Todas as cores do céu REESCRITA...viu não demoro tanto assim.

Plz comentem, pq agora vai estar mais emocionante...

Muito obrigada a todos aqueles que me apoiaram e me add no msn. bjs

A chuva caia pesadamente, já estava anoitecendo quando avistou ao horizonte uma pequena vila, o que julgou ser sua nova "casa" pelos próximos tempos.

Desceu do carro e entrou rapidamente na casa de tijolos vermelhos, o sobretudo e observou.

A casa era bem aconchegante. Em frente à porta, se encontravam a escada e o corredor que dava para os fundos, do lado direito se encontrava a sala com uma lareira, um sofá e poltronas de couro escuro, do outro lado se encontravam a cozinha, com uma ilha no centro, uma mesa perto a janela.

Sentou-se no parapeito da janela e observou a chuva, tinha passado por tanta coisa nos últimos dois dias, tudo ainda estava embaralhado em sua cabeça, perguntas sem respostas, imagens que agora eram borrões de memórias. Suspirou pesadamente, repassando os acontecimentos, enquanto a chuva ia amenizando...

Já era tarde quando Draco saiu da loja de roupas, seguiu calmamente pelas ruas do Beco Diagonal, olhando as lojas que ainda estavam abertas, sem realmente ver por onde andava. Só se deu conta, quando havia entrado em um beco escuro, no lado negro do Beco Diagonal. Virou-se para ir embora, nunca havia gostado daquele lugar. Quando era pequeno seu pai o arrastava para aqueles lados, o fazendo andar por ruas estreitas e escuras, algumas mal cheirosas e sempre cheias de pessoas suspeitas, que o assustavam quando pequeno.

No entanto, as vozes que vinham do fundo do beco lhe chamaram a atenção. Draco pensou bem, seja lá o que fosse ele deveria sair dali. Amaldiçoando sua maldita e profunda curiosidade, caminhou até o fim do beco, que na realidade era uma pequena rua, que fazendo uma curva dava para um pátio aberto aos fundos de um prédio abandonado.

- Não meu senhor... Perdoe-me... Nãão... - clamou uma voz

- Além de incompetente, é um traidor - afirmou a voz ríspida e muito masculina.

Draco se estreitou por trás da parede e viu o grupo de homens encapuzados. Pode ver dez deles enfileirados, três de costas e um, o mais alto de todos que andava de um lado para o outro frente ao grande grupo.

- Todos vocês são incompetentes, não conseguem fazer um trabalho tão simples? Vocês me decepcionaram - falou novamente a mesma voz, fria e raivosa.

- Perdão meu senhor... Perdão... - agonizavam os homens enfileirados

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- Isso jamais acontecerá novamente - falou um homem que se ajoelhava – sendo apoiado pelos demais que também se ajoelhavam.

- Eu sei que isso jamais vai se repetir – a voz masculina saiu cheia de sarcasmo - PORQUE NÃO VIVERÃO PARA COMETER O ERRO NOVAMENTE!

- Não meu senhor não... Piedade - clamavam novamente as vozes.

Draco sentiu a garganta fechar, quando viu a mão que empunhava a varinha. Varinha esta que já lhe rendeu uma boa parcela de Cruciatos. Seu sangue gelara, sua mente trabalhava a toda velocidade, tentando assimilar o que seus olhos viam - Vol... Vol.. Voldemort - sussurrou gaguejante.

O grande clarão verde da maldição da morte o cegou por um momento, quando se recuperou, a visão dos dez homens, antes ajoelhados, agora estendidos sem vida no chão, o fez entrar em pânico. Para piorar tudo, a coisa mais horripilante aconteceu. Voldemort começou a entoar um feitiço em uma língua estranha, erguendo as mãos para o céu, a varinha em uma das mãos. Ao som da ultima palavra, uma leve ventania tomou conta do lugar, uma nevoa avermelhada envolveu os corpos sem vida no chão. Draco viu uma fina areia sair destes corpos e então entendeu o que acontecia. As vestes antes cheias com os corpos, agora se esvaziavam, se tornando poeira e voando com o vento para então se chocarem contra o peito de Voldemort.

Ele deu alguns passos para trás, mas para seu azar esbarrou na pilha de lixo metálico, provocando um estrondo que ecoou pelo beco. Fora descoberto.

- Hei você! - falou um dos encapuzados apontando para ele.

Draco saiu em disparada, não sabia para onde correr.

Draco corria pelas ruas escuras e assombradas do lado negro do Beco, ouvia vozes atrás dele, em alguns momentos lhe lançavam feitiços, mas por sorte nenhum o acertou. Enquanto corria desesperado, "Para onde vou?". Enfrentá-los? Voldemort e seus comensais? Se pudesse Draco riria do pensamento, uma atitude daquela seria o mesmo que a morte... Morte? Mesmo correndo, Draco ainda conseguiu raciocinar... Então Voldemort estava vivo?

