N/A: Cavaleiros do Zodiaco pertence a Masami Kurumada, o qual tem uma mente brilhante e criou 12 homens maravilhosos vestidos de armaduras douradas, tão lindos, tão másculos...ai...ai...Chega! Voltando à realidade, vamos à fic!
CAPÍTULO I
Las Vegas é uma das cidades que nunca dorme, não importa a hora do dia ou da noite, sempre há uma festa em algum lugar. Bares, boates e cassinos encontram-se sempre lotados, é um verdadeiro paraíso da diversão, aberto 24 horas por dia. As opções existem para todos os gostos, inclusive para aqueles que preferem a paz e o silêncio, acompanhados de um bom drink. Assim encontrava-se Kamus, sentado junto ao balcão de um dos bares altamente luxuosos e reservados de Las Vegas. Pelas 3 da madrugada, o lugar encontrava-se praticamente vazio, suas únicas companhias eram o barman e um copo de wisky 12 anos da melhor qualidade. Deixou que seu olhar se perdesse no gelo flutuando sobre o líquido, isso o ajudava a limpar sua mente de qualquer problema ou preocupação, queria apreciar este raro momento de paz, pois logo o inferno voltaria a tona.
Não se tratava de mais batalhas ou algum Deus maníaco-destrutivo tentando acabar com a humanidade e a existência da Deusa Atena. Antes fosse isso. Era Milo e suas idéias absurdas. Como Aiolia deixou que aquele escorpião lunático organizasse sua despedida de solteiro? Só se ele tinha a intenção de terminar o casamento com Marin antes mesmo de começar. De qualquer forma, a grande idéia daquele maluco foi uma semana em Las Vegas, apenas os homens, muita diversão com tudo o que tinha direito, uma despedida de solteiro para Aiolia nunca mais se esquecer, e os demais convidados também não. Tanto os cavaleiros de ouro quanto os cavaleiros de bronze foram intimados a viajarem e aqueles que se negaram, foram praticamente sequestrados pelos outros, como era o caso dele e de Shaka. Nunca fora muito ligado em festas, ainda mais um verdadeiro bacanal, como foram as comemorações dos últimos dias. Não se sentia muito bem no meio de toda aquela aglomeração, por isso, como já era de costume na última semana, saiu à francesa enquanto os demais encontravam-se no auge da bebedeira. No entanto sabia que não demoraria até que Milo desse por sua falta e viesse buscá-lo, arrastando-o a força, mais uma vez.
Kamus respirou fundo, preparando-se para mais um gole quando a calma do lugar foi interrompida por alguém que invadia o bar num rompante. Parecia ser... Não! Era uma noiva! O cavaleiro fitou a garota que se dirigia a passos firmes em direção ao balcão, segurando a parte de baixo do vestido branco. A moça jovem, de feições delicadas mas extremamente alteradas no momento, sentou-se ao lado do guerreiro, e com a voz rouca de uma visível raiva, fez o pedido:
- Tequila, por favor!
O Barman prontamente obedeceu, colocando o copo no balcão e preparando-se para enchê-lo. Mal completou o recipiente e a menina o agarrou, bebendo todo o líquido de uma única vez. Ela apertou os olhos e balançou a cabeça, arrepiando-se toda. Kamus esboçou um sorriso, era óbvio que ela nunca tomara tequila, mas logo surpriendeu-se ao ouvir o copo batendo violentamete na madeira e a voz da garota dizendo que queria mais. O Barman a atendeu novamente e, desta vez, ela entornou o copo sem nem ao menos tremer. Depois da terceira dose, ela apenas soltou o copo e iniciou um choro demasiadamente exagerado:
- Ele me enganou! - A moça soluçava e chorava observando o copo. - Como ele pode!
