Confraternizando com o inimigo
Era uma vez três irmãos que viajavam numa estrada deserta e tortuosa ao anoitecer. Depois de algum tempo, os irmãos chegaram a um rio fundo demais para passar a pé e perigoso demais para atravessar a nado. Os irmãos, prodigiosos na magia, simplesmente agitaram as suas varin-
- Mas que diabos!-Rose sentiu seu coque sendo desamarrado - Ah,é você Scorps!
-Lendo esse livro de novo?-Perguntou o loiro, dono dos olhos mais lindos que Rose já vira.
-Mais ou menos - Scorpius fez uma cara de dúvida – Já li o primeiro parágrafo três vezes e não consigo me concentrar .
-Bem, que mal irá fazer se você deixar o livro de lado e vir sentar comigo? Você já leu esse conto mil vezes mesmo!-Disse o loiro enquanto sentava em uma das poltronas espalhadas ao redor do salão comunal.
-Já que você insiste.
Rose caminhou até o loiro e sentou em seu colo, enquanto Scorpius a abraçava por trás.
-Posso saber o que lhe distraia tanto?
-Estava lembrando o quanto agente brigava no nosso primeiro ano em Hogwarts – Respondeu a ruiva enquanto sorria ao lembrar dos anos que costumava "odiar" um certo Malfoy – Você me chamava de mimada!
-E você me chamava de boçal – Riu lembrando dos apelidos e xingamentos que costumavam inventar.
Então Scorpiusriu alto
-O que foi?
-Acabei de lembrar da sua cara quando o Chapéu Seletor gritou "SONSERINA!" pra todo o Salão Principal – Respondeu o sonserino entre risadas – Estava hilária, parecia que você ia desmaiar!
-Claro! Pensava que meu pai iria me matar! – Disse Rose – Claro que ele quase teve um ataque cardíaco soube, mas acabou se acostumando com a ideia de que sua menininha é uma sonserina, não que pertencer a sonserina seja ruim, pelo contrário. É maravilhoso, mas fico imaginando a reação dele quando souber que agora sua menininha sonserina está confraternizando com o inimigo!
-Hã? – perguntou Malfoy enquanto Rose ria da confusão do loiro.
-Bem, você sabe que no quarto ano dos nossos pais houve o Torneio Tribruxo e consequentemente o Baile de Inverno, né? – Perguntou Rose que continuou ao receber o sinal positivo vindo de Scorpius– Então, nessa época meu pai já tinha uma queda pela minha mãe, mas foi muito lerdo e não a convidou para o Baile, então ela acabou aceitando o convite de Vitor Krum e meu pai ficou morrendo de ciúmes e arranjava qualquer desculpa pra criticar os dois ou algo do tipo, uma delas foi que ela estava "confraternizando com o inimigo".
-E posso saber como você sabe dessas coisas? – Perguntou o loiro
-Minha mãe me contou, é claro.
-Bom, ele vai ter que se acostumar – Disse o loiro tranquilo – Mas se ele vai quase morrer só de saber que estamos namorando, eu, sinceramente, espero que ele não descubra como estávamos confraternizando esse fim de semana na sala precisa.
-Scorpius! – Gritou Rose – Precisava comunicar isso pra todo mundo que estiver passando?
-Mas eu nem falei alto! – Defendeu-se o sonserino – Além do mais você não estava reclamando na hora, não é mesmo Weasley? – Disse em tom irônico.
-Nem você, não é mesmo Malfoy? – Respondeu Rose rindo, enquanto jogava um travesseiro em que se encontrava "Os Contos de Beedle, o Bardo", agora já esquecido pela ruiva.
"Ah,que se dane!" Pensou a ruiva.
Estava mesmo confraternizando com o inimigo e não se importava que Ron Weasley desse ataque, ele se acostumaria. Ou não. Mas no momento Rose só queria saber de beijar Scorpius Malfoy, o seu loiro sonserino.
