(Autora aqui: Para entender essa fanfic vocês precisam ler a fic anterior, que se chama Hogwarts Lendo HP7, ela já esta terminada é claro, para você que não a conhece por favor procure aqui no site e leia por favor)

CAPITULO UM

Todos seguiam para fora do grande salão, haviam muitos grupos de adolescentes conversando sobre o que havia acontecido naquela noite, como sempre haviam ficado impressionados com o que havia acontecido com Harry (adulto), por saber que ele era parente de Voldemort e por saber que a muito tempo atrás havia sido feita uma profecia e que na verdade quem realizaria essa tal profecia seria Harry Potter.

Não demorou muito e os adolescentes já haviam chegado no salão comunal da Grifinória, Marlene havia ido junto da filha, conversando com a menina enquanto Sirius as seguiu um pouco distante, observando-as conversar como duas confidentes, viu a mulher se despedir dela assim que chegaram no quadro que os levaria ao salão comunal.

A gente conversa amanhã, acho que seu pai quer conversar comigo. — Sussurrou Marlene sorrindo para a filha que assentiu e mesmo de longe acenou para o pai que fez o mesmo para ela, logo em seguida ela entrou no lugar, a mãe ficou a olhar o quadro se fechar e soltou um longo suspiro antes de voltar para perto de Sirius — Vamos? — Perguntou Marlene para ele que assentiu.

Sirius não soube o que falar, ou melhor, não sabia por onde começar, sentia tanta falta de Marlene, da companhia que ela fazia como ninguém para ele, e a mulher ao seu lado estava na mesma situação, não sabia o que dizer para Sirius que estava em silencio.

— Já falou com Regulo? — Perguntou Marlene para ele que negou com a cabeça.

— Não, estou pensando em fazer isso amanha. — Falou Sirius dando de ombros.

— Eu já sabia, sobre ele. — Falou Marlene soltando um longo suspiro por ter soltado aquilo, a muito tempo queria que Sirius soubesse, mas quando soube do cunhado, já não podia mais ver Sirius.

— Porque não me contou? — Perguntou Sirius confuso.

— Ele apareceu um dia no seu apartamento, você havia saído cedo, havia pedido para eu ficar lá e eu fiquei, ai ele apareceu, dizendo que queria falar com você, no mesmo instante que eu o vi pensei que ele queria matar você e meio que ataquei ele, e foi quando ele explicou tudo o que estava fazendo e seus planos, pediu que eu avisasse a você que ele queria falar com você, mas ai algum tempo depois, mais necessariamente alguns dias depois eu descobri que estava grávida, não podia mais te ver. — Falou Marlene.

— Porque ao menos não pediu para alguém me avisar? — Perguntou Sirius.

— Eu havia me esquecido completamente disso, naquele momento nada mais me importava apenas minha filha e a segurança dela, Sirius eu fiquei durante oito meses e meio indo de um lugar para outro, a cada semana eu estava morando em um lugar diferente, como eu iria falar com você? Eu só tinha comunicação com a Lily, e por carta ainda, tinha vezes que nossas cartas eram interceptadas no meio do caminho. — Falou Marlene dando de ombros.

— Então nada mais era importante para você depois que descobriu estar grávida? — Perguntou Sirius fazendo com que ela percebesse do porque dele ter dito aquilo, estava triste, acabara de ouvir que ele já não era mais importante para ela.

— Eu tinha que fazer uma escolha, era você ou a Helena, se eu escolhesse você, poderia acontecer de eu morrer antes de Helena nascer, se escolhesse ela, saberia que os dois estariam a salvo. — Falou Marlene.

— Eu cuidaria de você Lene, você sabe disso. — Falou Sirius.

— Pra que? Desde quando aceitamos entrar na Ordem sabíamos que iríamos morrer em algum momento, mas não nos importávamos, estaríamos salvando o futuro de outras pessoas, mas tudo muda quando uma criança aparece em nossas vidas. — Constatou Marlene.

— É claro que tudo mudaria, se eu soubesse que Helena existia eu poderia muito bem ter deixado de ir atrás de Rabicho para ficar com ela, eu poderia ter escapado de doze anos preso em Azkaban, poderia ter sido mais feliz ao lado de Helena e Harry, poderia ter cuidado deles, e nunca teria sofrido tudo que sofri em Azkaban. — Falou Sirius.

— Estavam atrás de todos nós Sirius, era dez comensais para cada uma pessoa da Ordem, e você era um dos mais procurados por eles, eu nem sei como Remo ficou salvo disso sem ter ido preso ou sem ter acabado com seqüelas. — Falou Marlene.

— Como te pegaram? — Perguntou Sirius.

