Título: First and last love
Autora: yuuchan / sweetmonny (Depende de onde você está lendo esse texto)
Beta: Bella Potter Malfoy
Categoria: the GazettE
Casal: Aoi x Uruha
Gênero: Yaoi/romance/drama/angst
Classificação: livre
Status: One-shot
Sinopse: Para mim, ele foi meu primeiro e último amor.
Direitos Autorais: Eles não me pertencem, ok? São da PSCompany e deles mesmos.
Observação: As partes em itálico são pensamentos/lembranças do Uruha.
First and last love
Uruha's POV
Eu sempre dei tudo de mim, sempre te amei e fiz coisas que jamais imaginariam que uma pessoa faria pela outra. E tudo que eu fiz, foi por você, para você e mais ninguém.
Lembrei-me de quando a gente se conheceu... Essa era a memória que eu nunca iria esquecer, até o dia que você conseguiu tudo de mim, inclusive meu coração, e quebrou tudo, pouco a pouco, com as mãos, sem sentimento nenhum.
- Kouyou, você é um egoísta que ganha o coração das pessoas e, depois de brincar, joga fora, como se o brinquedo o tivesse cansado ou quebrado! – Esbravejou o mais velho dos dois.
- Eu nunca fiz isso com você, Shiroyama. Você me larga, por qualquer pessoa. Claro, não devo citar as bebidas e o cigarro, não é mesmo? – Diz o loiro, ironicamente, sorrindo.
- Nossa, mas a única pessoa que faz isso seria você. Por que não vai encher a cara, em vez de me atormentar? – Gritou o moreno. – Você me cansa, Takashima, me cansa. Estou farto de você e essas suas brigas infantis. – Tornou o moreno, mais calmo, fazendo pouco caso.
- Se eu te canso tanto, por que não termina, então? Seria mais fácil, Yuu. – O mais alto deles sorriu forçadamente, abaixando a cabeça e segurando a camisa na altura do peito direito, e chorou silenciosamente.
- Posso me arrepender depois, e você pode não voltar pra mim. Aí seria eu quem sofreria... – Respondeu o moreno simplesmente.
O loiro nada disse, apenas soltou um gemido sofrido, passando as mãos pelos olhos, tentando impedir as lágrimas, mas sem sucesso. Levantou-se, cambaleando, escancarou as portas do guarda-roupa de Shiroyama, juntou todas as suas roupas em uma mala, o mais rápido possível, e virou-se para o mais velho.
- Espero que, com essa separação, você sofra mais do que eu, para aprender um pouco sobre amor e sobre a dor... – O loiro disse, com o coração apertado, falhando algumas batidas.
- Kouyou... Você, quer me largar, é isso? – O moreno fitou os olhos cor-de-mel do mais novo.
- Não, Yuu, faço questão de enterrar nosso relacionamento, porque ele já estava morto, e não queria que apodrecesse e fedesse mais do que deve. E eu não te larguei, já estávamos assim há tanto tempo... Só morávamos juntos e partilhávamos a cama. – Sorriu Kouyou, dolorosamente, seus olhos demonstrando o quão machucado seu coração estava e o quão doloroso era aquilo.
- Pois bem. Se é isso o que deseja, não me resta mais nada além de fazer sua vontade. – O moreno andou até a porta de saída e a abriu. – Não beba e nem fume mais do que deve.
Takashima nunca esperou tal reação do moreno que um dia amou mais que sua própria vida.
Só restou sair pela porta, encarando as orbes frias, geladas e sem amor do moreno, e ali eu percebi que esse rompimento seria definitivamente sem volta.
Aquelas brigas já estavam acontecendo há tanto tempo, que era como se eu corresse loucamente para salvar alguém já sem vida. E aquela não-vida, era nosso relacionamento.
Parei no batente da porta, fumando um cigarro. Precisava tirar aquela dor de mim, e nada como destruir os pulmões junto com o coração já destruído. Fui até a janela, observando o dia, aquela névoa cobrindo os prédios maiores, e a chuva que caía'. Um tempo fechado, parecido com o meu interior. Era assim que eu estava por dentro: destruído e sem felicidade.
Soltei minha respiração quente contra a janela, que ficou embaçada. Passei a mão contra o vidro gelado, a temperatura tão baixa contrastando com a da minha pele, e olhei para as pessoas lá embaixo, percebendo um moreno alto, embaixo de um guarda-chuva com outra pessoa, que não consegui definir quem seria.
Essa pessoa estava entrando no mesmo condomínio que eu morava, e o moreno maior dos dois se recusou a entrar, olhou diretamente para minha janela, através de seu guarda-chuva transparente. Então oreconheci, com seu maravilhoso piercing preso no canto direito do lábio inferior.
Desencostei-me da janela rapidamente e sentei no sofá, percebendo então que quem mais sofria era eu, porque eu o amava demais para esquecê-lo assim, como ele fez.
Para mim foi mais que um relacionamento qualquer e uma simples transa.
Para mim, ele foi meu primeiro e último amor.
Fim.
