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Quando o Amor não acaba

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Capítulo 1

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- Não pode… - deixou cair o teste de gravidez no chão e se agachou, chorando e soluçando.

Há dois meses tinha-se entregado pela primeira vez a um homem. Miroku, o seu primeiro e único grande amor.

Ele dizia que a amava e não havia um dia que não a mimasse com beijos e presentes. Ela tinha 16 e ele era mais velho 4 anos. Eram tão felizes durante os 3 meses que namoravam, que ficou com medo que ele a rejeitasse ao saber da sua gravidez.

Mas pensou melhor. Ele sempre dizia que quando ela atingisse a maioridade, iriam se casar e realizar o seu maior sonho: ser pai.

- Talvez… Talvez ele aceite o nosso filho… - disse entre soluços, esboçando um pequeno sorriso e limpando as lágrimas com as costas das mãos.

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Durante uma semana tentou falar com ele, mas quando chegava a hora H, perdia a coragem e inventava uma desculpa qualquer. Sem esquecer de o beijar quando ele ficava com cara de parvo.

Durante uma semana, Shima não tirou os olhos de Miroku, cada vez que ele dava carona a Sango, para o colégio. Estava no último ano na escola e agora, mais do que nunca, desejava tirar àquela miúda irritante aquele homem de tirar o fôlego à mais reticente moça. Queria ficar só com ele e daria tudo para o conseguir. Era uma questão de tempo.

Durante uma semana, um amigo da escola, Kuranosuke, cresceu os olhos em Sango e não a largava, mesmo que essa atitude não agradasse nem um pouco ao namorado dela. Só não a tirava a ele porque sabia que Miroku era bem capaz de dar umas porradas em quem ousasse desonrar sua namorada. Precisava apenas de um bom plano e uma cúmplice de confiança. Talvez aquela oferecida da Shima prestasse para alguma coisa…

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- Então você ainda não contou para ele… - suspirou Kagome. Era a melhor amiga de Sango desde que se conheceram na creche, com uma diferença de 3 anos, sendo Kagome a mais velha. Habituou-se logo a ter que lhe dar conselhos sobre tudo, já que Sango era muito indecisa.

Eram inseparáveis e nem quando começaram a namorar Miroku e Inuyasha se separaram. Simplesmente juntaram seus namorados ao grupo e saíam todos juntos, visto que eles tinham a mesma idade e se conheciam desde o colégio. Eram também os melhores amigos.

- Não consegui. Cada vez que era para lhe contar, chegava alguém ou então me faltava a coragem… - Sango estava apoiada no balcão da lanchonete e bebericou o seu batido de chocolate.

- Mas não foi por falta de oportunidade, foi?

- Não, não! Eu estive o tempo todo com ele. Kagome, o que eu faço se ele descobre por outra pessoa e me larga, hein?

- Ele não vai fazer isso. - deu uma lambidela no sorvete de morango e nata - Mas vendo bem as coisas… Ainda bem que seu pai está sempre fora do país, viajando. Se ele soubesse, dava um tiro no Miroku.

- Vira essa boca para lá! Mas você tem razão, Káh. Pena que a minha mãe morreu. Se ela soubesse iria me apoiar até ao fim sem nem me julgar. Tenho tantas saudades dela. Vou todas as semanas levar flores na campa dela.

Seguiu-se um momento de silêncio. Cada uma estava virada ara a frente do balcão, apenas ouvindo o tilintar dos copos, as pessoas a falar e os empregados a correr com os pedidos nas bandejas.

- Sango, você… - começou a garota - … não está pensando em… abortar, pois não?

- ACHA MESMO? - todo o mundo olhou e um dos empregados, com o susto, tropeçou e caiu com a bandeja nas mãos. Depois de pedir desculpa e se recompor, baixou o seu tom de voz - Acha mesmo? Eu sou contra o aborto! É uma crueldade total! Fui eu quem fiz essa criança. - disse acariciando a barriga lisa - E sou eu quem vai carregá-la 9 meses, é da minha responsabilidade!

- E do Miroku também, né Sango? Tem que contar para ele, quanto mais cedo melhor! Confie em mim e sobretudo nele. Ele é um cara muito legal, até o Inu aprova! Ele vai-te apoiar em tudo o que for preciso, só tem é que saber da verdade.

- Obrigada amiga! Sem você eu não seria nada! - abraçou-a ternamente. Realmente, sem ela Sango não era nada. Não havia ninguém como ela.

