Claro como água
Tudo ali era fascinante. O tipo de vegetação, o clima, os animais – alguns se escondiam, enquanto outros simplesmente ignoravam o pequeno grupo e continuavam com a rotina. O mais fascinante era a loira, abaixada no chão, observando a caminhada de uma trilha de formigas.
Logo no começo, achara a moça no mínimo excêntrica. As roupas chamativas, um colar de rolhas de cerveja amanteigada no pescoço como se fosse um colar normal, o olhar vidrado. Demorou um pouco para se habituar àquela figura – o que era estranho para um naturalista, sempre aberto a descobertas e novidades –, mas depois de um tempo percebeu que, além de um ótimo achado para equipe, ela também era uma ótima pessoa.
Agora era quase impossível não a observar, não sorrir quando ela sorria, não se admirar com a perspectiva diferente dela.
Luna levantou o rosto e, ao perceber quem a olhava, abriu um sorriso lindo e sincero. Rolf corou, deu o seu melhor sorriso – que saiu um pouco tímido – e voltou a analisar a planta de coloração roxa à sua frente.
Até os passarinhos, que sobrevoavam o céu ao longe, podiam perceber que o rapaz estava caidinho pela Lovegood.
N/A: Ainda não entendi como imaginei uma cena Rolf/Luna enquanto lia pinhão.
