N/A: Essa fic é uma mistura de duas grandes inspirações. A série, Skins (o que significa que cada capitulo vai ter a 'visão' de um personagem) e um livro de Colleen Curran, chamado Anjos do Sagrado Coração. Indico muito pra quem quiser um livro adolescente pra ler ou uma série adolescente pra ver. Não preciso dizer que essa fic vai ser bem.. Adolescente! Hahah, tinha vontade de fazer algo assim há muito tempo, e esse primeiro capitulo já foi reescrito diversas vezes. Finalmente, acho que cheguei a um formato que me agrada. Espero que gostem!
- Annia
"Somos jovens e estamos em busca de glória."
Sala 213. Capítulo 1 – Ginny Weasley
Estavamos nós três, Dana, Luna e eu, nas masmorras em mais um festa secreta da Sonserina. Nos sentamos em uma mesa afastadas, com três shots de Whiskey de Fogo à nossa frente. Dana olhou para nós duas, com seus olhos azuis tão vivos e suas sobrancelhas castanhas levantadas. Começou a contagem: 1, 2, 3! Nós três viramos os líquidos para dentro de nossas gargantas. Por mais que descessem queimando, aprendemos com o tempo a não nos importar com o mal estar e nem demonstrar nenhum tipo de careta. Luna piscou várias vezes e sorriu, soprando um bafo alcoólico. Dana e eu gargalhamos da cara dela.
Olhamos as três para o lado, vendo Pansy conversar com um cara de cabelos espetados e com a gravata da corvinal desamarrada. Os dois riam com doses de bebida na mão, brindando e virando-as logo depois. Dana me cutucou, séria, erguendo as sobrancelhas ríspidamente quando Malfoy passou do lado da nossa mesa, nos encarando. Sabíamos, Luna e eu, que Dana gostava dele. Mas a gente não falava sobre isso.
Tinhamos 16 anos e achávamos que sabíamos tudo da vida. Dana havia nos ensinado a ver a vida assim, meio desconfiadas.
Do nada apareceu Victoria, estonteantemente sexy, com seus longos cabelos louros e um sorriso maroto nos lábios. Não dava pra acreditar que ela tinha apenas 15 anos. Ela apontou para um sonserino que estava conversando animadamente com dois amigos. Ele era alto e forte, tinha os cabelos muito curtos de um tom castanho claro. Bem o tipinho que a Victoria gostava.
- É ele. – Ela suspirou, cutucando Dana, como se procurasse sua aprovação.
- Está afim dele? – Luna respondeu, fazendo uma careta ao ver o cara.
Cada uma de nós tinha seu estilinho para garotos. Luna gostava dos Esquisitos. Magrelos, nerds, qualquer um fora do padrão. Dana gostava dos Bad Boys, claro. Os sarcásticos e misteriosos, que pareciam oferecer algum perigo. Victória gostava dos fortinhos e atletas. Elizabeth gostava dos românticos com carinha de bebê. Eu, era a frígida da turma que nunca se interessava por ninguém. E Pansy... Gostava de caras populares.
- Claro! – Vic afirmou, os olhos brilhando. Ela com certeza já estava meio bambeada por causa do álcool. – Ele é goleiro da sonserina. Está no sétimo ano. E é um pedaço de mal caminho cheio de músculos!
- Não esqueça da sua missão, Victoria – Dana sorriu sarcástica para ela, esperando uma justificativa.
- Não esqueci, querida! – A loira riu – Só vou me divertir um pouco.
Então ela virou mais uma dose de Whisky de Fogo que estava em cima da mesa, meio que para tomar coragem, e foi atrás do tal jogador de quadribol.
Dana enrolou o dedo em um de meus cachos ruivos quase desfeitos, lançando-me aquele olhar que consumia, o sorriso maroto, as sobrancelhas erguidas.
- Você sabe que é a mais bonita de nós, Gin.
Nós. Quando exatamente aquilo tudo começara? Quando viramos o que éramos?
Vou voltar um pouco a história.
