Alea Jacta est

Shipper: Hermione/Fleur. Não curte, não leia.

Disclaimer: Sim, os personagens e o mundo pertencem a Jk Rolling, e você sabe muito bem disso.

Age: /T/ Pelo futuro.

xxx

Prólogo: Ao velho passado, ao novo futuro.

Hermione nunca levou a sério o convite de ser professora em Hogwarts, não que o pedido fosse sem valor ou de desprestígio. Mas ter que viver em Hogwarts depois de tudo... A ideia era iverossímel. Ali fora onde iniciou sua metamorfose, onde criou seu casulo e de lá conseguiu se tornar uma bela borboleta. Borboletas não voltam simplesmente ao casulo, borboletas ganham espaço e conquistam os céus.

Céus.

Se acreditava mesmo nisso, então porque estava dentro de um trêm com suas bagagens para Hogwarts? Sabia da resposta. Mas seu orgulho, construído dentre anos e anos de privilégios como heroína do mundo bruxo, a faziam ignorar. Não que tivera se tornado uma mulher, aos seus vigorosos 27 anos de idade, egocêntrica ou pernóstica. Não. Mas com os mitos de sua inteligência sobre-humana e seus dotes de coragem ao apoiar o menino-que-sobreviveu, a fizeram acreditar, e realmente atuar em seu papel de Hermione Granger cada vez melhor, e mais fiel ao retrato da heroina idealizada pelo público. Foi então que percebeu que ela não conseguia ser a todo momento Hermione Granger, que ela não conseguiria manter todas as suas qualidades que agora já, naturalmente, era endosado seu nome.

A verdade era simples, cansara de ser Hermione Granger.

Não pretendia ficar muito tempo em Hogwarts, talvez 2 ou até 3 anos, precisava desse escape. Precisava ter mais ideias, reescrever algumas teses, que ao seu ver não tinham mais a vida que sempre lhes dera.

Além do mais estava cansada de sua relação com Ron, daquelas voltas de 360 graus, sempre a retornar ao mesmo lugar, brigas, desentendimentos, então afetos e carinhos. Dessa vez conversara francamente com Ron e expôs o que sentia, resolveram então dar um "tempo" na relação. Ron não gostou, mas com aquele humor que ele estava seria impossível ele gostar de algo, porém assim ficou resolvido.

O trêm estava praticamente vazio. Hermione fez questão de pegar uma das últimas cabines e encantar a porta para que não fosse possível abrí-la. Queria ficar ali com ela mesma. Lembrando de cada trecho desde os seus 12 anos quando embarcara pela primeira vez a Hogwarts, e por isso era impossível não se lembrar de Harry e Ron... Ron, como havia mudado. Todos haviam mudado.

Desembarcou do trêm cerca de uma hora depois. Talvez mais, dormira um periodo (Ou não dormira? apenas, quem sabe, havia se perdido em seus pensamentos). Levantou-se calmamente e recolheu suas bagagens. Era incrivel o quanto conseguia trazer em apenas um malão de viagem.

Não foi direto a Hogwarts, passou antes na Cabeça de Javali para uma cerveja amantegada. Pensou nos três vassouras, mas prefiria alguma privacidade, cumprimentou algumas pessoas nas ruas que prontamente a reconheceram. "É Hermione Granger" ouvira um garoto informando a outro mais novo ao passar pela bruxa.

Mais alguns sorrisos tiveram de ser dados e só então conseguiu uma caneca e uma mesa no canto do bar.

Pegou um livro na sua bolsa, procurou a página que havia pausado, mas antes de tornar a ler viu cair do livro uma carta sobre a mesa. Pegou a nas mãos e sobre ela havia o simbolo de Hogwarts, tinha recebido da Diretora McGonagall. Abriu a carta e releu alguens trechos.

"(...) É com felicidade que nós aqui de Hogwarts, recebemos de volta um dos seus maiores prodígios de nossa instituícão (...), que além de todas essas qualidades possui um exímio caráter. (...) Por tudo, e de todos nós, e tenha certeza, eu muito desejo, que seja bem vinda a nossa velha Hogwarts. Sabia que um dia voltaria ao seu verdadeiro lar."

