DISCLAIMER:'Death Note' pertence à Tsugumi Öba e Takeshi Obata, assim como 'Another Note' pertence à Nisio Isin. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo; foi escrita apenas por mera diversão de minha parte. Os únicos personagens que daqui me pertencem são Madison Lynn/Quinn Bailey e Matt, que são meus OCs. Matt (Mail Jeevas) pertence ao Öba-san e não tem nada a ver com meu personagem original. Os quotes que nesta estória forem mencionados levarão os créditos de seus respectivos donos. Obrigada.

Memento Mori: Onthe Edge

Forgotten Side Note: Another tale of the L.A. BB Murder Cases.

E, então, como está? Meu nome é Matt e eu venho... Não, espera. Você já sabe disso...

Hei, cara!

Eu não sei como escrever essa droga...

Os Casos de Assassinatos B.B. em Los Angeles foram algo de conhecimento público, mas, como você deve saber depois das notas que Mello lhe deixou, nada era o que parecia. A guerra travada por uma única pessoa conhecida apenas como uma mera letra, o lendário criminoso esquecido da Wammy's House, B, não teve um legendário e misterioso fim como ele tão esperava. No final, L conseguiu o que queria: ele capturou BB com a ajuda da agente do F.B.I., Naomi Misora. Porém, Near, o que Mello não lhe contou foi sobre o período em que Beyond Birthday escapou da prisão. Ele achou melhor deixar isso de fora, pois em nada iria lhe beneficiar saber dos fatos inúteis que ocorreram. Mas, a meu ver, isso te ajudará a entendê-lo melhor. Entender o que se passava na cabeça do pseudo maior criminoso do mundo. Também sei que, se achou as notas de Mello, e logo após as minhas, é porque ambos já passamos dessa para uma melhor. Acho que é isso, então. Te vejo no inferno.

- Matt a.k.a. Mail Jeevas.

(afinal, que mal vai me fazer te contar meu nome? Já estou morto, mesmo. Ao menos alguém irá saber que nome colocar em meu túmulo, hm? Não que isso importe, de qualquer maneira...).

ON THE EDGE

"Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como único objetivo, obtém, ao fim e ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa."

~ Mahatma Gandhi.

Amor Obsessivo:"... É uma forma de amor onde uma pessoa está emocionalmente obcecada por outra. É estimado que mais de 90% do mesmo seja motivado por projeção, pois quem ama obsessivamente não está apaixonado por uma pessoa real ou qualquer qualidade da mesma, mas por uma ilusão; pelo o que o alvo representa para ele. Tal coisa pode levar a perigosas conseqüências. Em extremo, pode ser causa de perseguição, estupro, assassinato, dentre outras coisas." - Wikipédia.

Prologue: An introduction – lack of doubt.

(Prólogo: Uma introdução – ausência de dúvida)

183º DIA. 24 DE FEVEREIRO DE 2003. 12h36min05seg AM.

A paz que reinava sobre a cidade de Los Angeles naquela noite parecia incomodar não só aos guardas de plantão, mas também a uma jovem garota que espreitava pelas esquinas escuras que eram as da penitenciária. Ela, que ruía as unhas sem cessar, esperava a volta de seu cúmplice que jazia dentro do local. Nada nunca parecera tão quieto, a seu ver.

Dentro do local, um jovem vestindo o uniforme de guarda andava calmo e despreocupadamente pelos antes bem iluminados corredores. Ao infiltrar-se em uma das alas obscuras, a adrenalina finalmente tomou conta de seu corpo. O antes calmo agora se tornava nervoso. Não via muito bem o que estava a sua frente, mas isso não o impedia de continuar. A passos lentos e silenciosos, tentava manter sua respiração calma e sem ofegar. Seus dedos ajudavam-no a guiar-se pelo tão escuro corredor. Movendo seus dedos pelo cinto, procurou por sua lanterna e, ao achá-la, ligou a mesma rapidamente, aproximando-se cada vez mais de seu alvo. Atrás do garoto, podia-se ouvir a respiração pesada de seu segundo cúmplice. O homem, realmente um segurança do local e mais velho que o primeiro, tremia a cada não tão silencioso passo. "Não faria nada disso se não fosse pelo dinheiro", convenceu-se ele. O primeiro mencionado, chegando perto da última cela do corredor, estendeu sua mão vazia para o de trás, pedindo-lhe as chaves. As tremulas mãos prontamente deixaram as metálicas chaves deslizarem pelos magros dedos do mais novo, enquanto o último trocava a lanterna e as chaves de mãos. Agora, com as chaves na mão direita e a lanterna na esquerda, abriu a cela em que habitava seu alvo.

"Me dê sua arma." O mais novo pediu, colocando as chaves na mão esquerda e estendo-lhe a direita. O mais velho, sem entender, fez o que lhe fora pedido. "Agora, entre na cela e tire suas roupas."

"Por quê?" Tudo bem tirar-lhe a arma, mas tirar suas roupas era algo que o homem julgava ser demais. O outro suspirou, sem paciência, antes de respondê-lo.