— Eu já havia entregado a Helena como você já sabe, e então eu fui para a casa dos meus pais, você sabe que mesmo eu sendo puro sangue minha família não era tão conhecida então achei seguro ir atrás deles, queria contar a eles sobre Helena, para que assim eles pudessem contar a você caso acontecesse a mim antes mesmo de toda a guerra acabar, eu havia pensado em varias maneiras para que você soubesse, havia depositado no cofre dos Prewett a mesma carta que havia colocado no cofre dos Potter's. — Falou Marlene.

— Molly nunca havia me dito sobre alguma carta sua dizendo algo assim. — Falou Sirius.

— Molly já era casada com Arthur não lembra? Provavelmente o que tinha ali ficou em posse de outras pessoas da família Prewett. — Falou Marlene dando de ombros.

— Então, você foi atrás de seus pais e eles os pegaram lá? — Perguntou Sirius vendo a mulher ao seu lado assentir.

— Exatamente, eu não podia imaginar, e por incrível que pareça eles não queriam ao James e a Lily, eles queriam saber onde estava você, e como eu não soube responder eles mataram meus pais e logo em seguida a mim. — Falou Marlene — Bom, mudando de assunto, eu acho que Remo ficou meio que estranho com a presença da Dorcas.

— O caso não é a Dorcas aparecer, é que ele já esta com outra pessoa, não é fácil seguir a vida e de uma hora para a outra aparecer alguém que você já amou no passado. — Falou Sirius dando de ombros.

— Acho que ele esta apenas com medo. — Falou Marlene.

— Também acho, mas não é medo por voltar a amar a Dorcas, acho que é mais provável ele estar com medo da reação de Tonks porque de qualquer forma uma hora ou outra ele vai ter que contar a minha prima. — Falou Sirius.

— Sabia que existe vida após a morte? — Perguntou Marlene para Sirius que no mesmo instante negou com a cabeça — Pois existe, depois de morto você pode fazer suas escolhas, a Dorcas seguiu a vida dela, nas condições possíveis.

— Como assim? — Perguntou Sirius confuso.

— Ela se aproximou bastante do seu irmão, acho que ela já não ama mais o Remo e pode não haver essa confusão que estamos pensando. — Falou Marlene — Mas ele vai ter que falar a Tonks do mesmo jeito, acho que não vai ser legal ela saber por outras pessoas, como a Emmeline, você sabe que ela as vezes solta coisas sem querer.

— É, sei sim. — Falou Sirius rindo.

Minutos depois eles ficaram em silencio e continuaram a caminhar em direção da sala precisa, Marlene apenas acompanhava Sirius, porque mesmo já tendo estudado e andado por aquele castelo varias e varias vezes nunca em sua vida havia usado a tal sala, de repente ele parou e logo em seguida a porta se abriu, assim que entraram o moreno fechou a porta atrás de si que sumiu logo em seguida.

— Os quartos ficam lá em cima. — Falou Sirius apontando para a escada, eles subiram e já que seu quarto era um dos primeiros ele já estava para entrar, ela meia que parou na porta, mas logo se deu conta do que estava fazendo e sorriu um tanto quanta envergonhada.

— Bom, tenha uma boa noite, todos estão cansados pela noite de hoje. — Falou Marlene mexendo em uma nas mechas do cabelo de cor preta e um tanto quanto ondulada — Ér, boa noite. — Falou Marlene.

Ela já iria dar o primeiro passo para se afastar quando ele segurou seu pulso e a puxou para dentro do quarto, fechando a porta logo em seguida, a encostou na porta e colando seu corpo ao dela.

— Eu senti sua falta. — Sussurrou Sirius enquanto colocava uma de suas mãos na cintura dela, a sentiu o abraçar e aquilo foi como se ela tivesse dito que ele tivesse acesso liberado, e por isso ele abraçou a cintura dela por completo.

— Eu também. — Falou Marlene agradecendo mentalmente por ele tê-la trazido para aquele local e ter a abraçado daquela forma, esta insegura quanto a fazer aquilo com ele.

— Você não mudou nada. — Falou Sirius.

— É que do outro lado não envelhecemos. — Falou Marlene fazendo com que o moreno risse.

— Eu não estava falando disso, é que você falou que do outro lado as pessoas podem escolher o que fazer então eu penso que as pessoas podem mudar depois que vão para lá. — Explicou Sirius.

— Há ta, entendi. — Falou Marlene.

Ainda abraçados Sirius foi dando passos em direção a cama que estava na outra extremidade do quarto, assim que sentiu bater com a perna na beirada da cama ele se sentou, enquanto a mulher ficava em pé, sentiu os braços dela sair de volta de seu pescoço e ficarem em seus ombros, com delicadeza ele segurou uma das mãos dela e a beijou.