2º de setembro
Aulas começando. Eu acordei naquele dia me sentindo péssima. Olheiras sinistras aterrorizavam meu rosto sardento, os cabelos ruivos marcados. Prendi-os em um rabo de cavalo mal feito e fui tomar café da manhã. Sentei-me ao lado de Harry, Ron e Mione, que me cumprimentaram alegres e sorridentes antes de voltarem com suas conversas particulares, me fazendo ficar invisível mais uma vez. Saí da mesa da Grifinória, resolvendo me sentar ao lado de Luna, já que ainda não tinha colocado o assunto em dia com ela.
Ela me recebeu, alegre e calorosa como sempre. Eu não tinha muito o que falar sobre as férias. Tinha visto todos os meus irmão na Toca, Harry havia estado lá conosco, jogamos quadribol. Coisas de sempre. Luna parecia escutar a toda minha história entediante com toda atenção do mundo, animadíssima. Por isso que eu gostava dela. Luna era uma ótima amiga, apesar de meio maluquinha. Lá estava ela de novo, com seus brincos de rabanetes e seu olhar lunático. As pessoas passavam do lado dela e davam risadinhas abafadas, o que não me agradava nem um pouco. Preferia a minha posição de garota invisível do que a da Luna, um alvo para alunos imbecis debocharem.
Naquele dia, fomos para os jardins no nosso tempo livre. Luna e eu. Lembro-me muito bem de ficar vários momentos observando Dana Lutterback e Pansy Parkinson, as duas conversando animadamente com alguns sextoanistas da Sonserina. Desejei secretamente ter o poder que Dana tinha, de atrair as pessoas. Ela nunca passava despercebida! Pansy Parkinson a seguia como um cachorrinho, fazendo todas as suas vontades! Afastei rápido esses pensamentos. Para mim, aquele era um mundo o qual eu não pertencia, e nunca iria pertencer.
Então, o inesperado aconteceu. Na hora do jantar recebi um pergaminho assinado por Dana Lutterback, e não acreditei. Ela queria que eu a encontrasse, naquele mesmo dia, depois do horário de recolher, na sala 213. A sala não era utilizada para dar aulas, por algum motivo que eu desconhecia na época.
Em um primeiro momento, não quis ir. Sonserinos, não era seguro se meter com eles. O que Dana Lutterback poderia querer comigo? Eu era apenas uma ruiva sem sal, com uma personalidade que eu fazia bastante questão de guardar para mim mesma. Sempre quieta, andando por ai como um fantasma. Mas minha curiosidade falou mais alto. Não podia ignorar aquilo, senti que era uma chance, algo único que eu não podia perder. O bilhete deixava muito claro que o encontro era secreto. Que eu não devia comentar com ninguém. Fiquei morrendo de vontade de contar para Luna, mas me contive e apareci lá, no horário marcado. Respirei fundo antes de entrar na sala.
Ela uma sala consideravelmente pequena, se comparada as gigantes salas de aula de Hogwarts. Dana estava sentada em cima da mesa do professor, com suas típicas sobrancelhas arqueadas e um sorriso de lado. Ao me ver, ela sorriu.
- Ginny Weasley! – Exclamou – Esperava anciosamente que você viesse. – Eu apenas arregalei um pouco os olhos, assustada. Me concentrei. Tinha que me manter confiante. – Ande, sente-se.
Ao chegar perto de onde ela estava, vi algumas garotas sentadas em cadeiras. Entre elas – e meu queixo quase caiu com a constatação – Luna. As outras eu não sabia quem eram. Me sentei ao lado de Luna, e ela logo segurou minha mão. Os olhos dela brilhavam de excitação.
Dana ficou em silêncio por alguns minutos, enquanto tirava um maço de cigarros da bolsa e acendia um, displicentemente. Cigarros não eram muito comuns no mundo mágico, muito menos permitidos em Hogwarts. Mas não pude deixar de pensar em como ela ficava legal soprando aquela fumaça espessa para o ar, como se não se preocupasse com mais nada no mundo.
Ela ia dando trago após trago, calada, enquanto eu e mais três garotas, sentadas a sua frente, ficávamos em silencio. Repentinamente a porta se abriu, fazendo meu coração bater mais rápido, com medo de que houvéssemos sido descobertas ali. No entanto, Pansy Parkinson passou pela porta, segurando um pequeno caldeirão, e se sentou na mesa ao lado de Dana.
