Olá povo.

Trago para vocês o capítulo um atualizado, ele agora esta bem melhor de intender graças a minha maravilhosa e linda beta kaay.

Se alguém quiser ler as histórias da kaay, que eu SUPER recomendo o link para o perfil dela no site Nyah é este w w w . fanfiction . com . br / u / 95660 / lembrando TIREM os espaços

E por ultimo apenas lembrando cada capítulo é centrado no ponto de vista de um personagem sendo o primeiro o POV do Dean.

Divirtam-se.;)

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Capitulo 1- A verdade escondida entre a embriaguez e a lucidez.

"Triste é querer e não poder,

mas mais triste ainda é possuir

e depois perder."

(Altor desconhecido.)

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Dean encontrava-se em mais um quarto barato de hotel, no meio de uma cidadezinha, que, mesmo com muito esforço, não conseguia se lembrar do nome. Estava observando o céu noturno pela janela enquanto bebia do gargalo da terceira garrafa de Uísque.

Naquela noite, pensava nos últimos acontecimentos, e ainda não conseguia acreditar no que Cass havia se tornado. Como aquele anjo de olhos azuis tão puros se transformara naquele ser frio e cruel?

Sim, estava com medo deste novo Cass. Não, espere. Agora era Castiel, o novo Deus. O "seu" Cass, aquele que o tinha tirado da perdição, como tanto gostava de falar, jamais faria algo tão vil como se unir ao demônio. Jamais mentiria para ele. Não. Este novo ser não tinha nada em comum com o seu anjo, por isso não merecia ser chamado pelo apelido que lhe dera.

Sam, que agora ressonava como um bebê gigante em sua cama, não entendia a dor que ele estava sentido. O mais jovem não tinha uma ligação tão profunda com o anjo. Por outro lado, Dean já não dormia há dias, e estava tão cansado a ponto de sentir inveja do irmão no momento. Para ser sincero, fazia três semanas que não descansava a cabeça em um travesseiro da forma como gostaria. Para ser mais exato, não descansava, desde que vira Castiel pela última vez, naquele galpão, onde o anjo autoproclamou-se o novo Deus, após ter destruído Rafael.

Já não tinha mais paz. Ficava repassando em sua mente todos os acontecimentos desde que conhecera o anjo, e perguntava-se se tinha sido tão bom amigo para Castiel como ele fora para si.

Tinha sido muito egoísta, disso tinha certeza, e muitas vezes usara o anjo como uma de suas armas de caça. Sendo sincero consigo mesmo, agora percebia que queria o anjo o tempo todo ao seu lado.

Todos diziam que ele era dependente de seu irmão, e vice-versa, mas isso já não era verdade. Quando estava perto do anjo, ele não fingia ou se escondia de quem realmente era. Não precisava de máscara. Era apenas ele. Para, ele não precisava e nem podia mentir. Nos últimos tempos, passara a se divertir mais em companhia do anjo do que ao lado do próprio irmão. Sim, talvez em algum momento, o lugar no seu coração que pertencera ao pequeno Sammy tenha passado a pertencer ao seu anjo protetor.

Dean parou para analisar tudo o que havia refletido até então. Levantou-se do parapeito da janela, onde esteve sentado o tempo todo, e começou a andar pelo quarto de modo acelerado, como se isso pudesse clarear suas ideias, e então, em uma epifania, acabou percebendo que errou em sua análise. Sam jamais perdera seu lugar. Ele ainda era seu irmãozinho. Ainda era o Sammy que ele protegeria acima de tudo, nem que para isso tivesse que voltar ao inferno.

Fora o anjo que, aos poucos, ganhara espaço em seu coração, com aquela expressão de paisagem e aquele jeitinho inocente de não entender nenhuma de suas piadas, sem falar no péssimo hábito de assustá-lo, ou de invadir seu espaço pessoal. O anjo tinha todas as qualidades que Dean não gostava, mas ainda assim, de mansinho, havia conquistado um espaço importante em sua vida. Já era considerado parte da família Winchester. Por Castiel, Dean iria até o fim do mundo para salvá-lo, assim como faria pelo seu irmão. E fora isso que o confundira, esta necessidade que tinha de estar ao lado do anjo, de protegê-lo, mesmo sabendo que o outro era forte. Ainda assim, toda vez que o olhava, tinha vontade de ir correndo abraçá-lo, de dizer que tudo ficaria bem, assim como fizera tantas vezes com seu irmão quando este ainda era uma criança.

Sentando-se na poltrona de couro desgastado postada frente à janela, e bebendo o último gole da quarta garrafa, Dean começou a repassar tudo àquilo que acabara de pensar, e, por fim, acabara por perceber que o sentimento que sentia por tinha em relação à Castiel era um sentimento diferente. O que sentia pelo anjo era mais intenso. E a dor que sentia pela falta do amigo era maior do que algum dia sentira pela ausência de seu irmão.