Kamus achou que era melhor voltar a se concentrar no seu drink e deixa-la derramar sua mágoa. Esse assunto não era de sua conta, porém:
- Não é justo! Por que ele fez isso comigo? - A garota o estava encarando, agarrada à manga de sua camisa. - Por que? Eu não entendo! Pareciamos tão felizes juntos. Tinhamos feito planos! Íamos passar a lua-de-mel no Caribe! Por que? - Ela não parava de falar muito menos de chorar, enquanto continuava segurando Kamus com força, obrigando-o a prestar atenção no seu lamento.
- Senhorita, eu... - O cavaleiro não teve tempo de terminar sua frase, a menina agarrou-se na gola de sua camisa chorando mais alto ainda:
- Ela era minha madrinha de casamento! Minha melhor amiga! Ela até organizou meu chá de panela! - Agora ela estava praticamente abraçada a Kamus.
O rapaz apontou para a moça e fez uma expressão ao barman de "o que eu faço agora". O homem, já acostumado com esse tipo de situação, apenas serviu outra dose de wisky, passando-a para Kamus:
- Toma meu amigo. Você vai precisar. - O francês encarou o garçon com certa raiva. Grande ajuda ele havia prestado! Tentou novamente acalmar a noiva, o que resultou numa tentativa frustrada. Antes que ele pensasse em dizer algo, ela voltou à sua postura anterior, pedindo mais tequila, mas ainda segurando o braço de Kamus.
Mais uma vez ela tomou a bebida como se fosse água e voltou a desabafar com o cavaleiro:
- Me diz se isso é justo? Eu passei dois anos! Dois anos! - Ela enfatizou o que disse tentando mostrar seus dedos, aparentemente o alcool já estava fazendo efeito. - Dois malditos anos planejando esse casamento. Eu convenci todos os 500 convidados a virem até Las Vegas porque eu queria me casar no melhor hotel da cidade. E tudo foi pelo ralo. - O choro voltou à tona e Kamus acabou por aceitar a sujestão do barman, matando logo 2 doses de wisky. Não podia simplesmente sair dalí, ela estava praticamente abraçada a ele, então, antes suportar isso bêbado do que sóbrio.
Entre várias outras doses de tequila e wisky, o lamento continuava, agora saindo um tanto quanto enrolado:
- Minha...minha mãe me disse... - A garota estava definitivamente bêbada. - Não, não! Minha mãe me avisou! "Elle, dá azar ver o noivo antes do casamento". Mas eu não acreditei! Eu...eu queria...eu queria vê-lo e dizer o quanto tudo aquilo era especial, o quanto...- Elle chorava copiosamnte. - O quanto eu o amava! - As palavras sairam num grito choroso.
Agora Kamus já nem se importava mais com a moça, apenas apoiava a cabeça da mesma sobre seu peito enquanto tomava sua trocentésima dose, perdera a conta a muito tempo atrás, também já não conseguia prestar atenção na história, estava tonto demais pra isso:
- Eu entrei no quarto dele sem fazer barulho...eu queria faver um sur...surpresa, isso...uma surpresa... hahahahahahha - Ela conseguiu despertar a sua atenção com aquela gargalhada no meio do choro. - Quem teve a surpresa foi eu! hahahahahaha! Ele... ele...ele tava lá...na cama...com a minha madrinha de casamento...hahahaha...transando com ela...hahahaha...ha...ha...- Da alegria histérica, Elle voltou ao choro. Pela primeira vez Kamus correspondeu ao abraço forçado no qual se encontrava. Não sabia muito o que dizer a Elle neste momento, não a conhecia e muito menos conseguia formular frase alguma graças ao wisky.
ooooooOOOOOOoooooo
- Ai! - Foi a primeira palavra que passou pela mente de Kamus. Mal conseguia abrir seus olhos, a claridade intensa e o peso de sua cabeça não lhe permitiam movimentar as pálpebras. Tinha a sensação de ter sido atropelado por um trator e depois jogado no oceano, boiando sem rumo sob o sol escaldante. Novamente tentou abrir seus olhos, dessa vez virando-se para o lado, a fim de evitar a luminosidade. Quando conseguiu visualizar o ambiente à sua frente, seu cérebro começou a esboçar algum tipo de pensamento. Aquele lugar lhe parecia estranho, havia uma espécie de bambu por toda parte, pareciam...móveis de bambu? E uma...banheira? Redonda? Definitivamente aquele não era o seu quarto. Tentou novamente se virar e sentiu mais uma vez a sensação de estar boiando, boiando numa cama? Olhou de relance o teto... era um teto solar?