- Finalmente, Pansy! – Dana fez uma cara feia, apagando o cigarro na mesa, enquanto a outra apenas ficava calada – Achei que nunca chegaria. Vamos começar logo com isso.
Dana passou os olhos em todas nós, observando atentamente uma por uma.
- Vocês devem estar se perguntando porque as chamei aqui. – Ela riu, sádica. – Bom, o motivo é porque acho vocês peças únicas, de personalidade. Isso me atrai.
Não é possível. Ela devia estar me confundindo com alguém.
- Quero começar um tipo de... – Ela hesitou – Clube. – depois riu, puxando outro cigarro do maço. – Esse é um nome muito infantil, levando em conta o tipo de encontro que eu tenho em mente. Não quero explicar demais. Quem quer ficar, fique, e não vai poder desistir no meio do caminho. Se alguém quiser sair, essa é a hora.
Todas nós continuamos caladas e sentadas em nossas cadeiras. Dana sabia que ninguém desistiria. Ela era assim, segura.
- Bom, vamos nos reunir todas as segundas-feiras nesse mesmo horário e local. Quero conhecer vocês melhor e fazer alguns jogos – Ela deu outra daquela risada de lado, os grandes olhos azuis brilhantes.
Sonserinos e jogos, duas coisas que juntas nunca davam em nada bom. O que diabos eu estava fazendo ali?
Ela deu mais um trago no cigarro e sorriu abertamente antes de soltar a fumaça, se levantando da mesa. Todos os olhos estavam nela. Uma energia que controlava todo o lugar. – Vamos nos conhecer então! Não sejam tímidas! Anda, Victoria levante-se, se apresente, fale um pouco sobre você, qualquer coisa.
Todas nós continuávamos em silencio, mas Victoria era claramente a que estava mais confortável com a situação. Ela se levantou com um sorriso exibido, mexendo seus cabelos louros.
- Meu nome é Victoria Morgan – Ela olhou para as outras garotas sentadas, nos analisando. – Eu estou no 5º ano e sou, obviamente, da Sonserina.
Ela se sentou, provavelmente não lembrando de mais nada muito interessante para falar sobre ela. Logo depois, a garota de longos cabelos negros ao lado dela se levantou, pronta para começar sua apresentação.
- Me chamo Elizabeth Von Balt – Ela disse, seu tom era sério, centrado – Estou no sexto ano, Lufa-lufa. Sou a única filha dos advobruxos Von Balt, vocês já devem ter ouvido falar deles.
Von Balt. Já ouvira meu pai comentar sobre eles. Eram os advobruxos mais caros da Inglaterra, os melhores. Elizabeth devia ser podre de rica.
Luna levantou-se, hesitante. Dana sorriu, achando graça da figura dela. Uma raiva tomou conta de mim, subitamente. Será que ela havia chamado Luna ali para zombar dela? Victoria era a perfeita patricinha sonserina, fútil e metida. Elizabeth era classuda e rica. E Luna era... Estranha.
- Hm... Eu sou Luna Lovegood, - Ela riu abertamente, seus olhos azuis piscando sonhadores – Estou no sexto ano, Corvinal. Meu pai é dono d'O Pasquim, o único jornal que realmente fala a verdade sobre coisas interessantes se querem saber minha opinião. Somos apenas eu e ele.
Pansy, Victoria e Elizabeth lançaram olhares de desprezo para Luna, que pareceu nem perceber. Dana, no entanto, tinha um grande sorriso nos lábios. Parecia fascinada.
Então, eu me levantei, meu estomago embrulhou e eu senti meu coração bater mais rapidamente, mas quis não transparecer, me mantendo confiante. Olhei diretamente nos olhos de Dana, sem desviar um segundo.
- Sou Ginny Weasley – Não queria mesmo falar que me chamava Ginevra na frente daquelas garotas! – Sou Grifinória, estou no sexto ano também. – Dana deu mais um trago em seu cigarro e desviou seu olhar do meu, apagando a bituca na madeira velha da mesa ao seu lado, onde Pansy ainda estava sentada – Sou a caçula de sete irmãos, inclusive Fred e George que tem um loja de logros no Beco Diagonal. – Sorri sadicamente, tentando ignorar as borboletas no meu estomago. – E não tenho um bom histórico de amizade com Sonserinos, completei.
