Notas iniciais, disclaimer e avisos importantes: Tenho que começar agradecendo à "Sister Brontë" - Sempre digo que ela é a irmã que a minha alma escolheu. Além de ser uma escritora pra lá de talentosa - pelo incentivo e pelas dicas, além das valiosíssimas lições de português. Muito obrigada! Sem você, eu nunca teria tomado coragem para publicar essa fanfic insana.
Cavaleiros do Zodíaco e seus personagens não me pertencem, são criações de outras pessoas e têm seus direitos reservados às mesmas.
Avisos:
1) Antes de mais nada, é yaoi. (Acho que é evidente, mas não custa reforçar.)
2) Serei indigesta em alguns pontos, leiam por conta e risco.
3) É um Universo Alternativo. E a minha primeira fic. Logo, sei muito bem que algumas personalidades podem estar distorcidas - espero que não estejam, mas já deixo o aviso.
4) Vocês encontrarão personagens sofrendo, inclusive fisicamente. Sim, sou má e não me arrependo.
5) Sobre o sofrimento físico: vocês encontrarão um personagem com limitações físicas aqui.
6) Eu não me apego muito aos ships. É evidente que a fanfic gira em torno de Hyoga e Shun - mas vocês encontrarão várias doses de Afrodite & Shun, e Camus & Hyoga. "Por quê?", me perguntarão. E eu direi: porque eu quis assim. Simples.
Se qualquer uma dessas coisas te desagrada, sinto muito. Talvez outra história te agrade mais.
Aos que mesmo assim desejarem prosseguir, boa leitura!
Tudo o que podia esperar era que o dia se tornasse melhor. Dirigia de volta para casa tentando compreender os pensamentos, as emoções, a vida, o perigo. Parou no acostamento e chorou copiosamente. Só saiu dali quando achou que não representava mais um perigo para os outros. Levou tempo demais e teve medo de atrasar-se.
Tentou imaginar que aquele seria um dia especial, que já começara sendo um dia especial.
Fez tudo o que faria em qualquer outro dia. Escovou os dentes mesmo sem ter comido, lavou os cabelos durante o banho, vestiu-se, perfumou-se, recolheu os pertences que precisaria para o dia; alguns documentos e o seu jaleco. Separou suas correspondências das do irmão. E finalmente estava pronto para o seu primeiro dia de residência médica.
Encaminhou-se novamente para o seu carro, posicionou-se para nele entrar, e foi então que seu dia ruim começou a amargar ainda mais. Significava muito, para ele, conseguir se virar em qualquer situação. Não que fosse orgulhoso ou completamente independente, mas valorizava os próprios esforços e as próprias conquistas.
Amava Ikki com todas as forças e com todo o coração, mesmo que ele fosse um leonino para lá de exagerado nos cuidados com o caçula. Precisava sair logo daquela posição, ou o seu irmão chegaria e pensaria que ele estava em apuros. Contudo, os espasmos em suas pernas tornavam quase impossível a tarefa de entrar no carro.
Escutou o som da motocicleta de Ikki e suspirou com a frustração. Detestava situações como aquela. Não pela situação, mas porque seu irmão mais velho ficava super-protetor. Não era para tanto. Nunca era para tanto.
– Pode deixar, Ikki. Eu me viro.
A verdade era que sentia-se fraco e derrotado. Não por causa de sua paralisia - e de todas as complicações adicionais -, não por causa do progresso lento, e não porque Ikki o cercava de cuidados excessivos, mas porque não sabia o que fazer; porque não conseguia imaginar a sua alma em pedaços se o pior acontecesse. Não sabia como dirigira do hospital até a sua casa sem causar problemas pelo caminho.
E, passado o choque, a torrente de emoções inundou-o sem pudor algum. Precisou se forçar a lembrar que normalmente daria conta de se virar, sim, mas que também era importante aceitar ajuda.
