Aviso: A maioria dos personagens e ambientes em que a história se passa são da J. K. Rolling. Harry Potter e seu mundo mágico não me pertecem. Apenas o enredo é propriedade minha.
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Prólogo
Ginny era uma garota naturalmente curiosa. Ela gostava de explorar e de descobrir coisas novas e por esse motivo o sótão de sua casa era um dos seus lugares preferidos para brincar.
Enquanto seus irmãos jogavam quadribol - o que ela poderia estar fazendo se os idiotas permitissem a sua participação - ela estava ali, entrando escondida na parte mais misteriosa de sua casa. Se ignorasse a poeira, o mofo e o cheiro horrível de lugar abandonado, o local seria uma visão e tanto. Caixas cheias de livros e artefatos mágicos dispersos, uma penteadeira empoeirada no canto da parede e alguns velhos malões eram os que mais se destacavam naquele espaço. Mas lá também havia pequenos brinquedos jogados no chão, uma mesa contendo o que parecia ser varias poções velhas e um livro incrivelmente limpo no canto da parede.
A visão se completava com o vampiro que estava encolhido em seu cantinho, olhando de forma desconfiada para a garota. Não era permitido ficar entrando no sótão, lá era muito fácil se machucar e sua mamãe não chegaria tão rápido a ponto de ajudar se algo acontecesse, mas Ginny era uma corajosa menininha de oito anos, uma pequena grifinória, e não tinha temor a nada.
Olhou em volta e foi em direção a uma das caixas. Dela tirou uma linda pulseira cheia de pedrinhas que estava bem lá no fundo, dentro dela tinha gravado o nome Cedrella Black Weasley, este último parecia ter sido colocado depois da pulseira já ter alguns anos, e mostrava que aquela era realmente a pulseira de sua avó, mãe de seu pai, a qual ela nunca conhecera.
Olhou mais a fundo e achou um livro em que estava escrito Magia Antiga, por Henry P. Deixou ele junto a pulseira e continuou a procurar coisas pra brincar. Encontrou um jogo de cartas muito bonito e também uma tiara espalhafatosa púrpura. Olhando para seus novos tesouros, resolveu que já era hora de ir para seu quarto e esperar o jantar lendo seu novo livro.
Juntou as coisas e se levantou, mas quando foi se dirigindo para o alçapão que ia dar para o quarto de seu irmão, uma coisa a fez parar. Era um lindo espelho dourado com pedras vermelhas incrustadas , tão magnífico que quase brilhava no meio da escuridão e da poeira do local. Como que hipnotizada, Ginny andou até o espelho e viu em vez de si uma bela mulher ruiva, de pele branquinha e de olhos mel, como os seus. A mulher sorriu ao mesmo tempo em que Ginny sorriu, deixando a garota curiosa pra saber quem era no reflexo.
Em cima do espelho estava escrito, em o que ela achava ser runas, um nome em negro que destacava-se sobre a moldura dourada e que foi se transformando lentamente em seu nome numa bela caligrafia. Seguindo um estranho instinto, se aproximou do espelho e viu que ele diminuiu de tamanho, até ficar pequeno como o livro que ela levava. Rapidamente saiu do sótão e foi para o seu quarto, mas logo sua mãe a chamou para terminar as lições de tricô, coisa que a ruivinha odiava, e ela teve que deixar seu pequeno mistério para depois.
Durante o resto da tarde não pensou muito no espelho, ocupada discutindo com seu irmão Ron e brincando com Fred e George. À noite, estava cansada demais para pensar em olhar para o misterioso espelho. Dormiu e teve sonhos maravilhosos. Neles, ela se encontrava com um garoto de cabelos negros e olhos verdes em uma clareira cheia de flores. Brincaram durante o que pareceram horas. Ela sentia que o conhecera durante toda sua vida. Foi o melhor sonho dentre todos que já havia tido. E, mesmo inconscientemente, sabia que era um sinal. Tudo mudaria a partir dessa noite.
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N.A : Hello. Faz uns três anos que eu escrevi isso e só hoje tive coragem de postar. Acho que independente da repercussão continuarei postando, mas seria legal ler alguns comentários (mesmo aqueles criticando). Enfim, espero que gostem de ler tanto quanto eu estou gostando de (re)escrever.
Com amor,
Duda.
