Categoria: Romance Yaoi

N/A Eu não possuo Saint Seiya, infelizmente, garanto que iria ser mais legal vê-los namorando...Pra quê tanta luta? Paz e Amor...Voltando da viagem...Saint Seiya é propriedade de Kurumada, Toei e Bandai e essa fic não tem fins lucrativos.

Os pensamentos aparecem em itálico

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Por Você

Capítulo 1: Castigo

Só mais um primeiro dia de aula na Aster's School. Camus andava distraído pelos corredores do colégio. Verdade que não era mais um ano qualquer na escola, era seu último ano...

Ia virar no próximo corredor à direita, mas parou ao ouvir risos debochados e encostando-se na parede pôs-se a observar discretamente. Milo e MdM pichavam com canetas pretas grossas na porta da sala dos professores os mais diversos símbolos e alguns insultos . Rodou os olhos e suspirou... Não era nenhuma novidade, era um tipo de recepção de boas-vindas que eles davam a todos dos colégios.

Não se importou e entrou no corredor, caminhando discreto mas MdM entrou na sua frente, impedindo sua passagem. Não sabia direito porque o garoto tinha aquele apelido: Máscara da morte... Parece que era porquê o outro adorava se vingar de todos que atravessavam seu caminho... De uma forma ou de outra.

-Ô "nerdzinho" , se você contar pra alguém que fizemos isso, você vai ter que se ver comigo. –disse, ameaçadoramente. Camus não se moveu nenhum centímetro, olhando-o diretamente.

-Como se eu não tivesse mais nada a fazer do que perder meu tempo com vocês. –disse, simplesmente.

-Ora... quem você pensa que é? –disse MdM, irritado.

-Deixa ele, MdM, não vale a pena. –manifestou-se Milo pela primeira vez sem olhá-los, tampando a caneta e jogando-a no lixo. Começou a andar para o fim do corredor, despreocupado.

-Não se mete com a gente, ô francesinho. –disse MdM, empurrando-o e seguindo Milo.

-Idiotas... –resmungou Camus. Voltando a seu caminho, em direção oposta a dos outros dois.

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O restante do dia seguia-se normalmente, sem nenhuma grande novidade: alunos novos, alguns trabalhos passados pelos professores, o cronograma do bimestre havia sido passado... Nada que lhe importasse realmente. No intervalo de uma das aulas, o professor de teatro, Shion, lhe perguntara se ele estava interessado em fazer uma pesquisa sobre temas teatrais, estilos, peças famosas, etc. Dissera que em troca conversaria com os outros professores para que acrescentassem pontos em suas médias, mas Camus disse que não era necessário. Interessava-se pelo assunto, não seria nada sacrificante para ele fazer a pesquisa.

Não que pensasse em atuar, se fosse trabalhar no ramo, sem dúvidas escolheria os bastidores. Não lhe agradava a idéia de vários olhos em cima dele, por mais que isso acontecesse com alguma freqüência. Também, não era um tipo que podia ser chamado de comum: ruivo, cabelos lisos e compridos, olhos azuis. Uma beleza exótica e única.

Encontrava-se na sala de aula passando os olhos por um livro sobre História Geral, quando ouviu porta ser aberta. Olhou para trás ao ouvir seu nome.

-Com licença, professor Dohko. –pediu Shion, o professor de teatro, sorrindo, no que foi retribuído. –Camus, pode vir comigo por favor?

Camus fez um sinal afirmativo com a cabeça, e o seguiu.

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Milo ouvia, já há algum tempo, o sermão do idiota do vice-diretor Tatsume. Sem prestar a mínima atenção, é claro. Até parece que daria ouvido a um ignorante como aquele indivíduo a sua frente... Não podia evitar olhar para outros lados e suspirar de vez em quando, aliás, estava com uma enorme vontade de começar a gritar "lá-lá-lá-lá" para abafar aquela voz irritante.

Tinha assumido a responsabilidade pela "brincadeira" de antes. MdM teria sérios problemas com os pais (mesmo já estando próximo da maioridade), se levasse uma suspensão logo no primeiro dia de aula, e como o seu pai não dava a mínima para ele mesmo... Ouviu a porta da diretoria ser aberta e virou-se para ver quem tinha entrado. Viu que eram Shion, o coordenador e professor de teatro, e Camus, um colega de sala. Estudavam juntos desde... sempre? Mas nunca tinham conversado. De qualquer modo, não ia muito com a cara dele.

Ao sentir o olhar sério de Shion sobre si, se sentiu nervoso. Respeitava Shion... ele sim sabia impor respeito e tinha grande credibilidade entre os alunos. Às vezes, o livrava de sérias enrascadas na escola. Shion achava, verdadeiramente, que Milo só aprontava para chamar a atenção do pai, o que Milo negava, é claro, e por isso defendia-o de vez em quando. Mas dessa vez, por aquele olhar, Milo achava que não se safaria tão fácil.