– Parece que você vai fazer tudo, menos se virar. – Ikki fez um muxoxo, e continuaria falando, não fosse ver gotas molhando a calça de Shun. Uma espiada no rosto do irmão bastou para confirmar que ele chorava.
– Eu vou te ajeitar aí, Shun, mas você vai me dizer o que está acontecendo.
Ikki auxiliou o mais novo a se sentar apropriadamente no banco do motorista. Afastou-se do irmão para colocar a cadeira de rodas no porta-malas. Era um golpe baixo, mas Shun precisava ouvir. E precisava mais ainda se abrir e ser ouvido.
– Shun? Eu sou seu irmão. Nós dois nunca escondemos nada um do outro.
– Tem razão. – Acalmava-se sempre que o irmão mais velho estava por perto. Limpou as lágrimas com as costas das mãos e forçou um sorriso. – Detesto ser um estorvo, Ikki.
– Nunca mais fale isso! – Proferiu as palavas em um tom mais duro do que pretendia. Sabia que o irmão entenderia. Shun compreendia tudo.
– Já são três anos... – Shun ainda segurava as lágrimas. Não queria ter aquela conversa. Não naquele dia.
– Você sempre soube que seria um progresso lento.
Naquele momento, o jovem virginiano desatou a chorar. Era frustrante estar naquela situação, mas ele nunca se importou muito consigo mesmo. Outras pessoas o preocupavam muito mais. E Ikki finalmente compreendeu.
– Não se trata de você, não é?
Shun meneou a cabeça. Não se tratava dele mesmo. Achava que não conseguiria falar.
– Eles praticamente disseram que ele está desenganado dessa vez.
O mais velho ergueu uma sobrancelha. Não demorou muito para lembrar-se de quem se tratava. O tal desenganado era o namorado bilionário - e criminoso - do seu irmão. Amargamente pensou que também era o responsável por ferir Shun: estava tendo o que merecia, não estava? Porém Shun estava triste, e a tristeza dele era a única coisa capaz de cortar o coração de Ikki.
– Eu nunca gostei dele.
– Ikki!
Ikki apertou os olhos. Shun fora rápido demais ao protestar, e ele ainda não completara o raciocínio.
– Mas ele sempre foi importante para você. Sinto muito, Shun. – As palavras nunca foram o seu forte. Por isso que procurava ficar longe das pessoas. Não era? – Não quero mentir para você e dizer que vai ficar tudo bem, só que é necessário viver um dia de cada vez.
Os olhos verdes de Shun estavam marejados novamente. Ele os esfregou e sorriu para o irmão.
– Não me diga que irá comigo até o hospital...
Afagou os cabelos do caçula efusivamente, recebendo protestos sobre despenteá-lo em um dia tão importante como resposta.
– É um dia importante, Shun. Eu preciso, como seu irmão mais velho, estar lá por você no seu primeiro dia de aula!
Shun simulou um pequeno soco no braço do mais velho. Não era dado a tais gestos, mas às vezes fazia o que muitos diriam que era coisa de homem numa escala completamente inofensiva.
– Não é uma aula, Ikki! Estou sendo pago por isso, então é um trabalho.
– Uau! Também queria ser pago só para estudar!
Os dois riram. Ambos sabiam que não era como Ikki falava. E Shun, apesar de conhecer muitos residentes e médicos já especialistas, não sabia o que esperar.
– Nervoso, Shun?
– Só com o atraso que você está tentando provocar. – Disparou, em um tom leve. Era sempre muito cuidado com os sentimentos alheios, inclusive quando brincava.
– Mas eu disse que vou com você! Pode dar a partida!
Shun encarou-o, incrédulo. Seria possível que Ikki estava falando sério sobre acompanhá-lo? O carro continuava no mesmo lugar.
– Ah, maninho... Só quero uma carona até o meu local de trabalho.