— Vem cá. — Falou Sirius colocando uma de suas mãos na cintura da morena e a puxando, ela se sentou em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo, direcionou uma de suas mãos para o rosto dela, acariciando ali, enquanto ela fazia o mesmo com ele.

— Eu te amo. — Sussurrou Marlene fechando os olhos, apreciando o delicado carinho.

— Eu também te amo. — Falou Sirius enquanto sorria por poder escutar ela dizer que lhe ama, sem pressa alguma ele aproximou seu rosto da morena e logo em seguida seus beijos se encontraram em um beijo simples, carinhoso. Com delicadeza ele aprofundou o beijo, desceu uma de suas mãos para a cintura dela a trazendo para mais perto de si, se Marlene não existisse ele teria que inventa-la, era a mulher que o mudou completamente, antes de a conhecer as mulheres que ele conhecia tinha apenas o papel de satisfazer seu prazer, mas com Marlene ele não queria apenas aquilo, ele queria ela para ele pra sempre, em qualquer hora a qualquer momento, queria ela ao seu lado para tudo, para sua felicidade e para a dela.

— Sabe que não podemos. — Falou Marlene fazendo com que Sirius saísse de seus devaneios.

— O que? — Perguntou Sirius confuso, ela havia interrompido o beijo diferente.

— Não podemos fazer amor. — Falou Marlene olhando para Sirius que ainda estava confuso, ela soltou um longo suspiro e olhou para baixo, ele olhou na mesma direção e pode ver que ele segurava a blusa dela pela barra, estava com a intenção de tirar a blusa da mulher.

— Desculpe. — Falou Sirius arrumando a blusa dela e a abraçando sem nenhuma segunda intenção, encostou sua cabeça no ombro dela, sentindo-a fazer um carinho em seus cabelos — Mas só por curiosidade, porque não podemos? — Perguntou Sirius ficando na mesma posição.

— Eu acabo de voltar a vida e a primeira coisa que você pensa é nisso? — Perguntou Marlene rindo enquanto o via dar de ombros.

— Vai dizer que existe forma melhor que essa para comemorar? — Perguntou Sirius sorrindo para ela.

— Estar na sua companhia já é o bastante para mim. — Falou Marlene.

— Ficar perto de mim é o mínimo que você pode fazer para me fazer feliz, mas temos que concordar que fazer amor seria uma ótima idéia. — Falou Sirius ainda sorrindo.

— Eu havia me esquecido desse seu lado. — Falou Marlene sorrindo enquanto saia do colo de Sirius e se levantava, já iria sair do quarto quando ele a segurou novamente.

— Dorme aqui comigo. — Pediu Sirius fazendo carinha de cachorro que caiu da mudança.

— Ainda bem que você pediu porque eu não faço a mínima idéia de onde eu iria dormir. — Falou Marlene sorrindo enquanto se deitava na cama de casal.

— Você só precisa pedir. — Falou Sirius enquanto se deitava ao lado dela.

— Então eu preciso gritar pedindo a nossa grande sala que faça algo que eu queira? — Perguntou Marlene rindo enquanto o moreno ao seu lado balançava a cabeça de um lado para o outro, como se não acreditasse que acabara de ouvir aquilo.

— Não meu amor, na forma do pensamento, precisa pensar com o pensamento. — Explicou Sirius calmamente.

— Vamos ver então. — Falou Marlene fechando os olhos, Sirius ficou olhando a mulher ficar concentrada no que estava pensando e meio que se assustou quando viu o quarto mudar, a cama ficou no centro da cama e um pouco longe da mesma apareceu uma janela por onde entrava a luz da lua que iluminava exatamente onde estava a cama.

— A primeira vez que fizemos amor foi a luz do luar. — Falou Sirius sorrindo.

— Foi uma das melhores noites de minha vida. — Falou Marlene abrindo os olhos e olhando para ele ao seu lado, se endireitou na cama, deitando apoiada no peito dele.

— Eu já prefiro a vez que fizemos amor na neve. — Falou Sirius sorrindo novamente, mudando de posição, se deitou de lado e por ter feito isso a mulher acabou por ficar na mesma posição, de frente para ele, os corpos juntos, os narizes distantes apenas por milímetros.

— Estava muito frio, Sirius. — Falou Marlene.

— Eu só me lembro do seu calor. — Falou Sirius.

— Você e essa mania de me fazer ficar envergonhada, vamos dormir. — Falou Marlene para ele que assentiu.

— Naquele guarda roupa tem roupas minhas, se quiser pode usar uma para dormir, aproveita e pega uma para mim também. — Falou Sirius se deitando de barriga para cima enquanto Helena se levantava e ia até o guarda roupa, ela jogou uma calça de pijama de cor azul para ele que se levantou e a vestiu, se deitando logo em seguida, a noite não estava fria, estava até que um tanto quanto quente, já ela vestiu a blusa de manga comprida que fazia conjunto com a calça dele, usando apenas aquilo e se deitando logo em seguida ao lado dele.