- É verdade… Porque é que o Kuranosuke não te larga? Ele que tome cuidado, você é uma moça comprometida! O Inuyasha falou qualquer coisa do Miroku estar perdendo a paciência e querer partir a cara dele…

- O quê? E ele disse mais alguma coisa?

- Ah, sei lá Sango! Eu não prestei muita atenção, sabe… o Inu estava sem camisa porque tinha acabado de sair da piscina da casa da minha sogrinha e… Ah… a única coisa que eu via eram aqueles braços e aquele peito duro e moreno que ele tem… e o tanquinho? Minha nossa, que perdição de homem! - falou abanado uma mão em volta do rosto. De repente estava mais calor…

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- Então, de acordo? - um jovem de 19 anos perguntou à moça que se encontrava no banco do passageiro do carro.

- De acordo. - ela era um pouco baixa, mas também aparentava 19 anos. Vestia umas roupas demasiado curtas e justas ao corpo, mostrando como era curvilíneo. - Qualquer coisa para ficar com o Miroku só para mim. Espero é que me dê uma outra recompensa.

- Outra recompensa? - ergueu a sobrancelha.

- Que tal, no último dia de aulas, você aparecer em minha casa à noite para eu fazer um programinha? De despedida, sabe? - A rapariga lambeu o lábio superior e piscou o olho, passando a mão no peito dele e sorrindo travessamente.

- Tudo bem. Se é o que você quer… - retribuiu o sorriso e a beijou de forma lasciva. Logo depois ela saiu do carro e ele arrancou para casa.

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No dia seguinte, Sango saiu de sua última aula e começou a caminhar para o portão do colégio. Tinha combinado com Kagome que nessa tarde iria contar para Miroku que esperava um filho dele.

- Sango-chan!

- Ah, oi Kuranosuke! Aconteceu alguma coisa?

- Não, não! Está tudo óptimo. Só queria te acompanhar até ao portão. Já vai para casa?

- Uhum. - acenou com a cabeça - O Miroku deve estar me esperando.

O rapaz olhou para ela de soslaio. Tinha mandado Shima se meter com ele antes de Sango lá aparecer. Shima é uma boa actriz, embora não parecesse…

Quando chegou ao portão, Sango parou e tapou a boca com as mãos. Sentia-se traída, humilhada e profundamente triste com a cena que estava a presenciar. Miroku estava beijando Shima.

E pior ainda, ela tinha um anel de compromisso no dedo.

- Não… como é que… Ele não pode… - Sango tinha as ideias em turbilhão enquanto Kuranosuke tinha um sorriso triunfante no rosto - Canalha… Cafajeste… Cachorro… Safado… Cara de pau… - dizia em voz baixa caminhando para eles.

Quando Miroku a viu, separou-se de Shima e estendeu os braços para ela.

- Sango, não é nada do que você está pensando…

SLAP

- Cala a boca! Me poupa de suas explicações, canalha! Se você não queria mais nada comigo não era preciso me enganar desse jeito, bastava dizer! Como você pode fazer isso comigo? - lágrimas grossas escorriam pelo seu rosto - Te odeio!

- Não é o que parece…

- Pára! Não quero mais te ouvir!

- Ai mulher, que coisa! Sempre batendo no pobrezinho do Miroku… E não é só nele…

SLAP

- Você não foge à regra, vadia! - disse depois de a esbofetear.

- O quê? Olha aqui, vadia é você!

- Cala a boca! Vai embora com o seu queridinho Miroku, vai! Não tô nem aí! - olhou para Miroku e limpou as lágrimas com a manga da camisola - Quanto a você… Morre longe de mim!

Saiu correndo, empurrando todo o mundo que tinha parado para ver a cena. Kuranosuke foi atrás dela e Miroku ficou despedaçado, com lágrimas nos olhos, olhando por onde ela tinha fugido.

- Ela nem quis me ouvir…

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- Sango… Você está bem?

- Kuranosuke, o que é que eu faço? Porque essas coisas só acontecem comigo? - ela estava atrás de um edifício antigo, chorando sentada no chão.

- Calma… Havia sempre essa possibilidade. Os caras mais velhos sempre fazem isso… Eles nem ligam para os sentimentos das companheiras. - sentou-se também e a abraçou.

- Mas eu estou grávida! - desabafou no peito dele - Eu estou grávida…

Essa notícia o fez congelar. Miroku havia engravidado a doce Sango? Como podia ser possível?

- Não tenha medo, Sango. Eu vou te ajudar.

