Sinopse:
Edward recebe uma proposta tentadora de seu pai, após chegar a casa tem uma conversa de séria com sua esposa e decidi arriscar toda uma vida deixando seu filho Mason de apenas dois anos e sua esposa para salvar vidas na África, mas então, para surpresa de todos o bom filho a casa torna e disposto a recuperar todo tempo perdido. Todos estão mutilados pelas escolhas mal feitas no passado, mas o futuro lhes reversa grandes surpresas. Seria Isabella capaz então de abandonar seu novo matrimônio pra viver uma história interrompida?
Prólogo.
Três anos atrás.
A noite estava terrivelmente feia, não era possível ver nenhuma estrela, tão pouco a lua no céu, ele estava negro como nos filmes de terror. Uma tempestade ameaçava cair, não demoraria muito pelos raios e trovões que atravessavam o céu.
Primeiro o raio, seguido pelo barulho estrondoso do trovão, era essa imagem que eu tinha da janela do segundo andar no quarto de Mason.
Eu tinha certeza duas coisas:
1º Edward estava atrasado para o jantar.
2º Edward estava encrencado por isso.
O engraçado era a forma que meu garotinho se comportava diante de uma tempestade, eu morria de medo só de imaginar o céu desabando em chuva, imaginava tragédias dramáticas, como um furacão, ou então árvores caindo sobre minha casa. E isso sempre foi comum em Forks, mas agora estávamos em Seattle, Edward e eu em Seattle, e eu achei que as coisas seriam perfeitas para nós aqui, mas quando a primeira tempestade caiu quando cheguei à cidade quis correr para Forks e me esconder em baixo da cama. Agora Mason... Ele ama chuva, dorme tranquilamente quando chove e quando está acordado fica observando da janela as gotas furiosas caindo do lado de fora e nem se incomoda com o barulho dos trovões, ele é tão pequeno e tão corajoso, como seu pai.
— Ei... – sobressaltei dando um pulo ao ouvir a voz, estava tão entretida encarando Mason dormir que mal percebi quando Edward adentrara o quarto, ele estava completamente molhado. Seus cabelos caídos nos olhos pingando sem parar.
— Você vai acabar com o assoalho! – exclamei baixinho tentando soar o mais furiosa possível, ele revirou os olhos rindo e se virou para sair do quarto, eu o segui. Edward correu pelo corredor até adentrar nosso quarto e rumar para o banheiro, possivelmente estaria desfazendo-se das roupas molhadas. Saiu do cômodo enrolado num roupão felpudo cor de verde musgo. — Porque demorou tanto pra chegar? Estava preocupada. – declarei baixo.
— Desculpa amor, aconteceu um monte de coisas hoje. Estou tão cansado, tão... E ainda precisamos conversar uma coisa importante, mas antes me dê um beijo e me conte sobre seu dia?! – com ele me sorrindo daquela forma era impossível negar alguma coisa, se tinha uma coisa que eu sabia sobre meu casamento era que nunca negaria nada a Edward, ele era o homem mais incrível que eu já havia conhecido na vida, e tudo aconteceu tão... Devagar, que parecia ser certo. Fora a gravidez indesejada, que quando descoberta tornou-se totalmente desejada, eu diria que tudo aconteceu no seu tempo certo. Talvez nosso casamento adiantado, que nós dois preferimos assim, mas ainda assim, fora no seu tempo certo.
Vi-me caminhando até ele e passando minhas mãos em seu rosto antes de puxá-lo para mim e selar seus lábios, frios, mas tão expressivos e vivos, tão dele, tão meus.
— Foi igual. Fui trabalhar cedo como sempre, cheguei por volta do almoço, dispensei Kate, dei banho em Mason, almoçamos e vimos tevê, depois sua mãe veio nos visitar, ela estava preocupada com Alice e seu novo namorado, disse que o cara tinha um jeito bem esquisito. Você o conhece? Depois ela saiu com Mason, o trouxe lá pelas seis, foi só o tempo de dar um banho e pô-lo pra jantar, ele dormiu logo depois, pelo visto só acordará amanhã. Kate está fazendo um bom trabalho em cansá-lo. – rimos juntos, Edward balançou o cabelo espirrando água em mim. — Pare. – ri me protegendo.
— Nem sabia que Alice estava com namorado novo. Ser um interno em medicina só me dar tempo pra ouvir sobre seu dia, nem ao menos participo dele... Eu queria tanto ser mais presente pra vocês. – Edward estava se torturando de novo, sempre choramingava por ter escolhido seguir medicina, não conseguia aceitar que Alice, sua irmã mais nova preferiu ser estilista e Emmett, seu irmão mais velho preferiu jogar futebol e ele fora praticamente obrigado a seguir os passos de seu pai e se tornar um cirurgião. Falando em Carlisle, quando ele soube que Edward me engravidou ficou uma fera, se opôs a nosso casamento, Edward o enfrentou, mas ainda me lembro de quando ele disse "Eu adoro você Bella, como uma filha, mas não vejo Edward conseguindo seguir os caminhos certos ao seu lado".
— Você é perfeitamente presente em nossas vidas, sabe como te amamos. – o garanti, ele riu revirando os olhos, charmoso como sempre. O abracei. — O que você tem pra me dizer? Parece tão sério...