— Eu me lembro que você dizia que gostava quando eu usava suas roupas para dormir. — Falou Marlene para Sirius que assentiu.

— Ainda gosto. — Falou Sirius sorrindo.

Depois do que ele disse, ela novamente se deitou no peito dele e assim eles caíram no sono.

Já no quarto ao lado Tonks e Remo estavam deitados na extensa cama de casal do professor, haviam tomado um relaxante banho juntos, afinal nada melhor que estar ao lado da pessoa que ama depois de tudo o que havia acontecido naquela noite, mas a questão é que para Tonks eles estavam quietos demais, queria conversar com ele, saber o que ele estava sentindo por saber que seus melhores amigos estavam de volta a vida e que toda a vida marota poderia voltar, levantou o olhar em direção do rosto dele que estava calmo, os olhos estavam fechados, não sabia quanto tempo havia perdido apenas pensando, olhou para ele e resolveu falar com ele, ver se ele estava mesmo dormindo.

Remo? — Sussurrou Tonks o cutucando levemente nas costelas, o viu sorrir minimamente e depois abrir os olhos.

— Sim. — Falou Remo enquanto colocava uma de suas mãos nos cabelos de Tonks que no momento estava castanhos.

— Você esta bem? — Perguntou Tonks rezando para que chegasse logo ao assunto, não poderia se intrometendo no assunto, nunca havia conversado sobre o que ele havia sentido quando perdeu os amigos.

— Estou ótimo, vá logo ao assunto meu amor, não precisa se enrolar. — Falou Remo ainda sorrindo.

— As vezes eu me impressiono com o fato de você saber que eu quero falar algo sem nem me conhecer a muito tempo. — Falou Tonks sorrindo.

— Você é uma criança em corpo de mulher Tonks, se eu souber entender uma criança, sei entender você, mas não estou dizendo que você é infantil, pelo contrario, ultimamente estou achando que todo mundo precisa de um momento crianção, Sirius e James sempre tiveram isso, eu já não, e posso afirmar que já perdi momentos que poderiam ser inesquecíveis. — Falou Remo — Mas você sabe controlar seu jeito criança, sabe ser adulta nos momentos necessários, e isso é bom. — Falou Remo sorrindo para ela.

— Gosta de pessoas assim? — Perguntou Tonks.

— Meus dois melhores amigos são assim. — Respondeu Remo.

— Não quero ser sua amiga Remo. — Constatou Tonks.

— Eu não disse que quero você como amiga, mas deixe isso de lado, diga logo sobre o que queria falar comigo. — Falou Remo.

— É que eu queria saber como você se sente sabendo de tudo isso. — Falou Tonks.

— Tudo isso o que? — Perguntou Remo confuso.

— A volta de seus amigos Remo, quero saber como você esta se sentindo com essa novidade. — Falou Tonks ficando de joelhos na cama, esperando que ele respondesse, ele sorriu antes de se sentar, observou a menina/mulher sentava a sua frente, estando apenas de roupa intima de cores um tanto quanto diferentes, um tom berrante de laranja.

— Não é uma coisa fácil de se acreditar no que esta acontecendo, eu já estava me acostumando com a perda deles, mesmo depois de 12 anos eu já estava me acostumando só agora e agora que eles estão vivos novamente me parece que todo esse esforço foi em vão, foi algo bom que tenha acontecido isso, eu sinto saudades da época de antes. — Falou Remo.

— Eu fico feliz pela sua felicidade. — Falou Tonks sorrindo.

— Tudo bem, já falamos sobre isso, mas agora eu quero falar sobre outra coisa. — Falou Remo.

— Sim, pode falar. — Falou Tonks.

— Vai ser mais uma revelação do que algo que podemos falar como forma de nos conhecermos melhor. — Falou Remo olhando atentamente para ela que começou a mudar, seus olhos ficaram de um jeito que dizia que ela estava desconfiada e curiosa ao mesmo tempo, tinha medo de como ela poderia reagir com aquilo, mesmo sendo um pouco criança Tonks tinha seu jeito mulher e isso era algo obvio, qualquer mulher teria esse jeito — Bom, depois dos marotos foram poucas pessoas que souberam do meu segredo que me aceitaram de verdade, essas eram Lily, Marlene, Dorcas, Alice e Emmeline, éramos o grupo perfeito, a não ser por Alice que as vezes ficava mais afastada por causa de Frank, o namorado dela, e como todo adolescente tem suas namoradinhas, no meu caso eu nunca pensei que eu fosse ter essa fase da vida, mas aconteceu sim, com a Dorcas, por mim nunca iria acontecer algo entre nós, mas do mesmo jeito que você ela era persistente e me convenceu, mas depois de um tempo percebemos que não daria certo, o namoro durou mais ou menos dois anos, acabou um tempo depois que terminamos a escola. — Falou Remo, a mulher a sua frente estava impassível, não conseguir decifrar ela naquele momento e nem saber qual seria sua reação, se ela levantaria e começaria a quebrar tudo, se no dia seguinte ela fosse até Dorcas e teria uma crise de ciúmes ou até mesmo a agrediria.

