***CONEXÕES ILÍCITAS***
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Título: Conexões Ilícitas
Autora: Sophie Queen
Beta: Tod
Shipper: Bella & Edward
Personagens: Humanos
Gênero: Drama / Suspense
Classificação: M – maiores de idade
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Sinopse: Poder foi o que uniu a astuta jornalista política Isabella Swan e o inescrupuloso senador Edward Cullen. Em seus jogos particulares, vale de tudo: corromper valores, manipular pessoas, destruir por ambição. Até onde irão para aplacar sua sede de poder?
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"A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa.
Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes."
- Winston Churchill -
PRÓLOGO
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Era terrivelmente inquietante saber que ela, depois de tudo o que fez, depois de tanto tempo sem pisar ali, veio até onde ele estava durante os últimos anos. O homem que antes foi temido por tantas pessoas, que fez tantas coisas ilegais e imorais que não se pode enumerar, foi enganado pela única pessoa com que ele fora realmente verdadeiro, puramente sincero.
A única pessoa neste mundo que teve dele algo que nenhuma outra pessoa antes teve; nem mesmo seus pais, sua ex-esposa ou seus filhos, haviam conseguido o que aquela impressionante mulher conseguiu, e mesmo depois de quase seis anos longe, ela ainda detinha este algo dele e era simplesmente impossível recuperá-lo por mais que ele tentasse. E como ele tentou.
O homem alto de cabelos de um tom singular de bronze, profundos olhos verdes, corpo com músculos esguios e bem torneados, de rosto bastante anguloso, maxilar firme, queixo quadrado, nariz ligeiramente cumprido e reto, de lábios voluptuosos, caminhava despreocupadamente pelos corredores do local que nos últimos anos faziam parte de sua fortaleza; ele não vestia os ternos de alfaiates de renome internacional ou gravatas de seda italiana de outrora, ele trajava uma calça de linho caqui, uma camisa de botões preta e um sapato esportivo em seus pés. Era estranho ele se vestir de tal maneira, pois nem mesmo nos dias em que ficava longe de suas obrigações, que passava com seus filhos, ele usava um figurino como tal, porém ele teve que admitir que se vestir informalmente, mas ainda elegante era até certo ponto confortável.
Entretanto, ele não compreendia porque ela, depois de ter feito toda aquela balbúrdia e conseguido unanimemente uma vitória avassaladora, se deu o trabalho de ir visitá-lo, ela não precisava de sua aprovação, sua congratulação ou o seu desejo de boa sorte e sucesso. Ela nunca precisou disto, porque hoje depois de ter conseguido o que sempre almejou veio até ele?
No começo era compreensível os motivos das suas não visitas, por mais que fora ela quem o traiu, o enganou, fazendo com que todos que depositaram sua confiança naquele homem o desacreditassem, todavia, ninguém tinha conhecimento que fora ela quem o levara para aquele fim, que ela usurpara da intimidade que partilhavam para arrastá-lo para sua própria ruína, afinal, perante a sociedade eles ainda eram o impressionante e apaixonado casal que lutaria um pelo o outro até a sua morte, como ela afirmava continuamente em todas as suas entrevistas.
Não obstante, depois dela finalmente ter conquistado o que desejou avidamente durante todo o tempo em que esteve ao seu lado, usurpando-se de seu amor por ela, para conseguir o sucesso, o poder, o lugar que lhe fora destinado, ela resolveu agir como mandava o figurino da situação conjugal, depois de quase seis anos sem pisar naquele lugar ela veio lhe ver.
Ele tinha plena consciência que ela não veio até ele pedir o que seu advogado insistia para que ele pedisse: o divórcio. Ele, como um bom político, sabia muito bem que o que seu sobrenome significava perante o Congresso Nacional, ela não abriria mão disso, nunca. Ela tinha outro motivo para esta visita, e ele estava curioso para saber o que era.
Ansioso para saber o que lhe trouxe ali, buscou em seus bolsos o maço de cigarros, situações de estresse como esta o faziam fumar mais do que normalmente fazia, pois por mais que houvesse sentimentos conflitantes sobre ela, encarar aqueles profundos olhos castanhos era a mais óbvia situação de estresse a seu ver. O trago que deu na comercializável droga, sem demora, fez seus pulmões se encherem com a fumaça. Instantaneamente a nicotina começou a correr em seu sangue como se fosse um alucinógeno. Era exatamente disso que ele precisava: torpor.
