"Orgulho – (s.m.) Excesso de admiração que o indivíduo tem em relação a si próprio, baseado em suas próprias características, qualidades e/ou acções; arrogância ou soberba; Elevado conceito que alguém tem de si próprio; amor-próprio exposto de modo exagerado; altivez, soberba; Acção que demonstra desprezo em relação ao próximo."

Ele não considerava estas definições totalmente correctas, preferia definir o seu orgulho como algo que o impedia de fugir de si próprio, que lhe permitia ser sempre fiel aos seus princípios e ideias, que ainda que fossem poucos, eram algo essencial para manter a sua auto-estima e a reconhecer-se. Ele, bem, ele era Grimmjow Jaggerjack a pessoa mais orgulhosa que poderia existir à face da terra, no entanto, actualmente esta sensual pantera azul estava com uns " menosgrandes" problemas em reconhecer-se.

Podemos dizer que esse problema se devia a um pequeno corte no seu orgulho, na necessidade que sentia em quebrar um dos seus ideais, o de nunca se rebaixar perante alguém, o de revelar os seus sentimentos mais profundos.

Ulquiorra Cifer era esse no nome do problema de Grimmjow. O morcego de olhos verdes eram frio calculista e parecia não se importar com nada, rigorosamente nada, tudo à sua volta era como se fosse lixo, lixo inútil. Mas, isso não impedia a " GRANDE" pantera azul de o desafiar constantemente e de lutar vigorosamente para tentar derrotar aquele a quem denominava o seu " RIVAL".

Ultimamente tudo parecia diferente, novos sentimentos afloravam no peito de Grimmjow, tão novos que nem os podia definir, a única coisa que poderia dizer era que tudo isso se devia ao seu rival. A necessidade de o desafiar era maior, a vontade de vencer parecia que já não importava, digamos que a única coisa que queria era estar perto do seu rival. Desejava que o título da sua relação muda-se de " Rivais" para " Eternos Rivais". Enfim, o que Grimmjow queria mesmo era que Ulquiorra deixasse de ser "propriedade pública" e passasse a sua propriedade eternamente privada.

Mas em que raio estava ele a pensar? Passar o resto da sua vida com aquele morcego? Que idiotice, não conseguia parar de se insultar por pensar naquilo, imaginem só se o dissesse em voz alta, ou na presença de alguém? Não se pode fazer nada, o que está pensado, está pensado. O certo é que não era a primeira vez que aquela ideia já lhe tinha passado várias vezes pelo pensamento e não era má de todo, no entanto assim que retomava ao seu lado mais racionar começava a odiar-se por sentir aquilo que sente.

Mas afinal que sentimento seria aquele? Nunca o tinha sentido por ninguém, era uma completa novidade, o seu coração palpitava cada vez que o via, morria cada vez que o morcego se ia.

Sim, aquilo era … era … era… A… Am… Amo… Amor?

Não, era ódio, mas não um ódio qualquer, era um ódio dirigido e sem uma razão aparente, o ódio que nunca seria correspondido pela indiferença de Ulquiorra, enfim, o ódio unilateral.

Seria Grimmjow capaz de admitir que amava, perdão, odiava Ulquiorra? Seria ele capaz de se rebaixar ao ponto de admitir que nutria sentimentos profundos pelo seu rival?

A resposta é lógica, e é NÃO, um grande não, apesar de tudo o que sente, ele continua a ser GRIMMJOW JAGGERJACK, e nunca se humilharia a esse ponto, muito menos perante o seu "RIVAL". Por isso não, pelo menos por agora.