— E daí? — Perguntou Tonks sorrindo abertamente.

— Como assim? — Perguntou Remo confuso, o jeito dela parecia ser de uma pessoa que nunca ouvira o que ele havia dito, piscou os olhos varias vezes tentando colocar os pensamentos em ordem — Tonks, você estava me ouvindo ou pensando na próxima brincadeirinha Alá Sirius Black? — Perguntou Remo confuso.

— Eu ouvi diretinho, você já namorou com a Dorcas. — Falou Tonks normalmente.

— E você não se importa com isso? — Perguntou Remo.

— Não, e qual o problema haveria em você ter namorado na adolescência? Eu já beijei o Carlinhos e o Gui e isso também não tem importancia. — Falou Tonks dando de ombros.

— Então você não se importa? — Perguntou Remo.

— Não, eu sempre ouvi histórias que só dizem o bem a respeito de Dorcas, e pelo jeito que você disse, vocês terminaram com um acordo, cada um com sua vida, e já faz muito tempo, como eu poderia dizer alguma coisa? Todo mundo tem uma namoradinha (o) na infância e adolescência. — Falou Tonks sorrindo normalmente — Mas eu fico muito feliz que você tenha me contado, estava pensando que daria a louca em mim e que eu sairia quebrando tudo? — Perguntou Tonks rindo enquanto pulava na cama sorridente.

— Exatamente. — Respondeu Remo instantaneamente.

— Era uma pergunta retórica. — Falou Tonks.

— Mas foi exatamente o que eu pensei. — Falou Remo — Mas espera ai, você beijou o Gui e o Carlinhos? Espere ai Ninfadora. — Falou Remo se levantando ao ver a mulher correr semi nua para o banheiro, antes que ela pudesse chegar ao banheiro ele a segurou pela cintura e a arrastou até a cama, a jogou na cama e se jogou por cima dela, fez cócegas nela a fazendo gargalhar — Me conta essa história. — Pediu fazendo cara de lobisomem que ficou sem floresta.

— Coisinha de criança, eu queria saber como é beijar meninos e os únicos que me davam atenção eram os dois, e eu acho que não teria problema naquilo. — Falou Tonks dando de ombros.

— Não acha errado ter feito isso? — Perguntou Remo.

— Eu me resolvi com eles já, no momento em que o beijo terminou a nossa amizade voltou ao normal, só isso. — Falou Tonks.

— Tem certeza? — Perguntou Remo.

— Absoluta. — Falou Tonks sorrindo antes de iniciar um beijo que logo foi correspondido, beijo esse que a cada segundo ficava mais intenso, fazendo com que os dois quisessem cada vez mais, Tonks colocou sua mão no peito dele e com um pouco de força fez com que ele entendesse que ela queria que ele saísse de cima dele, ele terminou o beijo achando que ela não queria naquele momento, ela continuou a empurrar ele até que o mesmo já estivesse sentado, já estava pensando que ela queria distancia quando ela se sentou em seu colo e iniciou um novo beijo, o bom de estar com Tonks era que ela não era o tipo que precisava da iniciativa de um homem, que quando ela queria, ela conseguia, o homem de cabelos castanhos sentiu seu corpo entrar em chamas, suas mãos pareciam querer contato com o corpo da mulher em seu colo cada vez mais e era sempre assim, desceu uma de suas mãos para a coxa dela e apertou ali, podendo a ouvir gemer.

— Me desculpe. — Falou Remo ao perceber que havia colocado muita força no aperto, Tonks o fazia esquecer que estava cada vez mais próximo da lua cheia. Ele não conseguia se controlar quando estava perto dela.

Pelo que? — Sussurrou Tonks.

Pelo aperto, vou acabar lhe machucando Tonks, estamos cada vez mais perto da lua cheia Tonks, eu lhe digo isso todos os dias, mas você não para. — Sussurrou Remo.

— Eu não consigo. — Confessou Tonks.

— Eu também não consigo deixar de colocar força demais, sua coxa provavelmente vai ficar roxa por semanas. — Falou Remo enquanto encostava o rosto no ombro dela — Sei que sentiu dor.

— Mas eu não senti, você me decifra quanto a todos os aspectos, menos nos momentos de prazer. — Falou Tonks — Fizemos amor semana passada. — Falou Tonks.