- O quê? Como?

- Case comigo. Venha para a minha casa. Meus pais são médicos e estão na África, nesse momento, eles não precisam saber para já. Eu tenho dinheiro suficiente para cuidar de nós três.

- Nós três?

- Você não quer ter o filho?

- Sim, claro que sim!

- Então, pronto. A gente se casa e depois do bebé nascer, vão pensar que é meu. Eu darei meu nome para ele.

- Não, não é necessário. Você vai estragar sua vida comigo. Tem tanta coisa que pode fazer… - ela disse, saindo de seu abraço e enxugando as lágrimas.

- Não há mais nada que eu queira sem ser cuidar de você. Aceite, por favor…

- Eu… vou pensar. Não tenho a certeza.

- Claro. Tudo a seu tempo.

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Passaram 3 semanas e Miroku tentava falar com Sango a todo o custo, mas ela o ignorava. Levou todas as suas coisas do apartamento dele, mudou de celular, o MSN e, o que mais irritava Miroku, andava sempre na companhia de Kuranosuke.

Quando ele tinha ido lá na escola para a buscar, ele tinha intenções de lhe dar a notícia que teria de viajar para os EUA. Seu avô tinha proposto para ele um cargo bastante bom na empresa multinacional dele, a Sengoku Jidai. Para que ela não se sentisse abandonada, comprara um anel de noivado para lhe oferecer e prometer que voltaria rápido para se casarem e viverem juntos.

Mas aquela rapariga, Shima, apareceu do nada e pediu para experimentar o anel, já que tinha os dedos delgados como os de Sango. A seguir, disse que ele tinha que treinar o beijo que lhe daria assim que Sango colocasse o anel no dedo, e o beijou de repente. É claro que ele não correspondeu, mas não a queria machucar, por isso deixou que ela o beijasse.

Foi então que Sango apareceu e aconteceu aquela confusão toda.

Faltava apenas uma semana para as férias de verão acabarem e ele prometeu a seu avô que só partiria nessa altura. Mas talvez devesse partir agora. Talvez Sango estivesse realmente melhor com Kuranosuke. Talvez Shima viesse com ele e ocupasse o lugar de sua amada. Talvez ele a esquecesse com o tempo. Talvez no futuro aquela perda doesse menos. Talvez… Talvez…

Tanta incerteza…

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- O QUÊ?

- É verdade, Sango! O Inuyasha que me contou!

- Mas… mas… Kagome! Ele não pode me deixar! O que eu faço sem ele?

- Eu disse que era melhor conversar com ele o quanto antes! Mas você é teimosa, fazer o quê?

- Ele já foi?

- Não, a essa hora deve estar esperando o avião. - disse olhando o relógio - Com sorte, você o encontra lá na sala de espera!

- Acha?

- Do que está esperando? Corre mulher de Deus! Corre! - gritou Kagome.

Sango puxou a amiga para o carro da mais velha e se sentou no lugar do passageiro, já que não tinha carta de condução. Ficou olhando para a frente com ar ansioso até que reparou que o carro não andava.

- Então? Me leva lá!

- Não deu tempo de pegar a chave, idiota! Você me arrastou!

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Quando chegaram no aeroporto, Sango correu como uma desalmada para a sala de espera, com Kagome a reboque.

- O voo 312 para New York está quase a partir, obrigada. - soou a voz de uma mulher no intercomunicador.

- É o voo dele! - gritou a moça.

Largou Kagome e correu mais depressa ainda, desta vez para a porta de embarque. Quando estava avistando a porta, viu Miroku correndo para lá e entregando o bilhete. Ele tinha chegado atrasado.

- Miroku! Miroku! Me espera! Eu preciso falar com você!

Um grandalhão fechou a porta e colocou uma fita vermelha na frente. Agora ninguém poderia entrar.

Ela correu para lá, mas ele a impediu com um braço.

- Onde pensa que vai? Tem bilhete?

- Não, não, eu não tenho, mas…

- Então me desculpe, mas não entra mais ninguém.

- Não! O senhor não me entende! O pai do meu filho está nesse avião! Eu preciso falar com ele, por favor! Me deixe entrar!

- Não acha que é muito novinha para ter filhos? Mentirosas também não entram! Não sabe como é comum essa história de filho por aqui.

Sango segurou o matulão de quase dois metros pelo colarinho e aproximou os rostos.