Estava certo. O hospital onde Ikki trabalhava encontrava-se no caminho. Shun caíra direitinho nas provocações do irmão. Não se importava. Pelo contrário, adorava qualquer interação com o mais velho. Eles eram tudo um para o outro havia anos.
Quando pequenos, foram adotados pela mesma família. Tiveram a melhor educação que os recursos modestos poderiam proporcionar, e cresceram com todo o amor do mundo. Até o dia que a tragédia abateu-se sobre eles, na forma de um acidente arrasador. Sobraram apenas Ikki e Shun.
A mãe e o pai adotivos eram, cada um deles, também órfãos. Não havia familiar algum a quem recorrer. Não havia ninguém para consolá-los. Estavam completamente sozinhos no mundo, a não ser que contassem um com o outro. E foi o que fizeram, para tentar minimizar a imensa dor da perda.
Ikki começou a alternar a faculdade e vários trabalhos diferentes, para permitir que o irmão estudasse sem maiores preocupações. Formou-se em enfermagem com certa dificuldade, pois priorizava a subsistência da pequena família em detrimento dos estudos, mas não achava ruim. Estava cumprindo seu dever de irmão mais velho. Sempre desejou uma vida melhor para Shun.
E ali estava o seu maninho, dando-lhe orgulho, com o início da especialização em psiquiatria. De certa forma, aquilo fora possível com o esforço conjunto dos dois. E a retribuição alegrava Ikki de maneiras que ele jamais imaginara.
– Não está se esquecendo de alguma coisa? – Shun apontou para a parte traseira do carro, quando Ikki desceu.
– Você está muito apressadinho hoje! – Ikki ralhou, ao retirar a cadeira de rodas de Shun do porta-malas e colocá-la no banco traseiro. – Pronto, agora você pode ir a qualquer lugar.
– Não estou apressado, estou em cima da hora!
– Shun, você tem vinte minutos para fazer um caminho que só gasta cinco minutos. Se acalme. – Deu um beijo no rosto do irmão e, como já era costumeiro, despenteou os cabelos com o carinho que fez neles. – Boa sorte!
– Agradeço. Acho que vou precisar da boa sorte... Vejo você mais tarde, Ikki. Tenha um bom dia de trabalho!
– Até mais, Shun!
Sentiu-se mal por ter ralhado com Ikki. Realmente só levara cinco minutos até o Hospital Universitário onde trabalharia. Tomou fôlego e atravessou as portas automáticas, de vidro, do edifício de nove andares.
Identificou-se na portaria, acrescentando que era seu primeiro dia ali e recebendo suas credenciais. Informaram-lhe que deveria seguir até o quinto andar, onde funcionava o setor de Psiquiatria.
Mirou desanimado o aviso de "em manutenção" dos três elevadores. Acabaria se atrasando, mesmo. Não conhecia aquela parte do edifício tão bem para saber aonde ir. Também era um tanto tímido, e ficar parado ali começava a despertar os olhares curiosos.
Sobressaltou-se ao sentir uma mão sobre o seu ombro. Ergueu os olhos e sorriu aliviado ao ver Shiryu, um de seus amigos de longa data.
– Shiryu! Que bom vê-lo!
– Acho que esse é o jeito deles de te darem boas-vindas. Me acompanhe, Shun.
Ele era apenas um ano mais velho do que Shun. Os dois eram amigos de infância e frequentaram a mesma universidade. Possuíam algumas coisas em comum, como a origem oriental.
Shiryu era libriano, também viera do Japão, e cultivava uma longa cabeleira negra, mas seu traço mais marcante era ser um amigo muito dedicado. Estivera lá por Shun em todos os piores momentos. Ele era apenas um ano mais velho do que o virginiano. Os dois eram amigos de infância e frequentaram a mesma universidade.
Suas rodas seguiam o ritmo dos passos de Shiryu. Estavam agora em uma das áreas externas do hospital, um jardim.
