Uma figura descia à fria e escura caverna dos desesperados, cujos gritos de dor e angustia, colocaria o mais sã dos mortais em estado de loucura total. Mas isso não parecia afetar a figura que descia a fria caverna, pois todos os condenados nela, foram postos por ele mesmo. Esta figura era nada mais, nada menos que Odin, o Deus dos deuses nórdicos e o Aesir mais nobre de Asgard. Ele descia aquelas escadarias escuras a cada século, para lamentar por um filho perdido que foi preso por ter traído os Aesir, a raça divina, e se unido aos Jotuns, os gigantes nórdicos, mantendo esse filho preso condenado ao sofrimento eterno.
Chegando numa câmara escura, Odin pensou em luz e ela se materializou na sua frente revelando uma criatura pálida, de cabelos compridos e negros, magra, em estado deplorável, amarrada com correntes por todos os cantos das paredes. A criatura era Loki conhecido agora como o deus da traição e Aesir rejeitado.
Loki:
Ah papai! Como é bom vê-lo novamente! Quando foi a
última visita mesmo? Ah sim! HÁ DOIS MALDITOS SÉCULOS!
Odin:
Aplaque a sua fúria Loki, você esta falando com seu pai
e não com um dos seus súditos. — Disse o Aesir
calmamente.
Loki:
Por que veio papai? Pelo prazer de me ver definhar? O velho sádico
não gosta mais das guerras e quer ver seu filho sofrer pela
eternidade?
Odin:
Sabe que está nesse estado por sua culpa. Mas esta não
é uma visita casual Loki, estou aqui para saber de sua
vingança.
Loki congelou a face, esteve planejando a vingança hávia muito tempo, mas ninguém sabia, nem mesmo seus filhos e súditos.
Loki:
Não sei do que me fala. - Disse o antigo Aesir disfarçando.
Odin:
Não minta para seu pai Loki, sou o rei dos deuses! Sei que
trama contra os Aesir, e vim para lhe avisar que não dará
certo.
Odin retirou de seu manto uma das maçãs de Iduna, que proporcionava a juventude eterna dos deuses mortais, deixando ao alcance do deus prisioneiro.
Loki:
Então andou sondando a valkíria Sybil novamente papai?
-Disse ironicamente enquanto devorava a maçã.
Odin:
É o meu dever como rei dos deuses possuir todo conhecimento.
Desista Loki, esta é uma batalha que você não
pode vencer.
Odin se virou e rumou a escadaria, mas não antes de ouvir de Loki:
Cinco
ciclo lunares! Em cinco ciclo lunares chegará o destino final
dos deuses! Ao fim desse prazo eu desencadearei o RAGNARÖK
e todos os reinos serão meus!
Odin tremeu ao ouvir isso do próprio filho e pela primeira vez sentiu medo ao ouvir as risadas insanas de Loki ecoarem pelas cavernas dos desesperados.
--
Muito distante dali, mais precisamente em outro plano de existência, amanhecia na cidadezinha de Alto Taquari - MT. Ali também acordavam quatro jovens que tinham tido o mesmo sonho estranho com uma garota de cabelos cor de ouro e olhos de cores opostas.
--
Douglas acordou com o incessante latido de seu vira-lata Buba, que teimava em latir para qualquer fosse à pessoa ou animal que entrasse em seu território. Como sempre fazia, levantou devagar praguejando o cão e quem quer que fosse que o visitante daquela maldita manhã de sábado. O indesejado visitante era seu melhor amigo Vitor, o que era bem raro.
Vitor:
Bom dia Neuza!
Neuza:
Bom dia fí! Quer falar com o Douginha?
Vitor:
Se não for incomodar.
Neuza:
DOUUUUUUGLAS! ACORDA! O VITOR QUER FALAR COM
VOCÊ FÍÍÍÍ!
Douglas:
Já vou mãe!
Douglas foi pra cozinha atrás de uma fatia de pão de forma seu principal sustento desde que tinha um ano de idade e alimento no qual era viciado. Vitor aproveitou a deixa e também tomou o seu café da manhã, o que era igualmente raro.
Douglas:
Acordado há essa hora, que raro!
Vitor:
Nem me fale, meu pai me chutou da cama cedo, pensei que o Arthur
estaria aqui?
Douglas:
Não, você é o primeiro que atrapalha meu sono
hoje. – disse distraído enquanto passava geléia no
pão.
Arthur era o irmão mais novo de Vitor, só que "novo" era mera formalidade. Ele era maior e mais forte que o irmão mais velho, que era de aparência bem mais esguia.
Vitor:
Se bem que ele me disse algo sobre recepcionar alguém hoje na
rodoviária... Ih caraca! Douglas é hoje que ela chega!
Douglas quase se engasgou com o pão.
Douglas:
Ai
meu Deus! É mesmo cara!
--
Na rodoviária, Arthur esperava pacientemente o ônibus das seis da manhã que estava muito atrasado. A rodoviária não era lá essas coisas. Na verdade o único gichê de passagem ficava dentro de um boteco. Lá pelas oito da manhã Vitor e Douglas se uniram à espera. Trouxeram um pedaço de pão da mãe do Douglas enviou, que Arthur comia sem pressa.
Arthur:
Ah cara, esse ônibus que não chega mais!
Vitor:
Que horas ela saiu de lá?
Arthur:
Não sei, mas a viagem não demora mais que um dia e
meio,
talvez o ônibus quebrou na estrada.
Mas uma hora se passou e o frio foi dando lugar ao calor do centro-oeste.
Arthur:
Ah que se dane! Eu vou pra casa!
Douglas:
Ah lá! Tem um ônibus chegando!
Era um ônibus daquele tipo leito, gigantesco, com ar condicionado, televisão e frigobar. Poucos passageiros desceram na cidadezinha, mas nenhum era quem o trio estava realmente esperando até que...
