N/A: Pessoal, uma fic curtinha, com capítulos curtos, e alegra pra animar depois do final pesado de NA. ^^
Espero que gostem e deixem reviews.
Sinopse: Quando James já não sabe mais o que fazer para conquistar Lily, começa a aceitar sugestões estranhas de uma garota estranha que só o levam a enrascadas.
Adivinhando o próximo passo.
Capítulo Um
- NÃO! – gritou a ruiva, antes de se virar, jogando seus cabelos ao vento, e ir embora na direção contrária.
Bufando, James se sentou no gramado, recostado à grossa árvore dos jardins do castelo. Sirius, ao seu lado, gargalhava.
- Cara, não sei porquê você insiste nessa garota!! – disse Sirius, balançando a cabeça negativamente, ainda rindo.
- Tá, já acabou a graça, então vê se não enche!
- Ih, ficou boladinho... – zuou Sirius, antes de se levantar e ir embora.
James fechou a mão em punho e socou o grama com força. Dentes cerrados, olhar fixo para a água parada do lago. Bufou mais uma vez. O que mais tinha que fazer praquela garota lhe dar uma chance? Será que estava ficando maluco? Será que deveria desistir?
- Você tem razão em correr atrás dela. – disse uma voz suave a sua esquerda.
Confuso, ele olhou para o lado e só então percebeu aquela estranha garota sentada recostada a mesma árvore que ele. Ela tinha uma expressão confiante de quem se acha superior aos pobres mortais que a rodeiam.
- Você tem razão. – repetiu ela, em seu tom de voz etéreo – Ela está no seu destino.
James piscou o olho duas vezes, como que para ver se ela estava mesmo ali e falando com ele. Ajeitou os óculos sobre o nariz e analisou a garota. Ela usava uma longa saia larga e amassada, óculos redondos enormes, os cabelos castanhos volumosos desarrumados e um laço de fita amarelo na cabeça, como um lenço mal feito no lugar de um arco.
- Do que você está falando? – perguntou James, agora limpando os óculos em sua blusa, pois devia ter alguma coisa errada com eles.
- Da jovem Evans. – respondeu a garota.
James recolocou os óculos e nada havia mudado. Arregalou os olhos. Depois arqueou apenas uma sobrancelha. "Jovem"? Aquela maluca não percebia que elas tinham a mesma idade? Por que ela falava como se fosse uma sacerdotisa anciã?
- E por que você acha que Lily Evans está no meu destino? – perguntou ele, sem saber se ria da piada que ela contou ou se ria dela por estar falando sério.
- Porque eu vi. – respondeu a garota, com os olhos arregalados e um sorriso de superioridade de quem sabe mais do que os outros.
- Viu como? – agora James riu, ela estava falando sério!
- Na sua mão! – disse ela, como se fosse algo completamente normal e ele fosse um idiota por não saber a resposta.
Então ele começou a gargalhar.
- Quiromancia não é uma piada. – disse ela, sentindo-se ofendida – É a divina arte da adivinhação através das linhas da mão. É tão antiga quando a bruxaria.
James parou de rir e ficou a olhá-la, boquiaberto. Ela realmente acreditava no que dizia.
- E como você já teve a chance de analisar a minha mão? – testou ele.
- Você é um apanhador!! Já exibiu sua mão várias vezes! E vive acenando pra qualquer um no corredor! Eu tenho boa memória fotográfica. – disse orgulhosa de si mesma.
Ele cruzou os braços, estreitou os olhos e inclinou a cabeça, pensando se deveria levá-la a sério.
- Mostre. – disse ele, oferecendo a mão esquerda.
- Por acaso você é canhoto? – perguntou ela, impaciente ante o ceticismo dele.
- Não.
- Então essa mão não vai me mostrar nada além do que já sabemos, suas características. A mão que você mais usa é que mostra seu futuro.
James arqueou a sobrancelha. Pelo menos ela parecia entender do que estava falando. Ofereceu então a mão direita. Ela segurou a mão dele, fechou os olhos, respirou fundo e os reabriu.
- Está vendo esta linha aqui em cima? – perguntou ela, apontando para um lugar na mão dele.
- Sim, o que tem?
- É sua linha do coração. E esta aqui – ela apontou para outro lugar mais em baixo – é sua linha do destino. E essa outra aqui é a linha da vida. Todas dizem a mesma coisa, que você já encontrou a mulher da sua vida, mas que só vão ficar juntos no futuro, depois de muito trabalho.
James, com sua sobrancelha desconfiada arqueada, olhou pra ela.
- Essas linhas não são retas e firmes!! – ela gritou, furiosa, assustando-o – Elas são tortuosas e retalhadas, remendadas, isso significa um árduo trabalho na sua vida romântica! – então ela recompôs sua expressão serena e o tom de voz etéreo – Por outro lado, suas outras linhas são sim firmes e contínuas, o que mostra que seu único problema é sua vida amorosa.
Disso ele não podia discordar. Talvez ela estivesse certa, afinal.
- Mas não se preocupe. – disse ela, etérea e sorridente – Eu posso ajudá-lo.
- Pode? – perguntou James, cético.
- Claro que sim, vou te ajudar a descobrir como você vai conquistá-la.
James, sem palavras, ficou a encará-la.
- Trelawney. – disse a garota de repente – Meu nome é Sibila Trelawney.