– Aonde estamos indo? – Indagou, estranhando o percurso.
– Todas as alas desse prédio são interligadas. Estamos pegando um atalho.
– Acabarei me atrasando. – Shun apertou os lábios. Não era um atalho se demorava demais, era?
– Quanto a isso, não se preocupe. Sou o residente responsável por observar você e o seu progresso.
O sorriso amigável do libriano deixou Shun aliviado. Não precisaria se preocupar tanto com sua demora naquele dia. Após mais algumas voltas, depararam-se com outro conjunto de elevadores, estes em pleno funcionamento.
– Isso é realmente um alívio!
Shiryu apertou um botão, abaixando-se na frente de Shun em seguida.
– Hoje eu tenho um caso interessante para te mostrar. Mas, antes, o que há de errado, Shun?
Ele pensou no quanto era realmente péssimo para esconder as emoções. Todos perceberiam que havia algo de errado com ele, e Shun poderia até mentir para muitos e dizer que era a ansiedade do primeiro dia. Isso não funcionaria com Shiryu. Precisava ser sincero.
– É o quadro de Afrodite. – Obrigou-se a esfregar os olhos, e a tentar conter as lágrimas. Não era hora nem lugar para chorar. – Ele piorou.
Foi abraçado pelo libriano e retribuiu o gesto carinhoso. Notou as portas do elevador se abrirem.
– Nossa carona chegou. – Disse, tentando novamente não cair no pranto.
– Nervoso com o seu primeiro dia aqui, doutor? – Shiryu piscou um olho para Shun, enquanto subiam os andares.
– Mal posso esperar, doutor!
– Então, observe e aprenda, doutor! – O libriano empertigou-se e fingiu ler algo em sua prancheta.
Riram brevemente. Nunca tratavam-se daquela forma, e a pequena brincadeira de Shiryu certamente aliviara um pouco da tensão.
O mais velho forçou as travas de uma pesada porta e deu passagem para Shun, revelando um ambiente mais acolhedor do que o esperado. As paredes não seguiam o padrão do branco estampado em todas as outras partes do hospital. Pelo contrário, foram pintadas com cores pastéis. E havia uma infinidade de quadros enfeitando-as. Várias mesas, com quatro cadeiras cada uma, dois sofás, e várias poltronas, completavam o ambiente.
Shiryu levou Shun até um dos sofás: lá estava sentado um homem loiro e intensos olhos azuis, aproximadamente da idade do libriano, que não esboçou reações com a aproximação.
– Eu os apresentaria, mas não sabemos o nome dele. Quando ele foi encontrado, estava hipotérmico. Não há nenhum sinal de lesão que explique o comportamento dele, por isso o trouxeram para cá. – Shiryu explicou.
– É uma catatonia? – Shun indagou, enquanto observava calmamente o loiro. Espantou-se ao ver os olhos azuis piscarem.
– Não diria uma catatonia. Ele responde, às vezes, embora possa parecer desconexo. Meu palpite é algum trauma relacionado ao congelamento.
Shiryu apostava na conhecida sensibilidade de Shun, que agora estava frente a frente ao paciente.
– Olá. Meu nome é Shun. Sabe, seria bastante agradável saber o seu. – Sentiu-se um pouco ridículo falando daquela maneira. Censurou-se por pensar que seu tom seria mais apropriadamente usado com uma criança.
Para a surpresa de Shun e Shiryu, o loiro piscou novamente, apertou - com mais força do que pretendia - a mão de Shun, enquanto abria e fechava a boca, em um esforço para falar.
Shun afagou a mão que apertava a sua. Deu um sorriso encorajador.
– Você está indo bem. Será que podemos tentar de novo?
– Camus. – Proferiu o nome lentamente.
– Este é o seu nome?
O loiro balançou vigorosamente a cabeça, em negação. Apontou para a porta.
