Oi, pessoas. Esta não é uma história criativa, com um enredo original ou cheia de reviravoltas. É só uma pequena e meio longa história bonitinha, fofa e um pouco açucarada demais. Urgh. Apesar disso, tentei ser realista; e é lógico que o Remus e a Tonks não iam sair se agarrando assim do nada. Então, tenham um pouco de paciência que as coisas acontecem )
Ah sim. Obviamente, todo mundo sabe que os personagens não são meus e o blablablá todo que se segue.
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Prólogo
Levantei a gola do casaco, tentando me proteger do vento. Ele atrapalhava ainda mais o meu cabelo, abria meu casaco, arrancava as folhas e flores das árvores e as jogava contra mim; e me envolvia num turbilhão de cores completamente surreal. Principalmente levando-se em conta meu cabelo grisalho, meu estado de espírito e meu provável futuro, mais cinzentos do que nunca.
Era um presságio. Eu devia saber.
"Fora! Fora! Lobisomem!"
Sorri ironicamente pra mim mesmo. A gola levantada era bem propícia também para abafar os gritos do pequeno povoado que eu estava deixando para trás. Tinha ido até lá atrás de um anúncio de emprego; a fim de aumentar minhas poucas economias. Mas, assim que coloquei os pés no povoado, alguém reconheceu a "fera assassina" da fotografia que havia sido publicada no Profeta Diário quando encontraram Sirius em Hogwarts. Os moradores se revoltaram com a minha "audácia": um lobisomem entre eles, "tentando se passar por gente decente". Fui expulso sob uma chuva de insultos.
Mas não tive muito tempo para me lamentar. Enquanto continuava andando, sem saber o que fazer em seguida, ou sequer praonde ir, meu destino me encontrou numa curva da estrada: um enorme cão negro me esperava debaixo da sombra de uma árvore. Sirius Black, com ainda mais ódio, tristeza e loucura do que o normal em seus olhos cinzentos, me contou que Dumbledore havia resolvido ressuscitar a Ordem da Fênix... e foi como tudo começou.
A primeira vez que a vi, meu pequeno furacão, me surpreendi com o quanto ela era "viva", vibrante... colorida. O quanto era diferente de mim. Talvez seja verdade aquele velho clichê, pois a nossa empatia foi quase imediata. Não; não foi amor à primeira vista; nem houve coraçõezinhos estampados em nossos olhos. O que aconteceu mais tarde foi sendo construído aos poucos, dia após dia, a cada obstáculo superado. E, por isso, muito mais difícil de se quebrar. Naquela noite, quando apertamos as mãos pela primeira vez, parados ali no hall de entrada, a primeira palavra que me veio à cabeça foi "simpática". Com o tempo ela se tornou, claro, "um pouco desastrada". E mais algum tempo depois, absolutamente "adorável"... mas, na primeira vez em que a vi, eu não tinha a menor pista do que estava por vir.
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Não me sentia nada bem naquela noite; não havia conseguido me concentrar na reunião e estava extremamente fraco. Tudo em que eu conseguia pensar era em minha cama; e em muitas horas de sono. Estava me preparando para subir a escada quando ele me chamou:
"Remus! Remus Lupin!"
Moody. Com o olho mágico girando em todas as direções. Senti meu estômago girando também. Mais do que nunca desejei ter uma Capa de Invisibilidade. Ou ter forças para fazer algum feitiço de desaparecimento qualquer. Ou ser capaz de subir uma escada pulando de três em três degraus. Mas ele já havia me alcançado, com Tonks a seu lado.
"Preciso falar com você, sem demora! Nymp..."
"Toooonks..." ela gritou, interrompendo o velho e revirando os olhos para cima. Virando-se para mim, ela sorriu e disse "E aí?". E seus olhos se arregalaram quando eu fiquei tão tonto que tive que me apoiar na parede para não cair no chão.