- Mentirosa a puta que pa… - nesse momento, o barulho de um avião foi ouvido e ela se desesperou. - O avião! - largou-o e correu para a parede feita de vidro que dava vista para onde estavam os aviões. - Não! - o avião estava andando e acelerou - Não! - ele recolheu as rodas e levantou - NÃO! MIROKU! - ela viu o avião desaparecer aos poucos no céu e escorregou até ao chão, chorando desconsoladamente - Miroku… O que foi fazer?...

- É aquela! - o segurança apontou e ela logo se viu presa por dois guardas. - Levem-na daqui para fora!

- Me larguem! Me larguem! - ela se debatia.

- Puxa a vida, mas essa é muito brava! - comentou um deles, sorrindo.

- Me soltem, isso não é maneira de se tratar uma mulher!

- MAS QUE DROGA É ESSA? - gritou Kagome, aparecendo atrás deles. - Larguem ela, agora!

- E quem você pensa que é? - perguntou o segurança que Sango havia puxado o colarinho - Se você não se calar eles também te levam presa!

- Eu sou a noiva do filho de InuTaisho!

- Impossível! O senhor Sesshoumaru se casou faz pouco tempo com a menina Rin!

- Eu me referia a Inuyasha, idiota.

- Inuyasha Taisho? - ele tremeu. Esse homem ficou conhecido por ter esmurrado um homem bêbedo num baile por ter apalpado o traseiro de sua noiva.

- Sim, esse mesmo! Acabei de ligar para ele… - disse mostrando o celular na mão - Que deve chegar em 3,… 2,… 1,…

- MAS QUE MERDA É ESSA? EXIJO UMA EXPLICAÇÃO! - uma voz grave e irritada vociferou.

- Senhor Inuyasha! Nós…

- Eu estava todo contente no ginásio tentando esfriar a cabeça, quando minha noiva me liga para me dizer que estava com problemas nesse aeroporto! O que aconteceu? - chegou perto de Kagome e a agarrou pela cintura - Eles te machucaram? - sussurrou em seu ouvido.

- Não, meu amor. Mas a Sango…

- Soltem ela agora! Seus imbecis!

Os guardas a largaram de imediato, fazendo com que ela quase se estabacasse no chão. Kagome correu para ela e a abraçou.

- Você está bem?

-…

- Se calhar é melhor eu a levar para casa dela. - disse para Inuyasha ao vê-la num estado crítico.

- Está bom, eu depois vou ter com você. Vou só tratar de mandar despedir esses idiotas.

- Inuyasha? - perguntou Sango - Porque não… o impediu? Você sabia que ele ia embora.

- Eu não posso mandar no destino dos meus amigos, por muito que eu goste deles. Se ele escolheu ir embora, não podia fazer nada para o parar. Tente perceber.

- Inuyasha… - disse Kagome - Depois a gente fala! - o seu tom reprobatório o fez estremecer.

- O que é que eu disse? - perguntou a si mesmo ao ver sua noiva saindo com Sango, que chorava cada vez mais.

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- Eu não sabia… - caiu no sofá azul, atónito.

- Eu sei que não, Inu. Não se culpe.

- Mas, e agora? Ela está grávida e… e ele se foi! Porque ela não lhe contou? Aposto que ele ia adorar saber que vai ser pai!

- Eu sei, mas ela ficou com raiva dele por causa da história da Shima e coisa e tal… E perdeu a coragem.

- Eu posso arranjar o celular novo dele! E também a morada! Ela assim pode falar com ele!

- Eu não sei se ela vai querer falar com ele. Está muito machucada. Ela se sente abandonada. Além disso, ela está dormindo agora.

- A gente nunca vai abandoná-la, Kagome. Ela está segura com a gente.

- Eu sei que sim, amor.

- E aquele tal de Kuranosuke que você falou… - disse chegando perto dela no sofá e a agarrando pela cintura - Ele não disse que ia dar para ela todo o seu apoio?

- Sim. - suspirou - Dinheiro, casa, comida, um nome para o bebé e 'amor'. - disse fazendo aspas com os dedos.

- 'Amor'? - perguntou repetindo o gesto.

- Sim, cá para mim ele só quer transar com ela. E mesmo que ele chegue a amar ela, duvido que ela retribua. Ela ama muito o Miroku.

- Eu sei. Eles se gostam desde que se viram a primeira vez, quando os apresentámos no seu aniversário.

- Eu também gosto muito de você, sabia? - disse ela, marota. Beijou-o e depois apoiou seu rosto no peito dele, sentindo seu calor. - Inu… Você nunca me vai deixar, pois não?

