Disclaimer: Tudo pertence à J. K. Rowling e a Warner Bros. Esta história é para acrescentar ao mundo que ela criou. Eventuais conflitos são acidentais e ceder a sua realidade (cânon). O conjunto é levemente baseado no universo de SLYTHERIN da Miller. Everard é tirado da fanfiction Petal in the Rain da pratty-prongs-princesse.

Sinopse: E eles dançam pelo salão como se tivessem sido feitos para isso e os pais deles planejam o casamento entre sussurros de todos. Sly!Lily Arranged Marriage Jily


Notas Autora: Eu sempre gostei muito de fanfics que explorassem o universo pureblood de Harry Potter e também essa ideia de magia, rituais, tradições e etc. Escrever Emerald é com absoluta certeza uma das coisas mais libertadoras para a minha imaginação. Essa fanfic vai ser uma coletânea de drabbles, eu planejo ter no máximo 30 capítulos sem contar o prólogo e o epílogo e já tenho metade deles escritos, hehehe. Espero de coração que vocês gostem!


(COLETÂNEA DE DRABBLES – EMERALD)

Prólogo

Por: Alice Delacour


Então eles sorriem para todos e todos acham que eles são perfeitos – ela daria tudo para que eles soubessem que eles sofrem igual todos eles. Mas ela continua sorrindo, porque tem uma mão enluvada em seu cotovelo e ela não arrisca um piscar de olhos.

A mesa deles é junto com outras famílias bem quistas da classe alta e orgulhosa da sociedade. E ela usa um vestido verde esmeralda e sua mãe está tão orgulhosa ao lado dela. Todas as festas são iguais, com as mesmas pessoas e as mesmas conversas. As mesmas pessoas que ela conhece desde sempre e as mesmas ideias lavadas.

"-maravilhoso! Realmente!-" E alguém na mesa deles exclama alto e ela planeja assassinatos dentro de sua mente.

"-tão bonita, Melissa-" As conversas crescem mais altas e seus pais caem na persona amigável deles.

E ao lado dela, seu pai ganha um charuto de um dos parceiros de negócios dele. E algumas palavras são trocadas e ela escuta o sussurro de casamento. E ao lado dela, o destino vai tecendo sua teia cruel.

É um baile bonito, algo em sua mente pensa. E realmente é. Os lustres estão carregados de velas e o ouro das paredes reluz com o fogo. E todos conversam como se fossem todos velhos amigos – e são tantas mentiras que ela pensa em fugir, mas a mão enluvada continua apertando seu cotovelo.

Num ritmo constante, o dedo de seu pai bate contra sua perna. Um. Dois. Três. Não fale nenhuma bobagem. Quatro. Cinco. Seis. O jantar é maravilhoso, como sempre é, e as conversas sobre os mesmos assuntos a fazem cansar, mas ela não pode levantar-se da mesa.

E a mãe dela solta uma risadinha educada para uma das Senhoras da mesa – e o assunto é tão assustador que ela prefere vagar seus olhos pelas outras mesas. E é tudo sempre a mesma coisa que ela quer sumir.

É com um sorriso que ela pega os olhos expressivos dele. Apertados, brilhantes e decididos. Os lábios dele se curvam para cima e ele eleva a taça de vinho para ela. E é tudo tão diferente de tudo que sempre acontece, que ela se pega levantando a taça dela. E tem uma mão enluvada apertando seu cotovelo. E dedos batendo contra sua perna.

As Senhoras da mesa tem seus olhos arregalados e seus leques abertos em frente à boca. E ela sabe que o assunto das fofocas é ela e ele. Ele e ela. E os dedos enluvados em seu cotovelo estão machucando. Mas tudo o que ela faz é sorrir e comentar quão bonita a Senhora Avery está essa noite. E seus pais se dão por satisfeitos com a mudança de assunto.

A fumaça dos charutos está por toda parte, as risadinhas elegantes preenchem os momentos de silencio entre as conversas. E aquele brilho dos olhos dele persegue-a durante o fim do jantar.

Seu vestido é verde e fluido contra suas pernas. E seus pais se põem de pé para a primeira dança do Baile de Natal. E ela tenta conter o suspiro de alegria ao vê-los se preparando – deixando-a sozinha por pelo menos alguns instantes. E é felicidade que enche seu estomago?

Só que ele está ali, com aqueles olhos dourados brilhante e a mão estendida para ela. Pedindo por uma dança. Com ela. E ela não acredita que ele realmente ousou fazer isso. E ela se odeia por deixar sua mão enluvada sobre a dele e lançar um olhar para sua mãe. Eles se odeiam, porque eles estão fazendo isso?

E parados no meio do salão ela percebe que seus pais não foram dançar. E que os pais dele também não se moveram para o centro, junto com os outros casais. E as mãos quentes dele apertam sua cintura e mão direita. E quando eles começam a se mexer, ela quer fechar os olhos e chorar.

"Você deveria me agradecer" O sussurro dele é perdido entre um giro leve.

Sua saia se entrelaça nas suas pernas e nas dele. E ela deixa a cabeça pender para trás em sintonia com a música.

"Eu não precisaria" A respiração dela bate contra o pescoço dele. Seus pés entrelaçados num passo complicado. "caso você não tivesse me posto nisso."

E é com um pesar que ela vê seus pais e os pais dele parados lado a lado na borda do salão, todos os quatro parecendo satisfeitos.

E no meio de diversos giros, o destino tece o futuro de ambos.


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