— E por termos feito isso você esta machucada na outra perna. — Falou Remo.

— Mas foi a melhor noite de minha vida, acho que sou um pouco masoquista, olhe sua licantropia tem um lado ruim, mas essa licantropia lhe fez o homem que eu amo, imagine se você não fosse assim, fosse uma pessoa diferente de hoje, estaria em outra vida...

— Estaria em uma vida que não machucaria as pessoas. — Falou Remo.

— Estaria em uma vida longe de mim. — Falou Tonks.

— Olhe, eu não gosto que você se contenha nesses momentos, eu me sinto como insuficiente para você, se você quer fazer isso, faça que eu posso lhe garantir que você na verdade só estará causando prazeres para nós dois. — Falou Tonks.

— Prazer não é a mesma coisa que dor, Tonks. — Falou Remo.

— Olha, você sempre estará se machucando nas suas transformações e eu estarei aqui para cuidar de seus machucados, e não se preocupe com as minhas dores por que antes delas virá um prazer que só você sabe fazer, e depois você pode cuidar das minhas dores, será um trato, você cuida de mim e eu cuido de você. — Falou Tonks sorrindo — E quanto ao gemido, fique tranqüilo porque não foi de dor, foi por aquele prazer que eu disse.

— Tonks, pare. — Pediu Remo.

— Se você não parar de se preocupar com isso eu vou fazer pior em, iremos ficar sem fazer isso quando for seguro e na noite anterior da lua cheia eu vou ficar lhe atentando, você escolhe, será por bem ou por mal. — Falou Tonks dando de ombros.

— Isso é sacanagem Tonks, não pode fazer isso. — Falou Remo.

Você que não pode me dizer algo daquele tipo, onde já se viu, eu já lhe disse varias vezes que gosto de você do jeito que você é, imagine se você não fosse lobisomem, eu acho que você não seria o homem por quem eu me apaixonei. — Falou Tonks.

— Você não existe Tonks. — Falou Remo enquanto acariciava o rosto dela.

— Eu existo para estar ao seu lado. — Falou Tonks apreciando a caricia.

Remo se deitou de costas, enquanto a mulher ficava sentada em seu abdômen, depois de ficarem se olhando por um tempo Tonks continuou o que haviam parado e Remo dessa vez não teve força para dizer não.

Dumbledore já estava em seu escritório com a menina que olhava para todos os lados curiosa, não conseguia segurar o sorriso, imaginava a felicidade que o irmão sentiria ao receber aquela noticia, ao vê-la ali na sua frente sentia-se como se fosse um simples adolescente.

— Você não parece a mesma criança. — Falou Dumbledore para a menina que olhou para ele e assentiu.

— Bom, normalmente onde eu estava não se era possível crescer, digo, um adulto não vai envelhecer, mas Lúcifer abriu uma exceção para mim, disse que me ajudaria e me ajudou bastante, eu consigo me controlar cada vez mais, já estou boa o suficiente para conviver entre as outras pessoas. — Falou Ariana.

— Eu nunca lhe entendi, porque você era daquele jeito? Impulsiva? — Perguntou Dumbledore.

— Não é fácil conviver com dois irmãos que se odeiam, vocês me faziam querer fugir para ficar longe dos dois brigando a toda hora, eu era uma criança, não tinha controle dos meus poderes e vocês não ajudavam em nada. — Falou Ariana.

— O que aconteceu naquele porão? — Perguntou Dumbledore para ela que no mesmo instante abaixou a cabeça, como se assim ela não fosse se lembrar daquele terrível dia.

— Vocês tinham brigado mais uma vez, você falava do papai de um jeito horrível e para não ouvir eu fui para junto da mamãe, ela estava abrindo uma janela quando eu vi a varinha dela e como uma criança qualquer eu fui até lá e a peguei, quando mamãe se virou ela gritou comigo de susto e sem querer a magia dentro de mim meio que se expandiu e foi como se ela tivesse executado o feitiço e não eu, o feitiço atingiu a mamãe em cheio e causou uma explosão me jogando para longe. — Falou Ariana enquanto lagrimas desciam por seu rosto.

— Esta dizendo que a sua magia praticamente lhe controlou? — Perguntou Dumbledore.

— Eu sei que não deve estar acreditando, mas foi o que aconteceu, eu era uma criança e qualquer coisinha fazia minha magia sair do controle. — Falou Ariana.

— Eu sempre tentei lhe ajudar a controlá-la. — Falou Dumbledore.

— Não da para ajudar uma criança controlar algo que pode mudar de uma hora para a outra, algo tão grande quanto isso, era por isso que eu gostava de ficar perto de Aberforth, para ele era como se eu nem fosse bruxa, ele me ajudava a me esquecer da magia. — Falou Ariana.

