Sumário: Só existia uma pessoa no mundo capaz de superar a irresponsabilidade do menino-que-sobreviveu e esta pessoa era Draco Malfoy. Ambos desconheciam completamente o significado da palavra humildade, eram deliberadamente convencidos e com seus planos de ataque mirabolantes acabariam por matar todos os Aurores do Ministério. Mas Kingsley encontrava-se de mão atadas, por mais instáveis que os dois fossem, eles faziam o que tinha que ser feito, isso quando não estavam ocupados demais brigando no meio do campo de batalha.

Nota da Autora: Nunca ri tanto escrevendo tanta besteira. Yauu! E não, eu não sou louca, só levemente alterada!


No Light


Prólogo – Kingsley e as dificuldades de ser Ministro

Kingsley, Ministro da Magia e ex-membro da Ordem da Fênix era um condecorado bruxo, conhecido por diversos feitos e principalmente pelo seu trabalho excepcional como auror. Com tantas qualidades era espantoso vê-lo de mãos atadas diante da dupla sentada a sua frente.

Harry Potter e Draco Malfoy. Dois dos melhores aurores formados pela Academia. Harry se especializara em feitiços de azaração, maldições e teoria mágica, enquanto Draco focara seus estudos em poções de batalha e transfiguração. Os dois representavam uma das melhores turmas de aurores que o mundo bruxo já vira, mas como sempre, tudo tinha o seu lado negativo. Um desses lados era o terror constante ao qual o Departamento de Execução das Leis Mágicas era submetido na tentativa de evitar que ambos os bruxos não se matassem no final do dia.

"Você, Malfoy, se você não estivesse tão ocupado com aquela gosma que você ousa chamar de poção, teríamos chance de evitar que o criminoso escapasse com o artefato!" Harry estava sentando em uma das cadeiras diante de Kingsley. Seu rosto estava todo preto, como se ele tivesse esfregado carvão contra a própria pele, e seu cabelo sempre revoltoso estava chamuscado, alguns tufos completamente queimados.

"Minha culpa?" Foi a vez de Draco gritar. O loiro havia recebido um longo corte no meio da testa, que apesar de ter parado de sangrar, deixara manchas em suas madeixas platinadas, fazendo-as assumir uma coloração bastante rubra. "Você, santo Potter, estava mais ocupado em salvar o traseiro daquela Weasley do que correr atrás do alvo."

Kingsley levou os dedos até o espaço entre as suas sobrancelhas, massageando a pele sensível na tentativa de se acalmar. Do outro lado da mesa a gritaria continuava.

"A Ginny é a nossa Medi-Bruxa. Você queria o quê? Que eu a largasse em campo para ser capturada?"

"Sim! A Weasley sabe muito bem dos riscos que assumiu quando aceitou entrar na força-tarefa. Ela não precisa que você segure a mão dela toda vez que surgir alguma dificuldade."

"O protocolo do Ministério exige que a gente garanta a segurança dos nossos companheiros!" Harry argumentou enfezado.

"Weasley é uma Auror! Se ela não for capaz de dar um passo sem você fungando no cangote dela acredito que esteja na hora de transferi-la para outro departamento." Draco constatou com firmeza, cruzando os braços sobre o peito.

"Ela está mais do que apta, Malfoy. O único problema é que Ginny não é obrigada a lidar com companheiros idiotas que preferem usar uma maldita poção ao em vez de sacar a merda da varinha." Harry ralhou apontando um dedo na cara do loiro.

"Companheiros idiotas? Você só pode estar se referindo a você, né? Não era eu quem estava tão comprometido emocionalmente que quase teve um enfarto quando viu a tonta da própria namorada tropeçar em ação."

Harry aproveitou este exato momento para se erguer na cadeira, pronto para socar a expressão de satisfação para fora da cara de Draco, porém Kingsley, irritado com toda aquela discussão, resolveu interromper neste exato instante, impedindo que as agressões verbais se tornassem físicas.

"Basta!" Vociferou batendo com as duas mãos sobre o tampo da mesa.

Potter e Malfoy imediatamente se viraram para frente, ambos assumindo uma postura rígida.

"A missão foi um fiasco e após ouvir vocês dois gritando por cinco minutos ininterruptos eu não preciso ser nenhum gênio para adivinhar o motivo."

"Ministro, com todo o respeito, mas o Malf-" Harry começou a dizer mas foi imediatamente interrompido.

"Sr. Potter, eu não quero ouvir. Não me interessa se Malfoy estava dançando hula-hula no campo de batalha ou se o senhor entrou no meio de um fogo cruzado para salvar um cachorro, só quero que os senhores cumpram com as missões sem precisarem se matar para fazer isso."

A sala recaiu em um silêncio profundo que teria perdurado se Draco não tivesse escolhido este exato instante para revidar:

"Bem, eu estou fazendo o meu trabalho, não tenho culpa se o Cicatriz aqui tem síndrome de herói."

E isso foi o suficiente para que Harry saltasse da onde estava sentado e agarrasse Draco pelos cabelos, derrubando-os no chão. Em menos de um segundo ambos já estavam rolando de um lado para o outro em meio a socos, chutes e pontapés.

Kingsley, nenhum pouco chocado e bastante acostumado com aquele tipo de comportamento, apenas ergueu-se da cadeira e em um movimento preciso de varinha gritou duas vezes:

"Petrificus totalus!" Imediatamente o movimento de ambos os aurores cessou e eles caíram inertes sobre o tapete do gabinete. "Carly!" O ministro gritou, as duas mãos apoiadas na cintura e uma expressão severa no rosto.

Carly, sua secretária, imediatamente abriu a porta, parecendo preocupada por ter sido gritada, porém no instante que seus olhos pousaram nos dois bruxos petrificados no chão da sala, sua expressão se contorceu em uma careta de tédio.

"Por Merlim, de novo?" Questionou exasperada, observando Kingsley remover um lencinho do bolso da calça para limpar o suor que escorria por sua testa.

O Ministro, pesaroso, apenas balançou a cabeça de forma afirmativa, pausando alguns minutos antes de olhar para a secretária e vociferar sua ordem. "Tire esses infelizes de cima do meu tapete e contate Lupin, sim? Dessa vez peça para ele ser mais rigoroso."

Carly, sempre muito eficiente, assumiu uma postura profissional e em um rápido movimento de varinha levitou os dois bruxos para fora da sala, mal notando quando, em um gesto errado de dedos, fez com que ambos os corpos batessem com o topo da cabeça contra o portal.

Cinco minutos depois, qualquer desavisado que passasse pelo corredor do Gabinete do Ministro teria se surpreendido com uma visão pitoresca de Draco Malfoy e Harry Potter petrificados e largados em um canto, enquanto Carly rabiscava freneticamente um memorando, sorrindo satisfeita com o conteúdo da mensagem.


Aviso: Esta fanfic não é nada do que vocês pensam que ela será. Hahahaha, o aviso foi dado.