Não! Conhecia muito bem essas características. Banheira redonda, decoração temática, colchão dagua, teto solar! Estava num motel!
- Ai...ai minha cabeça. - Kamus gelou ao ouvir a voz feminina ao seu lado. Estava receoso de se movimentar, temia o que poderia encontrar do outro lado. Um gemido de dor foi emitido e a pessoa começou a se espreguiçar, esbarrando o braço no corpo de Kamus. A mão começou a apalpar de leve o corpo nu do rapaz, tentando averiguar o que era.
- Ai Meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus! - a moça passou a apalpar de forma mais vigorosa, até que Kamus irritado afastou-se de uma forma um pouco rude falando:
- É sim! Eu sou de verdade! Não precisa apalpar tanto não!
- Ai meu Deus! Ai meu Deus! Tem um homem nu na minha cama! Socor... - A moça foi interrompida pela mão de Kamus que lhe tampou a boca.
- Shhhhhhhhh! Silêncio! Também não precisa gritar. Você não está no seu quarto. - Não era bem isso que ele deveria ter dito, pois a garota demonstrou um olhar de aterrorizada, pronta para fazer qualquer coisa para escapar de seu aparente algoz. Desesperado, ele tentou corrigir a situação:
- Não! Não! Não! Não é nada disso que você tá pensando. Olha, eu vou tirar a minha mão e você promete pra mim que não vai gritar, fugir, fazer escândalo e princialmente, antes de tudo, chorar. Tudo bem?
Ela fez um gesto assustado de sim com a cabeça e ele retirou a mão lentamente, pronto para recolocá-la sobre a boca da garota na primeira mensão a algua atitude extrema da parte dela, o que felizmente não ocorreu.
- Certo, agora vamos conversar. Você se lembra...de alguma coisa? - Kamus fez a pergunta de forma calma, não queria assusta-la mais do que ela já estava.
A moça sentou na cama enquanto enrolava-se no lençol, escondendo sua nudez. Observou o lugar ao seu redor com um olhar medroso e meneou a cabeça respondendo negativamente à pergunta de Kamus, voltando a encará-lo:
- Onde estamos?
- Aparentemente, num motel. - Ele respondeu calmamente.
- Como chegamos aqui? - A pergunta saiu num tom preocupado.
O rapaz coçou a cabeça e com um sorriso triste falou:
- Sinceramente, eu não faço a menor idéia de como chegamos aqui. A última coisa de que me lembroé de estar num bar e você estava...
- Ai meu Deus! - Ela soltou um grito assustado e começou a apontar o dedo para Kamus. - Você é o cara do bar. O que estava sentado do meu lado no balcão! - De repente o olhar da jovem passou de assustado para furioso. - Seu cretino! Canalha! Aproveitador! - Os impropérios eram acompanhados de tapas dirigidos ao rapaz que se defendeu colocando os braços na frente do corpo. Como pode! Seu tarado! Sem noção! Desprezível! Infame!
- Ei! Ei! Ei! - Kamus defendia-se dos tapas que não lhe causavam dor, mas com certeza provocavam uma situação desconfortável. Acabou por se irritar com a atitudo agressiva daquela maluca e a segurou com força pelos braços, lançando-lhe um olhar gélido:
- Agora chega! Quem você pensa que é pra sair agredindo os outros desse jeito? - O tom de voz rude e frio fez com que a garota fosse se encolhendo. - Eu não fiz nenhum mal à ninguém! Quem começou essa história toda foi você, que bebeu a noite toda e chorou até torrar toda a minha paciência.
