Where Lovers Live
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N/T: Naruto não me pertence. "Where Lovers Live" (Onde Os Amantes Vivem) faz parte da coleção de Oneshots SasuSaku "Shades of Konoha: Onix and Jade" escrito por Giada Luna que gentilmente autorizou esta tradução. Capa por Ila Bartollo.
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Giada, I can express how your stories full me of happiness and unicorns and noise bleending rainbows! Thank you so much to let me translate your work!
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Amantes vivem nas pontas dos dedos.
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Laços são construídos a nível molecular, uma neuro-transmissão de cada vez, forjada pelos primeiros toques experimentais, quando os sulcos impossivelmente rasos das impressões digitais traçam os milhões de pequenos vincos ao longo da pele, enumerando cada folículo, cada sarda, cada borda, cada ponto e cada curva. O corpo é mapeado, traçado, memorizado e arquivado pelos dedos de novo e de novo, seguindo caminhos guiados por algum tipo de bússola embutida subcutâneamente e que em sintonia com o norte magnético do amante torna-se o seu próprio norte.
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Estas explorações são catalogadas em um arquivo epidérmico como a jornada de um novo vento e suas rotas familiares – corrigindo e adaptando seu curso assim como o tempo resiste, altera e define o terreno. Os caminhos são esculpidos na pele, que ambos os amantes conhecem muito bem, podendo traça-los como uma dispersão de farpas de ferro alinhadas a faixa eletromagnética de um imã.
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Amantes vivem no éter que há entre eles. Eles seguem seu próprio padrão migratório para retornar um para o outro, buscando as mãos e dedos um do outro em uma conclusão familiar da parte com o todo. Eles carregam o ar que há entre a pele e por ele transmitem mensagens complexas naquele um segundo antes do contato.
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Amantes preenchem os espaços e lacunas deixadas entre os dedos, entre os suspiros e batimentos cardíacos, entre as juntas e entre as coxas.
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A ele foi dito que quando amantes trocam de parceiros, eles primeiro tentar seguir o mapa topográfico memorizado em explorações anteriores em uma diferente terra firme, aprendendo onde o mapa é diferente e onde as rotas estão abertas, acolhendo-as ou esquecendo-as, e eventualmente novos caminhos são aprendidos, memorizados, forjados e gravados.
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Ele não pode falar sobre isso - ele só teve uma amante, e ela já era a única antes que seus lábios pudessem roçar os dela pela primeira vez;
Antes que ele tocasse o ponto sagrado na em sua testa;
Antes que ele finalmente pudesse superar sua alma nua, ferida e fraturada quando lhe deu um pedido de desculpas;
Antes que ele segurasse ela, quando ela o salvou do vazio, por sua absoluta força de vontade*;
Antes que ele a assistisse com um orgulho mascarado que ela poderia obliterar toda a Terra numa batalha;
Antes que o calor e a pressão de seu corpo pequeno permanecessem em seus braços mesmo após deixa-la em um banco frio naquela noite fatídica em Konoha;
Antes que sentisse a maciez de seus cabelos contra seus dedos, quando ele a deitou em algum lugar seguro antes de caçar o demônio de areia;
Antes que ela o abraçasse fazendo as marcas do selo amaldiçoado em sua pele regredir;
Antes que ela chorasse em cima dele, tremendo de medo de que ele tivesse morrido em uma chuva de senbons de gelo.
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Sempre foi ela.
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Ela viveu nos pequenos espaços em sua pele mesmo quando ele tentou esquecer de tudo e de todos. Seu rosto ainda pairava nas bordas de sua mente assim como seu nome estava escondido na textura de sua língua mesmo quando ela permaneceu silenciosa enquanto treinou no antro de cobras e da escuridão. Ela sempre esteve um pouco além desse espaço, um pouco além de seus dedos.
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Mas agora ela está calorosa e flexível e não há nenhum espaço entre eles. Ela completa todo o vazio – a ponta dos dedos dele, a lacuna entre seus braços, o vasto nada do seu já tão estilhaçado coração, o silencio de seus dias e o espaço entre seus corpos pressionados contra o colchão.
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Ele traça a curva de seu rosto, o arco de suas costas, seu ventre plano e o vale entre seus seios. Ele viaja agora em rotas familiares que fazem o pulso dela acelerar, seu rosto corar, seus olhos brilharem e seu corpo arquear contra o dele, gemendo seu nome.
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Ele a preenche assim como ela o preenche, e ele está completo. Ele segura seu mundo todo enquanto dorme, respirando junto com ela. Ela está entre os braços dele e em sua pele, compartilhando sua respiração e seu calor.
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Ela nunca esteve longe dele, mesmo quando ele teve que estar longe dela. Mesmo que ele nunca se sinta em casa como quando eles estão de mãos dadas, ele sabe.
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Amantes vivem nas pontas dos dedos.
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E ela sempre esteve na ponta dos dele.
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E ele sempre esteve na ponta dos dela.
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E nenhuma quantidade de tempo ou distancia, ou até mesmo a morte poderiam estar entre eles
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N/T:
*No original "before he caught her against him, saved from the void by her sheer will" a autora se referiu aquele capitulo em que o Sasuke segura/abraça a Sakura, depois que ela e Obito conseguem resgata-lo da dimensão da Kaguya. Não sei se a tradução ficou clara o suficiente, mas não quis fugir muito do texto.