Dana deu uma risadinha em voz alta com o meu comentário. Ela apenas afirmou com a cabeça, enquanto eu me sentada de novo.
- Meu nome é Dana Lutterback. – Falou, segura, em alto e bom som. – Estou no sexto ano, Sonserina. – Então olhou para mim – Eu gosto de jogos, de tentar entender as pessoas. E vocês tem personalidades bastante intrigantes, o que me agrada. Acho que nossos encontros serão muito interessantes. – E, quando Pansy ia abrir a boca para falar um pouco sobre ela, Dana a interrompeu – Ah, e vocês conhecem Pansy, certo? – Todas afirmaram com a cabeça. Dana olhou para ela. – Com a quantidade de boatos que rolam por aí sobre você, podemos pular sua apresentação. – Pansy não pareceu satisfeita, mas acatou às ordens.
Então, começamos a conversar. Apesar do estramento inicial, todas sentimos como se nos conhecêssemos há muito tempo. Elizabeth pediu um cigarro à Dana e ela disse que os conseguia com um trombadinha de família trouxa, que os trazia para vender dentro da escola. Victoria contou sobre como era apaixonada por jogadores de quadribol e Pansy não parava de falar sobre seu casinho de duas semanas com Draco Malfoy. Sempre que ela tocava no assunto Dana à interrompia. As outras garotas pareciam não perceber, mas de primeira eu já vi que ela tinha uma quedinha por ele. Eu não conseguia entender como. Malfoy era um cara sombrio, mesquinho, metido. Mas as três sonserinas ali pareciam se sentir bastante atraídas por ele, apesar de Dana tentar disfarçar. Elizabeth contou sobre um ex-namorado, que partira seu coração, e em como ela queria arranjar um novo amor, um cara romântico que a tratasse como uma princesa.
Eu, ouvi muito, mas não falei sobre muita coisa. As meninas me perguntaram sobre Harry, e eu afirmei que éramos apenas amigos, mesmo que toda vez que eu o via sentia borboletas no estomago. Preferi manter isso um segredo, por enquanto.
Já era tarde quando Pansy colocou o pequeno caldeirão que trouxera no meio da mesa, e nos sentamos todas em volta. Já estávamos tão à vontade umas com as outras, que qualquer joguinho que Dana sugerisse seria levado como gozação.
- Meninas! – Ela chamou, alto, fazendo com que todos os burburinhos cessassem. – Vamos começar a brincadeira! – Nós rimos, sem ideia do que ela planejava. – O assunto principal de hoje foi, com unanimidade, garotos. Nem todas nós estamos satisfeitas com nossa habilidade para conquistar e eu vou colocar isso à prova. – Todas arregalamos os olhos – Relaxem, vou dar umas dicas. Não deve ser tão difícil assim.
Ela apontou para o caldeirão no centro da mesa, tirando dele pequenos pedaços de pergaminho, dobrados, e os colocando de volta logo em seguida.
- Aqui estão os nomes de seis dos caras mais populares e interessantes de Hogwarts. O objetivo é simples. Cada uma de nós vai sortear um nome, e fazer com que esse cara a convide para o baile de inverno! – Olhei em volta. As três sonserinas pareciam bastante confiantes de si, mas eu, Luna e Elizabeth estávamos chocadas com aquilo. – E não vale convidar você mesma, ok? Vou dar um jeito de ter certeza que eles quem convidaram.
Ela enfiou a mão no caldeirão, tirando o primeiro pergaminho.
- Andy Bower. – anunciou, com um sorriso – Alguém pode me dizer quem é?
Eu não fazia a menor ideia. Mas Elizabeth logo se apressou em falar.
- Capitão do time de quadribol da Lufa-Lufa! Ele é o maior galinha de Hogwarts!
- E o maior gato! – Victoria completou, dando risinhos animados.
