Foram muitos encontros

Sinopse: Nos últimos dias Grissom percebeu que seu trabalho como CSI estava se desgastando. Chega então um convite para apresentar um seminário na cidade de São Francisco, muito conveniente, e para ele é perfeito. Uma semana depois Grissom está na frente de um auditório lotado e também de uma garota que entrou em sua vida e nunca mais saiu.

Aquele convite chegou num ótimo momento.

Grissom precisava mesmo dar um tempo do laboratório e ministrar um seminário para estudantes seria interessante.

Quando bateu na porta do supervisor encontrou um homenzinho de cara fechada e sob sua mesa viu a pequena plaquinha: Jim Brass.

Foi diretamente ao assunto:

- Quero uma licença.

Aquelas palavras; Brass achou que Grissom nunca as usaria. Parou tudo que estava fazendo para dar-lhe atenção.

- Férias?

- Não. Eu vou a São Francisco, me convidaram para dar um seminário.

- Vai trabalhar? Ah Gil... – ele fez uma careta.

- Não... Vou ensinar.

- Quanto tempo?

- Algumas semanas.

- Semanas? – levaria algum tempo para voltar então – Hum... Está bem.

- Ótimo! – havia um sorriso escondido no seu rosto.

-Divirta-se! – disse Brass por fim

Grissom saiu diretamente para seu armário.

Estava silencioso ali, até que uma mistura de vozes que riam alto quebrou a tranquilidade que Grissom desfrutava.

- Oi Grissom – um coro o cumprimentou

- Olá. – respondeu sem olhar para nenhum deles.

Grissom estava tirando coisas demais do armário e Catherine acabou perguntando:

- Aonde você vai?

- São Francisco.

Warrick, ainda um novato, olhou para a colega.

- São Francisco? E não disse nada pra gente – estava mesmo decepcionada com ele.

- Acabei de aceitar o convite.

-Você foi convidado?

- Sim.

Suas respostas eram sempre objetivas...

- Pra que?

- Vou ser professor por algumas semanas.

-Fala sério, cara.

- É sério. Sexta-feira eu embarco.

- Sei lá... Então... Boa viagem?

Ele pegou o último objeto que precisava e bateu a porta do armário.

- Obrigado Warrick.

Catherine deu alguns passos em sua direção e depois lhe abraçou.

- Liga pra gente se, se sentir sozinho.

- Claro.

Deu uma batidinha no ombro de Warrick e saiu.

- Até a volta! – despediu-se desaparecendo no corredor.

...

São Francisco, Califórnia. Grissom estava com o endereço do laboratório local.

O legista responsável o convidou a conhecer sua sala. Dr. Morrison era muito introvertido, meio antipático. Mas fazia seu trabalho excepcionalmente bem.

Ele mencionou que tinha uma ajudante. Uma mocinha muito esperta, isso às vezes o incomodava, ela sempre dava palpite em tudo. Morrison riu quando lembrou da primeira vez que ela apareceu. Era a primeira autópsia dela, e vomitou por todo chão.

Grissom achou engraçado também e quis conhecê-la, mas Morrison avisou que ela não estava por ali agora.

- Imagina, quando disse que o senhor viria pra cá achou que eu estivesse blefando. Mas aqui está o famoso Gil Grissom. Ela deve ter ido para Berkeley, passa muito tempo lá, apesar de já ter ser formado.

- Berkeley? É onde darei meu seminário.

- Sim.

- Acho que vou pra lá agora.

Grissom apertou a mão do legista e se retirou.

Ele ficaria hospedado num hotel próximo, o diretor até lhe ofereceu um quarto no campus, mas ele preferiu não aceitar.

Não precisavam vê-lo vinte quatro horas por dia.

A jovem ajudante era Sara Sidle, agora mestre em Física Teórica. Fizera muitos amigos em Berkeley, e sempre os via.

Como não acreditara no Dr. Morrison, procurou se informar com Marry, que cursava Artes Cênicas, dividiram o mesmo quarto nos dois últimos anos de Sara na universidade, Marry lhe mostrou uma circular presa no quadro de avisos:

"Estaremos recebendo na próxima semana um dos melhores cientistas forenses do país. Teremos a honra de oferecer-lhes algumas aulas com o Sr. Gil Grissom. Será uma ótima oportunidade de aprendizado e esperamos que saibam aproveitá-la."

Alguns alunos acharam que era apenas mais sobrecarga de estudos para eles e dispensaram imediatamente, outros como Sara, resolveram se inscrever e acrescentar algo mais em seu currículo acadêmico.