- Claro que não! O que essa sua cabecinha está pensando, hein? Eu preferia morrer a te deixar. Ainda para mais que você é linda demais para ficar andando por aí sozinha e com aquele traste do Kouga de olho em você. - resmungou.

- Traste não! Ele é muito educado e é um verdadeiro cavalheiro. Ao contrário de você, né? Tem sempre alguma coisa mal-educada para dizer…

- Resumindo… Ele é um boiola. - falou todo emburrado.

- Eu te amo tanto! - riu um pouco e brincou com o lábio inferior do beicinho dele.

- Eu também. - beijou-a com todo o amor que tinha e logo sentiu as mãos dela tocarem seu tronco forte por baixo da camisa branca. - Kagome… - gemeu - Não me provoque…

- Hmmm… Você é uma tentação… - continuou tocando-o até chegar às calças.

Ele lhe arrebatou a mão e a levou embora. Sango já estava dormindo mesmo e ele não iria conseguir se dominar por muito tempo com Kagome se fazendo de danadinha. Tinha que chegar em casa dele o mais rápido possível. Mal podia esperar.

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Quando fecharam a porta do apartamento luxuoso, ele a prensou contra a parede e a beijou com gosto. Ela gemeu contra sua boca ao senti-lo desapertar sua blusa e alisar suas costas, a atraindo para ele.

Ela arrancou sua camisa, desejosa de ver o corpo perfeito que ele tinha e mal passou a mão no tanquinho dele se lembrou que ele tinha estado no ginásio. Provavelmente para manter a forma que ela tanto adorava.

- Inu… - murmurou - Acho que você deveria ter ficado mais umas horas no ginásio. - riu um pouco da cara que ele fez. - Você ainda tem umas gordurinhas aqui dos lados. - provocou.

Era óbvio que estava mentindo. Ele era tudo o que uma mulher desejava. Alto, longos cabelos prateados, olhos dourados, orelhinhas fofas de cachorro no topo da cabeça, ombros largos, peito definido, braços fortes, tanquinho de fazer perder o ar, anca esguia, pernas maciças, já para não falar da sua irresistível pele morena para completar a visão de Deus Grego.

Extremamente sexy, sem dúvida alguma.

- GORDURINHAS? - gritou incrédulo - É tudo músculo, moça endiabrada! Tudo músculo! - atacou-a com beijos e carícias ousadas ao ver que ela estalava em risada. - Safada, eu vou ter que te dar um castigo!

Pegou nela ao colo e a levou para o seu quarto. Depois de a deitar na cama macia, tratou de tirar a sua própria roupa para depois, completamente nu, se deitar em cima dela.

Beijou-a com paixão ao mesmo tempo que tirava a roupa dela bem devagar, somente para a torturar.

- Inu… - reclamou ela ao sentir que ele se levantara.

- Paciência, meu amor. Paciência.

Tirou as calcinhas de renda negra dela e a acariciou no seu ponto mais fraco. Ela jogou a cabeça para trás e gemeu alto o nome dele. Inuyasha, deliciado com o calor de sua fêmea, se deitou de novo sobre ela, a beijando e não parando de a tocar ousadamente.

- Inu… pára de me torturar… ahhh…!

- Só quando você se arrepender de ter dito que eu era gordo… - ele gostava de ver a forma como ela se rendia totalmente em seus braços. Kagome sempre fora muito orgulhosa, mas só ele é que conseguia vê-la suplicar algo, engolindo todo seu orgulho. Só ele.

- Eu… - ofegou quando ele penetrou mais um dedo nela - Eu me arrependo! Ahhh!

- Assim gosto mais…

Retirou os dedos dela e a penetrou devagar, sentindo o calor e a humidade dela. Céus! Como era suave! Ter Kagome era tudo para ele! A amava e desejava tanto que sua necessidade de a ter até doía. Com cuidado, mergulhou bem fundo nela. Kagome arranhou as costas dele ao sentir-se completa.

Com movimentos lentos, ele foi ditando o ritmo, mas estava perdendo o controle. A sua urgência era demasiada para aquele ritmo tão lento.

Kagome abria as pernas cada vez mais para que ele se aprofundasse nela. Ela queria tanto senti-lo dentro de si que não aguentava mais aquela lentidão. Mexeu os quadris mais rapidamente, obrigando o seu amante a fazer o mesmo.

- Ahhh…! Inu… Inuyasha! Ahhhh!... - gemia ao senti-lo cada vez mais rápido.