Hermione sabia que Minerva há anos tentava a levar a Hogwarts de volta. Sentia-se satisfeita e, até de certa forma orgulhosa, por ser tão bem quista por uma de suas professoras que a mais inspirou caráter, inteligância e sobriedade. Mesmo assim sentia um certo mal estar no estômago por não ter certeza de ser tudo isso que as pessoas acreditavam que ela seria. Talvez Hogwarts não tenha sido a melhor opção.

Teve certo intuito de levantar e retornar a Londres e seu aconchegante apartamento. A ideia por um instante a alegrou. E por que não? Se quisesse embalaria sua coisas e voltava para a sua antiga vida.

Pagou o bar e foi contratar uma charrete para leva-la a Hogwarts.

Só que sabia que não era tão simples assim, não gostava de desapontar as pessoas, muito menos aqueles que eram do seu feitil. Se não gostasse, no próximo ano iria embora, nem que tivesse que inventar uma desculpa para isso.

Agradeceu ao condutor que se recusou terminantemente em receeber "Cobrar de Hermione Granger é uma ofensa".

Enfim, estava de volta ao passado.

Hogwarts, mesmo depois de destruído, reconstruído e do tempo que havia se passado parecia o mesmo predio. Parecia estar se reencontrando com um velho amigo.

Nunca, desde que a conhcera tiveram grandes contatos. Quando Gin e Molly a chamavam de "Fleuma" não paticipava, mas também não a defendia, ria dos comentários, mas nunca disse explicitamente que concordava com eles. Não conhecia Fleur, por isso não queria julgá-la, mas toda a pose daquela francesa a incomodava. Cíumes, inveja (Ambos?), às vezes ela pensava nessas hipóteses e se reprimia por rir das piadas das ruivas sobre a loira. No casamento de Gui se sentiu ainda mais culpada por perceber o quanto gentil e derterminada a francesa conseguia ser, prometeu a si mesma nunca mais participar de uma conversa em que o principal objetivo era atacar Fleur Delacour. Passou a respeitar aquela loira, mas nunca passou disso, uma relação de respeitos e cumprimentos, mas agora que estava em Hogwarts, nessa uma semana que havia se estabelecido, percebeu que Delacour nem por um momento lhe dirigia a palavra, quando foram apresentadas por Mcgonagol recebeu um leve aceno de cabeça, nem ao menos olhar propriamente nos olhos Fleur teve o impeto de fazer. Ao passarem por corredores desertos Fleur fingia não a ver, e na mesa dos professores nunca se dirigiam a palavra. Hermione até tentou o contato de forma cordial, porém foi simplesmente ignorada.

Isso deixou Hermione ao mesmo tempo ofendida como curiosa pelo motivo. Não poderia ser algo pessoal, nunca trocaram muitas frases uma perto da outra nos momentos mais próximos. Mas, pensou ainda Hermione, era estranho Fleur estar ali em Hogwarts trabalhando como professora. Nunca entendeu direito qual foi o motivo da morte de GUi, e provavelmente não era esse um bom assunto para se puchar.

Esqueceu disso quando as aulas retornaram. Hermione iria lecionar Estudos Antigos, tinha ciência que eram turmas pequenas, por serem aulas opcionais, e só estariam ali pessoas interessadas, por esse motivo para a famosa bruxa, não poderia fazer melhor escolha para conseguir conciliar perfeitamente com seus artigos e livros, tanto no sentido de ler como escrever. E assim seria, mas a notícia de que as aulas de Estudos Antigos seriam ministradas pela famosa Hermione Granger, da única sala pouco ocupada existe por periodo na matéria se multiplicou para quase duas lotadas. E houve uma grande revolta dos primeiros anistas que não podiam ainda cursar essa materia.

Isso serviu para inflar um pouco o orgulho de Hermione, mas não demonstrava isso, sempre respondiam aos outros professores "questão de tempo, devem estar alvoroçados com a ideia de um novo professor, mas com o tempo as turmas irão diminuir". Sabia que não era bem verdade isso, desde a Guerra o corpo docente de Hogwarts se tornara tão inconstante que trocas de professoeres até durante o meio do ano ocorreram.

