Retornando ao passado...
Hermione olhou para os lados com receio do que acharia se continuasse a andar. Todo o seu destino se encontrava ali naquele corredor. Três anos tinham se passado desde o sexto ano em Hogwarts e ela temia que tudo tivesse culminado no fim de uma parte importante de sua vida. Continuou a andar muito tensa. Então chegou a porta de mogno lascado no fim do corredor. Passou as mãos, acariciando um pedaço de seu futuro. Então bateu. Ronald Weasley abriu a porta e olhou surpreso a visita. Os cabelos e olhos de Rony pareciam sem vida, num tom acinzentado. Hermione sorriu. Rony deu alguns passos para trás.

- Mione? – Rony falou incrédulo. – Zeus é você?

- Claro que sou Rony! – Hermione falou. – E então posso entrar, ou é costume por aqui se ficar na porta?

- Entre, entre! – Rony saiu do caminho. A sala que Hermione entrara era triste e suja, cheia de casacos nas cadeiras e livros empilhados por todo lado. Havia também papeis sujos de comida e um lixo entulhado de picados de documentos. A janela estava trancada e a cortina parada com um ar de congelada. – Desculpe-me a bagunça! – Rony tirou alguns livros de uma cadeira e indicou a Hermione.

- Obrigada. – Hermione se sentou.

- Então... Como foi em St. Mungos? – Rony pareceu realmente curioso.

- Eu e a Fleur nos demos muito bem como enfermeiras de emergência! Ela realmente sabe ser delicada quando quer. A Gina também conseguiu uma honraria por ser a enfermeira mais brava de todas.

- Não deixaram vocês lutarem por que? – Rony riu um pouco da pergunta que fizera.

- Bem, parece que alguns membros da Ordem nos impediram... Tem idéia de quem sejam? – Hermione ergue as sobrancelhas.

- Hora, Mione. Esperava mesmo que eu deixaria você lutar com ele? Não mesmo. Queria você viva quando tudo acabasse.

- Hermione? – Alguém entrara repentinamente no quarto.

- Krum? – Rony levantou-se imediatamente.

- Vim trazer o seu gato... – Krum olhou apenas para Hermione. – Ele é muito agressivo quando fica longe de você. Não sei por que teima em deixa-lo comigo enquanto viaja.

- Hora, era a univa pessoa que não ia tentar estrangula-lo.

- Ronald. – Krum cumprimentou-o tentando sorrir. – Voltou bem não é? Que bom. Eu já vou Hermione, te espero em casa ok?

- Ele está morando com você? – Rony se sentiu traído.

- Medida de segurança. Temos que ter um homem numa casa com três garotas. Quatro, contando com a Luna.

- Humpf. – Rony jogou-se na sua cadeira de couro.

- E Harry? – Hermione perguntou.

- Está em casa agora. – Rony suspirou. – Mas não quero falar sobre isso.

- Não mesmo? – Hermione ficou um tanto apreensiva – E você? Voltou bem?

- Voltei, voltei sim. – Rony falou com tristeza. – Chá? – Disse ele, a caminho de um arquivo de metal.

- Não, obrigada. – Hermione suspirou. – Rony. Rony eu te amo. – Hermione disse de uma vez. – Meu Zeus, eu disse! – Ela sorriu.

- Mione... – Rony deixou cair a xícara recém tirada do arquivo.

- Eu sei... Você não sente o mesmo por mim, mas eu precisava dizer...

- Mione, eu também te amo. – Rony falou recolhendo os cacos.

- Sério? – Hermione agachou-se para pegar os cacos com ele.

- Claro! – Rony soltou e abraçou-a.

- Oh... – Hermione pensou em algo para dizer, mas nem precisava. Ronald estava beijando-a muito forte e eles caíram no chão do escritório. A janela se abriu num vento violento e todo escritório se encheu de cor. O cabelo e os olhos de Rony também.