-Com licença, senhor Tatsume. –pediu Shion, gentilmente. –Eu gostaria de propor...

-Espere um momento, Shion! –disse Tatsume, irritado. –Você não vai tentar ajudar o Milo de novo, não é?

-Não, só vou lhe propor um castigo.

-Olha, eu sou o vice-diretor, eu posso decidir isso sozinho.

-Sem o consentimento do sr. Kido. –disse Shion.

-O que quer dizer? –disse levantando-se de sua cadeira, exaltado. Shion não demonstrava nenhuma reação. Os olhares de Milo e Camus encontraram-se por um instante, mas os dois olharam para outro lado. Estavam um pouco preocupados com qual seria o resultado daquela provável discussão.

-Nada demais, mas não é verdade que o senhor foi escolhido para substituir o Sr. Kido, que encontra-se doente, pela neta dele? Que tem apenas treze anos? –perguntou Shion, sério. E todos ali identificaram aquilo como um "ponha-se no seu lugar". Milo sorriu e Camus, com muito esforço, escondeu seu próprio sorriso. –Bom, mas o que eu gostaria de propor era que Milo participasse do grupo de teatro. –Os outros três olharam-no interrogativamente. –Ele faria um trabalho junto com Camus. –Ao ouvir isso, Camus ficou um pouco desgostoso.

-Mas isso é muito pouco! –reclamou Tatsume. –Ele degradou nossa escola e ainda por cima, ofendeu professores!

-Sim, mas não é só isso. –disse Shion, sorrindo, no que Milo, ao perceber, ficou um pouco temeroso com o que viria a seguir. –Milo também terá que participar de uma peça.

-O quê? –perguntou Milo, assustado. Os atletas não gostavam de se relacionar com o clube de teatro... Eram duas coisas totalmente distintas naquela escola, e ele teria que ouvir piadinhas do time sobre sua atuação o ano inteiro se tivesse que participar disso.

-Então, está bem. –disse Tatsume, sorrindo satisfeito em ver a reação de Milo.

-Feito. –disse Shion simplesmente, saindo da sala acompanhado de Camus.

Ah não... O Shion me paga. , pensou Milo, também saindo da sala após algum tempo.

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-Essa eu quero ver... –dizia Shura, rindo. –Milo, você? No teatro?

-Vai ser hilário... –continuou Aiolia.

-Desajeitado do jeito que é, vai derrubar o cenário inteiro. –apoiou MdM.

-Olha aqui, dá pra vocês pararem? –Milo disse, bravo. –Já 'tá muito ruim sem seus comentários... E, você, MdM? Não se esqueça que eu assumi a culpa pra te salvar, seu desgraçado mal agradecido.

-Ah, foi mal Milo... –respondeu MdM, constrangido. –Mas você sabe como são as coisas e eu...

-Eu sei, sei... mas não dá pra vocês guardarem seus comentários pelo menos para depois da peça?

-Ok. –responderam.

Camus se aproximava do grupo a passos rápidos. Se teria que fazer o trabalho com aquele... garoto, era melhor resolver tudo de uma vez.

-Licença... Milo, quando vamos nos encontrar para fazer o trabalho? –perguntou ao chegar no grupinho.

Milo olhou-o de cima abaixo, como se estivesse analisando-o.

-Hum... Que tal... –sorriu irônico. –nunca? –alguns garotos que estavam ali riram, entre eles MdM; outros pareceram ficar constrangidos com a situação.

Camus sentiu uma vontade enorme de dar a resposta que aquele idiota arrogante merecia, mas preferiu ser o mais frio possível. Indiferença era a melhor resposta para pessoas como aquele ser à sua frente

-Está bem, quem vai perder será você. –Camus disse, dando de ombros. –Só faça o favor de avisar o professor Shion sobre sua decisão. –e saiu.

Após Camus ter saído os outros também se manifestaram.

-Milo, você não deveria ter falado com o Camus assim. –reprovou Shura. -Ele poderia mesmo te ajudar com o trabalho. Com certeza o que Shion vai te mandar pesquisar não será tão simples assim, e o Camus entende sobre essas coisas.

-Ai, eu não vou com a cara dele. Muito cheio de si esse francesinho. –respondeu.

-'Tá bem, você que sabe. O problema é todo seu afinal. –disse Shura.

Milo ficou pensativo por um instante, mas depois decidiu ir de uma vez falar com Shion.

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-Professor Shion. –chamou o professor que estava ensaiando alguns alunos no palco.

-Olá Milo. E então, conversou com Camus sobre como vão fazer o trabalho? Eu já passei para ele tudo o que têm que pesquisar e expliquei exatamente o que quero. –disse Shion, descendo do palco e se afastando dele com Milo.