Shiryu pensaria que o paciente estava vendo coisas, se não tivesse visto o homem alto, com cabelos e olhos avermelhados e porte elegante, aguardando para entrar. Abriu a porta e cumprimentou o homem, surpreendendo-se ao saber que o nome dele era de fato Camus. O ruivo apresentou-se como tio do rapaz loiro de nome Hyoga.
– Hyoga... - Shun repetiu, embora se censurasse pela indiscrição de escutar a conversa alheia. - Este é o seu nome, então?
A resposta foi surpreendente para todos os presentes. Hyoga inclinou-se sobre Shun, tomando os lábios do japonês em um beijo.
Camus, se ficou surpreso, não demonstrou. Shiryu explicou ao ruivo que não poderia liberar Hyoga tão cedo depois daquilo. E Shun desconfiou que havia algo errado entre o loiro e o tio, sua mente rapidamente formulando hipóteses e desculpas para o ocorrido.
Ao final do expediente, enquanto trocavam de roupa - Shun fizera questão de tomar um banho -, Shiryu parecia divertir-se. Também parecia ter vontade exibir a imensa tatuagem de dragão em suas costas, demorando-se bastante para cobrir o torso nu.
– Primeiro dia muito emocionante, Shun?
– Já... Já aconteceu algo do tipo antes? – Shun corou violentamente.
– Não. Digo, é claro que trabalhamos com quem foge da normalidade, mas nunca chegou a isso. Talvez Hyoga tenha se sentido fatalmente atraído por você.
– Isso é absurdo! - Shun protestou, recolhendo seus pertences e saindo vestiário, acompanhado por Shiryu.
– Por quê? - O libriano indagou, fitando-o demoradamente. - Você é um rapaz bastante atraente, eu não o culparia.
– Shiryu!
– É verdade, Shun! – Shiryu deu de ombros, como se uma constatação daquelas fosse a coisa mais natural do mundo.
Contornaram novamente as áreas externas do hospital, os pátios e jardins, até chegarem à entrada principal, onde se despediram. Ikki estava no saguão, aguardando pelo irmão. Cumprimentou Shiryu e fez menção de acompanhar Shun até o carro.
– Não vou para casa agora. – Shun encolheu os ombros. Não queria magoar o irmão por negar-lhe uma carona, mas precisava visitar Afrodite.
– Vou com você.
– Vamos, então. – O virginiano suspirou. Não adiantava brigar, o irmão jamais mudaria de ideia. Guiou-o à rota que fazia pela terceira vez naquele dia. Desta vez, o destino era o terceiro andar do hospital. Aquela parte ele conhecia muito bem. Passara meses lá.
Sentiu o coração aos pulos, quando viu Afrodite. Ele em nada lembrava o homem desenganado que vira naquela manhã. Viu lágrimas rolarem dos olhos azuis, e apertou a mão do sueco. Ikki via a cena de longe.
– Senti sua falta, Afrodite. – Shun fungou e limpou as lágrimas de ambos.
– Sh-Shu... – O pisciano gaguejou, ainda chorando.
– Estou tão feliz por ter você de volta! – Beijou a mão do loiro, e acariciou o rosto dele. – Preciso deixar você descansar agora, mas estarei de volta amanhã, eu prometo.
Levou os dedos aos próprios lábios, e depois aos de Afrodite.
– Anjinho. Noite. – Afrodite respondia, confuso com as próprias palavras. Nada parecia fazer sentido para ele. Teve medo de soar demente, de estar demente. Toda a sua confusão foi dissipada ao ver o sorriso de Shun. Acompanhou os movimentos das mãos contra as rodas, até que o mais novo saísse do quarto, sentindo um aperto insuportável no peito.
– Agora podemos ir para casa. – Shun mal lembrava-se da última vez em que estivera tão feliz. Ikki o abraçou, admirado com a alegria do irmão.
Notas finais: Traumatizados? rs Espero que não! Nos vemos em breve.