- Kagome… - falava contra seu pescoço.

Os dois aumentaram mais as investidas até que chegaram ao clímax. Kagome beijou cada gotinha de suor limpo que se havia formado no lábio superior dele. Ele parecia tão cansado. Devagar, ele escorregou para o lado.

- Você… está bem, Inuyasha?

- Ahh… só você para me cansar desse jeito, Káh. Estou esgotado…

- Ainda bem que gostou… - sorriu docemente enquanto desviava a franja molhada da testa dele.

- Seria um tolo se não gostasse. - de repente congelou.

- Inu? O que foi? - ele fez uma expressão surpreendida e levantou as cobertas para olhar seu… - Inu?

- Kagome! Me perdoe, por favor! Eu juro que não queria!

- O quê? Você está me assustando!

- Com a pressa que eu sentia me esqueci! Me perdoe! - ele parecia desesperado.

- Se esqueceu do quê, afinal?

- Da camisinha!

Demorou alguns segundos para assimilar o que ele lhe tinha dito, enquanto isso ele a olhava com receio.

O corpo da rapariga sofreu um ataque de convulsões. As gargalhadas melodiosas pareciam ter aquecido o ambiente. Inuyasha a olhou com cara de parvo.

- Está rindo do quê?

- Ora Inuyasha, de você! Acha mesmo que eu me importo se você usa camisinha ou não? - e continuou rindo até lhe virem lágrimas aos olhos.

- Eu não percebo… Não lhe importa se engravidar?

- Claro que não! - aproximou-se dele e segurou seu rosto entre as mãos - Eu sei muito bem que você tem o desejo de ser pai e eu não vejo porque não concretizá-lo. Sempre adorei crianças e tenho a certeza que vamos ser felizes!

- Você me faz o homem mais feliz, sabia? Te amo! - ele disse emocionado. Havia demorado muito tempo para encontrar uma mulher que o amasse mesmo sendo um hanyou e agora que a tinha encontrado ela lhe dizia uma coisa daquelas. Era o que ele mais queria.

- Eu também…

Adormeceram os dois abraçados, exaustos, nus, mas muito felizes.

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Sango acordou com o sol a bater-lhe no rosto. Quando os abriu, arrependeu-se de o ter feito pois a luz era muito forte. Levantou-se devagar e foi até ao espelho. Seus olhos estavam vermelhos, seu rosto congestionado e seus cabelos longos todos bagunçados.

Voltou-se para a porta da varanda iluminada e lá viu um casal que passava. O homem sorria feliz e acariciava a barriga enorme da parceira, que ria de alguma provável tolice que ele dissera.

Chorou. A cada lágrima que derramava, sentia um pedacinho de sua alma se perder no vazio. Agora que Miroku tinha ido, não tinha mais seu apoio, seu amparo, seu amor, seu abraço caloroso que a havia protegido de tantas coisas. Não tinha nada.

" O que é que eu faço agora?", pensou. " Sem ele não vou conseguir seguir minha vida como se não fosse nada. Minha vida nunca mais vai ser igual. Não sei se estou pronta para criar um filho sem o apoio do verdadeiro pai…". Depois se lembrou de Kuranosuke e da sua oferta. " Talvez ele seja a minha única esperança! Embora eu ainda não me queira casar…". Pegou no celular e discou um número.

- Moshi moshi?

- Kuranosuke? Sou eu, a Sango.

- Sango-chan? Oi! Aconteceu alguma coisa de errado? Sua voz está diferente.

- Depois eu te conto esse assunto. O que eu queria falar com você era que… que… eu…

- Você? - incentivou.

- …

- Sango-chan?

- Eu aceito a sua oferta.

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Continua...

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Essa história foi uma coisa que me deu e eu escrevi ela nas aulas. Depois botei ela para um canto e agora me deu vontade de postá-la. ^^

Vai ter uns 4 ou 5 capítulos. As folhas que já tinha escrito iam até ao terceiro capítulo, mas também não há muito mais para contar a partir dai, por isso vai ser uma história breve.

Espero que gostem e já vou adiantado e digo que vai ter mais hentai. ^^ Adoro Hentai!!!

E se alguém quiser saber as idades, aqui vão:

Sango - 16

Miroku - 20

Kagome - 19

Inuyasha - 20

Kuranosuke - 19

Shima - 19

Acho que estão todos, ou pelo menos os principais. Já deu para ver que a Sango é a pentelha do grupo, né? u.ú

Ja ne, minna!