-Professor, então acho que terá que explicar tudo novamente.

-Como? –perguntou Shion, sério.

-Eu disse para o Camus que não ia fazer o trabalho com ele. –respondeu em um tom de voz mais baixo, sentando-se junto com o professor em duas cadeiras para o público em um canto do teatro.

-Ah, sim. Então está bem, Milo, como quiser. –disse Shion simplesmente. Milo olhou-o confuso, afinal, estava esperando levar uma bronca e tanto.

-Quê? –a pergunta escapou-lhe pelos lábios.

-Bem, eu quero que faça uma pesquisa detalhada dos estilos que vou lhe passar, os temas, as épocas, explicando suas principais características, citando seus principais autores e peças. E finalizando: quero uma crítica muito bem feita sobre cada um dos temas. –disse Shion calmamente, mas satisfeito com a expressão confusa que Milo apresentou depois que ele terminou de falar.

-Pode... repetir?

-Ahn... –disse, parecendo pensativo. –Não. –respondeu. -Porque pela sua expressão, mesmo que eu repetisse dez vezes, você não entenderia o que estou lhe passando para fazer.

-Mas... é muita coisa! –indignou-se o escorpiano.

-Ah, você acha? –disse Shion, cínico. –Então espero que reconsidere, e peça desculpas ao Camus, pôs conhecendo sua gentileza, meu caro Milo, tenho a mais absoluta certeza de que você não falou com ele da forma mais educada, estou certo?

-Eu... –começou Milo meio tonto, mas recompôs-se. –Fique sabendo que eu não vou pedir desculpa pr'aquele... pro Camus! Afinal, é só um trabalho de detenção... Não é tão importante assim. –disse, dando de ombros.

-Não, não é tão importante. De fato, essa nota não será acrescentada em sua média. –Milo sorriu ao ouvir aquilo. -Porém, se eu não achar que o trabalho foi muito bem feito, você não terá que participar de apenas uma peça, Milo, e sim de várias.

-Mas você não avisou isso! É injusto!

-Escuta aqui, Milo. –disse Shion, levantando-se. -Eu estou CANSADO de te salvar das confusões em que se mete. Quantas vezes você acha que já podia ter sido expulso? Eu sempre te ajudei porque sei que você tem problemas sérios com seu pai, mas ao invés de você me agradecer sendo mais responsável, você se prova cada vez mais um garoto mimado e infantil que não sabe se comportar como um homem! Sim, porque você não é mais nenhuma criança!–explodiu Shion. Preocupava-se com Milo e exatamente por isso tinha que lhe dizer umas verdades que ele estava precisando ouvir há um bom tempo. –Você é muito egoísta, sabia?

-Eu? Egoísta? –respondeu irritado, também pondo-se de pé. –Você não sabe o que está dizendo.

-Ah, é sim! Egoísta! Sei que você tem problemas, mas TODOS nós temos! Algumas pessoas enfrentam problemas muito piores do que os seus. Pare de achar que o mundo gira em torno de você! Isso só está mostrando que você é um grande imbecil, e eu realmente não quero achar que você é um, Milo. Confio em você, por favor, não me decepcione. –finalizou, mais calmo.

Depois de algum tempo em silêncio, Milo voltou a se sentar e perguntou baixo:

-Por isso me passou o trabalho?

-Sim. –respondeu o outro. -Desculpe-me pelo jeito que falei, mas sabe que me preocupo com você, não sabe?

-Sei, tudo bem. Mas no que esse trabalho vai me ajudar? –perguntou.

-Não é exatamente da forma que você está pensando. –disse, sorrindo. –E procure o Camus, peça desculpas para ele.

-Ele não vai aceitar minhas desculpas. –disse virando o rosto para outro lado, meio infantil.

-Vai sim, o que não quer dizer que será fácil. Mas prometa-me que vai tentar... de verdade.

-Está bem, eu prometo. –disse como que cansado.

-Ótimo. –falou Shion, dando uns tapinhas amigáveis no ombro do estudante.

Continua...

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N/A:Bom, essa história era para ter sido postada no dia do aniversário do Milo, porém, eu estive ocupada com umas coisas da escola, e não deu para postar no níver do Miluxo.

Ah, e eu queria dedicar essa história a duas escorpianas que eu adoro: a Litha-chan, que eu agradeço muito por ter lido minhas histórias e de quem eu sou fã, e a minha prima querida e baixinha xD Simone! Porque eu adoro muito ela né? E com ela eu posso falar de tudo que a conversa rende horas... dias... xD

E eu sei que no primeiro capítulo ainda não aconteceu nada de muito importante, mas se vocês comentassem eu ficaria feliz! \o/

Super beijo pra quem se der ao trabalho de lê xD, pois me deixa muito feliz!

Annie.