A resposta veio num ímpeto de coragem:
- Eu só queria liberar a minha mágoa! Não pedi pra você ficar ouvindo!
- O que? - Kamus indignado, soltou os punhos da moça e rebateu num tom cínico. - Você praticamente me amarrou pra que eu ouvisse a sua história e vai me desculpar, mas te aguentar chorando, sóbrio! É uma provação.
Ela apenas se calou, sem resposta a isso e foi se encolhendo. Ficaram um instante em silêncio até que a garota o quebrasse. Num tom baixo e choroso perguntou:
- Nós...nós por acaso... fizemos...
- Tudo indica que sim. - Ele não esperou que ela terminasse, já estava sem paciência alguma.
- Ai meu Deus! Eu dormi com um estranho! - as mãos passeavam pelo cabeloainda presonum ato de desespero. - Acho que eu preciso vomitar. - Ela se levantou da cama correndo, e ainda enrolada no lençol, dirigiu-se ao banheiro. Kamus apenas acompanhou-a com o olhar e jogou-se na cama, respirando fundo. Sua cabeça latejava.
oooOOOooo
Elle ligou a torneira e deixou escorrer o líquido, lavou sua boca e jogou um pouco de água no rosto, sentia-se um pouco melhor agora, a tontura já havia passado, embora a cabeça ainda demonstrasse um pouco de dor. Levantou o olhar e se viu no espelho, estava acabada. As olheiras estavam salientes, escondendo completamente o brilho dos olhos cor de mel, a maquiagem levemente borrada, manchava a pele branca agora bronzeada. Já os cabelos, nossa, era melhor nem pensar neles. Passara horas no salão se arrumando para terminar dessa forma. Estavam tão embaraçados, felizmente o fixador os manteve presos num penteado que agora estava completamente amassado. Antes isso do que ficar com fios espetados. Ficou observando seu reflexo no espelho. Aquilo não podeira estar acontecendo com ela. O seu conto de fadas havia se transformado num dia das bruxa. Sonhara tanto em se casar com o homem que amava, planejara tudo, por tanto tempo, e viu seu grande sonho desmoronar diante de seus olhos, como num passe de mágica. As lágrimas começaram a correr pelo rosto e ela levantou a cabeça, fitando o teto, procurando evitar que seu choro continuasse a fluir. Ouviu um barulho de alguém abrindo a porta do frigobar. Respirou fundo e secou o rosto, precisava conversar com o estranho, pedir desculpas por tudo e colocar um ponto final nessa situação. Pobre coitado, ele não tinha cara de quem pudesse se aproveitar de alguém num momento difícil e foi tão bonzinho ouvindo-a na noite anterior.
Voltou para o quarto caminhando lentamente, quando avistou um papel e um envelope sobre a mesa. Parecia ser um documento. Pousou os olhos sobre o que estava escrito e, de repente, sentiu seu coração falhar de terror:
- Ai meu Deus! - Estava trêmula.
- O que foi? - Kamus virou-se para ela com uma garrafa de água mineral nas mãos.
- Seu nome é... Kamus? - Ela estava visivelmente alterada.
- É sim. Por que? - Ele dirigiu-se devagar até ela, de forma despreocupada.
Elle o encarou apavorada e com a voz hesitante falou:
- Nós... nos casamos!
N/A: Ai... meu primeiro fic dos Cavaleiros. Estou até nervosa...tremendo...ai.ai.ai... Por favor, mandem reviews desse primeiro capítulo, mesmo que não tenham gostado, mandem...preciso saber da opinião de vocês que já escrevem sobre os douradinhos e cia. a mais tempo. Valeu e beijão! Próximo capítulo muito em breve!
