Uma série de breves momentos Reno x Yuffie. Final Fantasy não me pertence, mas o que há de mal em usar um pouco da imaginação, não? Os momentos não possuem nenhuma ordem cronológica, por isso não estranhem a falta de conexão entre eles. Aqui estão os primeiros 5.
1.
Turk idiota.
Estava ali à mais de meia hora. As pessoas passavam por ela e a observavam: sua expressão de irritação certamente sugeria o que estaria acontecendo. Ela olhava para o relógio irritada, enquanto batia o pé na calçada. Sabia que não seria possível ter uma conversa com aquele cara, tinha certeza! Nem sabia por quê havia insistido tanto! Esperou mais alguns minutos, amaldiçoando o rapaz de cabeça-vermelha, até que desiste, sem perceber que havia esperado todo esse tempo na rua errada.
A três quarteirões dalí, Reno olhava no relógio impacientemente.
Aquela pirralha! No mínimo foi mais uma de suas peças!
E foi embora, torcendo para não encontrá-la tão cedo.
2.
Mal podia controlar a risada ao vê-lo em singular situação. Deitado naquela poltrona, mal se mexia.
Então o temido Turk está dodói, é?
Ela desatou a rir. Ele, contudo, a ignorava. Por mais que a ninja o tirasse do sério a maior parte do tempo, precisava se conter ou a lesão em suas costas voltaria a doer.
Graças a você, pirralha.
Ahn? E quando foi que pedi que me defendesse?
Ele sorri, acabara de ter uma idéia.
Garotinhas indefesas precisam de proteção, sabia?
Ela o olha sem acreditar no que estava ouvindo. Ela: uma ninja, ágil e destemida, precisava de proteção? Isso Yuffie não aturaria! Com um movimento, ela o levanta da cadeira e o joga no chão, torcendo seu braço para trás.
Quem precisa de proteção, hein?
Ele nada responde, mas ambos escutam um estalo. Yuffie solta o braço de Reno rapidamente, estaria quebrado? Para sua surpresa ele se levanta, em perfeitas condições, ajeitando sua roupa enquanto a olha com aquele sorriso de quem ia aprontar.
Obrigado por concertar minhas costas, meu bem.
Ele lhe dá um beijo rápido (e inesperado) e sai.
3.
Ele acorda de repente e percebe o corpo de Yuffie abraçado ao seu. Ela lhe dava calma, e o fazia sentir como se estivesse preso a algo real ao menos uma vez em sua vida. Mas, ao mesmo tempo que gostava de estar com ela, odiava estar ciente disso. Sem saber o que fazer, ele se levanta, deixando-a alí. Ainda estava indeciso, não sabia se ficava ou se ia embora. Considerou a possibilidade de ir para um outro quarto, o de Rude talvez, onde deveria haver uma cama sobrando. Mas, o que diria? Hey Rude, estou apaixonado e isso me tira do sério. Posso me esconder aqui? Seria uma boa idéia, e o amigo certamente iria entender.
Enquanto passava pelo corredor, já arrependido de tê-la deixado, Reno vai para uma pequena sala e se aconchega no desconfortável sofá que dava para a varanda. Estava frio. Lembrou-se das mãos aquecidas de Yuffie. Queria voltar para junto dela, mas era orgulhoso demais para reconsiderar suas ações.
Caiu no sono, mas acordou depois de um tempo, como se não tivesse durmido nada. Sentiu uma mão em seu ombro. Virou-se. Lá estava ela, envolvida no cobertor, observando-o com os olhos sonolentos.
O que faz aqui? - ele soou mais calmo do que realmente estava
Está frio, Re.
Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, ela se encolheu ao seu lado, envolvendo-o no cobertor.
4.
Então, está gostando dela?
Reno desviou o olhar. Rude ainda o encarava.
Sabe que não pode se dar ao luxo de sentir tal coisa. Turks não podem ter uma vida comum.
Eu não quero uma vida comum, droga! Quero viver o agora.
Reno sentou-se, irritado. Tais sentimentos sempre lhe foram negados.. Ele não podía negá-los agora que eram verdadeiros!
Ela também não pode se prender a mim, tem um destino esperando por ela. Não sabemos quando ela terá que voltar a Wutai.
Sentiu uma raiva muito grande. De repente, tantas coisas entravam em seu caminho.
Você vai se magoar e não vai perdoá-la por te mostrar o amor. - os óculos de Rude não escondiam sua preocupação - Além do mais, ela é o tipo de garota que acabaria colocando fogo na sua casa...
Apesar de tudo o que passava por sua cabeça, Reno precisou rir ao ouvir essa.
Cara, eu nem tenho casa.
5.
Sentada, sozinha, ela observava o copo que estava à sua frente, até que foi interrompida.
Hey, posso me sentar aqui?
Ela olha com desconfiança para o rapaz de cabelos vermelhos, jeans e camisa preta, fazendo um sinal para que se sentasse.
Você vem sempre aqui?
Desculpe, não falo com estranhos. - ela provoca, bebendo um gole
E por que não? - ele a observa
Meu namorado não ia gostar. - ela coloca o copo de volta à mesa - Ele é um turk, tomaria cuidado se fosse você...
Ele aproxima sua cadeira da dela e pisca um olho.
Acho que vou correr o risco.
Ambos começam a rir.
O que veio fazer aqui? - ela estava surpresa, seus olhos brilhavam.
Hah... - ela dá de ombros - Ficar bêbado, é claro!
Ela aperta os olhos, encarando-o, antes de acertá-lo no ombro com um soco.
Quis dizer aqui na cidade, idiota.
Ele sorri.
Ver você, meu bem.
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