-Malfoy, seu maldito - gritou um dos homens às suas costas.

Ótimo. Agora havia sido reconhecido, que irônico, é claro que seus cabelos tão característicos da linhagem Malfoy, mas esse não era seu maior problema agora. Por uma estranha razão todas as ruas estavam desertas, mas se Voldemort supostamente estava vivo então nada poderia ser mais estranho que aquilo. Virando para outra rua, encontro uma velha estante, abandonada no meio da rua. Não pensou duas vezes e se espremeu atrás dela e aguçou os ouvidos. Não demorou nem dois segundos para ouvir passos se aproximando.

- Esperem - uma das vozes falou. Um deles se aproximava, pode observar por um dos buracos envelhecidos da estante, as feições finas porem rígidas, pode ver um maço de cabelos loiro platinados muito familiares. "Por Merlin, Lucius? Pai?" exclamou mentalmente.

- Vamos, ele deve ter entrado naquela rua. - Lucius Malfoy falou lançando um olhar para a estante e seguindo os outros.

Assim ouviu os passos se distanciando, o loiro saiu correndo na direção oposta.

-Olhem! Ali está ele, volte aqui seu traidor dos infernos.

Correndo o máximo que suas pernas permitiam e sempre olhando para trás, não viu o homem que saiu da rua a sua frente, quando viu já era tarde de mais e se chocou contra o corpo maior, sentindo que ele o segurava pelos braços em apoio.

- Malfoy?

-Potter? POTTER!- se ergueu ao reconhecer a voz – Comensais. Eles... Estão... Me... E Voldemort vivo... Matou... E... -Draco beirava a histeria, cansado e confuso, acabou desmaiando nos braços do menino-que-sobreviveu.

Draco abriu os olhos lentamente e se deparou com o belo rosto de sua mãe.

- Filho, como você está? - perguntou - você está desacordado há horas.

- Horas?- perguntou confuso - Onde estamos?

- Na sala do ministro da magia, não se preocupe. Agora está a salvo - falou sua mãe.

O sonserino observou em volta, era uma sala grande, as paredes de pedra eram decoradas com fotos de antigos ministros, atrás da escrivaninha de carvalho se encontrava uma grande e profunda estante carregada de livros e objetos mágicos.

Pouco depois a porta se abriu revelando Ronald e Hermione Weasley e Marconi Biaktur, o novo Ministro da magia.

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- Bem - o ministro, um homem alto, de traços rudes e agressivos com olhos e cabelos castanhos claros, se dirigiu a escrivaninha e se sentou - Sr. Malfoy, por favor, conte-nos exatamente o que aconteceu.

Draco contou tudo nos mínimos detalhes até encontrar com Potter e desmaiar. Todos ouviam atentamente, volta e meia era interrompido por questionamentos e perguntas.

Respirou fundo, antes de falar:

- Eu vi meu pai.

Narcissa arfou assustada levando a mão à boca.

Os outros saíram da sala deixando mãe e filho sozinhos.

- Draco tem certeza que foi seu pai quem você viu? – Narcissa sempre fora controlada como toda Malfoy, mas naquele momento perdeu um pouco da compostura, seus olhos estavam marejados e suas mãos tremiam levemente.

- Tenho mãe, tão vivo quanto eu e você.

A porta se abriu novamente e Draco levantou quando viu Pansy e Blaise entrarem.

- Como você esta Draco? – perguntou a morena abraçando o amigo.

Draco apenas apertou o abraço e a soltou sem responder, era bom ter seus únicos amigos ali. Nas três horas seguintes, Draco pode tirar um breve cochilo, foi levada a um banheiro e fez uma leve refeição. Sua mãe não perguntou mais nada, mas Draco sabia que ela deveria estar tão transtornada quanto ele.

- A situação é mais grave do que imaginamos - falou o ministro, entrando na sala tempos depois - Por isso andei conversando com o conselho, e decidimos que é melhor você se afastar por um tempo.

- Me afastar? Mas como? Eu tenho uma vida, meu trabalho, não posso abandonar tudo assim, de uma hora pra outra!

- Acalme-se, senhor. Eu já tomei providências com relação a isso. - ponderou um pouco – Você irá para uma Vila trouxa e ficara por lá por um tempo... Você foi reconhecido. Até que eu tenha a plena confirmação do que realmente esta acontecendo, principalmente no que envolve Voldemort e Lucius Malfoy, sua vida corre perigo. Entenda , como testemunha o senhor tem informações muito valiosas e pode arruinar o plano "deles"- se é que realmente há um – mas por precaução providenciarei seu afastamento do mundo bruxo até tudo estar resolvido.

- Alguém vai ficar lá com ele? - perguntou Narcissa.

- O único auror que possuímos que conhece as manhas de Lucius e Voldemort melhor do que ninguém... Harry Potter.

- O QUE?