Três batidas na porta. O básico. Simples.
Pensei conhecer a batida e não conferi quem era. Pedi que entrasse.
Dois segundos na companhia dele e o aroma do quarto era outro.
Ele abriu um sorriso ao ouvir o som que saia da vitrola. Tirou a jaqueta e a deixou na cadeira próxima a porta. Sentou-se junto a mim na cama, deixando com que seu braço roçasse no meu distraidamente.
Arrepio.
Me ajeitei na cama para ficar um pouco mais longe dele. Ele se ajeitou na cama para ficar mais perto de mim.
Deixou com que seu braço roçasse novamente no meu.
Arrepio.
Ele tinha plena consciência do que causava em mim e se aproveitava disso.
Não estava com humor para mandá-lo sair. Não estava com humor para me afastar dele novamente.
Trocamos palavras banais. Perguntou como eu estava, quais eram as novidades.
Respondi.
Perguntei o mesmo.
Ele se aproximou um pouco mais. Aspirei com toda vontade o aroma que vinha daquela pele. Era tão... único.
Descuidada, deixei meu braço tocar, de uma forma constrangedora, na coxa dele.
Arrepio.
Pensando talvez que isso fosse um convite, pegou meu braço com segurança, fazendo-me levantar e deixar meu rosto na mesma altura do dele.
Aroma.
Hálito.
Arrepio.
Sacudi levemente o rosto e fiz menção de me levantar. A pressão no meu braço aumentou e me fazendo continuar sentada.
Olhos.
Aroma.
Hálito.
Arrepio.
Beijo.
Por quanto tempo adiei isso? Por quanto tempo ele adiou isso? Quando dei todos os sinais para que ele viesse e realizasse meu maior desejo, seus pensamentos eram outros. Quando ele me deu todos os sinais para que eu realizasse todos os seus desejos, meus pensamentos eram outros.
Hálito.
Arrepio.
Beijo.
Mãos.
Elas percorreram toda a linha das minhas costas e suavemente fez com que eu me livrasse da primeira peça de roupa que impedia o contato total daquelas mãos e daqueles braços em minha pele.
As minhas mãos então percorreram a linha das costas dele, sentindo cada músculo e fazendo com que ele se livrasse com pressa da primeira peça de roupa que impedia o contato total do meu colo com seu peito.
Hálito.
Beijo.
Braços.
Força.
E assim, num movimento perfeito, me fez sentar no colo dele. As mãos grandes abrindo os botões da peça de roupa que impedia o contato total das minhas pernas nas pernas dele.
E então eu estava entregue a todos os sentimentos que tentei fingir e esconder...
" My daddy shot your daddy..."
PÁRA!
Seus lábios tocando meu pescoço, meu colo, tudo... com a destreza de alguém bem treinado.
Ele é tudo que eu sempre...
Mãos. Mãos. MÃOS!
Como ele consegue me deixar desse jeito? Ele me deixava completamente rendida apenas com o olhar e agora assim... não tenho forças...
Não... sou... nada...
Beijos. Beijos. Beijos.
Quanto tempo se passou? Segundos apenas?
E então éramos um. Unidos como uma mulher e um homem devem ser. Completamente entregues aos sentimentos mais profundos. Um, um apenas.
Movimento.
Delicadeza.
Força.
Mãos.
Hálito.
Beijo.
Arrepio.
Uma batida na porta.
Não, por favor, agora não.
Mais uma batida.
Não, não, NÃO!
"Estou te machucando?"
não.
Mais uma batida na porta...
NÃO!
…
" Rise and Shine baby!"
Dean sorria para mim do outro lado do balcão. Minha franja, completamente bagunçada, caía sobre meu rosto. Meus olhos ardiam e lagrimas rebeldes escorreram pela minha face.
"Jo, tudo bem?"
"Tudo. E por que não estaria?" Fui rude. O sorriso se fechou.
"Desculpe-me, é que você..."
"Não é nada. Mãe, Dean está aqui!"
Dei as costas para ele e corri para meu quarto.
"Ele a vê como uma irmãzinha..." Dizia a voz de Sam, na minha cabeça.
Deixei então as lágrimas correrem livres.
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