Os personagens presentes na obra escrita por JKRowling não me pertencem, porém todos os outros são de minha autoria, assim como o roteiro da estória.
Olá pessoal! Agora eu voltei de vez, co força total e objetivo de fazer dessa a minha melhor fic ever! Vocês que vão me dizer o que acham...
Queria primeiramente pedir perdão pela última fiction que eu larguei nos primeiros capítulos, e avisar que esta não será largada, estou muito animada com minhas idéias, espero que vocês gostem!
INÍCIO
Era estranho adentrar aquele local, a casa, os móveis e até mesmo o cheiro que lhe eram tão familiares, nenhuma luz conseguiam acender em sua memória. Tudo o que via lhe trazia a sensação de que logo se enxeria de lembranças, que não tardaria a compreender quem eram os donos daqueles ansiosos olhos que a observavam cautelosamente, enquanto se movia com cuidado por entre sofás velhos e tapetes gastos. Se lhe fosse dada opção, certamente escolheria lembrar, se lembrar de tudo que acontecera, por pior que pudessem, e assim desconfiava, serem suas recordações, seriam sempre e em qualquer circunstância melhores que o nada que carregava consigo, desde de um dia do qual também não podia recordar.
A cada passo que dava, mais decepcionada se sentia, se desapontava com sua incapacidade de entender aquela situação, odiava-se por não sentir qualquer simpatia por aqueles que a olhavam de modo tão terno, oferecendo-lhe ajuda, oferecendo-lhe carinho, e buscando por algo que naquele momento ela não poderia dar. E assim, perdida, permaneceu a olhar para a parede, e objetos que se moviam à sua frente.
Do que se lembra, minha querida? –perguntou a mulher de cabelos tão vermelhos quanto os seus.
Não me lembro... Simplesmente... –respondeu vagamente, em uma voz quase inaudível e desafinada. Há muito não falava, e há muito perdera a vontade de falar.
Na semana anterior descobrira qual o seu nome, sabia para que servia uma varinha, porém como usa-la permanecia um grande mistério. Aqueles que cuidavam dela clamavam que poderia se lembrar, logo se lembraria, e que a amnésia era um efeito do forte estresse pelo qual passara, todavia Ginny não se sentia estressada, ao contrário, sentia-se responsável por algo grandioso demais para ser tornado publico, sentia-se como a detentora do maior segredo do seu mundo, e talvez o fosse.
Ginny... sei que não se lembra, mas... sou seu irmão... –um garoto de grandes olhos azuis disse, entortando sua boca de modo engraçado. –Hum, deve ser ruim se sentir assim, mas... se um dia se lembrar de algo que eu tenha feito e que tenha te magoado de certo modo... ignore... é só uma falsa memória! –terminou a frase rapidamente, levando um grande soco no braço de um outro jovem ao seu lado.
Ron! Não posso acreditar no que está falando! –uma moça de cabelos castanhos repreendeu-o ferozmente, fazendo com que se calasse. –Ginny, meu nome é Hermione... – bonita mulher falou – É estranho me apresentar a você novamente, mas sei que logo tudo vai voltar a ser como era antes... –disse em tom esperançoso.
Olá Hermione... Desejo que tudo volte a ser como antes, contudo creio que será algo quase impossível... –respondeu sussurrando, sentindo algo latejar em seu peito. –O que realmente aconteceu? Por que estou assim? –finalmente foi corajosa o bastante para perguntar.
Um alto homem, o qual descobrira ser seu pai, aproximou-se lentamente, abaixou-se a seu lado e tomou fôlego; certamente tinha medo do que iria falar, Ginny via esse medo em seus olhos esverdeados, ele pensava em como dizer o que devia dizer, ou no que dizer para esconder a verdade. –Houve um conflito... –ele fez uma pausa. –Um conflito sério, e de certo modo violento, muitos se foram de corpo e alma, outros deixaram aqui seus corpos, mas acabaram por perder suas almas... é cruel a guerra, talvez o fora mais cruel do que podia suportar, é uma reação humana, de bruxos e muggles, todos nós tentamos nos livrar de memórias ruins...
Eu quero fatos. Fatos, o que aconteceu? Na verdade... –cansou-se de explicações vagas e resolveu se fazer clara.
Não sabemos muito, só que a encontramos desmaiada, há 1 ano, e que assim permanecera até a semana passada, quando acordou.
A resposta lhe parecia sincera, o era com certeza, todavia não fora completa, aquele homem, Arthur, não lhe dissera toda a verdade sobre que aquilo que lhe atingiu, faltava uma parte, e era esse trecho que tanto temiam aqueles à sua volta. Acreditando melhor não pressiona-los, fingiu-se satisfeita com o que ouvira e andando em direção a uma janela pensou em quem fora antes de tudo para ser considerada tão fraca, Ginny estava certa de que fraqueza não fora a razão para seu esquecimento, principalmente porque agora se sentia mais forte do que nunca.
Não é o mais belo dos dias... –uma voz grave lhe falou, e ao se virar viu belos olhos de esmeralda lhe observarem. Um jovem de pele branca, com uma estranha cicatriz em sua testa, aproximara-se dela pela primeira vez, e ao contrário dos outros não parecia se importar com sua falta de memória. –O céu cinzento é algo que vai ver freqüentemente de sua janela, não é o mais, mas certamente o mais intrigante... veja, é como se o Sol se sentisse envergonhado, e decidisse esconder toda sua luz e calor por detrás das nuvens... –falou sorridente. –Há dias porém que o céu nasce tão claro, tão azul, que podemos até mesmo ver a Lua compartilhando espaço com o Sol... são dias raros, contudo valiosos... assim como tudo que não é comum...
Ginny sorriu e permaneceu observando o céu, que assim como lhe falara o garoto de cicatriz, parecia esconder mistérios, guarda-los para aqueles dispostos a desvenda-los, assim como era seu passado, intrigante.