Hermione tentou tornar as aulas os mais dinâmicas possiveis, o que não foi tão necessário pois os alunos assistiam as aulas como se um ser dívino estivesse contanto segredos do uníverso. Perguntas surgiam, debates se erguiam e cada vez mais as aulas eram mais aclamadas pelos jovens. Muitos pedidos surgiram para que ela desse outras aulas, estudos supervisionados, ou até tomasse posse de outras matérias. "Olhem, vocês têm excelentes professores aqui. Tenho orgulho de trabalhar com eles." Não era de todo verdade isso, sabia que se tivesse oportunidade mudaria a forma didática de dois ou três professores, quem sabe até mais.

Enganara-se ao pensar que ler em frente do lago como fazia antigamente seria manhãs silenciosas de livros e ar fresco. Muitos alunos se juntavam a ela para conversar, contar histórias e querer saber mais sobre a vida de Hermione Granger, teses, ideis, ideais e até anedotas.

Sentia nos olhos daqueles jovens esperança, ternura e paixões. O dualismo típico da idade a divertia, para muitos, alguém só poderia ser bom ou ruim. Os exageros nos sentimentos que eles demonstravam era engraçado, ainda mais por aquela ideia de que o mundo iria acabar por causa de uma nota baixa no NOM ou NIEM.

Percebeu que aos poucos haviam conquistado até alguns que ainda nos primeiros dias de aulas lhe davam algum olhar de desconfiança ou interrogação, tanto como de professores e alunos. Não todos, Hermione sabia das mentíras contadas sobre ela na torre da Soncerina, e outra coisa que ainda a incomodava, Fleur Delacour. Que apesar de não lhe dirigir a palavra, Hermione sentia aqueles olhos azuis celestes (ou seriam ciano?) a mirando quando converava com um aluno ou professor.

Hermione não esperava por muitas cartas, além dos fans que usualmente mandavam, mas dessa vez foram adicionadas algumas cartas de declaração de amor verdadeiro (nem quando estivera fora de Hogwarts no seu auge) foram tantas. Poemas com rimas batidas e frases pedantes, uns dois poderiam se salvar dessa condição. Frases criadas como emprestadas para aclamar sentimentos. Hermione reconhecia pela cartas perfumadas e letras exageradamente bem cuidadas cartas anônimas bem femininas, outras com uma letras tremidas e garrafais que provavelmente eram do primeiro ou segundo ano. Algo que chamou mais sua atenção fora uma rosa que sempre era deixada em sua mesa todas os últimos dias de semana de aula, com uma frase de efeito "Já conto as horas para que o final de semana acabe e possa ver novamente seu sorriso mesmo de longe". Recebeu flertes mais diretos, com cartas assinadas, ou até pessoalmente. O que a deixava sem geito por ter que sempre tornar as coisas de forma agradável e não magoar o pretendente.

Tentou pensar o quanto já era difícil para ela, ficava imaginando como seria para Fleur, que possui aquela beleza exuberante mesmo com o seu rosto triste e fechado que agora trazia no seu semblante. Gostaria de conversar com ela para saber como ela resolvia tais situações, mas logo tirou isso de sua mente, pois percebeu que desde que estava em Hoqwarts Fleur não a tinha dirigodo um mísero silabado como "oi". Droga. Por que aquela loira não podia confiar nela? Horas, ela não era Hermione Granger? Se havia algum problema, com certeza, não havia melhor pessoa para ajudar.

Não gostava dessa situação, pois, não sabia por que (ou sabia?) mas não queria ficar assim com Fleur. Queria falar com ela, queria ver um sorriso doce formar naqueles labios agora ásperos. Sempre evitava pensar sobre isso, além do mais era fácil fazer isso em Hogwarts, os alunos conseguiam a entreter com seus problemas, ou suas teses e livros.