Cada passo que dava, seu corpo sentia a presença dela, mesmo que ainda estivesse a uma certa distância. A corrente elétrica que parecia os conectar continuava a mesma, da mesmíssima maneira que fora desde a primeira vez que seus olhos se encontram no miserável dia que ela entrou em sua vida ou como ela foi multiplicada quando se uniram carnalmente o enfeitiçando com seus dotes e poderes de sedução. Foi indecifrável a emoção que tomou seu ser quando seus olhos bateram no corpo minúsculo da espetacular mulher.
Ela continuava bela como ele se recordava: sua pele clara, macia, sedosa, ainda reluzia ao ser iluminada por qualquer fonte de luz. Seus cabelos castanhos refletiam alguns reflexos avermelhados tão comuns quando estavam expostos a luz natural. Suas curvas eram cobertas por um vestido justo azul marinho. A sua cor preferida nela. Suas pernas torneadas eram escondidas por meias de sedas negras e em seus pés sapatos de salto alto eram sedutoramente exibidos. Ela sabia que ele adorava quando ela usava saltos, como este. Estiletes.
O homem sorriu torto com a sua pretensão. Depois de tanto tempo vir encontrar-se com ele usando justamente a cor e o item feminino que mais o seduzia quando ela usava, se ele não a conhecesse tão bem, ou melhor, parcialmente bem, ele poderia deduzir que essa visita era mais que amigável, seria um encontro sexual dos dois, algo que há muito não faziam, mas ela era quem ela era: fria como uma pedra de gelo por uma razão, e nunca se submeteria a algo tão miserável como o amor, como tão duramente ele constatou depois de toda a desgraça que causou, ela queria algum favor ou informação que somente ele podia lhe dar.
- O que devo a honra dessa imensa surpresa? – perguntou o homem com sua voz profunda e masculina, aproximando-se dela e atraindo sua atenção. Seu rosto em formato de coração e emoldurados por seus longos cabelos castanhos, virou-se para encarar o rosto tão bem decorado do homem.
Seus olhos castanhos profundos esquadrinharam todo o corpo do homem, constatando que em nada os últimos anos haviam lhe alterado, que o mesmíssimo corpo que inúmeras vezes se perdeu continuava da mesma maneira que tão bem recordava. O homem não pode deixar de notar que seus olhos que antes tinham um brilho impressionante, como chocolate derretido, agora se encontravam opaco e sem nenhum brilho, era como chocolate endurecido, frio, amargo.
- Você não veio até aqui para que eu lhe desse os parabéns pessoalmente, não é verdade, senadora? – provocou o homem, sentando-se em uma cadeira a sua frente, ainda com seu cigarro em mãos, o levando aos lábios e tragando com freqüência.
Ela fechou seus olhos e tentou controlar a sua respiração. 'Ela estava nervosa', concluiu o homem enquanto dava mais um longo trago em seu cigarro. Ele a observou buscar algo em sua bolsa, e da mesma forma que ele, ela foi atrás de sua cartela de cigarros tirando um e levando aos seus lábios voluptuosos e luxuriantes que tanto ele havia beijado, que tanto se fecharam em torno de seu membro. Ela acendeu a porção de tabaco o tragando com fervor.
- Você deveria controlar o nível de nicotina. – comentou despreocupadamente o homem, dando um trago longo em seu próprio cigarro.
- Você também. – respondeu a mulher com sua voz rouca e doce. Ele sorriu torto.
- Eu estou condenado, não preciso me preocupar com isso. Ao contrário de você, senadora. – provocou mais uma vez o homem.
- Edward. – exasperou-se a morena.
- O que, Isabella? – devolveu o homem com sarcasmo. – Não vai se utilizar do título que lutou tanto para conseguir? – ponderou friamente, com uma clara nota de escárnio fechando seus olhos em fendas a desafiando.
- Isabella? Por que você está me chamando assim? – pediu ela urgentemente. O homem de fantásticos cabelos acobreados riu em zombaria, dando mais uma tragada em seu cigarro.
- Este é o seu nome, senadora. Isabella Cullen. – respondeu calmamente.
