iN/A: Eu queria avisar que essa é mais uma tentativa minha de fazer uma história e finalizar ela. Então, não se empolguem muito, porque eu posso demorar bastaaaaaante para atualizar (quem acompanha FdT que o diga... aliás, não se preocupem, eu ainda não desisti da fic). Até o momento, essa será a fic mais fácil de concluir, creio eu, porque não ocupará muito meu tempo... Bom, é isso aí. Queria pedir a paciência e as reviews de vocês! ^^ Beijos, da Blue Angel!!!hr

No meio daquele silêncio, o som do copo se estilhaçando foi impressionante. Parecia aumentado cem vezes... e por cem vezes latejou em sua cabeça. Ele não caiu, somente. Foi esmagado naquela mão delicada, de longos dedos e unhas bem cuidadas, ironicamente pintadas de vermelho. O sangue caiu lentamente, manchando a toalha de linho tão branco. As lágrimas raivosas escorreram em uma velocidade absurda, e logo se tornaram uma mistura de medo, angústia, saudade, solidão.

Ela queria por toda uma vida gritar... gritar para se livrar de todo aquele peso no coração, para ver se ela podia morrer com sua voz. Como ela desejou não ter cedido aos apelos de sua família para não lutar... como! Mas agora era tarde demais. Ela já não podia fazer nada.

Sentiu uma mão pesar em seu ombro, um par de braços fortes lhe envolver, mas se desvencilhou com violência. Escutou ao longe gritos apavorados daqueles que viam o conteúdo da caixa que recebera. Sentia que pessoas corriam para seu redor, tentando ver o que de tão apavorante a moça havia recebido. Os professores se levantaram rapidamente para ver o que havia naquela caixa preta que o correio-coruja trouxera aquela noite, mas congelaram quando realmente puderam ver.

A menina levou suas as mãos ao seu pálido rosto, afastando seus cabelos para trás, deixando um rastro de sangue no lado direito. A sua mão ardia, e sua cabeça ainda latejava com o som do copo que havia se quebrado. Mas ela continuava ali. Olhando fixamente para a caixa que repousava diante de si. Ato cruel e ediondo, que maculou sua esperança de menina, seus sonhos de criança.

Mortos... mortos... Somente quando tentou se levantar percebeu que já estava de pé, e que sua cadeira estava caída no chão. Juntou o resto de coragem que possuía e enfiou a mão na caixa, buscando a carta absolutamente manchada de sangue.

"Acabou. Aqui está o seu troco por tudo o que fez."

Isso era tudo o que a carta dizia. Se virou e correu, empurrando todos que a tentavam deter, mas logo tudo enegreceu à sua frente.

"Não há mais nada... nada... acabou..." Foi tudo o que ela pensou antes de desmaiar.