Dumbledore ficou em silencio, não adianta o quanto ele falasse algo, Ariana sempre iria preferir seu irmão, seu silencio durou por um bom tempo e durante o mesmo a porta do escritório foi aberta, revelando Cedrico, o professor havia ficado tão vidrado em Ariana que nem havia visto o garoto, ele sorriu fraco acenando com a cabeça.

— Entre, fique a vontade, em que posso ajudá-lo? — Perguntou Dumbledore se sentando em sua poltrona, nem havia se sentado quando entrou na companhia da irmã.

— É que eu acho que não posso simplesmente ir para casa e dizer para meus pais que estou de volta, vim pedir ajuda ao Sr. — Falou Cedrico olhando Ariana que voltou a observar o escritório.

— Há sim, me desculpe pelo esquecimento, bom hoje você não poderá dormir no seu antigo dormitório, ele já esta vago, se eu lhe mandasse para um outro lugar você aceitaria? — Perguntou Dumbledore para ele que assentiu — Bom, tem um dormitório na Sonserina que só tem uma pessoa o usando, esta bom para você? — Perguntou Dumbledore para ele que pareceu pensar.

— Quem esta lá? — Perguntou Cedrico.

— Draco Malfoy, mas eu garanto que estar dividindo o dormitório com ele será o mesmo que estar sozinho, ele não esta mais dando trabalho. — Falou Dumbledore para ele que assentiu.

— Tudo bem então. — Falou Cedrico.

— Então ta, vamos que eu lhe levo lá, digamos que a entrada para lá é um tanto quanto escondida demais, eu já volto. — Falou Dumbledore se levantando para logo em seguida sair do escritório na companhia de Cedrico — O que pensa em fazer agora que voltou? — Perguntou Dumbledore.

— Espero ir atrás de algo que a muito tempo não vejo. — Respondeu Cedrico secretamente.

— Desejo boa sorte a você. — Falou Dumbledore por fim, depois do que o diretor havia dito eles ficaram em um absoluto silencio, vários minutos depois eles já estavam no salão comunal da Sonserina, o menino ficou surpreso ao ver a forma que se entrava ali, o lugar era enorme, poderia imaginar que era bem maior que o salão comunal da Lufa-Lufa, quase ficou para trás observando o lugar, seguiu Dumbledore que subia por uma escada que levava a um corredor com vários quartos, ele foi até um e abriu a porta, revelando Draco.

— Precisa de alguma coisa diretor? — Perguntou Draco bem educado.

— Sim, por esta noite você terá um companheiro de quarto. — Falou Dumbledore indicando Cedrico que tentou sorrir de leve.

— Tudo bem. — Falou Draco tentando segurar a vontade de dizer não.

— Espero que tenham uma boa noite, e Sr. Malfoy lembre-se que sua namorada não pode dormir no dormitório masculino. — Falou Dumbledore enquanto sumia das vistas dos dois.

Eu odeio esse homem. — Sussurrou Draco para si mesmo — Há, pode entrar, você esta com sorte acho que já trocaram os lençóis das camas, fica a vontade. — Falou Draco entrando no dormitório enquanto Cedrico entrava logo em seguida e fechava a porta atrás de si.

— Namorada? — Perguntou Cedrico confuso olhando em volta, não tinha ninguém ali, as cortinas da cama de Draco se abriram e revelaram Astória sorrindo amarelo.

— Oi. — Falou ela.

— Olá, eu já vou ir dormir, boa noite. — Falou Cedrico indo até uma das cama e se deitando, fechou as cortinas da cama e se cobriu, se aconchegou e não demorou a dormir.

Draco voltou para sua cama e fechou as cortinas mais uma vez, pegou a varinha que estava em cima do travesseiro e com um aceno de varinha o quarto ficou escuro por completo.

Abaffiato. — Sussurrou Draco com a varinha na mão, depois de executar o feitiço ele deixou a varinha de lado, ficou a olhar Astória que o observava também — Até que esse livro nos ajudou em algo. — Falou Draco tentando animar a namorada, ela estava um tanto quanto brava pelo que ele havia feito.

Ela estava impassível, não conseguia ao menos imaginar o que ela estava pensando, direcionou uma de suas mais para o rosto dela e a acariciou, sua mão ficou por ali algum tempo até que ela disse.

— Ainda estou brava com você. — Falou Astória segurando na mão do loiro e a colocando na cama.

— Asty para com isso, eu não poderia deixar a minha mãe lá sozinha. — Falou Draco.

