Disclamer: Saint Seiya e seus personagens não me pertencem, créditos aos detentores da marca. Esta história não tem fins lucrativos.

Nota da Autora: Esta história foi escrita às pressas em um surto de inspiração para a pessoa que amo. Amor, estou morrendo de saudedes! Agradecimentos especiais para Shiriuforever94 pelo incentivo e a Lhu-Chan por ter betado sua própria fic.


"Eu continuo a esperar pela volta daquele que amo. Os dias passam morosos, monótonos, maçantes, medíocres... Chega de m, acho que vou enjoar dessa letra. M... como o nome dele. Acho que poderia passar os dias a falar dele, a lembrar dele, a querê-lo novamente ao meu lado.

As lembranças de seus beijos aquecem as minhas noites frias... "

Levantou-se e rasgou o papel com as palavras sem sentido ditadas por sua alma. Andou por toda a casa e sentiu-a maior e mais vazia.
Abriu os armários e acariciou as poucas lembranças que guardava dele. Seus tesouros mais preciosos.

Aguardava por mais uma mensagem dele mas ela não chegava. Olhava para a caixa de e-mails vazia desolado. Ele sempre escrevia religiosamente dia após dia. E já fazia uma semana de mais completo silêncio. O celular permanecia desligado. O telefone do apartamento tocava sem resposta. O que teria acontecido? A distância finalmente os separara? Maldito mestrado! Maldita hora que permitira que ele fosse para tão longe de si. Anos! Teria de esperar por anos!

Desligou o computador, tomou um copo de leite quente, como fazia todas as noites. Escovou os longos cabelos, colocou um pijama, esticou os lençóis, afofou os travesseiros – seus e dele – e deitou-se. Era apenas mais uma noite, o dia seguinte seria apenas mais um dia até que ele voltasse. A rotina se seguia. E seguia de tal forma mecânica e vazia que ele esquecera inclusive que seria seu aniversário no dia seguinte.

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- Maldito avião, maldita tempestade, maldito trânsito... Ahhhhh!

Nada saíra como planejara. Se bem conhecia seu amado ele estaria dormindo, os cabelos escovados, os travesseiros afofados, a temperatura do quarto ajustada em 19Cº, o leve lençol sobre o corpo apenas para aconchegar...

Saudades. Não via a hora de chegar. Não via a hora de encontrá-lo novamente, de beijar seus lábios finos e doces. Comprou um enorme buque de flores, o maior que conseguiu encontrar, uma caixa de bombons e... batatas fritas... sacos e sacos de batatas fritas, uma paixão incontrolável do companheiro. Outra bolsa com sucos naturais de sabores diversos.

Entrou em casa o mais silenciosamente que conseguiu, equilibrando sabe-se os deuses como, a quantidade de embrulhos e malas que carregava.

Arrumou uma bandeja. Sucos, pães, chocolates, batatas. Uma rosa apenas, retirada do buque, estrategicamente acomodado em um vaso com água para que não murchassem.

Abriu a porta do quarto e a agradável temperatura e o odor de sândalo o fizeram sentir-se novamente em casa. Depositou a bandeja sobre o criado-mudo. Olhou o relógio. Duas horas da manhã. Já era aniversário do amado.

Ajoelhou-se ao lado da cama. Beijou-lhe levemente os lábios.

- Feliz aniversário.

As orbes azuis descortinaram-se à sua frente. As lágrimas silenciosas inundaram aquele rosto.

- Os deuses atenderam as minhas preces ou é apenas mais um sonho traiçoeiro?

- Estou aqui e voltei para ficar.

O homem adormecido despertou em um salto, puxou o recém chegado para junto de si. O suco esquentou, os pães esfriaram, as batatas murcharam enquanto a paixão crescia e a saudade era devidamente assassinada. Nunca mais se separariam.

E a história deles era apenas mais uma boba e melosa história romântica.