Suas cervejas amantegadas no Javali começaram a se tornar cada vez menos solitárias, alunos haviam descoberto seu lugar e sempre, sem licensa, invadiam seu espaço com barulhos e badernas, aquilo a irritava certas vezes, outras, achava engraçado e até divertido. E nesse final de semana decidiu ficar em Hogwarts e tornar seu final de semana realmente "seu". Passaria o dia no quarto e estava resolvido, antes só que pudesse entrar no seu cômodo depois do café da manhã teve uma estranha aparição a sua frente: Uma pequena garotinha que não parecia ter mais de 6 anos, de cabelos loiros dourados e curtos, e olhos de um verde esmeralda a encantar até aquele que odeia crianças.

A pequenina limpava os olhos como as mãos como se estivesse a chorar. Olhou então para Hermione.

Foi só então que Hermione se deu conta que não era para uma criança daquela idade estar Hogwarts, muito menos andando pelos corredores sozinha.

"Como é o seu nome?"

A menina olhou para os lados, como se quisesse ter certeza que ninguém mais os via.

"Não posso dizer, minha mãe não quer que eu fale com ninguém".

Hermione cada vez achava a situação mais estranha, mas aqueles olhos era definitivamente de Gui, e o semblante de Fleur.

"E quem é sua mãe?"

"Eu também não posso dizer".

Fleur estaria escondendo sua filha aqui em Hogwarts, Por quê? Será que as duas estavam vivendo aqui?

"Olha, e se eu disser que sei quem é a sua mãe, você confia em mim?"

"Eu não sei".

"O que você está fazendo aqui?"

"Eu estava brincado com a minha mãe de esconde e esconde... E acabei me perdendo dela"

Ela estava voltando a chorar?

"Eu vou te ajudar a encontrar a sua mãe e você promete confiar em mim se eu disser quem ela é?"

"Tu-tudo bem"

"Sua mãe é uma mulher alta, bonita, deixa eu ver... loira, magra, com olhos bem azuis..."

"Aham"

"E ela se chama Fleur Delacour"

"Sim, é ela"

A criança se aproximou de Hermione e abraçou suas pernas. A grande bruxa teve que fazer um certo esforço para conseguir colocar a menina no seu colo.

"E então qual é o seu nome?"

"Victorie"

"Lindo nome, Victorie, sou Hermione, estou aqui para o que precisar, pode confiar em mim" disse isso limpando as lágrimas dos olhos da menina. "Vamos achar sua mãe".

Mal ela disse isso Fleur apareceu. Estava séria como sempre. Mas hoje Hermione sentiu algo diferente naquele olhar (medo?), mas não apenas isso, teve a sensação que Fleur havia escutado a conversa que tivera agora com a pequena Victorie.

"Mamãe!" Gritou Victorie ao ver Fleur.

Hermione colocou a pequena no chão e deixou-a ir ao encontro da mãe. Só então viu que a face de Fleur se transfigurou, e parecer formar um sorriso naquelas feições duras.

Fleur então olhou para Hermione, um olhar rápido e então tomou as filha nos braços e deu meia volta, como se não tivesse mais nada a se fazer ali.

Isso Hermione não poderia tolerar, quantas regras Fleur estava quebrando? Não sabia, não se importava. Precisava reagir.

Foi até Fleur e segurou o braço dela. Sentiu o corpo de Fleur tremer e então se enrigecer rapidamente.

"Acho que precisamos conversar Fleur"

Fleur parecia em choque, estava com medo? A loira assentiu com a cabeça e disse.

"Venha"

xxx

N.A: Prefiro dizer isso agora, se chegou até aqui quer dizer que você leu o primeiro capítulo (espero), por isso meu muito obrigado. Para dizer a verdade, não queria escrever essa história em português, pois já estava acostumada a ler sempre outras fanfics em inglês (sou uma grande fan, sobre tudo), mas como não tenho grande desenvoltura com esse idioma, o que me dificultava para expor algumas ideias, preferi o meu bom e velho português, por isso estou aqui.

Outra coisa que ninguém é obrigado a saber, não sou boa para títulos, mas estava lendo um livro outro dia e gostei da frase "Alea Jacta est", vem do latim, é traduzido vulgarmente como "a sorte está lançada", achei que se encaichava bem, por isso tomei por título.

Agradeço mais uma vez, e espero que gostem.