Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J.K. Rowling, Warner Bros e qualquer outro que tenha direito sobre os amáveis - ou não - bruxinhos. Não há qualquer intenção em obter lucros por parte da autora, é apenas diversão.

Fanfic feita para o projeto Volta às Aulas do fórum 6v.


Sobre Salgueiros e Amizades
por Chibi

Essa não é apenas a história de como descobrimos a árvore mais legal de toda Hogwarts, mas também o início da nossa amizade, de como nós quatro nos tornamos os Marauders.

Nós o cumprimentávamos, por vezes até trocávamos algumas palavras, afinal dormíamos no mesmo dormitório, mas não passava disso. Naquela tarde, James se divertia fazendo as coisas que mais gostava: perturbar Severus Snape e chamar a atenção. Porque, tão certo quando seus cabelos eram espetados, era o fato de que ele simplesmente não poderia viver na obscuridade. Ele amava ser o centro das atenções.

Bem, eu também adorava ser conhecido, mas não é como se eu precisasse me esforçar para tal.

James realmente estava a se divertir bastante com Snivellus, até que apareceu a eterna defensora dos narigudos de cabelos ensebados para estragar a nossa diversão. Por isso, antes que aquela ruiva enjoada fosse chamar a professora McGonagall, saímos dali e resolvemos andar. A única pessoa que parecia tão chateada quanto eu e James era o pequeno garoto com quem dividíamos o dormitório, Peter Pettigrew, que quase chorou de tanto rir ao ver James.

James nunca tinha dado muita atenção ao pequeno Peter, gostou da atenção que recebeu e, por isso, chamou-o para andar conosco aquela tarde. Nunca vou conseguir esquecer dos olhos de quase devoção que aquela criatura obtusa lançou a James.

Remus, cuja mente insana era incompreensível por nossos cérebros, insistiu para que sentássemos porque queria terminar a lição de casa de Herbologia, embora ainda tivesse uma semana para fazê-lo. James se negava, por isso ele, cuja mente incrivelmente maligna se escondia por detrás daquele rosto fraco e angelical, olhou para mim com aqueles belos olhos dourados e...

Não, não, não falo assim porque goste dele, não nesse sentido, porque gostar dele como amigo é claro que gosto. Quero dizer que... Bem... Desafio qualquer um de vocês a resistir ao olhar de Remus!

Enfim, o que importa é: Peter viu um grande salgueiro, cuja sombra era altamente convidativa, e nos dirigimos para a árvore. E então Remus relutou. Disse que não queria ficar sob aquela árvore, mas James insistia, e ele não aceitava ouvir não como resposta. E, por isso, foi caminhando até a árvore, e nós o fomos seguindo, até que um galho da árvore se revoltou com a insistência de meu amigo e bateu nele.

Que árvore revoltada! Quero dizer, poderia somente ter dito para que ficássemos longe, não é? Não riam! Quem garante que não pode falar uma árvore que pode bater?

E Peter riu de novo. E rimos também eu e Remus, e gargalhávamos todos, até mesmo James, enquanto o levávamos à Enfermaria.

Pensando agora, não sei bem por que isso tornou Peter nosso amigo, mas, seja lá o que tenha sido, não poderíamos ficar mais gratos.