- Eu sou sua esposa! – exclamou nervosamente a mulher. – Por que não me trata mais como me tratava antes, me chamando carinhosamente como você fazia? – pediu com urgência.
O homem riu outra vez em menosprezo. Ela não havia mudado absolutamente nada, fazendo o mesmo teatro de sempre. Se fosse atriz ela seria muito convincente, apesar de que, ela sendo uma mulher da política, saber interpretar era algo extremamente útil, nada mais era do famoso: fingir com decência.
- Você não precisa fingir ser a esposa dedicada aqui, Bella. – comentou o homem dando ênfase em seu apelido, que ele escolheu carinhosamente anos atrás, dando uma última tragada em seu cigarro e jogando o filtro no cinzeiro ao lado de onde estava sentado.
Um silêncio incomodo caiu sobre os cônjuges. Após longos cinco minutos, onde foram mais que suficientes para a mulher terminar seu cigarro, finalmente o homem quebrou o silêncio, curioso pela vinda de sua esposa aquele lugar tão remoto, que ela fez questão de esquecer pelos últimos dois mil dias. Pelos últimos cinco anos e seis meses.
- O que devo sua visita? – perguntou, tirando um novo cigarro do maço que estava em seu bolso. – Você não se preocupou em me ver durante estes cinco anos e meio, nem mesmo durante sua campanha. O que fez você mudar de ideia e vir até aqui? – novamente a mulher fechou seus olhos castanhos, para que o homem não os visse marejados, mas ele estava desconfiado do seu teatro, ele não conseguia acreditar em nada que ela dizia, ou que fazia, nem mesmo suas emoções ou ações o deixavam solidário aquela mulher, para ele, ela era muito dissimulada.
- Edward, eu estou... oh... me perdoe por tudo. – pediu, terminando por fim encarando o homem que agora dava sua primeira tragada no novo cigarro. Imediatamente suas sobrancelhas arquearam em um misto de surpresa e descrença.
- Te perdoar? – inquiriu o homem perplexo. – Por que devo fazer isso? Você somente agiu da maneira que o sobrenome que você carrega pede. – replicou com um sorriso presunçoso em seu rosto.
- Você não pode deixar de ser arrogante apenas por um segundo? – rebateu a mulher, ligeiramente nervosa. Ele ampliou o seu sorriso.
- Quem pede que eu deixe de ser arrogante? – inquiriu, fechando seus olhos em fendas. – A Isabella senadora? A Isabella jornalista? A Isabella manipuladora? Ou a Isabella esposa do senador Cullen? – enumerou o homem.
- A sua Bella. – respondeu com um fio de voz e seus incríveis olhos castanhos tomados por lágrimas.
- Hum... interessante. – disse o homem com descaso e desprezo, dando mais uma longa tragada em seu cigarro. – Não me recordo desta. – concluiu pensativo.
A morena a sua frente suspirou pesadamente, procurando novamente em sua bolsa a cartela de cigarros e tirando mais um. Desta vez suas mãos trêmulas não conseguiam fazer com que o isqueiro emitisse sua chama alaranjada, e ela se debatia com o pequeno objeto prata. Mesmo que fosse contra sua vontade o homem estendeu seu próprio isqueiro para que acendesse o fumo de sua amada, porque ele ainda era perdidamente apaixonado por aquela mulher, por mais que ela tivesse acabado com sua vida.
- Edward, por favor, me ouça. – pediu, mais uma vez a mulher.
- Ok, Isabella, irei te ouvir, mas antes que eu te ouça, você vai me ouvir primeiro.
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N/A: Hey amores!
Espero que tenham gostado! E antes que alguém me acuse de plágio, como fizeram em outra fanfic minha, a ideia disso aqui é toda minha, a tive durante uma epifania em novembro de 2010 e desde então comecei a traçá-la. Infelizmente TWILIGHTnão me pertence, só me utilizo dos personagens da tia Stephenie Meyer.
Sejam bem vindos ao universo de CONEXÕES ILÍCITAS!
Não esqueçam de comentar!
Beijos,
Carol.
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Update 07/2018 – fiz umas pequenas alterações nas datas. Importante para dar a credibilidade que quero lá nos capítulos finais – vulgo após o 24.
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GOSTOU OU NÃO, DEIXE-ME SABER.
REVIEWS SÃO O COMBUSTÍVEL PARA NOVOS CAPÍTULOS!
