Sim pequena, vamos. - deu mais alguns passos saiu e fechou a porta.

"Eu vou estar bem..."

Comentário da autora:Bom, gente, essa é minha primeira fic espero que gostem. Acho que algumas pessoas não gostaram muito por eu ter colocado Kagome casada com Kouga, mas o que eu estou querendo mostrar é que a vida continua mesmo não estando com quem amamos. Vejam pelo lado bom, a fic ainda está no começo e muito há de acontecer.