— Hoje meu pai foi ver meu trabalho no hospital... Ele... Ai amor, ele me ofereceu um emprego, um emprego que me faria pular o internato e todos os anos de residência. Um emprego que pode me fazer um médico de verdade agora mesmo. – os olhos de Edward brilharam ao dizer "um médico de verdade agora mesmo" eu estava tão orgulhosa dele, Edward nunca desistira, mesmo com seu pai dizendo que ele não conseguiria ser alguém de verdade, que ele nunca conseguira dar conforto a mim e ao nosso filho e que dependeríamos deles pra sempre, fiquei orgulhosa quando Edward formou-se e arrumou seu emprego por conta própria, longe do hospital do pai.
— Amor! Nossa! Isso é bom, não é? Deus... Parabéns meu amor! – ele não parecia feliz, mas eu precisava demonstrar que não me importaria se ele se retratasse com Carlisle e fosse trabalhar no hospital do pai, não me importaria se todos nos fossemos uma família unida.
— Não Bella, na verdade não é bom. – ele me soltou com os olhos perdidos. — Esse emprego é na África amor, um grupo do hospital do meu pai sairá em missões, seu amigo Aro comandará esses médicos, eu teria minha própria equipe, mas Bella... – meu rosto empalideceu, tinha certeza que já não havia nenhum sangue correndo por ele, senti-me tonta. Como? Na África? Não entendia nada. Edward não havia negado ao seu pai isso? Como assim? Mason... Ele só tem dois anos! Não!
— Ed...
— Eu sei Bella, eu juro que sei, ele é pequeno e eu o amo tanto... E amo tanto você. Só me ajude a fazer a escolha certa, por favor. – ele ainda estava em dúvida? Como ele podia?
— Não quero que você me culpe amanhã por não ser um "médico de verdade" hoje. – cuspi as palavras, ele me encarou sem expressão. — Mas não vou ligar nem um pouco se você me culpar, porque você não vai, liga pro seu pai e diz que você recusa, porque você não pode, porque você tem família! Ok! Liga agora e diz isso! – já podia perceber que gritava, e a feição de Edward era puro choque.
— Isso é um assunto a ser discutido Bella, a ser pensado, a ser planejado, vamos colocar na balança os benefícios...
— Não! Você enlouqueceu? O que eu vou dizer ao seu filho quando ele perceber que não vai te ver mais? Que você não vai voltar, nem tão cedo... Isso não é um assunto a ser discutido, Edward, nunca! – vociferei interrompendo-o, seu choque só aumentou.
— Você só está olhando o lado ruim de tudo isso. E o lado bom? – me perguntou com um olhar cético. E tinha um lado bom? Edward estava perdendo sua sanidade. — Eu vou voltar de lá com um bom emprego, um ótimo emprego, conhecido, vou ter dinheiro para a faculdade de Mason e nunca mais ficaremos sem dinheiro no final do mês. Você entende? Vou mandar tudo pra você e pro Mason, ele crescerá no conforto, irá a boas escolas, fará natação, futebol, francês, espanhol, português, italiano, argh! Bella, ele conhecerá o mundo! Você não entende? Isso tudo é por nós, principalmente por ele!
— E ele também não verá você, ficará triste, não terá sua família na festa da família da escola, tão pouco na reunião de pais, nos feriados como ação de graças onde agradecemos por termos família! Ele não terá você para leva-lo a natação, ao futebol, ao clube de xadrez, as aulas de francês! Ele não terá um pai! – gritei da mesma forma que ele, os olhos de Edward procuraram o chão, minhas lágrimas desciam uma após a outra enquanto tentava secá-las sem jeito. — Nós temos uma casa... E um ao outro. Não passamos fome, temos nosso trabalho e até conseguimos pagar uma babá, vivemos bem... Não estrague tudo, por favor... – estava pronta pra implorar quando ele me cortou.
— Não sobra muito no fim do mês, ainda estamos pagando a casa, ainda estamos pagando o carro, ainda estamos pagando os moveis, temos que prover alimento ao Mason, fraldas, roupas e pagar a babá. Sobra tão pouco Bella. – sentou-se na cama e passou as mãos pelo cabelo, ele também chorava. — Já está decidido. Será pouco tempo. Muito pouco.
— Pouco? Quanto? – tentei sufocar um grito, não queria acordar meu filho.
— Alguns anos, talvez quatro. – chorei ainda mais. Quatro anos? Ele estava louco mesmo.
— Você já decidiu mesmo, não é? – ele não me respondeu, seu silêncio me sufocava. — Tudo bem... Eu espero que você tenha feito a escolha certa, não me terá quando voltar. – foi tudo que consegui pronunciar antes de sair do quarto sufocando o pranto que estava prestes a vir. Tudo estava acabado e eu queria morrer.
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Então, já sentiram o clima né, Bella magoada, Edward louco pra salvar a família, todo mundo desesperado, dramático asjsas muito. rs Tô me arriscando sem saber se alguém vai ler, então, pelo amor de Deus, só continuarei postando se tiver alguém disposto a entrar nessa loucura comigo, rs, espero respostas, porquê cara, a esperança é última que morre. Se curtirem, falem! Beijinhos, boa leitura. Kate.
REVIEWS?