??:
Meninos!
Uma bela garota de cabelo castanho e com olhos muito vivos desceu do ônibus e veio abraçar os três.
Vitor:
Nossa Arthemis como você demorou pra chegar!
Arthemis:
É deu confusão no posto fiscal, mas e então?
Como vocês
estão?
E depois de muito tempo o "Quarteto" estava completo novamente, uma forte amizade que havia começado atravéz de um jogo chamado Ragnarok Online. E agora estavam reunidos para o grande Campeonato Nacional de Ragnarok.
--
Todos se preparavam para o jogo. Máquinas estavam ligadas, teclados limpos e bem iluminados, mouses, fones, poltronas, salgadinhos e refrigerantes. Eles tinham preparado tudo anteriormente e também fecharam a sala onde iam jogar para que nada, nem mesmo o sol, pudesse atrapalhar o jogo. Vitor memorizava num teclado velho as teclas de atalho, Arthur repassava com Arthemis a suas builds, Douglas analisava as melhores combinações de cards para seu avatar. A concentração no recinto era tanta que nem parecia que iam jogar um simples jogo de computador. Vitor achou melhor dizer alguma coisa pra quebrar a tensão.
Vitor:
Bom gente, estamos todos prontos e não temos nada a temer. Os
outros jogadores dos outros estados são bons, mas nos também
não ficamos atrás. O importante aqui é que cada
um dê o melhor de si e que possamos nos divertir entre amigos.
Arthur:
Belas palavras, mas ai de você se der outra daquelas ratas!
Vitor:
E eu lá sabia que não podia vender aquela Rondel +10!
Arhtur:
O problema não foi você ter vendido, o problema foi você
vender por apenas 1.000.000z.
Douglas:
Essa realmente foi newbie!
Vitor:
Então pega aquele seu Atirador e vambora PvP contra o meu
Arruaceiro, seu newba!
A tensão virou discussão a discussão virou briga, então Arthemis chegou esbaforida na sala com um CD dourado na mão, acabando com desavença.
Arthur:
Como assim Pacht especial?
Arthemis:
Eu não sei direito, mas há dois dias chegou esse CD lá
em casa.
Arhtur segurava na mão um CD dourado com escritos em letras azuis dizendo Ragnarok.
Arthemis:
Achei que eram vocês que tinham me mandado, não tinha
remetente, nem endereço. Daí eu vi no site que os
participantes da competição receberiam os pacths
especiais, deve ser isso daí!
Vitor:
Acho bom instalarmos isso logo porque em 10 minutos começa a
competição.
Com os pachts devidamente instalados todos se sentaram em suas respectivas máquinas, e iniciaram o jogo. A tela se abriu normalmente com sua musiqueta original. De repente, um lampejo branco invadiu o monitor...
Douglas:
Ai meu Deus! Bug agora não!
Mas não era um bug. A tela brilhava cada vez mais forte, o quarto escuro foi ficando muito claro, os quatro estavam atordoados e ao mesmo tempo hipinotizados pela luz branca, então uma mulher de cabelos dourados e olhos estranhos puxou os quatro pra dentro da tela, fazendo com que tudo ficasse escuro em seguida.
--
Vitor foi o primeiro a acordar, achava que tudo tinha sido um sonho ruim e que aquele dia era o dia da competição. Como já vinha treinando há vários dias, sonhar com o tema era comum. Foi quando se levantou e percebeu que sua mão segurava alguma coisa parecida com gelatina, só que mais consistente e oleosa.
Nhoc!
Vitor:
Ouch! Filho da m... Eita POXA! (Oo)!
Vitor olhava incrédulo para a coisinha rosa translúcida que pulava na sua frente, era um Poring! Mas não podia ser um Poring! Porings não existem não é mesmo? Deveria ser apenas a continuação do sonho, mas seu dedo ainda doía e isso o trazia a realidade. Ele estava realmente parado diante de um Poring.
Vitor:
G-gente a-acorda!
Os outros levantaram sonolentos praguejando o colega.
Vitor:
Gente tem um poring aqui!
Arthur:
Cara se precisa parar de jogar Ragnarok.
Douglas:
Nada! Isso é efeito das duas garrafas de guaraná
Mineiro que ele tomou ontem.
Arthemis:
Aaaaaaahhhh! Tem uma meleca rosa com olhos, perto do Vitor!
Arthur
e Douglas:
(Oo)Eita P...!
Douglas:
Ai meu Deeeeeus! Que qui tá acontecendo aqui!
Vitor:
Certo! Vamos colocar ordem nessa bagaça! Onde diabos estamos?
??:
Em Rune-Migard, oras!
O Quarteto se virou quase que mecanicamente para ver o autor da voz, ou melhor, a autora. Uma linda mulher loira, com os cabelos presos por uma faixa, numa roupa de aprendiz. O quarteto não havia percebido ainda, mas também estavam trajados da mesma maneira.
Silvia:
Oi meu nome é Silvia. Bem vindos a Ilha dos Aprendizes.
Continua...
--
PersonaCorner Aqui
é onde descreverei um pouco dos personagens, o resto vocês
perceberão ao longo da fic. Vitor -- Vitor
é alto, magro, tem cabelos e olhos castanhos bem escuros, que
mantêm curto por serem rebeldes.Ele é um rapaz bonito,
meio tímido e muito racional e inteligente. Pensa rápido
e tenta cuidar de tudo e de todos, se frustrando a toa quando não
consegue. É amigo de Douglas dês dos 12 anos e irmão
de Arthur. Qualidade:Perseverança
Idade:19
Peso:62kg
Altura:1,80m
Codename:Isaac(Zack)
Sangue:O+
Defeito: Ceticismo