- Muito bem meninas! – elogiou Dana - Regra número 1: Saber quem é todo mundo! Isso é crucial. Ele não faz muito o meu estilo, mas eu gosto de desafios.
Dana guardou o pergaminho no bolso, enquanto Victoria se apressava em tirar um do caldeirão.
- Ai meu Merlin! – Ela exclamou ao ler a inscrição – Harry Potter!
Meu coração se apertou dentro do peito, enquanto todas as meninas davam gritinhos de excitação. Dana me fitou, curiosa.
Logo em seguida, Pansy anunciou: 'Draco Malfoy!', e sorriu, sem disfarçar seu contentamento. – Vai ser fácil – murmurou.
Elizabeth tirou seu alvo em seguida – Lorenzo Moretti! – Sorriu, suspirando.
Lorenzo Moretti era o cara mais inalcançável de Hogwarts. Ele nunca tinha nem ficado com ninguém da escola. Era um cara super estudioso da Corvinal, mas considerado um dos mais bonitos do colégio. Eu sabia quem ele era porque sempre o via discutindo notas com Hermione, um provocando o outro pelos corredores, e depois ouvia suas lamentações no Salão Comunal quando ele ia melhor que ela em alguma matéria.
Só faltávamos eu e Luna. Olhei para minha amiga, indicando para que ela fosse primeiro. Éramos as mais deslocadas ali. Todas as garotas eram estonteantemente belas, até mesmo Parkinson com sua cara de buldogue era bem bonita, tinha que admitir. Aquela pequena 'missão' seria dura para nós duas.
Luna arregalou os olhos ao ver a inscrição em seu pergaminho.
- Blaise Zabini. – Anunciou. As outras riram, algumas suspiraram.
- Isso vai ser interessante – Dana comentou, lançando um olhar desafiador para Luna, que apenas mordeu o lábio inferior, incerta.
Então, era a minha vez. Eu estava tensa. Enfiei minha mão dentro do pequeno caldeirão, retirando o último pergaminho que restava.
- RONALD WEASLEY? – Fiz uma careta. Algo havia dado terrivelmente errado.
A sala, no entanto, explodiu em gargalhadas. Comentários como 'Eu acho ele lindo, Ginny' foram feitos, me deixando em uma posição bastante desconfortável.
- Erro de percurso! – Dana comentou, ainda rindo – Apesar de que, você seria bastante eficiente se conseguisse seduzir seu próprio irmão, e eu me divertiria assistindo-a, mas isso nunca a deixaria mais popular. Na verdade, teria o efeito reverso. Acho que você devia trocar com Pansy.
Meu estomago embrulhou, mas eu não estava em posição de reclamar. Qualquer coisa era melhor que seduzir Rony e contrariar aquelas meninas definitivamente não estava em meus planos.
No entanto, Pansy logo protestou
- Por quê comigo? – Perguntou, em voz manhosa. Pansy era a única ali com quem eu realmente não tinha simpatizado. Nossas discordâncias anteriores não me deixavam, eu acho. Ela também não parecia apreciar o fato de que eu estava naquela sala com elas. Nem eu, nem Luna. Pensei que nunca conseguiria me aproximar dela, nem queria.
- Ora Pansy, você mesma disse que seria muito fácil e que os dois já tiveram um caso. – Contestou Dana – Achei que você estava na brincadeira por causa do desafio! Ron Weasley é um desafio, para você Draco seria apenas um passatempo.
Era óbvio que Dana havia dado tal sugestão tentando afastar Pansy de seu alvo. Estranhamente, ninguém pareceu notar, nem a própria Pansy, apenas puxando o pergaminho da minha mão e me entregando um com a inscrição de 'Draco Malfoy' nele. Era impressionante como ela obedecia Dana, apesar de ela ser um ano mais nova.
Voltei para meu dormitório sorrateiramente, pensando em como aquele evento mudaria o percuso do meu ano escolar. E em como eu faria Draco Malfoy me convidar para o baile de inverno, coisa que não me agradava nem um pouco, mas eu não ousei discutir. Era o que eu queria, certo? Queria ser notada, e não perderia essa chance de mostrar para Dana e as outras que eu era capaz.