"Não podemos tirá-lo daqui com essas roupas de presidiário. As pessoas irão suspeitar. Depois você poderá fingir que o prisioneiro o amarrou e trocou suas roupas." O mais novo disse, inquieto e aflito pela demora. Seguindo tal lógica de raciocínio, o guarda começou a despir-se. Um calafrio arrebatou-lhe a espinha ao ouvir uma gargalhada baixa, porém diabólica, vindo do canto mais escuro da cela; o tão quieto e até então desaparecido ocupante do local finalmente aparecendo das sombras, com um sorriso perturbador em seus lábios.

"Pare de rir e tire logo suas roupas!" Reclamou o já impaciente jovem. O prisioneiro, despindo-se calmamente, olhava com cautela e paranóia para fora de sua cela, esperando algo inesperado acontecer. O garoto, sentindo-se incomodado pelo tecido barato de suas roupas de guarda, grunhiu em nojo ao ver as queimaduras nas costas do presidiário. O assassino, não se incomodando ou já acostumado com aquilo, começou a vestir as horríveis roupas de guarda, enquanto o antigo dono das mesmas vestia as suas.

Em dois minutos, todos já estavam prontos para deixar a cela. O prisioneiro, que permanecia encostado na parede ao fundo, pigarreou, chamando a atenção dos outros dois que já saiam do local.

"Não está esquecendo-se de nada?" Ele perguntou ao mais novo, fazendo menção com seus olhos para o homem.

"Ah, sim, claro." Respondeu-lhe, virando-se para o outro homem que permanecia confuso ao seu lado. "Será que poderia entrar novamente por um minuto?" Pediu ele. O homem seguiu piamente suas instruções. "Agora, deite-se na cama." Assim dito, assim feito. O garoto aproximou-se da parte de baixo do beliche em que o homem encontrava-se deitado e, com uma rápida ação de suas mãos, pegou sua arma que jazia no seu bolso de trás. E, antes mesmo que o homem pudesse reagir, atirou em sua cabeça com agilidade, silenciando-o de uma vez por todas. O tiro não poderia ser ouvido pelos outros detentos, já que usara uma arma silenciosa. O prisioneiro riu em deleite. O mais novo, removendo suas madeixas loiras de seus olhos para poder enxergar melhor, fez um baixo som gutural e entregou-lhe a arma que antes pertencera ao falecido. Procurou então dentro de sua mochila, que permanecera até então em suas costas, por dois recipientes contendo álcool e gasolina. Compartilhando um com seu novo cúmplice, os dois espalharam os líquidos rapidamente pelo local e, ao final, alcançando uma caixa de fósforos dentro de seu bolso, acendeu um de muitos e começou um incêndio no canto mais afastado da cela. Saiu rapidamente do local e, após trancar a porta da cela com suas chaves, fez menção com o dedo indicador e médio para que o detento o seguisse.

Foram a passos silenciosos pelos corredores escuros da Ala B, onde ainda era possível ver o brilho das chamas se alastrarem ao fim do corredor. Alguns prisioneiros já começavam a acordar e pedir por ajuda. Os gritos de urgência emitidos pelos detentos próximos eram aterrorizantes; a morte havia chegado até eles, enfim. Ao chegarem finalmente a outra ala, correram o mais rápido que podiam para a saída. Alcançando a porta, aproveitaram a chance de os guardas estarem correndo rápido e descuidadamente para a Ala B e escaparam. Saíram então pela porta dos fundos, onde se recostaram na parede e deslizaram para o chão, tentando encher seus pulmões de ar. "Por alguns dias... pensarão que ele está... morto...", sussurrou o garoto para si mesmo, arfando. "Kyah... Kyah... Kyahahaha", o outro apenas fazia uma tentativa desgraçada de risada sair de sua garganta, enquanto ainda lutava por ar.

Ao longe, era possível enxergar uma figura encapuzada correndo em suas direções, enquanto tentava chamar atenção com seus braços. Ao aproximar-se de ambos, a garota disse em um tom urgente:

"Ryuuzaki! Matt! Ainda bem... Devemos... partir agora, se não quiser- ser pego..." tentava falhamente falar com uma voz firme, enquanto puxava o detento pela manga de sua blusa.

"Oh? Não preciso que me apresse, eu conheço os riscos." Disse-lhe ele, Ryuuzaki, levantando-se e rapidamente caminhando ao seu lado.

"Quinn! Hei, ao menos espere por mim!" levantou-se o jovem loiro, Matt, correndo em direção a sua cúmplice, agora conhecida pelo nome Quinn. Ao longe, era possível ouvir as sirenes dos caminhões do corpo de bombeiros. Na fria e agora barulhenta noite, os três entram no carro de Matt e fogem rapidamente em direção ao apartamento de Quinn.

Mal lembraram que haviam se esquecido de apagar as fitas do sistema de segurança. Rápidas ações requerem rápidos pensamentos. Agora seus problemas estariam apenas começando.