Não conseguia entender muito bem o que ocorria. Sentia um turbilhão dentro de si, que a cada instante se intensificava. Era tão angustiante ficar sem saber o que aquilo significava que Dean tinha certeza de que iria enlouquecer.

Já não tinha mais vontade de fazer nada. Até mesmo no trabalho estava distante. Às vezes, no meio de uma caça, quando estava distante o suficiente para não ser visto pelo irmão, abaixava totalmente a guarda e ficava na espera que o monstro ou criatura viesse matá-lo. Sabia, no fundo, que fazia isso não porque tinha desistido da vida, e sim porque guardava uma pequena esperança que na hora H o anjo apareceria para salvá-lo. Que este ainda se importava o suficiente para descer à terra por ele.

A todo instante se perguntava por que sentia tanto a sua falta. Por que a decepção e o desespero eram maiores em ver o anjo nesta situação do que quando Sam se alimentava de sangue de demônio? Estas questões juntavam-se a tantas outras em sua mente, formando um mantra interminável de porquês, tornando sua agonia a cada instante maior.

— Porque eu me importo tanto?

Com um grito rouco, Dean acabou extravasando seus sentimentos pela primeira vez desde que tudo começara, e estes vieram de modo desordenado. Raiva e decepção pelo monstro que Castiel se tornara, saudades de seu doce e inocente anjo, e ressentimento direcionado a si mesmo, pois sabia que não tinha sido tão bom amigo para o anjo como este fora para consigo. Jamais agradecera tudo o que o anjo fizera por ele e seu irmão. Ele desistira de tudo, até tinha-se tornado um anjo caído por acreditar neles. Quantas vezes Castiel tinha estendido sua mão em sua direção? Quantas vezes tinha cometido as maiores burradas para ajudar a ele e a Sam? E apesar de tudo isso, de todos os sacrifícios de Castiel, Dean nem ao menos o cumprimentava ou lhe dizia que havia feito um bom trabalho.

Havia também outro sentimento, um que não sabia nomear, mas que era o responsável por toda essa tortura. Era ele o responsável pela dor em seu coração que parecia traspassado por milhares de agulhas. Era dele desse sentimento estranho que vinha a vontade de chorar toda vez que pensava que perdera Cass para sempre. Também era dele que vinha a esperança de fazer com que o Castiel recuperasse a sanidade. Esse sentimento também era responsável pela vontade de socá-lo assim que o visse, mas também era dele a vontade de abraçá-lo e pedir para que ficasse ao seu lado, que jamais o abandonasse. E, principalmente, esse sentimento era responsável pela sensação mais assustadora: a de dizer a Castiel que o aceitava como era, mesmo que não gostasse ou entendesse, apenas para poder ter o anjo a seu lado.

Estava enlouquecendo, e a única solução era a mesma de sempre. Faria como se fosse a uma de suas caçadas, quando descobria a causa inicial para assim destruí-la, só que desta vez, já sabia a causa. Era este sentimento inominado que o dominava a cada dia como uma maldição que crescia e o destruía lentamente, de dentro para fora, e a verdade é que estava apavorado. Tinha medo de descobrir o que sentia realmente pelo anjo, porque sabia que depois que abrisse a caixa de pandora que habitava seu coração, nunca mais seria capaz de fechá-la novamente. Preferia viver como um masoquista viciado na dor do que enfrentar a verdade.

Após este último pensamento, Dean exalou um suspiro de pura agonia que parecia vindo direto do fundo de sua alma. Por um instante relaxou-se na poltrona, para no segundo seguinte enrijecer até o último fio de cabelo. A velha sensação voltara e isso estava ocorrendo todas as vezes que ficava sozinho desde que Castiel sumira. Era uma sensação conhecida. Era a sensação de estar sendo observado. Toda vez que isso ocorria, a esperança de virar-se e encontrar Castiel olhando-o surgia, mas, todas às vezes, também surgia a decepção de não o encontrar.

Só que desta vez estava mais nítida. Com o receio de se virar e decepcionar-se novamente, Dean usou seus sentidos apurados de caçador para analisar o local, e, percebeu, que não fora desta vez que enlouquecera. Estava sendo observado e em antecipação seu coração acelerou e seu estômago embrulhou de nervosismo. Ele suspirou, ganhando coragem, e virou a cabeça para o lado lentamente, e como num passe de mágica, mais uma vez a esperança tornou-se decepção ao ver, não o anjo o observando, mas sim seu irmão, que, sentado em sua cama, lhe dirigia um olhar de tristeza.

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Notas finais do capítulo

Que dó que dó, pobrezinho do Dean hushushusss

Acho que agora ele vai aprender a dar um pouco mais de valor ao nosso anjo favorito certo?

Lembrando sugestões, criticas construtivas e outras baboseiras são sempre bem vindas.