— E poderia ter me deixado aqui? Morrendo de preocupação? — Perguntou Astória se precipitando, havia falado demais — Me desculpe, eu não estou dizendo que sou mais importante que sua mãe, mas é que você ainda é uma criança. — Falou Astória do modo que os adultos falavam — Ou melhor, você só tem 15 anos, o que iria fazer? Você tinha que ter pensado antes de fazer alguma coisa, não poderia de uma hora para a outra ir atrás da sua mãe, ainda mais porque ela é adulta. — Constatou Astória, o loiro a sua frente ficou a observar por um bom tempo, provavelmente pensando no que diria para conseguir dar uma volta na situação — Já esta na hora de eu ir. — Falou Astória já descendo da cama, antes que pudesse dar um passo Draco a segurou pelo braço, com pouca força a fez se sentar na cama novamente, fez com que suas pernas ficassem em cima da cama e fechou as cortinas da cama.

— Não vai lhe matar ficar aqui Astória, afinal as vezes chegamos a fazer coisas horríveis por pessoas que realmente são importantes para nós. — Falou Draco enquanto segurava as mãos dela.

— E estar desobedecendo uma regra da escola já é o suficiente do que farei por você. — Falou Astória.

— Sabe que quando esta dormindo você é muito lindinha? Com uma carinha de anjo, quietinha. — Falou Draco sorrindo.

— Não começa. — Falou Astória pegando a varinha do namorado e o travesseiro, colocou a varinha ao lado do loiro e o travesseiro na extremidade contraria que Draco estava, se deitando logo em seguida, ouviu o farfalhar da cama e não demorou muito e o loiro estava deitada ao seu lado — Uma cama só não dá para nós dois, ainda mais sendo de solteira. — Confessou Astória vendo ele se deitar de lado.

— Vá em casa nas férias e irá conhecer minha cama de casal. — Falou Draco sorrindo.

— Engraçadinho. — Falou Astória — Dumbledore falou que eu não poderia dormir aqui.

— Um Lufano também não. — Constatou Draco dando de ombros — Só fica um pouquinho aqui comigo. — Pediu Draco enquanto a abraçava, antes de se aconchegar nos braços do namorado Astória tratou de passar as mãos pelos cabelos loiros, os bagunçando.

Draco não soube a quanto tempo estavam ali, poderia jurar que a muito tempo, estavam do lado errado da cama, por isso abriu um pouco a cortina com o pé e viu que já era 1:00 da manhã, soltou um longo suspiro, havia passado no mínimo duas horas e ele nem havia percebido direito, estar com Astória fazia com que o tempo passasse mais rápido, horas pareciam segundos, começou a imaginar se era assim que seu pai pensava em si na companhia de sua mãe, se em algum tempo da vida deles já existiu amor entre eles, ao menos se Lucio amava Narcisa, sabia que sua mãe amava seu pai, já que se não amasse não teria ido atrás dele no Ministério, sentia já estar amando Astória, queria estar ao lado dela cada vez mais e já não conseguia imaginar como seria seus dias sem ela para faze-lo sorrir, até mesmo vê-la brava o fazia rir.

A trouxe para mais perto de si quando a sentiu se aconchegar ainda mais, olhou para ela brevemente e a viu dormir, não iria acorda-la, não faria mal ela dormir ali, não haviam feito nada mesmo e os dois estavam vestidos, nem o pijama ainda não haviam vestido, como sempre, ele pegou a varinha e com um aceno o cobertor saiu de debaixo deles e os cobriram.

Dumbledore estava voltando para seu escritório, havia acabado de deixar Ariana no dormitório dos convidados do futuro, é claro que no das meninas, queria que ela tivesse mais contato com meninas, quem sabe o que ela sempre precisava na vida era ter amigas, afinal as vezes era mais fácil desabafar com as amigas do que com os pais e irmãos, ouviu barulho nos corredores e logo em seguida Snape apareceu, aparentava estar frio como sempre.

— Severo, o que faz andando pelos corredores escuros de Hogwarts? — Perguntou Dumbledore.

— Nada, estou apenas dando uma volta. — Respondeu Snape.

— Imagino que esteja pensando em como começara a conversar com Lily amanha. — Falou Dumbledore.

— Não estou pensando em conversar com ela, com licença. — Falou Snape dando as costas ao diretor.

— Mas e se ela mesma for falar com você? Você não vai responder? — Perguntou Dumbledore para o professor de poções que apenas seguiu pelo corredor, não dando muita atenção para ele, depois de não conseguir mais ver o professor, Dumbledore seguiu seu caminho.

(autora aqui: Bom gente, sei que já estou demorando demais para postar, mas é que minha internet voltou hoje, que felicidade kkk', bom esse é apena so primeiro capitulo, obvio e como todo começo de fanfic eu quero saber o que vocês querem que aconteça no próximo capitulo em, bom eu já estou pensando em começar a postar a fic da Helena e do Carlinhos, só não sei quando, estou esperando a idéia de vocês)